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História

Napoleão no poder da França revelou-se contraditório e autoritário, renunciando assim os


princípios da Revolução Francesa e iniciando sua expansão pela Europa. O único país que
poderia impedir esse projeto expansionista era a Inglaterra.

Como as topas francesas não conseguiam desestabilizar a Inglaterra, a França decretou, em


1806, o bloqueio continental (os países europeus estavam proibidos de abrirem seus portos ao
comércio inglês). Os países que não aceitassem o bloqueio continental seriam invadidos pelas
tropas de Napoleão.

A Espanha não aceita e por isso, é invadida em 1808. O rei Fernando VII é deposto e é colocado
no poder o irmão de Napoleão, José I.

No entanto tanto as colônias espanholas como a Espanha resistiram à ocupação francesa. Com o
apoio da Inglaterra e da elite Criolla (descendentes de espanhóis nascidos na América), foram
organizadas na colônia Juntas Governativas, que em várias cidades passaram a defender a idéia
de ruptura definitiva com a metrópole.

Emancipação das colônias

A política econômica da Espanha, baseada no mercantilismo, buscava desenvolver as


metrópoles explorando as riquezas produzidas nas colônias.
Mas nessa mesma política começaram a surgir brechas, que permitiram certo desenvolvimento
às colônias. Ao criar universidades e liberas o comércio nas colônias, o rei Carlos III (1759-
1788) estimulou seu desenvolvimento, assim como o anseio de libertação.

De modo geral, as primeiras manifestações de descontentamento que surgiram na América


dominada pelos ibéricos não tinham caráter separatista. Exprimiam, antes, o mal-estar dos
colonos com os abusos da metrópole, sua oposição à política mercantilista e a sua busca de
liberdade econômica.

Na América espanhola, a ocupação da Espanha pelas tropas de Napoleão enfraqueceu o controle


da metrópole sobre as colônias. Em 1811, o padre Hidalgo tentou sem êxito proclamar a
independência do Vice-Reino de Nova Espanha (México). Nova tentativa em 1813, novo
fracasso: Hidalgo foi executado. A conquinta da independência veio em 1821, liderada pelo
general Itúrbide, que se proclamou imperador. Obrigado a abdicar em 1823, morreu fuzilado. O
méxico tornou-se então uma República federal independente.

Do Vice-Reino de Nova Granada surgiram Venezuela, Colômbia e Equador, libertados por


Simón Bolívar, respectivamente, em 1817, 1819 e 822. O Vice-Reino do Peru deu origem a três
países: Peru, Chile e Bolívia.
Do Vice-Reino do Prata surgiram outros três países: Argentina, Uruguai e Paraguai. O Paraguai
libertou-se sem guerras em 1811. O Uruguai, invadido por Portugal em 1816 e anexado ao
Brasil com o nome de Porvíncia Cisplatina, só se tornou independente em 1828.

Diante da revolta generalizada, o rei espanhol Fernando VII chegou a pedir ajuda a Santa
Aliança (organização da qual a Espanha participava e que tse arrogava o direito de intervir nas
colônias). Mas os Estados Unidos e a Inglaterra se opuseram à intervenção e reconheceram a
independência das colônias espanholas. A Posição dos EUA pode ser resumida na política
estabelecida, em 1823, pelo presidente James Monroe, a chamada Doutrina Monroe, que
declarava "a América para os americanos". A Inglaterra era movida por interesses econômicos,
já que os novos países podiam representar mercado seguro para seus produtos.
Sem a ajuda da Santa Aliança, o domínio da Espanha na América chegou ao fim.

Alguns pontos-chave dessa matéria para o ENEM que devem ser levados em
conta ao estudarmos são:
1. Liberalismo: Ideologia política que defende a liberdade individual, a
propriedade privada, a livre iniciativa e a não intervenção do Estado na
economia.
2. Socialismo: Corrente política e econômica que busca a igualdade social, a
justiça econômica e a abolição da propriedade privada dos meios de produção.
3. Anarquismo: Ideologia política que defende a abolição do Estado e a auto-
organização da sociedade, baseada na cooperação e na liberdade individual.
4. Nacionalismo: Movimento político e social que valoriza a identidade e a
cultura nacional, buscando a independência e a autonomia política de um
povo.
5. Feminismo: Movimento social e político que busca a igualdade de direitos e
oportunidades entre homens e mulheres, e o fim da discriminação de gênero.
1. Ideias Sociais e Políticas do Século XIX

Alguns dos representantes dos ideias e doutrinas sociais do Século XIX. Fonte: Escola Educação.

No século XIX, o mundo testemunhou grandes transformações sociais e


políticas que moldaram o curso da história e os valores de muitas sociedades
até hoje. Nesse período, ocorreram diversas mudanças, como a Revolução
Industrial, que alterou a forma como as pessoas trabalhavam e viviam, e a
expansão do imperialismo europeu, que resultou na colonização de diversas
nações ao redor do mundo.
Nesse contexto, várias ideias sociais e políticas surgiram e se desenvolveram,
influenciando o pensamento e o debate público. Algumas das principais
correntes ideológicas desse período incluem o liberalismo, o socialismo, o
nacionalismo, o feminismo e o anarquismo. Essas ideias se originaram em
diferentes contextos e foram motivadas por diferentes aspirações, mas todas
buscavam, de alguma forma, responder aos desafios e às mudanças trazidas
pelo século XIX e propor soluções para os problemas enfrentados pelas
sociedades da época.
a) Liberalismo

Adam Smith foi um economista e filósofo escocês do século XVIII, considerado um dos fundadores da economia moderna e um dos principais teóricos do liberalismo econômico. Sua obra mais

conhecida é "A Riqueza das Nações", que defende a ideia de que o livre mercado é capaz de regular a economia de forma mais eficiente do que a intervenção estatal.

O Liberalismo é uma ideologia política e econômica que teve origem no


século XVIII, durante a chamada Revolução Industrial. Ela pregava a defesa
das liberdades individuais, do livre mercado e da limitação do poder estatal.
Seu principal defensor foi Adam Smith, que escreveu a obra "A Riqueza das
Nações", que se tornou um clássico da economia. Outros autores importantes
foram John Locke, considerado um dos fundadores do Liberalismo, e
Friedrich Hayek, que ganhou o Prêmio Nobel de Economia em 1974. O
Liberalismo teve grande influência na Revolução Francesa e na formação dos
Estados Unidos, e ainda é uma corrente política relevante na atualidade.
O liberalismo teve uma grande influência no Iluminismo, pois ambos
compartilhavam uma crença na liberdade individual e no poder da razão. O
liberalismo ajudou a promover a ideia de que os indivíduos têm direitos
naturais que devem ser protegidos pelo Estado, enquanto o Iluminismo
enfatizava a importância da razão e do conhecimento para o progresso
humano. Além disso, muitos dos principais filósofos do Iluminismo, como
John Locke e Adam Smith, eram liberais e contribuíram para o
desenvolvimento das ideias liberais.
É importante destacar que o liberalismo de antigamente, defendido por Adam
Smith, é diferente do neoliberalismo atual, que se baseia em uma visão mais
radical do livre mercado e da redução do papel do Estado na economia.
b) Socialismo

Marx foi um filósofo e economista alemão, que teve grande influência na formação do socialismo científico e do comunismo. Sua obra mais famosa é "O Capital", na qual ele desenvolve a teoria da mais-

valia e critica a exploração do trabalho no sistema capitalista. Sua influência é ampla em áreas como a sociologia, filosofia, economia e política, sendo considerado um dos pensadores mais influentes do

século XIX e XX. Fonte: Aventuras na História.

O socialismo é um sistema político e econômico que surgiu como resposta às


desigualdades sociais geradas pelo capitalismo, em que os meios de produção
(terras, fábricas, etc) são coletivizados e gerenciados pelo Estado ou pelos
trabalhadores.
O socialismo utópico foi uma corrente precursora do socialismo científico,
que propunha uma sociedade igualitária e justa, mas sem um projeto político
claro. Já o socialismo científico, desenvolvido por Karl Marx e Friedrich
Engels, propunha uma revolução proletária que derrubaria a burguesia e
estabeleceria um governo operário.
Marx desenvolveu a teoria da mais-valia, que argumenta que os trabalhadores
produzem mais valor do que recebem em salário, e o excedente é apropriado
pelos proprietários dos meios de produção, gerando a exploração e a
desigualdade social.
Marx também propôs uma teoria da transição entre os sistemas econômicos,
em que o feudalismo daria lugar ao capitalismo, e este seria substituído pelo
socialismo e, por fim, pelo comunismo. O comunismo seria uma sociedade
sem classes sociais, em que os meios de produção são coletivizados e a
riqueza é distribuída de maneira igualitária.
Em resumo, o socialismo é uma corrente política e econômica que busca a
igualdade social e a coletivização dos meios de produção, tendo influenciado
significativamente a história política e econômica do mundo, especialmente
no século XX.
c) Anarquismo

Pierre-Joseph Proudhon foi um filósofo e economista francês, considerado o fundador do anarquismo. Ele ficou famoso por suas críticas ao capitalismo e sua defesa da propriedade coletiva dos meios de

produção. Fonte: Wikipedia.


O anarquismo é uma corrente filosófica e política que surgiu no século XIX
com o objetivo de abolir todas as formas de autoridade e hierarquia, incluindo
o Estado. O anarquismo propõe uma sociedade baseada na liberdade,
igualdade e solidariedade, em que a organização social seria feita de forma
descentralizada e autogestionada pelos próprios indivíduos.
Entre os principais autores do anarquismo, destacam-se Pierre-Joseph
Proudhon, Mikhail Bakunin, Emma Goldman e Murray Bookchin. Proudhon é
considerado o pai do anarquismo, com sua obra "O que é a propriedade?", que
influenciou muitos dos pensadores subsequentes. Bakunin, por sua vez, foi um
dos principais líderes anarquistas da Internacional, organização que buscava a
união dos trabalhadores de todo o mundo em uma luta comum contra o
capitalismo e o Estado.
O anarquismo é frequentemente associado à violência e ao caos, mas muitos
anarquistas defendem a ação direta e a resistência pacífica como formas de
luta contra a opressão. O anarquismo também tem sido uma fonte de
inspiração para movimentos sociais em todo o mundo, incluindo o movimento
punk e o movimento zapatista no México.
É importante destacar que o anarquismo tem diversas correntes e vertentes,
que muitas vezes diferem em suas estratégias e táticas de luta.
O anarquismo é frequentemente confundido com o anarcocapitalismo, mas
são conceitos diferentes. Enquanto o anarquismo busca a abolição do Estado e
a construção de uma sociedade baseada na liberdade, igualdade e cooperação,
o anarcocapitalismo defende a total ausência de regulamentação do mercado e
das relações sociais, o que pode levar a desigualdades e explorações. É
importante distinguir esses dois conceitos para evitar confusões e
compreender melhor as ideias de cada um.
d) Nacionalismo

Apesar de muito usada em regimes autoritários, como o nazifacismo, o nacionalismo foi um dos ideias da revolução francesa. Fonte: História do Mundo.

O nacionalismo é um movimento político, social e cultural que tem como base


a identidade nacional e a promoção dos interesses do seu povo e nação. O seu
surgimento se deu no final do século XVIII e início do século XIX, em um
contexto de grandes transformações políticas e sociais, como a Revolução
Francesa e a Revolução Industrial.
O nacionalismo prega a ideia de que os interesses da nação devem estar acima
de qualquer outro, inclusive dos interesses individuais ou de grupos sociais.
Ele também defende a importância da preservação da cultura e da história do
seu povo.
O nacionalismo foi utilizado por diversos regimes autoritários e totalitários no
século XX, como o nazismo na Alemanha e o fascismo na Itália. Entretanto,
também foi um elemento importante nas lutas pela independência de diversos
países colonizados e na formação de Estados nacionais ao redor do mundo.
E o patriotismo?
O patriotismo é o amor e o respeito pela própria nação, suas tradições e
cultura. Já o nacionalismo é uma ideologia que prega a superioridade da nação
em relação às outras, muitas vezes levando à exclusão e discriminação de
outros povos. Embora haja uma linha tênue entre esses dois conceitos, é
importante destacar que o nacionalismo excessivo pode levar ao fascismo e a
ideologias extremistas que promovem a violência e a intolerância. É
fundamental que se busque um equilíbrio saudável entre o amor pela própria
nação e o respeito às outras culturas e povos.
O século XIX inundou a Europa com revoluções que não só transformaram
sua cultura, política e fronteiras, mas também impactaram a vida humana nos
outros continentes. As transformações advindas de crises políticas eram
consequências do iluminismo e das revoluções francesa e americana somadas
ao espírito nacionalista da época. Neste momento, é central a Primavera dos
Povos, onda revolucionária iniciada em 1848 que marcou estas
transformações. É nesse contexto que ocorreram a unificação italiana e alemã.
Até aquele momento, tais nações não existiam enquanto governos
organizados, mas apenas como territórios autônomos que possuíam
características em comum. Também não existia o italiano ou o alemão
enquanto identidade nacional. Antes das unificações devemos nos referir
àqueles habitantes como napolitanos, calabreses, genoveses, bávaros, saxões,
etc.
As unificações também atendiam aos interesses da alta burguesia das nações
envolvidas. Assim como no fim da Idade Média, territórios unificados
significavam moedas únicas, pesos e medidas consensuais, diminuição das
barreiras alfandegárias, menos impostos e expansão comercial. Desta forma, o
movimento nacionalista está diretamente ligado aos interesses capitalistas no
século XIX.
b) Unificação Italiana
Figura 1: Mapa dos reinos italianos antes da unificação.
Disponível em: http://twixar.me/gsNn

O desejo de controlar toda a península itálica não surgiu no século XIX, mas é
durante a unificação italiana que grupos vão se mobilizar para romper as
fronteiras internas daquela região. A principal liderança neste processo foi
Giuseppe Mazzini, um republicano que desejava unificar a Itália para garantir
sua soberania em relação às outras potenciais europeias. Na época, o império
Austro-Húngaro e a França não só tinham domínios na península itálica como
também exerciam forte influência política sobre a região.
A atuação de Mazzini e seus companheiros para a unificação italiana ocorreu,
principalmente, por meio de sociedades secretas. Ele fez parte da Carbonária,
defensora dos valores liberais, e posteriormente fundou as organizações
Jovem Itália e Jovem Europa, com vistas a fortalecer as unificações e
independências. Também teve papel de destaque enquanto liderança Giuseppe
Garibaldi, a mesma figura que liderou os farrapos no Brasil durante o período
regencial.
Para além dos republicanos e dos monarquistas, foi a burguesia que forneceu
o apoio decisivo para o sucesso da unificação, já que a classe era poderosa
naquele período. É da região norte e insular da península, mais
especificamente do reino de Piemonte-Sardenha, que partiu o movimento de
unificação mais efetivo. A parte norte era a mais industrializada e também a
mais rica. Por conta disso, era do interesse da burguesia daquela região a
unificação territorial, pois poderiam expandir seus negócios e pagar menos
impostos.
O rei Vitor Emanuel II e o ministro Cavour, de Piemonte, fariam a frente
monarquista da unificação, expulsando os austríacos e, posteriormente, os
franceses. A unificação iniciou no norte e foi em direção ao sul. Para expulsar
a influência austríaca, os piemonteses firmaram uma cooperação com os
franceses. No sul, Garibaldi com seu Exército dos Camisas Vermelhas
unificou o reino das Duas Sicílias à Piemonte-Sardenha, num apoio a Vitor-
Emanuel. As regiões que restavam eram Roma e Veneza.
A Guerra Franco-Prussiana foi decisiva para a anexação desses territórios, já
que Veneza estava sob o domínio austríaco e Roma sob o domínio francês.
Nas negociações com a Prússia ao término da guerra, a Áustria acabou
entregando Veneza para os italianos, que haviam apoiado os alemães.
Já no caso francês, quando estourou a guerra, foi o momento que os italianos
puderam invadir a região, aproveitando a mudança de foco de Napoleão III. O
território, que foi unificado por meio da guerra, não tinha uma população que
se podia chamar de italiana. Daquele momento em diante se iniciou o projeto
de criação da identidade italiana sob uma monarquia liberal, sobretudo através
da língua, da cultura e da história.
Assista a este vídeo do canal Parabólica para revisar o conteúdo de unificação
italiana
c) Unificação alemã

Figura 2: Mapa dos reinos alemães antes da unificação. Disponível em: http://twixar.me/8sNn

Assim como o caso da unificação italiana, na Alemanha o processo foi


iniciado pela nação mais industrializada e rica da Europa Central: a Prússia.
Esse Estado chefiava, juntamente com o Império Austro-Húngaro, a
Confederação Germânica. A Confederação era formada por um conjunto de
regiões que tinham o alemão como idioma. Essa forma de organização
permitiu uma unificação econômica antes mesmo da unificação política.
Tratava-se do Zollverein, uma política de abolição das tarifas aduaneiras entre
aquelas nações instituída pela Prússia, mas não compartilhada pela Áustria.
O Zollverein possibilitou o enriquecimento da burguesia germânica, mas a
monarquia prussiana desejava mais. Assim como Piemonte contou com o
conde Cavour, a unificação alemã teve como principal líder o ministro Otto
Von Bismarck. Por meio de investimentos estatais, Bismarck fortaleceu a
economia e as forças armadas.
Esses costumam ser sinais de preparação para um futuro conflito – como de
fato aconteceu. Para o contínuo enriquecimento da nação prussiana, a
burguesia precisava ampliar sua fonte de recursos e seu mercado consumidor.
A unificação territorial contribuía para isso, e Bismarck atuou justamente para
este objetivo.
A estratégia adotada para ampliação do território prussiano e construção do
Império Alemão foi o ingresso e vitória de três guerras planejadas: Contra a
Dinamarca (Guerra dos Ducados), contra o Império-Austro Húngaro e contra
a França (Guerra Franco-Prussiana).
O espírito nacionalista foi instrumentalizado por Bismarck para dar início a
esses conflitos, convencendo o povo prussiano sobre seu direito aos territórios
vizinhos. Além disso, Bismarck realizou e desfez alianças de maneira
estratégica para ampliar os domínios prussianos aos poucos.
Para iniciar a Guerra Franco-Prussiana ele chegou a manipular um telegrama
para o imperador francês Napoleão III. No mesmo conflito, o governante
francês acabou prisioneiro, os prussianos cercaram Paris e venceram a guerra.
Com o ressarcimento recebido, consolidaram o Império Alemão.
d) Impactos no Brasil
A história da unificação italiana e alemã está diretamente ligada com a história
do trabalho no Brasil. Ao longo do século XIX, o Brasil se manteve como
uma nação escravagista, optando por um processo de abolição gradual. Desde
a vinda da família real para cá, haviam sido assinados tratados que prometiam
o fim do transporte de escravizados da África para o Brasil (1808), que só iria
ser efetivamente cumprido com a Lei Eusébio de Queiróz (1850). Em seguida
vieram a Lei do Ventre Livre (1871) e Lei do Sexagenário (1885), até a
abolição com a Lei Áurea (1888).
O Império brasileiro tinha sua base de sustentação no latifúndio, que cresceu
com base na mão de obra escravizada. Contudo, já havia a percepção de que
ela tinha prazo de validade, já que muitos americanos haviam abolido o
regime de trabalho, pelo menos legalmente. Por isso a opção gradual parecia
mais atrativa ao Império.
O projeto de nação brasileiro, influenciado pela onda positivista, almejava
equiparar-se a Europa, uma nação branca que “servia de modelo” para o resto
do mundo ocidental. Para isso, incentivou-se muito a imigração de europeus,
que eram atraídos com promessas de terras e sucesso econômico.
Com as revoluções europeias do século XIX, incluindo as guerras de
unificação italiana e alemã, houve um aumento significativo de imigração
para diversas partes do Brasil. Sobretudo no sudeste e no sul – mas não
exclusivamente nestas regiões –, “italianos” e “alemães” se instalaram em
cidades e zonas rurais. O fato é que não se tratavam de italianos e alemães
(por isso a menção em aspas), mas de europeus vindo de regiões até então
unificadas, como a Sicília, Calábria, Nápoles, etc.
Por isso que no presente as famílias que preservam o idioma de origem dos
seus antepassados têm dificuldade de se comunicar com os italianos e alemães
atuais. Isso acontece porque após as unificações foram reformuladas as
identidades daquelas nações, o que foi feito através da unificação do idioma, o
que acabou criando, praticamente, uma nova língua.

Resumo:

As unificações foram movimentos com ideais nacionalistas defendidos pela


burguesia do século XIX em oposição à ideias do proletariado que defendiam
o internacionalismo, ou seja, acreditavam que a classe operária mundial
deveria se unir e não determinados reinos. As regiões que se uniram tinham
semelhanças culturais, tais como idioma, valores, ou até um passado em
comum como a Península Itálica que um dia foi o Império Romano.

• Unificação Alemã
Esse movimento foi liderado pela Prússia que tomou o primeiro passo para
aproximar os Reinos Germânicos com a formação da Zollverein, que era uma
união aduaneira entre os reinos mais ao norte do futuro território alemão.

Os principais investidores na unificação eram os Junkers, a burguesia


industrial, liderada por Otto Von Bismark, o "Chanceler de Ferro" que
afirmava: "A unificação alemã deve ser feita a base de ferro (industrialização)
e sangue (guerras)".

O processo começou na Guerra dos Ducados, e a anexação desses


territórios, depois a guerra pelos territórios da Áustria que ficavam entre os
dois lados do império da Prussia (abaixo representado em roxo), e por fim a
anexação de territórios franceses (Alsálcia e Lorena). A guerra contra a França
não foi muito bem aceita, tanto que o país revidou reconquistando esses
territórios na 1ª Guerra Mundial.

• Unificação Italiana (Risorgimento)


O processo foi liderado pelo reino de Piemonte-Sardenha e sofreu influência
muito forte de milícias populares como os Carbonários, Jovem Itália e os
Camisas vermelhas. sidenote: os últimos dois grupos foram liderados por
Giuseppe Garibaldi, que atuou não apenas na unificação italiana mas
também na revolta Farroupilha no Brasil durante o período regencial.

Inicialmente, com o apoio da França, Piemonte conquista os Ducados locais


e o território austríaco da Lombardia. Mais tarde, dessa vez com o apoio da
Prússia, Piemonte conquista o reino de Venécia. As milícias populares levam
a outros territórios a se anexarem mais para o Sul da península, até só faltar as
terras da Igreja Católica que, após o "Tratado de São João Latrão" foram
anexados por Mussolini anos depois do início da unificação e foi criada a
Cidade do Vaticano. sidenote: após a primeira guerra mundial, com a derrota
do império Áustro-Húngaro, a "Itália Irridente" anexou territórios
austríacos.

No entanto, a Itália permaneceu um território segregado internamente


devido à industrialização do Norte e a agropecuária do Sul (lembra alguém?).
Até hoje existem movimentos separatistas no Norte, como o da Padania,
afirmando que o Sul causa o empobrecimento do país enquanto o Norte é o
verdadeiro fornecedor de riqueza da Itália.

Após as unificações, a Alemanha e a Itália se tornaram grandes potências


industriais, ganhando credibilidade no cenário geopolítico da Europa no
Século XIX e intimidando as potências previamente existentes.

Fonte:
Darwinismo Social é o nome dado a uma teoria que tenta entender as
sociedades humanas e as relações possíveis entre elas. Embora não
seja uma produção intelectual do biólogo britânico Charles Darwin,
essa teoria recebe o seu nome devido à tentativa de aplicar
pressupostos da teoria da evolução - que diz respeito às
características biológicas dos seres vivos - ao contexto social.

A perspectiva pregada pelos adeptos do Darwinismo Social considera


a extinção de algumas sociedades como parte integrante do processo
evolutivo. Desse modo, o princípio de seleção natural de que fala
Darwin se aplicaria às sociedades. Essa perspectiva teórica tem as
ideias de progresso e hierarquização racial como centrais para o
entendimento das relações entre as sociedades. O Darwinismo Social
surgiu no século XIX e tem Herbert Spencer como principal mentor.

O que diz o Darwinismo Social

O Darwinismo Social prega uma ideia de hierarquia entre as


sociedades. Desse modo, seria possível falar que determinada
sociedade é superior a outra. Essa hierarquização estaria associada a
uma dinâmica competitiva existente entre os indivíduos. Nesse
contexto, somente aqueles que apresentam maior aptidão
física e intelectual seriam capazes de sobreviver socialmente. Com
as sociedades, as mais desenvolvidas teriam a função legítima de
governar as demais.

É possível observar que o Darwinismo Social apresenta uma


aplicação enviesada da teoria da evolução proposta por Darwin. Isso
se dá porque, em primeiro lugar, a teoria proposta pelo biólogo
britânico diz respeito às espécies e não às sociedades como um
todo, como propõe o Darwinismo. Em segundo lugar porque Darwin
não constrói relações hierárquicas entre as espécies a partir
da evolução.

Na teoria da evolução, as espécies evoluem por uma necessidade


de adaptar-se a contextos específicos. Cada espécie evolui de
acordo com as alterações ocorridas no ambiente em que vivem ou
passam a viver. Sendo assim, um grupo que migra para uma região
mais quente ou mais fria e se adapta a esse novo ambiente não pode
ser considerado superior ao grupo que se manteve na região
anterior.

Devido às inconsistências entre a teoria biológica e o pensamento


social, alguns autores preferem chamar a doutrina encabeçada pelo
antropólogo inglês Herbert Spencer de spencerismo social.

A hierarquização entre as sociedades é uma premissa do Darwinismo Social .


(Imagem: Pixabay)

As implicações da doutrina no mundo

As ideias pregadas por essa doutrina estiveram presentes em


diversos processos históricos que, inclusive, contribuíram para a sua
disseminação. Nesse aspecto, faz sentido mencionar o processo
imperialista realizado pelas sociedades europeias no continente
americano e na África. As nações que estiveram à frente do processo
colonial acreditavam ser superiores às sociedades nativas que
encontravam nos continentes explorados.

E, por isso, se viam no dever legítimo de explorar e até mesmo


exterminar essas sociedades. Como sabemos, a colonização europeia
implicou a aniquilação de diversas culturas e tradições. Algumas
comunidades foram totalmente extintas por tentarem resistir à
dominação empreendida pelos colonizadores. De acordo com
estimativas, somente no Brasil, antes da chegada dos portugueses,
existia 5 milhões de indígenas. Atualmente, eles não correspondem a
metade dessa população.

O Darwinismo Social também apresenta uma forte associação com a


disseminação das ideias racistas. Como já foi dito, essa teoria
pregava a existência de sociedades superiores às outras. E a
atribuição do status de superioridade estava sempre associada às
comunidades brancas, europeias. Os povos negros, comunidades
indígenas e orientais sempre ocupavam estratos mais baixos na
hierarquização promovida por essa teoria.

Na história da humanidade, o pressuposto de superioridade racial


esteve presente no nazismo, ocorrido na Alemanha, e no fascismo,
que se deu na Itália. No primeiro caso, foi marcante a perseguição
e morte de milhares de judeus, além de homossexuais e negros, que
eram vistos como inferiores. Para a ideologia nazista, liderada
por Adolf Hitler, a raça ariana possuía o status de superioridade
frente as demais. O fascismo italiano, por sua vez, pregava o ideal
de pureza racial e afirmava que a mistura entre raças era uma forma
de contaminação.

Diferente do que era pregado pelo Darwinismo Social e pelas


ideologias estruturadas a partir dessa doutrina, a existência de raças
humanas nunca foi cientificamente comprovada. Pelo contrário, a
ciência reconhece a existência de apenas uma raça, a raça humana.
Contudo, socialmente, são observadas desigualdades e hierarquias
entre grupos de indivíduos que possuem traços fenotípicos distintos.
É o que acontece no Brasil, por exemplo, onde pessoas negras
ocupam as piores posições no que diz respeito à garantia de direitos
humanos, como saúde, educação, segurança e outros.

Darwinismo Social é o nome dado a uma teoria que tenta entender as


sociedades humanas e as relações possíveis entre elas. Embora não
seja uma produção intelectual do biólogo britânico Charles Darwin,
essa teoria recebe o seu nome devido à tentativa de aplicar
pressupostos da teoria da evolução - que diz respeito às
características biológicas dos seres vivos - ao contexto social.

A perspectiva pregada pelos adeptos do Darwinismo Social considera


a extinção de algumas sociedades como parte integrante do processo
evolutivo. Desse modo, o princípio de seleção natural de que fala
Darwin se aplicaria às sociedades. Essa perspectiva teórica tem as
ideias de progresso e hierarquização racial como centrais para o
entendimento das relações entre as sociedades. O Darwinismo Social
surgiu no século XIX e tem Herbert Spencer como principal mentor.

O que diz o Darwinismo Social

O Darwinismo Social prega uma ideia de hierarquia entre as


sociedades. Desse modo, seria possível falar que determinada
sociedade é superior a outra. Essa hierarquização estaria associada a
uma dinâmica competitiva existente entre os indivíduos. Nesse
contexto, somente aqueles que apresentam maior aptidão
física e intelectual seriam capazes de sobreviver socialmente. Com
as sociedades, as mais desenvolvidas teriam a função legítima de
governar as demais.

É possível observar que o Darwinismo Social apresenta uma


aplicação enviesada da teoria da evolução proposta por Darwin. Isso
se dá porque, em primeiro lugar, a teoria proposta pelo biólogo
britânico diz respeito às espécies e não às sociedades como um
todo, como propõe o Darwinismo. Em segundo lugar porque Darwin
não constrói relações hierárquicas entre as espécies a partir
da evolução.
Na teoria da evolução, as espécies evoluem por uma necessidade
de adaptar-se a contextos específicos. Cada espécie evolui de
acordo com as alterações ocorridas no ambiente em que vivem ou
passam a viver. Sendo assim, um grupo que migra para uma região
mais quente ou mais fria e se adapta a esse novo ambiente não pode
ser considerado superior ao grupo que se manteve na região
anterior.

Devido às inconsistências entre a teoria biológica e o pensamento


social, alguns autores preferem chamar a doutrina encabeçada pelo
antropólogo inglês Herbert Spencer de spencerismo social.

A hierarquização entre as sociedades é uma premissa do Darwinismo Social .


(Imagem: Pixabay)
As implicações da doutrina no mundo

As ideias pregadas por essa doutrina estiveram presentes em


diversos processos históricos que, inclusive, contribuíram para a sua
disseminação. Nesse aspecto, faz sentido mencionar o processo
imperialista realizado pelas sociedades europeias no continente
americano e na África. As nações que estiveram à frente do processo
colonial acreditavam ser superiores às sociedades nativas que
encontravam nos continentes explorados.

E, por isso, se viam no dever legítimo de explorar e até mesmo


exterminar essas sociedades. Como sabemos, a colonização europeia
implicou a aniquilação de diversas culturas e tradições. Algumas
comunidades foram totalmente extintas por tentarem resistir à
dominação empreendida pelos colonizadores. De acordo com
estimativas, somente no Brasil, antes da chegada dos portugueses,
existia 5 milhões de indígenas. Atualmente, eles não correspondem a
metade dessa população.

O Darwinismo Social também apresenta uma forte associação com a


disseminação das ideias racistas. Como já foi dito, essa teoria
pregava a existência de sociedades superiores às outras. E a
atribuição do status de superioridade estava sempre associada às
comunidades brancas, europeias. Os povos negros, comunidades
indígenas e orientais sempre ocupavam estratos mais baixos na
hierarquização promovida por essa teoria.

Na história da humanidade, o pressuposto de superioridade racial


esteve presente no nazismo, ocorrido na Alemanha, e no fascismo,
que se deu na Itália. No primeiro caso, foi marcante a perseguição
e morte de milhares de judeus, além de homossexuais e negros, que
eram vistos como inferiores. Para a ideologia nazista, liderada
por Adolf Hitler, a raça ariana possuía o status de superioridade
frente as demais. O fascismo italiano, por sua vez, pregava o ideal
de pureza racial e afirmava que a mistura entre raças era uma forma
de contaminação.
Diferente do que era pregado pelo Darwinismo Social e pelas
ideologias estruturadas a partir dessa doutrina, a existência de raças
humanas nunca foi cientificamente comprovada. Pelo contrário, a
ciência reconhece a existência de apenas uma raça, a raça humana.
Contudo, socialmente, são observadas desigualdades e hierarquias
entre grupos de indivíduos que possuem traços fenotípicos distintos.
É o que acontece no Brasil, por exemplo, onde pessoas negras
ocupam as piores posições no que diz respeito à garantia de direitos
humanos, como saúde, educação, segurança e outros.

A Conferência de Berlim, proposta pelo Chanceler alemão Otto von Bismarck (1815-
1898), foi uma reunião entre países para dividir o continente africano.

Estiveram presentes as nações imperialistas do século XIX: Estados Unidos, Rússia,


Grã-Bretanha, Dinamarca, Portugal, Espanha, França, Bélgica, Holanda, Itália, Império
Alemão, Suécia, Noruega, Império Austro-Húngaro e Império Turco-Otomano.

Note que alguns países participantes não possuíam colônias na África, como o império
Alemão, Império Turco-Otomano e Estados Unidos. No entanto, cada um deles tinha
interesse em obter um pedaço do território africano ou garantir tratados de comércio.
Causas da Conferência de Berlim

Aspecto da Conferência de Berlim com o grande mapa da África è esquerda e Bismarck


sentado ao centro

A Conferência de Berlim foi realizada entre novembro de 1884 e fevereiro de 1885, na


Alemanha. Presidida pelo chanceler do Império Alemão Otto von Bismarck, o evento
durou três meses e todas as negociações eram secretas, como era habitual naqueles
tempos.

Oficialmente, a reunião serviria para garantir a livre circulação e comércio na bacia do


Congo e no rio Níger; e o compromisso de lutar pelo fim da escravidão no continente.

Contudo, a ideia era resolver conflitos que estavam surgindo entre alguns países pelas
possessões africanas e dividir amistosamente os territórios conquistados entre as
potências mundiais.

Todos tinham interesse em adquirir a maior parte de territórios, visto que a África é um
continente rico em matérias-primas.

Embora os objetivos tenham sido alcançados, a Conferência de Berlim, gerou diversos


atritos entre os países participantes. Vejamos alguns deles:

Bélgica
O rei Leopoldo II escolheu para si um território isolado e de difícil acesso, no centro do
continente. Sua intenção era possuir uma colônia tal qual seus pares europeus, para
inscrever a Bélgica como uma nação imperialista, como a Inglaterra e a França.

Dessa maneira, o Congo belga fazia fronteira com várias colônias de outras nações e
isso geraria conflitos no futuro.

França x Inglaterra

A França disputava com a Inglaterra a supremacia colonial tanto na África quanto na


Ásia. Por isso, as duas nações esforçavam-se para fincar suas estacas na maior
quantidade possível de território no continente africano.

A Inglaterra contava com sua poderosa esquadra naval, a maior da época, para
pressionar e influenciar os resultados das negociações.

Por sua parte, a França foi negociando tratados com os chefes tribais ao longo do século
XIX e usou este argumento para garantir territórios no continente africano.

Essa técnica era usada por todos as nações que ocuparam a África. Os europeus
aliavam-se a certas tribos e as ajudavam a combater seus inimigos promovendo guerras.

Veja também: Imperialismo na África

Consequências da Conferência de Berlim


Como consequência, o território africano foi dividido entre os países integrantes da
Conferência de Berlim:
Mapa da África após a Conferência de Berlim

 Grã-Bretanha: suas colônias atravessavam todo o continente e ocupou terras desde o norte
com o Egito até o sul, com a África do Sul;
 França: ocupou basicamente o norte da África, a costa ocidental e ilhas no Oceano Índico,
 Portugal: manteve suas colônias como Cabo Verde, são Tomé e Príncipe, Guiné, e as regiões
de Angola e Moçambique;
 Espanha: continuou com suas colônias no norte da África e na costa ocidental africana;
 Alemanha: conseguiu território na costa Atlântica, atuais Camarões e Namíbia e na costa
Índica, a Tanzânia;
 Itália: invadiu a Somália e Eriteia. Tentou se estabelecer na Etiópia, mas foi derrotada;
 Bélgica: ocupou o centro do continente, na área correspondente ao Congo e Ruanda.

Veja também: Imperialismo e Colonialismo


Por sua vez, a liberdade comercial na bacia do Congo e no rio Níger foi garantida; assim
como a proibição da escravidão e do tráfico de seres humanos

A Conferência de Berlim foi uma vitória diplomática do chanceler Bismarck. Com a


reunião, ele demonstrava que o Império Alemão não podia ser mais ignorado e era tão
importante quanto o Reino Unido e a França.

Igualmente, não solucionou os litígios de fronteiras disputados pelas potências


imperialistas na África e levariam à Primeira Guerra Mundial (1914-1918).

O conflito foi travado entre dois grandes blocos: Alemanha, Áustria e Itália (formavam
a Tríplice Aliança), e França, Inglaterra e Rússia (formavam a Tríplice Entente).

Como a África era considerada uma extensão desses países europeu, o continente
também se viu envolvido na Grande Guerra Mundial, com os nativos integrando os
exércitos nacionais.

Essa nova configuração do continente africano feito pelas potências mundiais,


permaneceu até o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Após esta data
eclodiram vários movimentos de independência em diversos países africanos.

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