Você está na página 1de 18

História

Prof. Pedro Oliveira

1
O século XIX foi um período revolucionário
da História da Europa e uma época de
grandes transformações em todos os
domínios da vida. Os direitos humanos e
civis, a democracia e o nacionalismo, a
industrialização e os sistemas de mercado
livre deram origem a uma era de mudança e
oportunidade.

No final do século, a Europa atingiu o auge


de seu poder global. Porém, tensões sociais
e rivalidades internacionais agravaram-se,
explodindo num conflito no início do
século XX.
Mapa da Europa após o
Congresso de Viena – 1815

Note que alguns países que


conhecemos hoje, como a
Alemanha e a Itália, não existiam
como nações independentes,
eram apenas pequenos reinos de
cultura e costumes comuns.
Com o advento da Revolução Francesa (1789 a
1793) e da Era Napoleônica (1799 a 1815), o
velho modelo do Absolutismo
Monárquico começou a ruir, abrindo espaço para
o nacionalismo, que prevaleceria durante a
segunda metade do século XIX e a primeira
metade do século XX, estendendo-se da Europa
para outras regiões do mundo. Junto a esse
modelo, que, além de implicações políticas,
também tinha influência nas esferas de ordem
cultural e social, sobreveio o fenômeno
do imperialismo.
O nacionalismo corresponde ao sentimento de
pertencer a uma cultura, a uma localidade, a um
povo específico e ganhou valor na Europa e nos
Estados Unidos, a partir do século XVIII, com a
construção de um Estado-nação mais
democrático – cidadãos em vez de súditos –, por
influência do Iluminismo.

O nacionalismo como aspecto político identificou-se


integralmente com a soberania do Estado-
nação, principalmente por meio do cidadão comum,
que passou a lutar por seu país como um corpo
nacional único – uma nação.
A partir do século XIX, o nacionalismo passou a compreender um conjunto de ideias, sentimentos
e atitudes no campo político, a fim de difundir e proteger a soberania do Estado-nação diante do
inimigo externo e da conquista do Estado democrático de direito. A ideologia nacionalista ganhou
cada vez mais corpo e força com a herança cultural, com a noção de pertencimento a um povo e
com a definição política das fronteiras nacionais.
Durante o século XIX, a Europa passou por um intenso
processo de industrialização, que se espalhou por países
como Inglaterra, França, Bélgica, Holanda, Itália e
Alemanha. Este processo ficou conhecido como Segunda
Revolução Industrial, e provocou uma grande
transformação nos processos de produção desses países.

Surgiram as primeiras grandes corporações industriais,


que necessitavam de matéria-prima para produzir e de
mercados para comercializar seus produtos, dentro da
nova lógica de desenvolvimento do capitalismo.
Nações capitalistas, como os Estados
Unidos e Alemanha, precisavam, dessa
forma, procurar novos mercados
consumidores para além dos territórios
europeus, assim como precisavam
buscar matéria-prima para viabilizar
a produção fabril. 

Iniciou-se, assim, o que ficou conhecido


como imperialismo: a busca por novos
territórios mediante políticas de
expansão e domínio territorial,
econômico e cultural de uma nação
sobre outra.
Os países europeus já tinham interesses
no continente africano desde o início do
século XIX.

No entanto, o momento considerado


determinante para o estabelecimento dos
grandes impérios coloniais foi
a Conferência de Berlim, realizada na
capital alemã entre 1884 e 1885,
liderada pelo chanceler germânico Otto
von Bismarck.
O encontro foi organizado para mediar os interesses das
potências europeias sobre o território africano. Era uma
resposta, principalmente, à ação de ocupação de uma
extensa área pelo rei da Bélgica, Leopoldo II - onde, hoje, fica
a República Democrática do Congo.

O resultado da Conferência de Berlim foi a divisão da África


entre os países da Europa, o que foi responsável
por estabelecer boa parte das fronteiras do continente, sem
respeitar traços culturais, étnicos e religiosos, além da
própria organização já existente entre os africanos .
Conferencia de Berlim – 1884 - 1885
Eugenia
O termo foi criado pelo cientista inglês
Francis Galton (1822 - 1911), em 1883.
A palavra eugenia deriva do grego e
significa "bom em sua origem ou bem
nascido".

A eugenia defende que raças superiores e


de melhores estirpes conseguem
prevalecer de maneira mais adequada ao
ambiente.
Social Darwinismo

O Darwinismo Social prega uma ideia de hierarquia entre as sociedades. Desse modo, seria
possível falar que determinada sociedade é superior a outra. Essa hierarquização estaria associada
a uma dinâmica competitiva existente entre os indivíduos. Nesse contexto, somente aqueles que
apresentam maior aptidão física e intelectual seriam capazes de sobreviver socialmente. Com as
sociedades, as mais desenvolvidas teriam a função legítima de governar as demais.
Crianças congolesas amputadas pelo regime de Leopoldo II
Zoológicos humanos foram comuns por toda a Europa
Questões

1- Na sua visão, quais são as consequências da dominação


europeia sobre o continente africano?

Você também pode gostar