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Integrantes: Ana Beatriz Soares 3º B

● Teoria sobre a criação do estado:

A criação do estado foi fundamentada principalmente por Thomas Hobbes, John


Locke e Jean-Jacques Rousseau. Suas teorias se baseiam na afirmação de que a
construção de um Estado partiu da vontade do povo através de um Contrato Social,
ao clamar por segurança e direitos individuais.

Thomas Hobbes(1588- 1679) fundamenta sua teoria política em que os homens


viviam em um estado de guerra de todos contra todos(“O lobo é o lobo do homem”).
Para ter segurança os homens dispuseram-se de tal “liberdade” para estabelecer
um contrato, deixando para um terceiro a determinação do justo e injusto, a
imposição da ordem e claro a garantia dos direitos naturais, fazendo assim surgir o
Estado, o soberano.

Para John Locke(1632- 1704), o estado de natureza era onde havia igualdade,
porém, os direitos naturais, que seriam: a vida, a liberdade e a propriedade privada
(essa provém do trabalho), eram constantemente violados, cada homem era o juiz
de sua própria causa. Para que seus direitos fossem cumpridos e para uma ordem
igual a todos para resolução dos conflitos, o homem abre mão de sua liberdade para
criar uma sociedade política. Locke ainda começou a elaborar um sistema
político(Poder Executivo, Poder Legislativo e Poder Judiciário) porém, quem
esquematizou e estruturou foi Barão de Montesquieu.

Jean- Jacques Rousseau (1712-1778) foi quem deu o nome “Contrato Social” para
essa transferência de competência de poderes. Para ele, com o nascimento da
propriedade privada surge a desigualdade social, e assim, o Estado deve garantir o
direito individual. Rousseau falava ainda da “vontade geral”, essa é obtida através
da vontade da maioria, o bem comum. A soberania passa a ser popular, as leis
devem ser obedecidas, pois são frutos do interesse popular, ou seja, da maioria.

● As críticas ao estado no século XIX:

A ideia de Estado-nação nasceu na Europa em finais do século XVIII e inícios do


século XIX. Provém do conceito de "Estado da Razão" do Iluminismo, diferente da
"Razão de Estado" dos séculos XVI e XVII. A ideia de pertencer a um grupo com
uma cultura, língua e história próprias, a uma nação, foi sempre uma das marcas
dos europeus nos últimos séculos, ideal que acabariam por transportar para as suas
projecções coloniais. Há um efeito psicológico na emergência do Estado-nação, pois
a pertença do indivíduo a tal estrutura confere-lhe segurança e certeza,
enquadramento e referência civilizacional. O Estado-nação afirma-se por meio de
uma ideologia, uma estrutura jurídica, a capacidade de impor uma soberania, sobre
um povo, num dado território com fronteiras, com uma moeda própria e forças
armadas próprias também. É na sua essência conservador e tendencialmente
totalitário. Entretanto, para Marx, por exemplo, o Estado não é um contrato entre
indivíduos (segurança, direito à propriedade, liberdade), ele é um instrumento que a
classe dominante (burguesia) manuseia para a manutenção do seu poder
econômico e político. A liberdade é uma ilusão numa sociedade organizada por um
Estado. O Estado deve ser utilizado de forma provisória e ser superado em direção
à uma sociedade onde deixem de existir a exploração de um pelo outro, onde há
liberdade e igualdade de fato, sem classes sociais, sem propriedade privada, rumo a
uma verdadeira democracia, onde o poder será exercido diretamente pelo povo.

● O processo da revolução industrial inglesa:

O pioneirismo da Inglaterra se deve a vários fatores, como o acúmulo de capitais e


grandes reservas de carvão. Com seu poderio naval, abre mercados na África, Índia
e nas Américas para exportar produtos industrializados e importar matérias-primas.
Ao longo dos séculos XVI, XVII E XVIII, houve o acúmulo de capitais nas mãos de
um pequeno grupo investidor. Esses capitais provinham do comércio colonial, do
contrabando, do tráfico de escravos, de transações com outros países, igualmente
acumuladas através de operações no setor da produção agrícola.

Os setores empresariais dispunham de mão-de-obra numerosa e dependente, pois


desvinculada dos meios e instrumentos de produção. Essa mão-de-obra crescia em
função do aumento demográfico causado pela diminuição do índice de mortalidade
e manutenção de alto índice de natalidade, pelo êxodo rural provocado pelos
“enclosures” que criavam numerosos indivíduos sem emprego, e pela falência das
corporações de ofício, o que, posteriormente, foi ampliado com o declínio das
manufaturas.

Com a mecanização, aumentando a produção e os lucros, as indústrias se


expandiram, embora determinados setores da produção industrial conhecessem
progressos mais rápidos do que os verificados em outros setores.

No setor dos transportes, duas invenções foram importantíssimas: o navio a vapor,


construído por Robert Fulton (1807), e a locomotiva a vapor, idealizada por George
Stephenson (1814).

Fatores que facilitaram o pioneirismo inglês:

1. Acúmulo de capital.
2. Controle de campo.
3. Crescimento populacional.
4. Reservas de carvão.
5. Situação geográfica.

Fases da Revolução Industrial:

As transformações tecnológicas, econômicas e sociais vividas na Europa Ocidental,


inicialmente limitadas à Inglaterra, em meados do século XVIII, tiveram diversos
desdobramentos, os quais podemos chamar de fases. Essas fases correspondem
ao processo evolutivo das tecnologias desenvolvidas e as consequentes mudanças
socioeconômicas. São elas:

❖ Primeira Revolução Industrial;


❖ Segunda Revolução Industrial;
❖ Terceira Revolução Industrial."

A Primeira Revolução Industrial representou uma nova organização no modo


capitalista. Nesse período houve um aumento significativo de indústrias, bem como
o aumento significativo da produtividade. Esse processo culminou no crescimento
desenfreado das cidades e na marginalização de boa parte da população. Nessa
fase, também, a sociedade organizou-se em dois pólos: de um lado a burguesia e
do outro o proletariado.

A Segunda Revolução Industrial teve como principais consequências, mediante o


maior avanço tecnológico, o aumento da produção em massa em bem menos
tempo, consequentemente o aumento do comércio e modificação nos padrões de
consumo; muitos países passaram a se industrializar, especialmente os mais ricos,
dominando, então, economicamente diversos outros países. Assim, surgiram as
grandes cidades e com elas também os problemas como superpopulação; aumento
das doenças; desemprego e aumento da mão de obra barata e novas relações de
trabalho.

A Terceira Revolução Industrial e a nova integração entre ciência, tecnologia e


produção possibilitaram avanços na medicina; a invenção de robôs capazes de
fazer trabalho extremamente minucioso e preciso; houve avanços na área da
genética, trazendo novas técnicas que melhoraram a qualidade de vida das
pessoas; bem como diminuição das distâncias entre os povos e a maior difusão de
notícias e informações por meio de novos meios de comunicação; o capitalismo
financeiro consolidou-se e houve aumento do número de empresas multinacionais.

E não menos importante, todas essas transformações possibilitadas pela Revolução


Industrial como um todo transformaram o modo como o homem relaciona-se com o
meio. A apropriação dos recursos naturais para viabilizar as produções e os
avanços tecnocientíficos tem causado grande impacto ambiental.
● Conclusão:

Sob o exposto, conclui-se que o estado nasce através da vontade do povo ao


clamar por direitos de igualdade. A partir disso foram instituídas leis e diretrizes para
garantir o justo em sociedade, fazendo concentração da decisão de justo e injusto
sob um, o soberano Estado. Noutrora, a humanidade violava tais atos de justiça
sendo cada ser autônomo politicamente desregulamentando o direito social, à
segurança e à justiça da sociedade que vivia. Jean-Jacques Rousseau, filósofo que
deu o nome “Contrato Social” para tal competência de poderes, descreve a
necessidade do Estado de garantir direito individual evitando a desigualdade assim
causando o Bem Comum. A soberania deve ser popular e leis devem ser
estabelecidas e cumpridas pois são frutos da sociedade em massa, da maioria.
Para Marx o estado não passa de um instrumento que a classe burguesa manuseia
com intenção da manutenção de seu poder econômico e político. Visto que o estado
deve ser usado de forma provisória e superado para que exista uma sociedade
onde deixe de existir a exploração de um por outro, o que converge com o processo
da revolução industrial britânica onde existia exploração agravada em diversas
regiões, devido a exploração de grandes reservas de carvão e de suas fábricas de
mão de obra dependente causadas pelas mortes e lesões fabris.

Bibliografia:

➔ https://camifolis.jusbrasil.com.br/artigos/502642355/analise-filosofica-sobre-a
s-teorias-de-criacao-do-estado
➔ https://www.infopedia.pt/apoio/artigos/$estado-nacao#:~:text=A%20ideia%20
de%20Estado%2Dna%C3%A7%C3%A3o,dos%20s%C3%A9culos%20XVI%
20e%20XVII.
➔ http://olhosideral.blogspot.com/2017/10/marx-as-criticas-ao-estado-no-seculo-
xix.html#:~:text=Para%20Marx%2C%20o%20Estado%20n%C3%A3o,seu%2
0poder%20econ%C3%B4mico%20e%20pol%C3%ADtico.
➔ https://brasilescola.uol.com.br/historiag/revolucao-industrial.htm#:~:text=A%2
0Revolu%C3%A7%C3%A3o%20Industrial%20foi%20iniciada,por%20James
%20Watt%2C%20em%201765.
➔ https://monografias.brasilescola.uol.com.br/historia/revolucao-industrial.htm

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