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XIX-XXI
A revolução industrial foi um conjunto de mudanças que aconteceram na Europa nos séculos
XVIII e XIX.
À principal particularidade dessa revolução foi a substituição do trabalho artesanal pelo
assalariado e com o uso das máquinas.
Até o final do século XVIII a maioria da população europeia vivia no campo e produzia o que
consumia. De maneira artesanal o produtor dominava todo o processo produtivo.
Socialistas utópicos
São os primeiros socialistas a formularem críticas profundas ao processo industrial, apesar de o
fazerem impregando alguns valores liberais e atacando somente a grande propriedade.
Acreditavam poder haver acordo entre as classes, daí que elaboraram soluções que nunca
chegaram a constituir uma doutrina ou realidade, se não simples modelos idealizados, daí o nome
de utópicos.
Perante as propostas dos socialistas utópicos que procuravam conciliar numa sociedade ideal os
princípios liberais e as necessidades emergentes do proletariado, os marxistas introduziram o
socialismo científico, trazendo propostas revolucionárias do proletariado.
Este grupo de socialistas foi encabeçada por Karl Marx.
Karl Marx (1818- 1883), causou uma revolução na economia e nas ciências sociais em geral. Mas
foi no Manifesto do partido comunista , escrito em colaboração com F. Engels, que Marx faz
interpretação sócio-econômica da história ( materialismo histórico) ou seja, a luta das classes e de
mais-valia e a revolução socialista.
O materialismo histórico alega que toda sociedade é determinada, em última instância, pelas
suas condições sócio-econômicas ( infraestrutura). Assim, às instituições, a política, à ideologia e
a cultura como um todo, compõem o que Marx chamou de superstrutura . Para ele, o agente
transformador da sociedade é a luta de classes, o antagonismo entre exploradores e explorados,
resultado da estrutura produtiva, especialmente da propriedade privada. Tais classes, segundo
Marx, ao longo da história apresentam interesses opostos, o que induz as lutas e as transformações
sociais.
Mais valia é o valor da riqueza da produzida pelo operário além do valor remunerado da sua força
de trabalho, diferença essa apoderada pelos proprietários capitalistas, caracterizando a exploração
operária. Daí que Marx, considerava ser inevitável a ação política do proletariado, a revolução
socialista que inauguraria a construção de uma nova sociedade.
Seriam instalados o controlo do estado pela ditadura do proletariado e a socialização dos meios de
produção, eliminando-se a propriedade privada, e na etapa posterior, na meta seria o comunismo,
que representaria o fim de todas as desigualdades sociais e econômicas e , consequentemente, o
fim do estado. Nesta etapa, devido a maior produção, cada um faria segundo sua capacidade e
acaba um dar-se-ia segundo suas necessidades.
Socialismo científico foi assim chamado porque se propôs partir de uma análise correta e rigorosa
da sociedade.
Para Marx, Estado é uma máquina ou instrumento (superestrutura ) ao serviço da camada
exploradora.
Liberalismo econômico
baseava-se no liberalismo político que partia do pressuposto de que o homem como se basta a si
mesmo como indivíduo, ou seja, a pessoa como ideal absoluto.
O liberalismo econômico vinculado às correntes liberais, era sempre conversador ,
antidemocrático e partidário de um despotismo esclarecido e, acima de tudo, era uma doutrina dos
poderosos, marcada por um forte individualismo.
Consequências trazidas pelos liberalismo político e econômico: miséria, falta de legislação laboral
ou inspeção estatal, jornadas de trabalho superior a 14 horas, preferência dos indústrias pelo
trabalho de mulheres e crianças para obtenção de mais lucros.
O Congresso de Viena serviu para manter a Europa a salvo de grandes enfrentamentos até a
Primeira Guerra Mundial, em 1914.
Em abril do mesmo ano, Bonaparte abdica do trono francês e parte para o exílio na ilha de Elba, na
costa italiana.
Posteriormente, a convite das potências vitoriosas, outros países aderiram ao tratado, como França,
Suécia, Portugal e Espanha.
O Tratado de Chaumont estabelecia que todos os governos deveriam enviar representantes para um
encontro internacional que seria realizado em Viena.
No entanto, neste meio tempo, Bonaparte escapa da ilha de Elba e tenta derrotar seus inimigos ao
travar a Batalha de Waterloo. A estratégia falha e o antigo imperador abdica e é preso pelos
britânicos
Santa Aliança
Antes da realização do Congresso de Viena, o Imperador russo Alexandre I propôs a criação da
Santa Aliança. Esta seria formada pela Prússia, Áustria e Rússia. Posteriormente, a Grã-Bretanha
seria incorporada.
Por isso, ficou decidido que estas quatro nações seriam as responsáveis pelas decisões sobre o
futuro dos territórios que haviam sido conquistados por Napoleão Bonaparte.
Diante a reação dos demais países, a abertura do Congresso de Viena, prevista para 24 de setembro,
só ocorreu em 11 de novembro.
Da mesma maneira foram debatidos temas como a abolição do tráfico de escravos e do uso da mão
de obra escrava nas colônias americanas.
Decisoes tomadas
Entre as principais decisões do Congresso de Viena estão a reorganização territorial europeia e o
isolamento da França como forma de evitar novas guerras.
Para solucionar as ocupações ocorridas durante o Império Napoleônico, entre 1815 e 1822, surgiu
uma ordem baseada na cooperação de estados, modelo que aparecia pela primeira vez na história.
O novo sistema buscava equilibrar o poderio das nações europeias, realizando uma política de
aliados e compensações territoriais.
O Congresso de Viena, neste sentido, foi eficiente, pois a Europa só entraria numa guerra total um
século mais tarde com a Primeira Guerra Mundial em 1914.
Nacionalismo
Desenvolvimento do nacionalismo
Este fenômeno passou a ser assimilado pelas forças políticas que haviam absorvido os ideais
iluministas de rejeição do Antigo Regime absolutista e que procuravam a construção de um Estado
nacional de viés democrático e constitucional, no qual seus membros fossem cidadãos, e não
súditos do rei.
Nesse sentido, o sentimento nacional do século XIX alcançou a condição de ideologia política.
Diferentemente dos Estados nacionais europeus que se formaram nos séculos XVI e XVII, os
Estados Nacionais do século XIX identificavam sua soberania no contingente de cidadãos que
compunham a nação, e não na figura do monarca. Por esse motivo, a tendência ao regime político
republicano tornou-se comum nesse período.
Além dessas características, há também um elemento indispensável para o entendimento do
nacionalismo: a formação do exército nacional por cidadãos comuns, e não por aristocratas e
mercenários, como ocorria nos Estados absolutistas. O exército napoleônico foi o primeiro grande
exército nacional composto por pessoas que lutavam pela “ nação francesa ” e identificavam-se
como membros de um só “corpo nacional”, de uma só pátria.
Consequências
Entretanto, o desenvolvimento dessa forma de organização política combinado com o advento das
massas (grande aglomerado de pessoas em centros urbanos), que foi provocado pela Revolução
Industrial, culminou, nas primeiras décadas do século XX, na Primeira Guerra Mundial e,
posteriormente, na ascensão de regimes totalitários de viés nacionalista extremista, como o nazismo
e o fascismo.
As teorias racistas e defensoras da superioridade da raça ariana (branca) e da escolha do povo
alemão como um povo encarregado de construir um império mundial, elaboradas pelo nazismo,
foram variantes catastróficas da ideologia nacionalista.