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Aluna: Beatriz Escalhorda Santos
11ºG nº4
ÍNDICE
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GLOSSÁRIO DE CONCEITOS:
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Estandardização – Uniformização dos artigos de forma a permitir o fabrico em série e a
produção em massa. Por sua vez, o trabalho de produção é dividido numa série de
pequenas tarefas, também elas estandartizadas.
Imperialismo* – Domínio que um Estado exerce sobre outros países, a título militar,
político, económico e cultural.
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Nacionalismo – Sentimento de pertença de um povo a uma comunidade dotada de língua,
religião, tradições culturais e passado histórico comuns. Identificado com o patriotismo, o
nacionalismo tanto justifica o direito dos povos à autogovernação como pode fundamentar
uma política belicista de conquistas territoriais e de racismo para com as minorias.
Profissões Liberais – Profissões exercidas por conta própria, cujos membros dependem de
uma Ordem, isto é, de um organismo profissional que lhes impõem regras. Ex.: médicos,
advogados, contabilistas, engenheiros, etc.
Soberania Nacional* – Princípio decorrente da Filosofia das Luzes, segundo o qual a fonte
de poder político reside na Nação. Esta poderá exercê-lo de forma direta ou por delegação
nos governantes (elegendo-os, por exemplo), considerados seus representantes.
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Socialismo* – Teoria, doutrina ou prática social que defende a supressão das diferenças
entre as classes sociais, mediante a apropriação pública dos meios de produção e a sua
distribuição mais equitativa. As teorias socialistas remontam à Antiguidade e
encontraram eco no Renascimento, em T.More e Campanella. No século XIX, o socialismo
ressurgiu quando vários pensadores denunciaram as deficiências do capitalismo,
criticaram as injustiças sociais e apresentaram soluções de alternativa.
Sufrágio Censitário – Modalidade de voto restrito em que este só pode ser exercido pelos
cidadãos que pagam ao Estado uma determinada quantia em dinheiro relativa a
contribuições diretas (impostos) – o chamado censo.
Sufrágio Universal – Direito de todos os cidadãos, sem distinção de sexo, raça, fortuna ou
instrução, votarem em eleições para a escolha dos representantes políticos.
*conceito estruturante
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Cronologias e Acontecimentos:
Época Contemporânea
7
Liberalismo em Portugal
8
O legado de liberalismo na 1ª metade do Séc. XIX
9
A sociedade industrial e burguesa
10
Evolução democrática, nacionalismo e imperialismo
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Tarefas:
Página 101, 2.º manual
1. Após a análise do Doc.A ressalto os seguintes exemplos de influência da conjuntura
europeia no destino político de Portugal: em 1820, o triunfo liberal em Espanha;
em 1822, a Independência do Brasil; e em 1830, a Revolução liberal de França.
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9. Enquanto militar miguelista, estava ocorrente das medidas absolutistas de D.
Miguel.
12. A convenção de Évora Monte, foi apelidada de "Concessão de Évora Monte" por
alguns liberais devido ao facto desta Convenção ainda conceder privilégios, embora
que não tão fortes e poderosos, a D. Miguel e perdoar os delitos políticos cometidos
desde 31 de julho de 1826.
• Cariz Agrícola - Redução dos dízimos nos Açores a cereais, laranjas e outras
frutas, bem como a extinção dos demais dízimos.
• Cariz Comercial - Imposição de 1% do direito de saída sobre o valor das
mercadorias de produção, indústria ou manufatura nacional exportadas
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para terra estrangeira; Imposição por uma única vez uma contribuição
sobre negociantes, proprietários e capitalistas do Porto de 200 contos de
réis.
• Cariz Financeiro - Abolição dos morgadios e capelas cujos rendimentos
líquido não chegassem aos 200$00 réis; Abolição do pagamento de sisos, com
exceção das vendas ou trocas de bens raiz; Extinção dos dízimos, dos bens
da coroa, dos forais e das doações desses bens.
• Cariz Judicial - Imposição do levantamento dos sequestros feitos aos bens
dos portugueses residentes no continente; Abolição da pena de confiscação
em qualquer delito; Fazer aplicáveis nos Açores os decretos sobre a abolição
da escravatura; Extinção das milícias em Portugal; Amnistia geral a delitos
políticos com as suas exceções.
• Cariz Administrativo - Instituição do Registo Civil; Extinção do privilégio
exclusivo da Companhia das Vinhas do Alto Douro de vender vinhos e
fabricar aguardentes; Nova divisão do território.
• Cariz Cultural - Declaração da abertura das aulas ou do ensino por casas
particulares; Instituição da Biblioteca Pública do Porto.
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2. Após a análise do Hina da Maria da Fonte, Doc.33A, encontro frases reveladoras
de:
• Ódio à governação de Costa Cabral - "Para matar os Cabrais / Que são falsos á
nação".
• Caráter insurrecional do movimento popular - "Com as pistolas na mão" e "Com
as pistolas à cinta".
• Origem geográfica do movimento - "Glória ao Minho que primeiro/ O seu grito
fez soar".
3. Os principais motivos da revolta da "Maria da Fonte", presentes no Doc.33C, são:
O descontentamento popular com a instabilidade política e o aumento dos
impostos, "De há muito descontentes com a instabilidade política e com o
agravamento da carga fiscal"; e o descontentamento dos camponeses com a
proibição dos enterramentos nas igrejas, "(…) foi a Lei Da Saúde Pública, que
proibia os enterramentos nas igrejas e alterava os hábitos culturais dos
camponeses, que deflagrou a ira dos trabalhadores rurais".
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Carta Constitucional, as Leis e o sistema estabelecido que lhes conferia
Liberdade.
9. Uma resposta que poderia ser redigida pelo autor do artigo do jornal católico às
afirmações proferidas por E.Quinet seria a de que a escola/ensino laico exclui da
mente das crianças as orações e os preceitos da moral cristã, levando-os ao
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anticlericalismo e à consequente perda dos "bons e renomados" costumes da
Igreja.
5. H.Ford considera que o sucesso de um empresário depende dos salários que paga.
Com base no doc.11, Ford elevou os salários permitindo aos operários aspirarem
a comprar um automóvel, que a empresa disponibilizava em prestações suaves,
recuperando, assim, parte do montante despendido nos salários.
1. Dois dos fatores que favoreceram a siderurgia alemã são: o facto dos materiais
serem modelados por fábricas novas nos Estados Unidos e o facto de disporem de
condições naturais particularmente favoráveis, próximas do carvão, como as bacias
de Sarre e do Rur.
2. Após uma análise do doc.6, verifico o seguinte: que os Estados Unidos se destacam
positivamente, apresentando um aumento significativo face aos anos que iam
passando, enquanto que em países como o Japão o surgimento é tardio e pouco
significativo; e que num balanço geral, todos os países representados no gráfico
sofreram um aumento na produção, com o passar dos anos.
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com os outros desenvolvimentos, verificamos que este é um aumento pouco
significativo, sendo mesmo a exploração com menor desenvolvimento.
6. Três dos indicadores da pujança económica dos Estados Unidos são: os recursos
naturais (minérios e combustíveis fósseis muito presentes neste território); as
grandes facilidades de escoamento e o grande dinamismo social e liberalismo
económico.
Dossiê, página 37
1. As cinco maiores potências industriais em 1880 são por ordem decrescente: Reino
Unido, Estados Unidos e Canadá, Alemanha, França e Rússia.
3. Duas das razões que justificam a evolução do volume de tráfico nos pontos da
Europa Ocidental, doc.C, são: a melhoria nos navios comerciais, não só a nível de
uma maior durabilidade mas também na capacidade de carga; e a facilidade de
acesso aos diversos pontos Europeus.
5. Podemos explicar a afirmação “A Europa ocidental […] controla com o seu dinheiro
a riqueza de todo o mundo” partindo dos documentos D e E, Assim sendo,
verificamos que a Europa é composta por diversos países capitalistas, de grande e
velha fortuna; é possuidora das terras além-mar; Têm interesses em extensos
territórios cultivados por indígenas de África, da China e até da própria Europa e
América; São acionistas de minas e de fábricas, onde obtém grandes lucros,
enriquecendo desta maneira “à custa do trabalho alheio”. Para além desses fatores
a Europa é a principal responsável pelos investimentos no estrangeiro em 1914,
doc.E.
6. A Grã-Bretanha tirava partido do seu poder económico para obter elevados cargos
económicos em países que não eram o seu, de forma a poder estabelecer as suas
regras e regimes, e principalmente, de forma a criar ligações comerciais e não só
com o seu país. Podemos verificar estes fatores analisando o caso egípcio, Doc.F: “o
verdadeiro senhor do Egito era o ministro da Inglaterra[…]” e “Foi ele que instituiu
no Egito esse regime sem precedentes e sem analogias que um dos seus
colaboradores, Sir Alfred Milnén, classificou espirituosamente de “tão indefinível
como indefinido”.
7. Duas das vantagens que os extensos territórios coloniais traziam à Europa são: a
grande diversidade e quantidade de trocas comerciais, incluindo importações e
exportações; e o facto de ser o principal responsável pelos investimentos aos outros
países.
1. Três dos aspetos do movimento operário patentes no doc.33 são; a greve; as lutas
pelas condições de trabalho e a formação de sindicatos (Trade Unions).
2. A greve Inglesa de 1877 gerou-se devido à proposta da diminuição dos salários dos
homens, como forma de acabar com a depressão comercial e com a estagnação
industrial por parte dos patrões.
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horas nas minas e a indemnização das doenças profissionais bem como o seguro
contra os acidentes de trabalho.
4.
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Pesquisas:
Biografia:
D.Maria II:
Ficha Biográfica
Nome: Maria da Glória Joana Carlota
Leopoldina da Cruz Francisca Xavier de
Paula Isidora Micaela Gabriela Rafaela
Gonzaga.
Filhos: 11
Figura 1 - D.Maria II
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Visita a Portugal
→ Até os 7 anos de idade, Maria II de Portugal teve uma vida tranquila, desfrutando
da infância e do amor da família. A partir daí, enfrentou a morte repentina da mãe,
tendo o pai como alicerce.
→ Nesse meio tempo, o seu avô, D. Pedro VI, morreu em Portugal, passando a coroa
para o filho D. Pedro I, que se viu num impasse entre a escolha de ser imperador
do Brasil ou rei de Portugal.
→ D. Pedro I escolheu o Brasil, abdicando do trono de Portugal. Desta forma, a filha
Maria II de Portugal assumiu a coroa portuguesa com apenas com 7 anos de idade.
Cedência do Trono
Dom Pedro cedeu o seu trono a D.Maria, sua filha, com duas condições:
1. D. Maria deveria casar-se com o seu tio D.Miguel assim que atingisse a
maioridade.
2. D.Miguel deveria jurar a Carta Constitucional.
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Casamentos
1º casamento – Com seu tio, o infante Miguel, por procuração, em 29 de outubro de 1826.
Como correu? Foi o grande amor de D.Maria II; Foi o último casamento.
Filhos
→ Por conseguinte, teve onze filhos, sendo os mais velhos, Dom Pedro V e Dom Luís I,
reis de Portugal, nesta ordem.
→ Os demais filhos foram D. João, D. Maria Ana, D. Antónia, D. Fernando e D. Augusto.
→ Todavia, quatro de seus filhos morreram ao nascimento, sendo eles: D. Maria, D
Leopoldo, D Maria e D. Eugénio.
Morte da Rainha
A rainha Maria II morreu no dia 15 de novembro de 1853, no Paço das Necessidades, com
apenas 34 anos de idade, por consequência de um parto de risco.
Karl Marx:
Ficha Biográfica
Nome: Karl Heinrich Marx
Origem: Alemanha
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Quem foi?
→ Karl Marx (1818–1883) foi um filósofo e revolucionário socialista alemão.
→ Criou as bases da doutrina comunista, onde criticou o capitalismo.
→ A sua filosofia exerceu uma grande influência em várias áreas do conhecimento,
tais como a Sociologia, Política, Direito e Economia.
Vida
→ O casal mudou-se para Paris, onde Marx junto com Ruge fundou a revista "Anais
Franco-Alemãs", e publicou os artigos de Friedrich Engels.
→ Em outubro de 1842, mudou-se para Colônia, e assumiu a direção do jornal “Gazeta
Renana”, onde conheceu Friedrich Engels, mas logo após a publicação do artigo
sobre o absolutismo russo, o governo fechou o jornal.
→ Publicou também "Introdução à Crítica da Filosofia do Direito de Hegel" e "Sobre a
Questão Judaica". Nessa época, ingressou numa sociedade secreta.
→ Nos fins de 1844, Marx começou a escrever para o "Vornaerts", em Paris. As
opiniões desagradaram o governo de Frederico Guilherme V, imperador da Prússia,
que pressionou o governo francês a expulsar os colaboradores da publicação, entre
eles Marx e Engels. Em fevereiro de 1845, foi obrigado a sair da França e seguiu
para a Bélgica.
→ Karl Marx dedicou-se a escrever teses sobre o socialismo e manteve contato com o
movimento operário europeu. Fundou a "Sociedade dos Trabalhadores Alemães".
Junto com Engels, adquire um semanário e integra-se à "Liga dos Justos", entidade
secreta de operários alemães, com filiais por toda a Europa.
Manifesto Comunista
→ No Segundo Congresso da Liga dos Justos, Marx e Engels são solicitados para
redigir um manifesto. No dia 21 de fevereiro de 1848, com base no trabalho de
Engels, Os Princípios do Comunismo, Marx escreve o "Manifesto Comunista",
onde exprime as suas ideias sobre a luta de classe e o materialismo histórico.
→ Critica o capitalismo, expõe a história do movimento operário, e termina com um
apelo à união dos operários em todas as partes do mundo. Pouco tempo depois,
Karl e a sua mulher são presos e expulsos da Bélgica, instalando-se pouco tempo
depois em Londres.
→ Apesar da crise, em 1864, Marx voltou à atividade política e fundou a "Associação
Internacional dos Trabalhadores", que ficou conhecida como "Primeira
Internacional". Com a ajuda de Engels, publicou em 1867, o primeiro volume de
sua mais importante obra, "O Capital", em que sintetiza as suas críticas à
economia capitalista.
→ A principal obra de Karl Marx é “O Capital”, nele, Marx faz uma análise crítica ao
Capitalismo, sintetizando o modo de funcionamento da economia capitalista, e
mostrando que a mesma está baseada na exploração do trabalhador assalariado,
que produz um excedente que acaba por parar nas mãos do capitalista.
→ Segundo as teorias desenvolvidas por Karl Marx, o excedente deveria voltar para o
trabalhador, na forma de salário, numa percentagem do valor equivalente ao que
foi produzido, e a outra parte ficaria com o dono dos meios de produção. Essa seria
então, o que Marx chamou de “mais-valia”. Com a ajuda de Engels, o primeiro
volume foi publicado em 1867.
Figura 6 - O capital
O Marxismo
Morte
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Curiosidades de D.Maria II
A rainha amava tanto peças teatrais, que lhe foi construído um edifício de artes em seu
nome, o teatro D. Maria II, as obras ocorreram entre 1842 e 1846.
2º - Educadora
Maria II de Portugal ensinava com maestria, era considerada uma excelente educadora.
Dessa forma, mantinha a disciplina dos seus filhos com pulso firme, mas também com
compreensão e amor.
3º - Tirana
Durante o seu reinado, foi apelidada de Tirana, já que se tornou uma mulher forte que
não baixava cabeça a quem a enfrentasse.
4º - Parideira
D.Maria acreditava que a sua função era a de gerar herdeiros. Com isso em mente
engravidou cerca de 11 vezes, tendo tido diversas gestações de risco. Uma dessas
gestações acabou mesmo por lhe tirar a vida.
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Romantismo – Obras de arte:
Os Fuzilamentos de 3 de maio
Ficha Técnica
Nacionalidade: Espanhola
Elaboração: 1814
Representação:
Análise do Quadro
→ Goya não pintou o rosto dos militares franceses, como se quisesse demonstrar que
os soldados nada mais eram do que meras máquinas de guerra, impessoais e
anônimos, encarregados apenas de cumprir ordens, sem sequer as questionar.
→ O personagem central encontra-se de braços abertos, como se estivesse crucificado.
É um paralelo com a morte de Jesus Cristo. Com isto, o autor procurou transmitir a
ideia de que os inocentes foram assassinados pelos franceses. Esta ideia de inocência
é ainda reforçada com a vestimenta branca desse mesmo personagem.
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Linha Férrea Liverpool-Manchester
Em 1845, foi absorvida pelo seu parceiro de negócios principal, a Grand Junction
Railway (GJR); no ano seguinte a GJR fazia parte da “London and North Western
Railway”.
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Atentado de Sarajevo:
Acontecimento
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Resumos:
Ação reformadora da regência de Mouzinho da Silveira
Mouzinho da Silveira
Ação Reformadora
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Os projetos Setembrista e Cabralista
Antecedentes da Revolução
Apoiantes
Populares e militares constituíram-se como a base social de apoio, que contou, também,
com o apoio da burguesia industrial urbana e dos pequenos e médios comerciantes.
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Como tudo começou?
→ Visconde Sá da Bandeira;
→ Passos Manuel – Figura 3.
→ José Estevão – Figura 4.
Passos Manuel
→ Declarou-se mais democrático,
empenhando-se na valorização da
Soberania Nacional e na redução da
intervenção régia.
→ No Governo Setembrista, sobraçou as
pastas do Reino, da Fazenda e da Justiça,
devendo-se-lhe uma obra notável no setor
da educação, das finanças e da
administração.
Figura 3 - Passos Manuel (1801-1862)
José Estevão
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A Atuação do Governo Setembrista – Medidas
→ Constituição de 1838.
→ Na economia.
→ Reformas no Ensino.
2.ª - Na Economia:
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Fim do Setembrismo - Causas
→ Golpe do ministro da Justiça Costa Cabral, através de um pronunciamento pacífico,
no Porto;
→ O sétimo e último governo setembrista foi derrubado.
Início do Cabralismo
→ Data do pronunciamento do cabralismo – 27
de Janeiro de 1842.
→ Este governo foi iniciado por Costa Cabral –
Figura 8.
Costa Cabral
Figura 9- Uma Sátira ao Governo Cabralista Figura 10 - Defesa de Costa Cabral às Acusação
36
Medidas Governativas de Costa Cabral:
Ao nível Económico-financeiro:
Outras Medidas:
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Revolta da Maria da Fonte:
O que foi?
Foi um levantamento popular que contou
com a participação de muitas mulheres.
Propósito e Causas:
→ Reação contra a política fiscal;
→ Revolta de cariz popular e rural;
→ Constituição de Juntas Governativas;
→ Reação contra a perda dos Direitos
Comunitários; Figura 13 - Revolta da Maria da Fonte
→ Reação contra as "Leis da Saúde".
Percurso da Revolta:
→ A insurreição iniciou-se no Minho.
→ Difundiu-se para Trás-os-Montes, Vale do
Douro e pelo Centro do reino.
Consequências:
20 de maio
→ Demissão do Governo, do qual
Costa Cabral era ministro do
reino;
→ Costa Cabral refugia-se em
Espanha.
Figura 14 - Mapa de Portugal
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A revolta da Patuleia:
1846-47: Revolta da Patuleia alastra-se a partir do Porto ao resto do país.
Fim da Patuleia
Convenção de Gramido - Põe fim à Patuleia garantindo uma amnistia geral
1.º
O duque de Saldanha foi convidado a
formar governo, o que assumiu contornos
de golpe de Estado: “A Emboscada” - Isto
afastou Costa Cabral definitivamente do
poder – Figura 16.
2.º
Formou-se no Porto uma Junta em oposição
ao governo de Lisboa (Junta Provisional do
Reino).
O que é o Liberalismo?
O Liberalismo é uma filosofia e ideologia
política que valoriza e defende os direitos dos
indivíduos, rejeitando qualquer tipo de poder
opressivo, opondo-se à forma de governo que
dominou todo o antigo regime, o
Absolutismo.
Antecedentes:
→ Surgiu não só com grande influência das revoluções liberais que seguiam os
princípios iluministas contra a tendência absolutista, mas também com
o enriquecimento da burguesia, com o espírito livre de troca e com a ascensão das
classes medias.
→ Tudo isto levou a mudanças ao nível político, económico, social e até mesmo
cultural.
Absolutismo ≠ Liberalismo:
Absolutismo: Liberalismo
→ Súbditos; → Cidadãos;
→ Indivíduos sujeitos a → Indivíduos dotados de direitos
obrigações, dotados ou não próprios;
de privilégios; → Inalienáveis (direito com o qual as
→ Sem poder participativo; pessoas nascem e do qual nunca
→ Sujeitos à vontade régia. podem ser privadas) e
imprescindíveis, a legitimação do
poder político;
→ Inerentes à própria condição
humana.
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Liberalismo:
Direito Inalienável:
Política:
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Estado como garantia da ordem liberal:
Liberalismo Político:
Características:
1.ª Rejeição dos dogmas e da intolerância;
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3.ª O indivíduo deixou de ser visto como súbdito;
Outras Características:
→ Não equivale à democracia;
→ Foi essencialmente monárquico e conservador;
→ A Carta Constitucional é o texto, de caráter mais moderado, que vigorou durante
mais tempo;
→ Adotou, sobretudo, o bicameralismo - Câmara dos Pares (vitalícia e de nomeação
régia) e Câmara de deputados.
Cidadãos ativos:
→ eram uma minoria.
→ possuíam um determinado rendimento.
→ tinham direito de voto.
→ podiam ser eleitos.
Cidadãos passivos:
→ eram a maioria.
→ não tinham rendimento suficiente.
→ não tinham direito de sufrágio.
→ não podiam ser eleitos.
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Os direitos políticos eram restritos a uma elite:
A burguesia era a elite dirigente que, através do liberalismo, concretizou as suas
aspirações políticas e sociais.
Liberalismo Económico:
Liberalismo económico:
→ O Liberalismo económico fundamentava-se nos filósofos iluministas do século
XVIII e em quem privilegiava a agricultura como primeira fonte de riqueza, os
fisiocratas.
→ O Liberalismo Económico, e as suas caraterísticas, são resultantes das seguintes
ideias.
Defendia:
→ Que a base da riqueza de um país residia na agricultura e que os agricultores
deviam cultivar e comerciar os seus produtos livremente, já que a indústria só se
limitava a transformar a matéria prima;
→ Que deveriam ser os próprios agricultores a promover as devidas inovações
agrícolas.
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2.º - Vincent de Gournay
Pretendia:
Acabar com todas as teorias mercantilistas com o seu princípio «laissez faire, laissez
passer», isto é, «deixar fazer, deixar passar», o ideal do liberalismo económico, achando
que o Estado não devia interferir na economia o país (desde a produção industrial à
circulação de mercadorias).
Defendia:
→ Que o trabalho é a primordial fonte de riqueza, fundamentando que a riqueza do
Estado dependia da existência do direito individual à propriedade privada e à busca
de fortuna e, a vantagem pessoal identificava-se com o interesse da coletividade;
→ A Livre Iniciativa, afirmando que só com a mesma é que a busca pela riqueza seria
recompensada, isto é, promoveria o trabalho, a acumulação de capital e o
investimento – progresso económico e social;
→ Que o Estado se devia abster de participar na economia, visto que o mercado era
regido por leis próprias - a lei de oferta e da procura, que se iriam encarregar de
equilibrar o consumo e a produção, e por isso não devia existir nenhum entrave à
concorrência.
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Características do Liberalismo Económico:
→ Defesa da livre iniciativa e da livre concorrência;
→ Defesa da propriedade privada;
→ Assente na ideia de prosperidade conseguida pelo trabalho, pelo lucro e pela
poupança.
→ Defesa dos direitos naturais do Homem.
→ Valorização do Indivíduo.
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Processo de Abolição do Tráfico de Escravos e da Escravatura:
Nos EUA:
1776 - A Declaração da Independência
determinou o princípio de igualdade,
porém a escravatura não acabou aí.
1808 - O Congresso proibiu o tráfico. Mas
o tráfico continuou em regime de
contrabando.
1860 - Abraham Lincoln um defensor do
abolicionismo é eleito presidente.
1863 - Com a garantia que o Norte
ganhara a Guerra, o governo proclamou o
fim da escravatura
1865 - Abolição definitiva da escravatura,
Figura 1 - EUA com a 13.ª emenda da Constituição.
1869 - Os direitos políticos dos negros
foram reconhecidos.
Em França:
1791 - Debates em relação à escravatura
tiveram lugar na Assembleia Constituinte.
A Assembleia concedeu os direitos civis a
todos independente da cor, e nesse mesmo
ano decretou o fim da escravatura na
metrópole francesa.
Abolição Escravatura
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Em Inglaterra:
Condenação do tráfico de escravos a partir
do final do século XVIII.
Figura 3 - Inglaterra
Em Portugal:
Romantismo:
O que é o Romantismo?
É o movimento cultural e artístico do século XIX, com manifestações na literatura,
nas artes plásticas, na dança e na música. Este valoriza o instinto e privilegia as
emoções dramáticas.
Figura 1 – Emoções
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Românticos:
→ Escritores: Lord Byron; Camilo Castelo Branco;
Almeida Garret; Victor Hugo; Gonçalves
Dias e José de Alencar.
→ Pintores: Delacroix, Francisco Goya, Caspar D.
Friedrich, T. Chassériau, W. Turner, J. Constable
e Paul Huet.
→ Músicos: F. Chopin e G. Verdi.
Figura 2 - Camilo Castelo Branco
Características:
3.º - O culto do eu
Este expressa-se na figura do herói
romântico, um solitário, de costas
voltadas para um mundo que sente não o
compreender – figura 4.
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4.º - A natureza
→ Reflete a sensibilidade romântica e torna-se parte integrante das respetivas obras.
→ Pode surgir fria e hostil e cúmplice de uma alma atormentada ou pode-se apresentar
dissolvida num espetáculo de luz, fazendo lembrar a grandiosidade da criação
divina.
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Liberdade (1):
→ A Liberdade é um dos temas mais caros aos românticos, seja a liberdade de criação
estética – afastada das regras clássicas, seja a liberdade individual, a liberdade
política ou a liberdade dos povos.
→ O Romantismo converte-se na ideologia dos revolucionários liberais.
Liberdade Romantismo
51
As transformações económicas na Europa e no Mundo
Progressos
Institutos e universidades
→ Formam técnicos especializados;
→ Inauguração da época de engenheiros e estreita ligação entre a ciência e a técnica –
Figura 1.
Grandes empresas
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Figura 1 - Era do progresso Figura 2 - A química na vanguarda da indústria
53
Petróleo Eletricidade
Descobertas técnicas de refinação novas → Dá-se uma maior aproveitamento
perspetivas de aproveitamento do graças a uma série de invenções que
petróleo: permitiram a sua produção e
transporte a grandes distâncias.
1859 – Pensilvânia, primeiro poço
perfurado e em breve os derivados do Consequência - possível utilizar a
petróleo tornam-se correntes como eletricidade na iluminação
lubrificantes (fuel oïl) e como doméstica com a lâmpada de
combustíveis para a iluminação. filamentos inventada por Edison a
ganhar destaque.
1886 – Gottlieb Daimler inventa o motor
de explosão, movido a gasolina. → Eletricidade substitui o gás na
iluminação privada e pública.
1897 – Rodolf Diesel inventa um motor → Apareceram os carros elétricos e o
semelhante que utiliza o óleo pesado (gas metropolitano.
oil). → Sem luz não era possível a invenção
do telegrafo, do telefone, do gravador
de som, da radio e do cinema.
Comboio
→ Apareceu em 1830.
→ George Stepheson inaugurou a
linha Liverpool – Manchester.
→ Em 1850 já existiam 35000 km de
vias férreas em todo o mundo.
→ Em 1914 esse nº ascendia a 1
milhão.
Figura 1 – O comboio
Figura 3 - Hélice
Navios a vapor
Automóveis
Daimler, Benz, Panhard-Levassor, Renault,
Fiat e Ford.
Locomotiva
→ Surgiu com o desenvolvimento do motor de
combustão interno de Daimler.
→ Encurtou distâncias.
→ Aproximou mercados e Consumidores.
→ Favoreceu as trocas sociais, económicas e
culturais. Figura 5 - O admirável automóvel
→ Aparecimento de novas profissões.
55
Concentração industrial e bancária
Concentração industrial
Mudanças
56
Objetivos
→ Garantir lucros elevados.
→ Assegurar posições de mercado dominantes.
→ Evitar a concorrência.
Concentração Bancária
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A racionalização do trabalho
Taylorismo
→ Criado por F.W. Taylor.
→ Assentava na divisão máxima do trabalho, seccionando-o em pequenas tarefas
elementares e encadeadas. A cada operário caberia executar, repetidamente,
apenas uma destas tarefas, que o trabalhador seguinte continuava.
→ Deveria fazê-lo num tempo mínimo, predefinido e articulado com os restantes
elementos da cadeia de produção.
→ Retirava ao operário toda a sua criatividade e saber.
→ Resultava numa produção maciça de objetos iguais, perfeitamente estandardizados
(fabrico em série, que possibilita a produção em massa).
→ Primeiro a pôr em prática o taylorismo - Henry Ford para o modelo T.
Henry Ford
Consequências Fordismo
Figura 1 – Ford T
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A geografia da industrialização
Hegemonia Inglesa
59
Afirmação de novas potências
Potências Industriais
França
→ Processo lento de industrialização.
→ Unificação do mercado nacional tardia.
→ Desigualdade acentuada na distribuição do
rendimento.
→ Crescimento lento da população.
→ Agricultura tradicional continuava a ser a
principal atividade económica.
→ Processo de industrialização a partir de 1830-
1840.
→ Industrialização feita a par do
desenvolvimento dos caminhos de ferro.
→ Indústria têxtil foi o setor de arranque.
→ Siderurgia desenvolveu-se tardiamente
devido à falta de recursos.
Figura 1 - França
→ Domínio da produção de alumínio até 1890.
→ Desenvolvimento da indústria automóvel.
→ Artigos de luxo foram a base da indústria
francesa.
60
Alemanha
→ Arranque industrial beneficiou da
criação do Zollvereinem 1834.
→ Forte crescimento populacional.
→ Baixos salários.
→ Desenvolvimento industrial assente na
indústria pesada.
→ Disponibilidade de recursos naturais
(carvão e ferro).
→ Afirmação da indústria química.
→ Desenvolvimento industrial beneficiou
da concentração industrial.
Figura 2 - Alemanha
61
Japão
→ Processo de industrialização a partir de 1867.
→ Promovido pelo imperador Mutsuhito.
→ Correspondeu à época de abertura ao exterior e ao
fim da servidão.
→ Desenvolvimento da siderurgia.
→ Desenvolvimento da construção naval.
→ Desenvolvimento da indústria do algodão.
Figura 5 - Japão
Embora a história do Séc. XIX tenha sido marcada pela Revolução Industrial, as
formas económicas novas coexistiram, durante muito tempo, com as técnicas e os
sistemas de produção antigos.
Figura 1 - O artesão 62
A Agudização das diferenças: livre cambismo
Livre cambismo
→ Sistema que liberaliza as trocas internacionais.
→ O estado deve abster-se de interferir nas correntes de comércio, pelo que os direitos
alfandegários, a fixação de contingentes (de importação ou exportação) e as
proibições de entrada ou saída devem ser abolidas ou, pelo menos, reduzir-se ao
mínimo.
Medidas
Consequências:
63
As debilidades do livre cambismo; as crises cíclicas
Ritmo económico era abalado por crises cíclicas, que faziam retrair os negócios e
provocavam numerosas falências.
Ciclos económicos
Entre 1810, ano que se regista a 1º crise deste tipo, e 1929, quando estala a mais grave
de todas elas
Verificam-se 15 períodos de depressão económica generalizada, em que se alastrou a
miséria social e a agitação política.
64
A sociedade industrial e urbana
Explosão demográfica
→ Aceleração do crescimento da população
mundial que, no séc. XIX, duplicou os seus
efetivos – Figura 1.
→ Fenómeno particularmente forte na europa,
possível devido à descida drástica e
irreversível da mortalidade; pela antecipação
da idade do casamento; pela elevação da
esperança de vida.
Figura 1 - A população mundial por
continentes
A expansão urbana
Urbanização
→ Mais significativa nos países novos e industrializados – Figura 1.
→ Cidades com 100.000 habitantes passam a ser consideradas grandes metrópoles.
→ Provocou o aumento dos setores secundário e terciário.
65
Figura 1 – Expansão Urbana
Fatores de origem
→ Crescimento populacional.
→ Êxodo rural – Figura 2 e 3.
→ Revolução dos transportes.
→ Transformações económicas provocadas
pela industrialização.
→ Melhores condições de emprego.
→ Imigração.
→ Transformações económicas provocadas
pela industrialização. Figura 2 - Evolução da população rural e urbana
→ Repensaram
Novo
→ Reconstruiram
Urbanismo
→ Modernizaram
Figura 4 - Mortalidade causada pela cólera
66
O novo urbanismo
Paris
modelo europeu
Nova Iorque
modelo americano
Sociedade Oitocentista
67
Sociedade de Classes
Características
→ Todos os homens eram considerados livres e iguais perante a lei;
→ Era uma sociedade desigual em termos económicos;
→ Era uma sociedade complexa e dinâmica;
→ A ascensão social fazia se pelo mérito, independentemente da origem social ou do
nascimento;
→ A mobilidade social era característica da sociedade de classes oitocentista.
→ Antagonismo;
→ Diferenciação social – diferenciação entre a alta burguesia e o operariado: as
condições económicas e de vida eram diametralmente opostas – Figura 2.
→ Tanto a classe burguesa, como a classe dos assalariados, não se constituíam como
grupos homogéneos havia diversos estratos ou grupos sociais - Figura 1.
Alta Burguesia
Século XIX
Classe média - → Afirmação da Burguesia.
média e pequena
burguesia
Operários e
camponeses
Valores e Comportamentos
Comportamentos
→ A burguesia distinguia-se pela fortuna, profissão, cultura, nível de estudos e pelo
sentimento de pertença a um grupo distinto na sociedade.
→ A burguesia perpetuou-se como classe dominante com base na valorização da família.
→ A alta burguesia formava “dinastias” familiares, exaltava o percurso de sucesso e de
êxito iniciado pelos seus antepassados, através do esforço e do trabalho (self-
mademan).
→ A burguesia apoiou a cultura e as artes, as atividades de lazer e a moda.
→ Difundiu, na sociedade oitocentista, o gosto burguês.
Sucesso
Reflexo da sua conduta e
Burguês valores morais
Prosperidade
Burgueses
Homem Mulher
→ Era o chefe de família, o marido e o → Era a dona de casa, a mãe e a
pai, o garante da independência esposa, a quem cabia zelar pelo
económica; bem-estar do marido e da
→ Nele residia a autoridade, sendo- educação dos filhos;
lhe devida obediência; → Cuidava da gestão da casa e dos
→ A sua vida dividia-se entre a criados;
empresa, o clube e a família; → Cabia-lhe organizar as receções
→ Os filhos deviam-lhe obediência, e e os eventos sociais da família;
eram educados segundo os valores → Era-lhe atribuído um estatuto
burgueses: a poupança, a legal de dependência e de
disciplina e o valor do esforço. menoridade face ao homem.
70
Casa Burguesa
→ Ampla e sumptuosa;
→ Local por excelência de concretização da vida burguesa;
→ Local de conforto e de profusão de objetos decorativos;
→ Demonstrava a riqueza e o nível de sucesso alcançado.
Classes Médias
Média Burguesia
Classe
Média
Pequena Burguesia
71
Média Burguesia Pequena Burguesia
Composição
→ Tinha poupanças do trabalho ou do rendimentos de pequenos negócios;
→ Desempenhava funções económicas ou administrativas;
→ Profissões especializadas e profissões liberais ligadas às áreas do comércio, da banca,
dos serviços e da administração;
→ Os chamados “colarinhos brancos”.
Valores e comportamentos
Comportamentos
Valores
→ Conservadores;
→ Sentido da ordem, do estatuto e das
convenções;
→ Valor do trabalho – Figura 1.
→ Respeito pelas hierarquias;
→ Poupança;
→ Família;
→ Responsabilidade.
72
Proletariado
O que é?
Classe operária, que, sem meios de produção,
vende a sua força de trabalho – manual – em
troca de um salário – Figura 1.
Figura 1 - O proletariado
Condições de trabalho
→ Longas jornadas de trabalho e baixos salários;
→ O seu trabalho era considerado uma mercadoria;
→ A situação do operariado agravava-se durante as
crises cíclicas do capitalismo.
→ Os horários de trabalho prolongavam-se entre as
12 e as 16 horas diárias sem fins de semana,
feriados ou férias – Figura 3.
→ Os locais de trabalho não eram arejados;
→ Não tinham condições de higiene;
→ E os espaços eram insalubres.
→ O trabalho fabril foi alargado tanto às mulheres
como às crianças;
→ A mão de obra feminina e infantil era mais
barata – Figura 2.
→ Desenvolvimento de doenças e acidentes de
trabalho;
→ Propagação de doenças “profissionais”;
→ Em caso de acidentes, de invalidez ou doença, o
operário era despedido.
Figura 2 - Condições do trabalho operário
73
Condições de vida
Movimento operário
Movimento Operário
Conjunto de ações levadas a cabo pelos
trabalhadores assalariados, para a
concretização das suas reivindicações:
1 - Luddismo
→ Levou os operários a destruírem máquinas e a saquearem as habitações das
indústrias;
→ Casos de insurreições, graves e movimentos violentos;
→ A repressão dura que se abateu sobre os operários fez-lhes ver a necessidade de uma
organização mais consistente, assim nasceu o associativismo e o sindicalismo.
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2 - Sindicalismo
→ Criação de associações de trabalhadores para a defesa dos seus interesses
profissionais – Trade Unions – Figura 2.
→ Base do movimento operário, para obter o reconhecimento e consagração legislativa
de direitos.
Lutou por:
→ Estabilidade do emprego;
→ Melhores condições materiais de
trabalho e de vida;
→ Aumento dos salários;
→ Melhores condições de higiene e de
segurança no trabalho;
→ Regulamentação do horário de
trabalho.
Figura 2 - A lei das Trade-Unions na Grã-Bretanha
3 - Associativismo
Objetivos
→ Denúncia dos excessos do patronato;
→ Erradicação da miséria operária;
→ Procura de uma sociedade mais justa e igualitária.
75
Estratégias
→ Esclavagismo;
→ Feudalismo;
Resultado
→ Capitalismo.
→ Pouca implantação, pois
tinham uma visão pouco
realista do mundo;
→ Inspiraram a evolução das Defendiam
ideias socialistas.
Um modelo revolucionário de
transformação da sociedade –
fazia-se através da luta de classes
e da revolução entre a burguesia
capitalista e a classe trabalhadora
e explorada – proletariado.
77
Em 1889, no Congresso de Paris, com a formação da II Internacional ou Internacional
Socialista, pretendeu se:
→ Unir os vários partidos socialistas, que entretanto se haviam formado na Europa;
→ Estabelecer o 1º de Maio como o dia internacional da solidariedade operária - dia
Internacional do Trabalhador;
→ Iniciar a luta pela jornada de oito horas de trabalho;
→ Realizar reuniões periódicas;
→ Incentivar e apoiar a criação de partidos socialistas nos diferentes países.
78
Figura 2 - Sufrágio Universal
Características Comuns
→ Estados Autocráticos – imperador detinha o poder absoluto ainda que, por vezes,
camuflado pela existência de Constituições e do sufrágio;
→ Conservadores – mantinham intocados os privilégios da nobreza e do clero;
→ Repressivos – reprimiam a oposição política e as revoltas nacionalistas que ocorriam
dentro do território.
79
A submissão das nacionalidades nos Estados
autoritários
→ Sob a aparente unidade conferida por um
imperador, um governo, um exército e uma
religião oficial, estava a sujeição das
minorias étnicas – Figura 3.
→ O Império Alemão dominava, por exemplo,
os polacos;
→ O Império Russo, na sua enorme extensão,
abarcava, nomeadamente, os Finlandeses
e os Ucranianos;
→ O Império Austro-Húngaro era composto
por povos eslavos que não reconheciam a Figura 3 - A Europa política em 1914
supremacia de Francisco José.
→ Por várias razões – de ordem linguística, histórica, religiosa – vários povos não se
sentiam integrados no Estado imperial a que pertenciam e, como tal,
desencadearam movimentos de libertação.
→ Umas vezes vitoriosas - independência da Grécia, em 1830 - outras vezes
fracassadas - rebelião polaca de 1830-31- as lutas pela emancipação prosseguiram
ao longo do século XIX.
No início do século XX
A repressão do princípio das nacionalidades e a luta por áreas de influência por parte
dos impérios acabaria por gerar focos de tensão que conduziriam à 1ª Guerra Mundial.
81
A unificação da Itália e a da Alemanha
As zonas de expansão europeia entre fins do século XIX/ início do século XX – Figura 10
→ Grã-Bretanha.
→ Império Alemão.
→ França.
→ Rússia.
82
Figura 1 - O mundo em 1914
Grã-Bretanha
França
Império Alemão
→ Possuía territórios em África, por exemplo, SE e SO alemão;
→ Exercia influência na Ásia Menor e na Península Arábica.
Rússia
→ O Império Russo expandiu-se por províncias como a Geórgia, e o Azerbaijão;
→ Procurou estender a sua influência ao Extremo Oriente.
83
Os conceitos de imperialismo e colonialismo
Domínio que um Estado exerce sobre outros países, a título militar, político, económico
e cultural.
Em 1º lugar Em 2º lugar
No contexto da expansão industrial, O continente europeu, em fase de
que necessitava de matérias-primas explosão populacional, precisava de
para a produção maquinofaturada colónias para aliviar a pressão
e de mercados para escoar os demográfica.
excedentes.
Por último
Figura 3 - Nacionalismo
85
Algumas rivalidades imperialistas
Resultados