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Iluminismo

“O século das luzes” – XVIII

Professor Patrick
 Definição: movimento filosófico, intelectual e
científico que contrariou as bases do Antigo
Regime;
 Quando: século XVIII;
 Onde? ING (início), FRA (auge);
 Quem? O iluminismo representou basicamente a
forma da burguesia interpretar o mundo;
 Características básicas:
 Racionalismo;
 Cientificismo;
 Antiabsolutismo;
 Anticlericalismo;
 Defesa das liberdades individuais.
Definição:
Foi um movimento intelectual, de caráter
burguês, baseado na razão, que se propagou
pela Europa Ocidental durante o século XVIII.
Tinha o objetivo de romper com o Antigo
Regime Europeu (Absolutismo,
Intervencionismo estatal e a sociedade de
privilégios), defendendo a garantia dos direitos
naturais (igualdade, liberdade, fraternidade e
propriedade).
Crítica Iluminista
 Absolutismo Monárquico (concentração de
poderes nas mãos de um soberano)
 Intervenção do Estado na economia
(Mercantilismo)
 Sociedade de privilégios (isenção de impostos
e participação política)
 Dominação cultural e social da Igreja
Defesa Iluminista
 Estado de Direito (liberal – divisão dos
poderes)
 Liberalismo Econômico (livre comércio, livre
concorrência)
 Sociedade de Direito (igualdade jurídica e
participação política)
 Liberdade de Expressão (política, religiosa)
 Direitos Naturais (liberdade, igualdade,
fraternidade e propriedade)
Teóricos Iluministas
 Teóricos políticos:
 John Locke (1632 – 1704):

Obra: “Segundo tratado sobre um governo civil”


Ideias:
Os homens são portadores dos direitos naturais
(vida, a liberdade e a propriedade). Para
garantir esses direitos, os homens criaram os
governos. 0 “contrato social” consiste em o
governante receber a autoridade e o dever de
garantir os direitos dos indivíduos.
Teóricos Iluministas
 Teóricos políticos:
 Montesquieu (1689 – 1755):
Obra: “O espírito das leis”
Ideias:
Propunha a divisão dos poderes em três instâncias:
Executivo (o governante seria apenas um executor da
vontade da sociedade), Legislativo (leis redigidas por um
corpo de legisladores) e Judiciário (aplicar a justiça, fazer
as leis serem respeitadas – poder dos Tribunais).
Montesquieu também pregava a necessidade de um
conjunto de leis, ou seja, uma Constituição para um
Estado.
Teóricos Iluministas
 Teóricos políticos:
 Voltaire (1694 – 1778):
Obra: “Cartas Inglesas”
Ideias:
Defendia a liberdade de expressão como um direito
natural e criticava a intolerância religiosa. Rejeitava a
ideia de revolução, acreditando que as reformas
políticas realizadas pelos monarcas deveriam ser sob
orientação de filósofos, para proporcionar um governo
progressista e “esclarecido”. (Despotismo Esclarecido)
Teóricos Iluministas
 Teóricos políticos:
 J. J. Rousseau (1712-1778):
Obra: “O Contrato Social”
Ideais:
Manifestou a crença na liberdade dos homens, na medida
em que nasciam todos iguais e, por meio da livre
vontade, criavam as leis e organizavam a sociedade. O
contrato social consistia na organização de um Estado
submetido à vontade geral. Rousseau foi defensor da
democracia (não como compreendemos hoje), como
expressão da vontade geral da população de uma nação.
Teóricos Iluministas
 Teóricos Políticos:
 Diderot (1717 – 1783) e D`Alembert (1713 – 1784):

Foram responsáveis pela compilação da Enciclopédia, obra


dividida em 35 volumes, reunindo de forma sistemática,
todo o conhecimento humano acumulado. A obra expressa:
o racionalismo, o estímulo à ciência, o deísmo e a ideia de
contrato entre governantes e governados. A Enciclopédia
foi um fundamental instrumento divulgador das ideias
iluministas ou liberais para a política e para economia.
Os economistas do Iluminismo
 Princípios:
 Contrários as concepções econômicas
mercantilistas
 Pregavam a não intervenção ou controle do
Estado na economia
 adeptos ao liberalismo econômico – livre
comércio
Duas correntes de interpretação
econômica do século XVIII
 Escola Fisiocrata
Ideias:
O liberalismo passou ser aceito como “verdade
econômica”, criticando às concepções
mercantilistas, como o metalismo. Os
fisiocratas consideravam a terra a única fonte de
riqueza e não o acumulo de metais preciosos,
sendo o comércio e a atividade manufatureira
apenas meios de transformar ou fazer circular
riquezas.
Duas correntes de interpretação
econômica do século XVIII
 Teóricos Fisiocratas: “Laissez faire, laissez passer, le monde va
de lui même” – “Deixem fazer, deixem passar, o mundo vai por si mesmo.”
Jacques Gournay.

Quesnay (1694 – 1774), Gournay (1712 – 1759) e Turgot (1727 -1781)


Duas correntes de interpretação
econômica do século XVIII
 Escola Clássica
Ideias:
Sistematizou a análise econômica, elaborando e
demonstrando leis. Afirmava que a única fonte
de riqueza era o trabalho e não o comércio.
Condenava o controle estatal na economia,
defendendo que a divisão e a produtividade do
trabalho, a concorrência e o livre-comércio
proporcionariam o desenvolvimento econômico
Duas correntes de interpretação
econômica do século XVIII
 Teórico clássico: “Nenhuma sociedade pode florescer e ser feliz se a
maioria dos seus membros é pobre e miserável.”
Adam Smith (1723 – 1790):
Obra: “Ensaio sobre a Riqueza das Nações”

Foi considerado o “pai da economia como ciência”. Suas


ideias caracterizaram o liberalismo econômico, a base do
capitalismo liberal.
O despotismo esclarecido
 Definição:
Diversos reis absolutistas europeus, foram assessorados por
seus ministros “esclarecidos”, realizaram reformas de cunho
iluminista, no final do século XVIII.
 Reformas políticas, econômicas e sociais:
 Modernização e aumento da eficiência administrativa dos
Estados
 Diminuição de impostos e incentivo ao comércio
 Incentivo a educação pública – criação de escolas e
academias literárias e científicas
O despotismo esclarecido
 Os principais déspotas esclarecidos:
 rei José II (1741 - 1790), da Áustria:

 rainha Catarina II (1729 -1796), da Rússia:


O despotismo esclarecido
 Os principais déspotas esclarecidos:
 rei Frederico II (1712 – 1786), da Prússia:

 rei D. José I (1714 – 1777), de Portugal:

 rei Carlos III (1716 – 1788), da Espanha:


PAÍS REI MEDIDAS
ÁUSTRIA JOSÉ II Fim da servidão e relativa liberdade de imprensa
RÚSSIA CATARINA II Criação do ensino leigo e de uma Universidade
em Moscou
PRÚSSIA FREDERICO II Chamado “o rei filósofo”, eliminou as torturas
em seu país e criou o ensino obrigatório
PORTUGAL JOSÉ I (orientado Combate a influência inglesa na economia de seu
pelo ministro país, incrementa a produção industrial e combate
Pombal) a influência política da Igreja no seu país
atacando e expulsando os jesuítas do reino
ESPANHA CARLOS III Reduziu a tortura e a influência da Inquisição no
(orientado pelo país e expulsou os jeusítas
ministro Aranda)
A queda do Antigo Regime Europeu

 A partir do final do século XVIII, desencadeou na


Europa à queda do Antigo Regime, porém essa
ruptura não foi de forma imediata e nem similar em
toda a Europa, já que em diversos países foram
mantidas ou restauradas as monarquias com amplos
poderes para o soberano, ou seja, o absolutismo
monárquico.
 Influenciada pela difusão das ideias iluministas
A era das Revoluções
 Estado Absolutista X Estado Liberal

 Consequências:
 A independência dos Estados Unidos (1776)
 A Revolução Industrial na Inglaterra (1760 -1850)
 A Revolução Francesa (1789 – 1799)
Críticas ao Iluminismo
 Correntes filosóficas criticas do iluminismo:
 Escola de Frankfurt:
Ideias:
Contesta à ideia de progresso e a validade da
tecnologia para história da humanidade. Partindo do
pressuposto que os homens se tornaram vítimas de
um novo fanatismo, criando outro dogma, o da
ciência e da tecnologia.
Críticas ao Iluminismo
Teóricos de Frankfurt:
Theodor Adorno (1903 – 1969):
Obra: “Dialética do Esclarecimento”

Refuta a razão instrumental, fundada em uma


interpretação negativa do Iluminismo, ou seja, baseado
em uma civilização da técnica e da lógica cultural do
sistema capitalista – que o próprio Adorno denomina
de indústria cultural. Também critica à sociedade de
mercado que não persegue outro fim que não o do
progresso técnico.
Críticas ao Iluminismo
Teóricos de Frankfurt:
Max Horkheimer (1895 -1973):
Obra: “Eclipse da Razão”
Faz um diagnóstico da forma de pensar ocidental e
suas limitações em face da barbárie da segunda guerra.
Aqui aparece de forma filosófica, a crítica da razão
instrumental, ou seja, do iluminismo – do progresso e
técnica.
Críticas ao Iluminismo
 A pós-modernidade:
Ideias:
Crítica o predomínio das sociedades ocidentais sobre
o mundo e a imposição de seus valores a todas as
culturas. Os pós modernos passaram a criticar a
supremacia do cientificismo e do progresso, ou seja,
alguns princípios iluministas.
Críticas ao Iluminismo
 Teóricos da pós-modernidade:
Stuart Hall (1932 - ?):
Obra: “A identidade Cultural na pós-modernidade”
Ideias:
Defende a ideia que o sujeito não tem
identidade fixa ou permanente, ela é formada e
transformada continuamente, ou seja,
historicamente. Confrontando com a ideia
iluminista de criação de um sujeito universal,
fixo e racional.
FIM

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