Você está na página 1de 31

O Iluminismo

“Liberdade, Igualdade, Fraternidade”


Introdução
◼ Iluminismo, Ilustração, Aufklärung
◼ “Liberdade, igualdade, fraternidade”
◼ Século XVIII: o “Século das Luzes”
◼ Século XVIII: a “Era das Revoluções” (Independência dos
EUA, Revolução Industrial, Revolução Francesa)
◼ A ascensão da burguesia e o choque com a nobreza
◼ Crise do Antigo Regime (absolutismo, sociedade
estamental e mercantilismo)
◼ Movimentos precursores: Renascimento e Revolução
Científica do século XVIII
◼ O racionalismo moderno
◼ Iluminismo → Liberalismo político e econômico
Iluminismo: definição
Movimento filosófico que se
iniciou na França a partir do
século XVIII, caracterizado
pela confiança na razão e nas
ciências como motores do
progresso e da realização da
felicidade humana.
"O Iluminismo representa a saída dos
seres humanos de uma tutelagem que
estes mesmos se impuseram a si.
Tutelados são aqueles que se encontram
incapazes de fazer uso da própria razão
independentemente da direção de outrem.
É-se culpado da própria tutelagem
quando esta resulta não de uma
deficiência do entendimento mas da falta
de resolução e coragem para se fazer uso
do entendimento independentemente da
direção de outrem. Sapere aude! Tem
coragem para fazer uso da tua própria
razão! - esse é o lema do Iluminismo".
(O que é iluminismo? – Immanuel Kant)
Características
◼ Os filósofos iluministas concebiam a razão e a ciência como
luzes, capazes de dissipar as trevas do fanatismo e da
ignorância.
◼ Crítica às estruturas políticas, econômicas, sociais e culturais
do Antigo Regime como:
→ O absolutismo monárquico
→ A teoria do direito divino dos reis
→ Os privilégios do clero e da nobreza (isenção fiscal, foro
privilegiado)
→ Os resquícios do feudalismo como a servidão e os impostos
sobre a terra
→ A intervenção do estado na economia (política mercantilista)
→ A intervenção da Igreja nos assuntos públicos (política,
educação, cultura)
→ Sociedade aristocrática
Características
Os filósofos iluministas defendiam:
◼ Uma sociedade regida pela razão e pela ciência
◼ Sociedade laica (separação entre Igreja e Estado)
◼ Fim do absolutismo monárquico
◼ Governos democráticos (alguns) ou limitação do
poder real (monarquia parlamentarista)
◼ Liberdade comercial, política e de consciência
◼ Direitos naturais: propriedade, igualdade jurídica e
liberdade
◼ Sociedade meritocrática
Os Precursores
◼ A revolução científica do século
XVII

Francis Bacon (1561 – 1626)


◼ Novo Organum
◼ o método experimental (empirismo)
◼ “Saber é poder”
Os Precursores
René Descartes (1596 – 1650)
◼ Discurso sobre o método
◼ Meditações
◼ O método para encontrar a
verdade nas ciências
(ceticismo metodológico)
◼ Penso, logo, existo (cogito,
ergo sun)
Os Precursores
Isaac Newton (1642-1727)
◼ Princípios Matemáticos de
Filosofia Natural
◼ O pai da mecânica clássica
(lei da gravitação universal)
Os Precursores
John Locke (1632-1704)
◼ Dois tratados sobre o
governo
◼ Ensaio acerca do
entendimento humano
◼ O teórico da Revolução
Inglesa e da independência
dos EUA
◼ Liberal, defendia o direito à
vida, liberdade e
propriedade.
Os filósofos iluministas
Montesquieu (1689 – 1755)
◼ O espírito das leis
◼ Cartas persas
◼ Combate ao absolutismo
◼ A teoria da separação e do
equilíbrio entre os três poderes
(executivo, legislativo e judiciário)

Palácio da Alvorada Congresso Nacional


Supremo Tribunal Federal
Os filósofos iluministas
Voltaire (1694-1778)
◼ Cartas inglesas
◼ Críticas mordazes à sociedade e à
cultura do Antigo Regime
◼ "O preconceito é uma opinião não
submetida a razão."
◼ "Não concordo com uma única
palavra do que dizeis, mas
defenderei até a morte o vosso
direito de dizê-la."
Os filósofos iluministas
◼ Denis Diderot (1713-1784) e Jean d’Alembert (1717 – 1783)
◼ A Enciclopédia (35 volumes entre 1751 e 1780)
Capa da
Enciclopédia
Os filósofos iluministas
Jean Jacques Rousseau (1712-
1778):
◼ O Contrato Social
◼ Discurso sobre a origem e
fundamento das desigualdades
entre os homens
◼ A teoria da vontade geral (a
soberania reside no povo)
◼ A razão das desigualdades
sociais
◼ O homem nasce bom, a
sociedade o corrompe
◼ Crítica à noção de progresso e
à propriedade privada
◼ A teoria do bom selvagem
Iluminismo e Economia

◼ David Ricardo: teoria do valor-trabalho


Iluminismo e Economia

Os pensadores do séc. XVIII


pregaram o fim da intervenção do
Estado na vida particular dos
indivíduos e na vida pública.
Promoveram a crítica ao
mercantilismo, propondo o fim da
intervenção do Estado na
Economia.
Iluminismo e Economia

Os pensadores iluministas que se


ocuparam de questões econômicas
deram origem a duas grandes correntes
de pensamento:
◼ Fisiocracia

◼ Liberalismo
Iluminismo e Economia

Fisiocracia
◼ acreditavam que as atividades econômicas
naturais como a agricultura, a mineração e o
extrativismo eram mais importantes para a
prosperidade do país do que o comércio.
◼ As demais atividades econômicas (a manufatura
e comércio) seriam mera consequência da
riqueza produzida das atividades agrícolas.
Iluminismo e Economia
◼ O liberalismo econômico: combate aos monopólios do
mercantilismo
◼ Os fisiocratas: Turgot, Quesnay e Gournay
◼ A riqueza vem da terra (fisiocracia)
◼ "Laissez-faire, laissez-passer: le monde va de lui même“
(Deixai fazer, deixar passar, o mundo caminha por si)
Iluminismo e Economia
Adam Smith (1723 – 1790)
◼ Investigação sobre a Natureza e
Causas da Riqueza das Nações
(1776)
◼ O livre mercado ( a “mão
invisível”): a lei da oferta e da
procura como agentes reguladores
do mercado
Iluminismo e Economia

Liberalismo
◼ Adam Smith afirmava que o trabalho era a
verdadeira fonte de riqueza.
◼ Acreditava que certa interferência
governamental na economia eram toleráveis,
desde que se destinasse a prevenir a injustiça e a
opressão ou a incentivar a educação e proteger a
saúde pública.
Iluminismo e Economia

Pensadores Liberais
◼ John Stuart Mill ◼ Thomas Malthus
Economista e filósofo, ◼ Ficou conhecido pela
defendia a limitação do teoria da qual o
crescimento populacional e crescimento da população
a criação de cooperativas, segue uma progressão
entre outras medidas para geométrica e tende sempre
minorar os efeitos das
contradições do capitalismo. a superar a produção de
Esse sistema condenava as alimentos, que obedece a
classes trabalhadoras a uma uma progressão aritmética.
existência miserável. ◼ Por isso defendia o
controle da natalidade.
Iluminismo e Economia
Thomas Malthus (1766 – 1834)
◼ Ensaio sobre a população
◼ “ A população cresce em
progressão geométrica, ao passo
que a subsistência vai em
progressão aritmética”
Despotismo esclarecido

Forma de Estado absolutista


que dominou certos países
atrasados da Europa, no
século XVIII.
Caracterizou-se por utilizar
os ensinamentos propostos
pelas teorias Iluministas,
mas sem abrir mão do
absolutismo na prática
política.
CATARINA II
Despotismo esclarecido

Os países ligados ao Despotismo


apresentavam problemas estruturais: suas
economias baseavam-se nos princípios
mercantilistas, tinham sociedades pouco
diversificadas, sem capital, sem pessoal
técnico, e, com uma burguesia emergente.
O Absolutismo Ilustrado
◼ Marquês de Pombal, ministro de Dom José I de Portugal
A Maçonaria
◼ Sociedade filosófica, iniciática, deísta (alguns ritos) e filantrópica,
surgida na Europa do século XVIII, no contexto do Iluminismo,
e que crê na evolução moral e intelectual da humanidade.
◼ É caracterizada por símbolos, reuniões, ritos, rituais e pelo
segredo exigido de seus membros.
◼ A maioria das obediências maçônicas aceitam somente os
homens.
◼ Foi contemporânea à consolidação da burguesia e seus membros
estiveram tiveram participação ativa na Independência
Americana, na Revolução Francesa, na Inconfidência Mineira e
nas Independências Latino-americanas.
Maçonaria e Inconfidência Mineira

Você também pode gostar