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Politicas:
o Governo despótico dos Bourbons e condições de desorganização da
administração e do sistema de justiça. Estrutura fiscal e administrativa
obsoleta,
o Guerras desastrosas do século XVIII: derrota na Guerra dos Sete anos
(1756-63), intervenção da Guerra de Independência dos EUA (1777-
1783). Para além da perda de possessões coloniais, o envolvimento
nesses dois conflitos levou a angústia financeira. A independência dos
EUA foi a bancarrota final.
o Fracasso das reformas modestas de 1774 a 1776 promovidas pelo
fisiocrata Turgot. Aqui as reformas no espirito do despotismo
esclarecido sucumbiram mais rápido que em outras partes, porque a
resistência dos interesses aristocratas estabelecidos foi mais efetiva.
Econômicas:
o Conflito entre a estrutura oficial e os interesses estabelecidos pelo
velho regime e as novas forças sociais ascendentes ter sido mais
agudo.
o Ascensão da classe média a uma condição de poder extraordinária. Os
anos de prosperidade que antecederam a revolução viram a burguesia
francesa passar a ser a classe dominante de fato devido ao seu
controle da riqueza produtiva. O efeito da crescente prosperidade
burguesa avivou o descontentamento dos burgueses com a falta de
acesso ao poder político, sua falta de influência e até mesmo a
impossibilidade de interferência nas decisões. O que fez da burguesia
uma classe revolucionária foi o fato de grandes comerciantes,
financistas e industriais tomarem consciência e pretenderam um poder
político correspondente à sua posição econômica
o Oposição ao mercantilismo. O desenvolvimento do comércio e da
indústria durante os séculos deu a burguesia a noção de que poderiam
se manter por si mesma, fazendo dos regulamentos mercantilistas
restrições opressivas. Os monopólios dos quais gozavam companhias
protegidas e a interferência na liberdade de comprar em mercados
estrangeiros tornou-se um empecilho. Foi nesse cenário que as ideias
de liberdade econômica vieram a florescer.
o O sistema de privilégios do antigo regime também pesou pra acender a
chama da revolução. A sociedade francesa era dividida em três Estados
(“classes”). O Primeiro Estado, composto do clero superior – cardeais,
arcebispos, bispos e abades – e o clero inferior, formado pelos padres
das paróquias. O Segundo Estado, a nobreza em si. Por fim, o Terceiro
Estado, o povo. As primeiras duas classes contavam com privilégios
relativos a impostos, fazendo do injusto sistema tributário uma causa
econômica da revolução francesa dado que a maior da tributação
recaía sobre o Terceiro Estado
o A reação Feudal exaspera a classe média e extorque o campesinato.
Utilizou de seus privilégios para durante todo o século XVIII ocupar os
postos oficiais que a monarquia absoluta antes preferira preencher
com homens da classe média. Ao tentar neutralizar o declínio de suas
rendas com o próprio Estado, atormenta as ambições da classe média.
De quebra, ao assumir cada vez mais a administração central e
provinciana, extorquem serviço (por conseguinte, dinheiro) do
campesinato.
o Subsistência da servidão. Camponeses estavam sujeitos a obrigações
que vinham da época feudal. Eram obrigados a contribuir com
banalidades, tais quais os privilégios de caça da nobreza e o
compromisso de trabalhar na reparação de estradas reais. Além de
supostas compensações pelo uso da propriedade senhorial ou doações
feitas ao nobre da localidade de uma parte do produto da venda de
qualquer pedaço de terra.
o Más safras põem mais lenha na fogueira da convulsão revolucionária,
gerando o encarecimento do custo de vida nas cidades, fome e
empobrecimento no campo
Intelectuais:
o Fruto do iluminismo: teoria democrática e teoria liberal (olhar
caderno)
É possível falar em quatro grandes revoltas simultâneas: aristocrática, burguesa,
proletária e camponesa. Eis a periodização dos eventos:
Coube o papel de liderança a classe burguesa, que, ainda assim, possuía subdivisões
entra a alta burguesia (girondinos) e a baixa burguesia (jacobinos). A primeira estava contente
com maior participação, tinha uma consciência da classe mais consistente e defendia
limitações ao poder real. A segunda buscava uma transformação política mais profunda como
ferramenta de uma transformação social. Uma facção da classe media liberal que estava pronta
para continuar revolucionária ao ponto de beirar a revolução anti-burguesa na ausência da
uma classe que pudesse oferecer uma solução social coerente como alternativa (ou seja, um
proletariado mais robusto devido ao avanço da revolução industrial)
O papel crucial da alta burguesia nessa fase é sua grande característica em um cenário
de forças sociais tão heterogêneas e diferentes revoltas. O Terceiro Estado obtém sucesso
contra a resistência unificada do Rei e das ordens privilegiadas, muito porque a liderança
burguesa contava com o apoio dos trabalhadores pobres da cidade de Paris e o campesinato
Em 26 de Agosto de 1789 é formulado o icônico documento da Declaração dos
Direitos do Homem e do Cidadão, inspirado nos preceitos iluministas e na
Independência Estadunidense. Estabelece os direitos individuais e coletivos e
proclama a liberdade e os direitos fundamentais do homem. As exigências
burguesas contra a sociedade hierárquica e os privilégios da nobreza estão
colocados nesse manifesto. Contudo, não é um manifesto a favor de sociedade
democrática. O Burguês clássico desse período possuía ideais liberais. Era,
sobretudo, um devoto do constitucionalismo, de um governo de contribuintes
e proprietários e defensor de um Estado secular com liberdades civis e
garantias para a empresa privada
Em 9 de Julho de 1791 é proclamada a constituição que consagrada a
Monarquia Constitucional como a forma de governo.
O Rei continuava a ser o mesmo; agora , no entanto, pela graça do direito
constitucional. A fonte de toda a soberania seria a nação. Esta seria primeira e
incipiente expressão oficial do nacionalismo, o qual posteriormente se tornaria
um conceito revolucionário.
Início da dança dialética que passa marcar o período. Moderados reformadores
da classe média mobilizam as massas contra resistência real obstinada ou a
contra-revolução. As massas vão além dos objetivos moderados e no sentido
de suas próprias revoluções industriais. Um grupo conservador acaba por fazer
causa comum com os reacionários em contraponto a um grupo de esquerda
com auxilio das massas determinado a seguir com os objetivos dos moderados
ainda não alcançados (mas com risco de perder o controle sobre elas).