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O Paraná é uma das 27 unidades federativas do Brasil, localizado ao norte da região Sul,
da qual é o único a ter área limítrofe com estados de outras regiões. É dividido em 399
municípios e seus estatoides limítrofes são os estados brasileiros de Mato Grosso do
Sul (a NO), de São Paulo (ao N e a L) e de Santa Catarina (ao S) e
a província argentina de Misiones (a SO) e
os departamentos paraguaios de Canindeyú e Alto Paraná (a O), além do oceano
Atlântico (a L). Sua área é de 199 307,922 km², um pouco menor que a Romênia, país
com formato semelhante. Sua capital é Curitiba. Outros municípios importantes
são: Londrina, Maringá, Ponta Grossa, Guarapuava, Cascavel, São José dos Pinhais e Foz
do Iguaçu. É o quinto estado mais rico do Brasil pelo PIB, ficando atrás apenas
de SP, RJ, MG e RS.
Seu território, que abrange toda a extensão da antiga República do Guairá à época
do Império Espanhol, era a província mais nova do Brasil imperial, desmembrada de São
Paulo em 1853, sendo seu primeiro presidente Zacarias de Góis. Foi criada por motivos
diversos, podendo ser citados um acordo pelo apoio oferecido pelos paranaenses
à Revolução Farroupilha e o cultivo lucrativo da erva-mate. É também o mais
novo estado da região Sul do país, logo depois do Rio Grande do Sul (1807) e Santa
Catarina (1738).
O relevo do Paraná é dos mais altos do Brasil: 52% do território estadual tem altitude
superior a seiscentos metros e somente 3% da área territorial são inferiores a trezentos
metros. Os rios mais importantes do Paraná são o Paraná, o Iguaçu, o Ivaí,
o Tibagi, Paranapanema, o Itararé e o Piquiri e o clima do estado é classificado
como temperado.
Etimologia
O nome do estado é derivado de “Paraná”, termo da língua geral paraná, que significa
“rio”.[7] Apesar disso, algumas fontes dizem que o termo vem do guarani para, “mar”,
e anã, “que se parece/assemelha”, sendo, por isso, “(rio) parecido com/semelhante ao
oceano”, de maneira natural por sua dimensão.[8][9][10] Refere-se ao rio Paraná, que
delimita a fronteira ocidental de seu território, onde ficava o salto de Sete Quedas (hoje
submerso pela represa da Usina Hidrelétrica de Itaipu) na divisa com Mato Grosso do
Sul e com o Paraguai. O rio Paraná nasce da confluência dos dois
rios: Paranaíba e Grande, que se encontram quase mais a oeste de Minas
Gerais.[8][11][12] O potamônimo[nota 1] deu o nome à região, que foi elevada à categoria
de província autônoma em 1853, desmembrando-se de São Paulo, e a de estado em
1889. A pronúncia “Paranã” era encontrada até há pouco tempo. [12][10] Os naturais do
estado do Paraná são denominados paranaenses.[13]
História
Período colonial
No período pré-colonial, a região ficou, no século XVI, esquecida por Portugal[15] e foi
explorada por demais países, que buscavam especialmente madeira de lei. As mais
importantes expedições foram as espanholas, trazendo os religiosos da Companhia de
Jesus, que fundaram centros de povoamento no oeste do Paraná, estado cujo território
pertencia em grande parte à coroa Espanhola. Em 1554, Ontiveros, a uma légua do Salto
das Sete Quedas, foi fundada por Domingo Martínez de Irala, Governador
do Paraguai.[16][17] Posteriormente, há três léguas de Ontiveros, foi fundada a Ciudad
Real del Guayrá, na foz do Rio Piquiri.[17][16] Em 1576, os espanhóis fundaram à margem
esquerda do rio Paraná, Vila Rica do Espírito Santo.[16][17] Com três cidades e diversas
“reduções” ou “pueblos” a região era à época conhecida como “Provincia Real del
Guaira”.[18][17]
Nos primeiros anos do século XVII, depois de se descobrir ouro em terras paranaenses,
os luso-brasileiros iniciaram a ocupação da região, por intermédio de bandeiras que
saíam de São Vicente. Já em 1629, os estabelecimentos dos padres jesuítas, exceto
Loreto e Santo Inácio, sofreram destruição completa dos bandeirantes paulistas[19][17] e,
em 1632, Antônio Raposo Tavares, cercou e destruiu Vila Rica, último reduto espanhol
com capacidade para que fosse oferecida resistência.[20][17] No Paraná, uma região
aurífera foi descoberta, antes de Minas Gerais. Os povoadores se estabeleceram assim
no litoral como no primeiro planalto paranaense. O povoamento era mais concentrado
em Paranaguá, núcleo, por certa época, da sociedade mais meridional da América
Portuguesa. Quarenta e quatro anos depois da fundação de Paranaguá (1648), em
1693, Curitiba foi elevada à categoria de vila, sendo transformada no centro que
comandaria a expansão territorial do Paraná. Era muito difícil explorar o ouro, porque
não eram conhecidos métodos de exploração decentes, e também porque a mão de
obra era escassa. Dessa forma, durante a descoberta de ouro em Minas Gerais, esse
minério do Paraná deixou de ser totalmente importante.[15] Apenas em 1820 o território
ocidental do Paraná foi entregue à coroa portuguesa passando a ser politicamente
anexo à Província de São Paulo, recebendo o nome de “Comarca de Curitiba”.[17]
Período imperial
A comarca de Paranaguá e Curitiba, que integrava a Capitania de São Paulo, foi fundada
em 19 de novembro de 1811. Mesmo após a independência do Brasil ter sido
proclamada, a região submetia-se continuamente à Província de São Paulo. Em 6 de
fevereiro de 1842, Curitiba foi elevada à categoria de cidade por uma lei provincial
paulista. Em 29 de agosto de 1853, enfim, o imperador Pedro II do Brasil assinou a Lei
Imperial n.º 704, que criou a Província do Paraná, a qual foi criada por motivos diversos.
Podem ser citados dois: um acordo pelo apoio oferecido pelos paranaenses à Revolução
Farroupilha; e o cultivo lucrativo da erva-mate. Curitiba foi transformada em capital
e Zacarias de Góis foi nomeado como o primeiro presidente da província. Naquele
tempo, bem como o comércio de gado, a produção de erva-mate se expandiu muito.
Devido à reduzida população provincial, foi iniciado um programa oficial
de imigração europeia (especialmente poloneses, alemães e italianos), o qual
colaborou para que fossem expandidas a colonização e o aparecimento de novas
economias.[15]
Período republicano
Para listas mais abrangentes, consulte Lista de governadores do Paraná.
Panteon dos Heroes, onde jazem os corpos dos legalistas que combateram no Cerco da
Lapa.
Antes de 1961, o Paraná era politicamente controlado por Moisés Lupion, por duas
vezes governador (1947–50, 1956–61).[30] Lupion foi sucedido por Ney Braga, amigo dos
militares,[31] também, ocupante do cargo por duas vezes (1961–66; 1979–
82).[31] Escolhido por voto popular nas eleições de 1982, José Richa foi governante do
estado antes de 1986.[32] Depois vieram os governantes eleitos Álvaro Dias (1987–
1991)[33] e Roberto Requião (desde 1991).[34] Requião ficou no cargo até abril de
1994,[34] quando foi sucedido por Mário Pereira, que concluiu o mandato.[35] Em 1994,
foi eleito o candidato pedetista, Jaime Lerner, que assumiu em janeiro de 1995, e
foi reeleito em 1998.[36] Requião venceu as eleições em 2002, permanecendo no cargo
até 2007, um ano depois de ser reeleito em 2006. Em 2010,[34] assumiu seu vice Orlando
Pessuti, que completou o mandato.[37] Beto Richa, filho do fluminense José Richa, foi
eleito governador em 2010,[38][39][40][41] sendo reeleito em 2014.[42] Richa continuou no
governo do estado até abril de 2018, quando foi sucedido por Cida Borghetti, que
concluiu o mandato.[43][44] Em 2018, Ratinho Júnior foi eleito
governador,[43][45] assumindo o executivo em 2019.[46][47]
Geografia
O Paraná é uma das 27 unidades federativas do Brasil, localizado a norte da região Sul.
Tem como limites São Paulo ao norte e nordeste; com Santa Catarina ao sul; com Mato
Grosso do Sul a noroeste; com os departamentos paraguaios de Canindeyú e Alto
Paraná a oeste; e com a província argentina de Misiones a sudoeste.[48]
O estado tem 199 307,922 km² de área e litoral com cerca de 100 km de extensão,
o segundo menor do Brasil, superado apenas pelo Piauí, com 68 praias e diversas
ilhas.[49][50][51] Cortado a norte pelo Trópico de Capricórnio, o Paraná está situado entre
os paralelos 22° 30′ 58″ N e 26° 43′ 00″ S e entre os meridianos 48° 05′ 37″ L e
54° 37′ 08″ O. Tem quatro pontos extremos. São eles: a cachoeira do Saran Grande,
em Jardim Olinda, a norte; a nascente do Rio Jangada, em General Carneiro, a sul; a leste
a foz do Ararapira, em Guaraqueçaba, e a oeste o Porto Palacim em Foz do Iguaçu.[52]
Mais de 52% do território do Paraná localiza-se numa altitude superior a 600 m e 89%
superiores a 300 m; apenas 3% localiza-se numa inferior a 200 metros. As áreas
aplainadas que se dispõem às altitudes de maior elevação, as quais compõem planaltos
de escarpas formando as serras do Mar e Geral, dominam o relevo do estado. Os
terrenos mais baixos estão situados na baixada litorânea, que abrange planícies de
aluvião, areias e morros cristalinos; a parte norte encontra-se fragmentada dando
origem à baía de Paranaguá, com aspecto em formato de dedo.[53]
Terra roxa, o solo de maior fertilidade do Brasil, cobre 40% do território, no Norte do
Paraná. Ela expandiu a cafeicultura, no estado, desde 1920. Tanto os solos
das florestas como das formações campestres são inférteis. Nestes últimos, os
agricultores estão usando tecnologias inovadoras para aproveitar melhor os solos.[54]
Clima
Clima Cfb, subtropical com boa distribuição de chuvas anuais e verões suaves, aparece
na parte mais alta e abrange os três planaltos: cristalino, paleozoico e o leste do planalto
basáltico, com temperaturas médias de 17 °C e pluviosidades regulares durante todo o
ano, em torno de 1 200 milímetros.[57]
O clima Cwa, subtropical com verões de calor e invernos de estiagem, aparece na parte
noroeste do território estadual, característico dos regimes tropicais, com chuvas no
verão e estiagem no inverno; a média térmica é um pouco mais elevada, por volta de
20 °C. O índice pluviométrico atinge 1 300 mm por ano. Em determinadas épocas do
ano, em especial no inverno acontecem geadas, mais frequentes nas áreas de mais
altitude onde, em algumas ocasiões, ocorrem quedas de neve, um fenômeno raramente
visto na região de Curitiba.[57]
Meio ambiente
Demografia
Crescimento populacional
Censo Pop. %±
Fonte: IBGE[61]
0-25 hab/km²
25-50 hab/km²
50-100 hab/km²
100-150 hab/km²
150-200 hab/km²
200-300 hab/km²
300-400 hab/km²
400-500 hab/km²
Dos 399 municípios paranaenses, apenas dois tinham população acima dos quinhentos
mil: Curitiba, que é a capital, e Londrina, no norte do estado. Outros dezesseis tinham
entre 100 001 e 500 000 (Maringá, Ponta Grossa, Cascavel, São José dos Pinhais, Foz do
Iguaçu, Colombo, Guarapuava, Paranaguá, Araucária, Toledo, Apucarana, Pinhais, Cam
po Largo, Arapongas, Almirante Tamandaré, Umuarama, Piraquara e Cambé), quatorze
de 50 001 a 100 000, 55 de 20 001 a 50 000, 109 de 10 001 a 20 000, 105 de 5 001 a
10 000, 93 de 2 001 a 5 000 e cinco até dois mil (Esperança Nova, Miraselva, Santa
Inês, Nova Aliança do Ivaí e Jardim Olinda).[67] A maior parte da população do estado se
concentra na Mesorregião Metropolitana de Curitiba, que corresponde à região leste
paranaense, com mais de 30% da população paranaense.[68] Curitiba, sozinha, abrigava
16,8% do total de habitantes,[69] além de possuir a maior densidade demográfica em
relação aos demais municípios (4 024,84 hab./km²), enquanto Alto Paraíso, no noroeste,
detinha a menor (3,31 hab./km²).[70]
Segundo a divisão da Igreja Católica no Brasil, o Paraná pertence à Regional Sul II e seu
território é dividido em quatro províncias eclesiásticas, formadas
pelas arquidioceses de Cascavel, Curitiba, Londrina e Maringá, e mais
14 dioceses sufragâneas destas.[75]
Atualmente vivem no estado do Paraná pouco mais de nove mil indígenas, distribuídos
em dezenove grupos, que ocupam área de 85 264,030 hectares de extensão. Um total
de dezessete áreas já se encontram demarcadas definitivamente pela Fundação
Nacional do Índio (FUNAI), órgão do governo brasileiro responsável pela questão, e
nelas se encontra a totalidade dos indígenas residentes no estado.[78] Dessas, destaca-
se a de maior população, a reserva indígena Rio das Cobras, que abrange os municípios
de Nova Laranjeiras e Espigão Alto do Iguaçu.[78]
Apucarana
Campo Mourão
Cascavel
Curitiba
Londrina
Maringá
Toledo
Umuarama
O território do Paraná situa-se dentro da área influenciada pela cidade de São Paulo. A
metrópole paulista lidera a economia paranaense através das cidades de Ourinhos, em
São Paulo, e Jacarezinho, Maringá, Londrina e Curitiba, no Paraná. Ourinhos e
Jacarezinho exercem domínio, em grupo, sobre a parte leste do norte do Paraná;
Londrina a parcela central da região, e Maringá, o oeste.[85]
Curitiba domina o restante inteiro do estado do Paraná e ainda quase Santa Catarina
inteira, menos na porção oriental a região de Tubarão e, na parte ocidental, a
de Chapecó. A capital age, na área influenciada pelo Paraná, diretamente ou através dos
centros intermediários de Ponta Grossa e Pato Branco. A área de influência direta
compreende as porções oriental e sudeste inteiras do estado. Pato Branco domina a
parte sul-ocidental, e Ponta Grossa, as porções central e ocidental inteiras.[85]
A Grande Curitiba, instituída pela lei complementar federal n.º 14 de 1973, foi a
primeira RM do Paraná a ser criada, inicialmente com quatorze municípios, até chegar
aos 29 atuais. É também a mais populosa do estado, com mais de 3,5 milhões de
habitantes, e a oitava maior do Brasil.[86] Em 1998, através de lei complementar
estadual, foram instituídas as RMs de Londrina[87] e Maringá.[88] A de Umuarama, a
quarta do estado, foi criada em agosto de 2012[89] e, em janeiro de 2015, foram criadas
mais outras quatro: Apucarana, Campo Mourão, Cascavel e Toledo, passando para oito
atuais.[90]
Governo e política
O estado do Paraná, assim como uma república, é governado por três poderes, todos
com sede na capital: o executivo, representado pelo governador, o legislativo,
pela Assembleia Legislativa do Paraná, e o judiciário, pelo Tribunal de Justiça do
Paraná e outros tribunais, e juízes.[91] Também é permitida a participação popular nas
decisões do governo através de referendos e plebiscitos.[92] A atual constituição do
estado foi promulgada em 1989, acrescida das alterações resultantes de
posteriores emendas constitucionais.[91] Constituem símbolos estaduais a bandeira,
o brasão e o hino, além do sinete.[91]
Desde o começo do período republicano, assumiu pela primeira vez o governo do estado
o fluminense Francisco José Cardoso Júnior, que esteve no poder entre 17 de novembro
e 4 de dezembro de 1889. Foi apenas no ano de 1947 onde ocorreu a posse do primeiro
governador escolhido por sufrágio universal, Moisés Lupion, eleito pela segunda vez
para um mandato entre 1956 e 1961.[96] O atual chefe do executivo paranaense
é Ratinho Júnior, que assumiu o cargo em 1.º de janeiro de 2019, tendo como seu vice-
governador, Darci Piana.[47]
O poder judiciário tem a função de julgar, conforme leis criadas pelo legislativo e regras
constitucionais brasileiras, sendo composto por desembargadores, além dos tribunais
de júri, juizados especiais e juízes de direito, substitutos e de paz.[91] A maior corte
do Poder Judiciário paranaense é o Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, localizado
no Centro Cívico.[98] Representações deste poder estão espalhadas pelo território
estadual por intermédio de unidades denominadas de comarcas. De acordo com o
Tribunal Superior Eleitoral, o Paraná possuía, em novembro de 2016, 7 864 377
eleitores, representando 5,376% do eleitorado brasileiro, o sexto maior do país.[99]
Política do Paraná
O Paraná surgiu como unidade administrativa em 1853 com duas cidades, sete vilas, seis
freguesias e quatro capelas curadas, sendo o município mais antigo, Paranaguá, fundado
em 1648, e o último desse período foi Araucária, criado em 1890.[100] Com
a Independência do Brasil as províncias foram organizadas em 1823 e nesse ano o
território já pertencia a São Paulo.[101] Durante todo o período republicano o estado
passou de dezenove localidades para 399 municípios, sendo a quinta unidade de
federação com o maior número de cidades e a segunda da Região Sul, atrás do Rio
Grande do Sul e à frente de Santa Catarina.[102]
Economia
Em 2013, o Paraná possuía o quinto PIB do Brasil, com 179 270 000 bilhões de reais,
representando 5,90% do PIB nacional no ano de 2005, contra 6,4% em 2003. Entretanto,
o crescimento do PIB paranaense vem apresentando sinais de desaquecimento nos
últimos dois anos. Em 2003 a variação real foi de 5,2% em relação ao ano anterior. No
ano seguinte, 2004, houve variação de 3,2%. Em 2005 a variação estimada
pelo IPARDES é de apenas 0,3%. Essa desaceleração pode ser atribuída às crises no
campo que vêm atingindo o estado nos últimos anos, e que acabam refletindo no
comércio, serviços e até indústria. Cerca de 15% do PIB paranaense provém da
agricultura. Outros 40% vêm da indústria e os restantes 45% são do setor terciário. Em
2007 apresenta um crescimento de mais de 7% do PIB, um dos melhores do país naquele
ano.[107] Quanto a sua pauta de exportações, no ano de 2012 os principais produtos
exportados foram a Soja (18,73%), Carne de Aves (10,50%), Açúcar in Natura (8,09%),
Farelo de Soja (8,00%) e Milho (6,36%).[108]
Setor primário
O centro mais expressivo dos alimentos produzidos é Londrina, sendo também muito
importante a atividade em Ponta Grossa, considerado um dos maiores parques
moageiros de milho e soja da América Latina.[114] A mais importante indústria do estado
é a Klabin, que se instalou na Fazenda Monte Alegre, no município de Telêmaco
Borba.[120][121][122][123][124]
Setor terciário
Segundo a Pesquisa Anual de Serviços (PAS) realizada pelo IBGE em 2013, existiam no
estado 94 352 empresas,[125] das quais 4 413 eram locais.[126]
Em 2013, trabalharam para todas essas empresas, 712 191 trabalhadores, que
totalizavam ao todo uma receita bruta de 75 551 590 mil reais, juntos com salários e
outras remunerações que somavam um total de 13 442 569.[125]
O Paraná é o estado brasileiro que possui a maior quantidade de parques nacionais, com
destaque o Parque Nacional do Iguaçu e o de Superagui.[128] Foz do Iguaçu, com mais de
270 cachoeiras e quedas d’água[129][130] é mundialmente conhecida, principalmente
pela[131] Garganta do Diabo. Outra atração da cidade é a Usina Hidrelétrica de Itaipu que
é aberta a visitação.[132]
O Parque Estadual de Vila Velha, em Ponta Grossa, com pedras em diversas formas, é
outro exemplo de ponto turístico do estado. Ainda em Ponta Grossa pode-se visitar
o Buraco do Padre,[133] a Capela de Santa Bárbara (construída pelos Jesuítas)[134] e a
Cachoeira da Mariquinha.[135]
Durante o ano inteiro, são realizadas feiras e festivais, merecendo destaque a Munchen
Fest de Ponta Grossa,[141] a Oktoberfest de Rolândia,[142] Carnaval
de Tibagi,[143] o Festival Internacional de Londrina,[144] de Teatro de Curitiba (o principal
do país),[145] Folclórico e de Etnias do Paraná,[146] e a Feira de Móveis do Paraná
(Movelpar).[147] Atraem ainda considerável interesse as feiras agropecuárias de grande
porte, em especial a Expo Londrina.[148]
Infraestrutura
Saúde
De acordo com uma pesquisa realizada pelo IBGE em 2008, 77,0% da população
paranaense avalia sua saúde como boa ou muito; 67,4% realiza consulta médica
periodicamente; 48,1% dos habitantes consultam o dentista regularmente e 8,3% esteve
internado em leito hospitalar nos últimos doze meses. 33,4% declararam ter
alguma doença crônica e apenas 27,0% tinham plano de saúde. Outro dado significante
é o fato de 52,2% declararem necessitar sempre do Programa Unidade de Saúde da
Família — PUSF.[153]
Na questão da saúde feminina, 40,4% das mulheres com mais de 40 anos fizeram exame
clínico das mamas nos últimos doze meses; 53,0% entre 50 e 69, mamografia nos dois;
e 78,7% entre 25 e 59, preventivo para câncer do colo do útero nos três.[153]
Educação
Faculdade Estadual de Direito do Norte Pioneiro na década de 1970, hoje CCSA da UENP.
Em 2009, foram registradas matrículas de 1 677 128 discentes, nas 6119 escolas
de ensino fundamental do estado, das quais 769 073 eram municipais, 744 913
estaduais, 162 621 particulares e 521 federais.[157] Quanto ao corpo docente era o
mesmo formado de 82 217 professores, sendo que 11 923 eram particulares.[157] Em
2009, ministrava-se o ensino médio, em 1713 estabelecimentos, com 74 114 discentes
matriculados e 34 457 docentes.[157] Dos 474 114 alunos, 3560 estavam na escola
pública federal, 418 117 na estadual, e 52 437 na particular.[157]
Em 2013, o total de alunos do ensino médio passou a 479 519 (queda de 1,06% em
relação a 2012, quando havia 484 633 estudantes). Destes, 4 272 (0,9%) estavam na
rede pública federal, 411 299 (85,8%) na estadual e 63 948 (13,3%) na particular.[158]
Ensino Superior
Quanto ao ensino superior, em 2009, o estado tinha 183 estabelecimentos, onde foram
registradas matrículas de 109 592 discentes, sendo 35 494 alunos em escolas públicas
federais, 71 419 em estaduais, 2679 em municipais e 177 291 em particulares.[160]
Transportes
Serviços e comunicações
O estado conta com outros serviços básicos. No Paraná, existem várias empresas
responsáveis pelo abastecimento de água. Em 345 dos 399 municípios paranaenses, a
empresa responsável por água e saneamento básico (esgoto) é a Companhia de
Saneamento do Paraná (Sanepar).[175]
Em relação à energia elétrica, existe uma empresa no estado, a Companhia Paranaense
de Energia.[176] Bem como as hidrelétricas de Capivari-Cachoeira, no Capivari, a nordeste
de Curitiba, e de Júlio Mesquita Filho, no rio Chopim, no sudoeste do estado,[177] opera
no Paraná a Usina Hidrelétrica de Itaipu, a segunda maior do mundo em produção de
energia (depois da das Três Gargantas, na China), contudo, ainda a em tamanho,
na fronteira Brasil-Paraguai,[178] e erguida em grupo com este país.[179] Terminada em
1991, somente a partir daí a sua capacidade inteira, de 12 000 MW, começou a ser
utilizado, o que fez do Paraná o estado brasileiro que mais produz energia.[180] No
entanto, o Paraná também é enriquecido de energia produzida pelas usinas
de açúcar e álcool, produtoras de eletricidade desde a queima do bagaço da cana.[181]
[182]
O código de área (DDD) do estado varia, desde 041 até DDDs
046.[184] No dia 2 de fevereiro de 2009, as
Cidade DDD
regiões oeste e sudoeste passaram a serem servidas
pela portabilidade, com outras cidades de DDDs 45 e 46, 19 (São Curitiba 41
Paulo), 93 e 04 (Pará).[185]
Ponta Grossa 42
Londrina 43
Maringá 44
Foz do Iguaçu 45
No campo da televisão, o estado foi pioneiro com a criação da sua primeira emissora, a
atual RPC Curitiba, pelo advogado e empresário Nagib Chede, em 29 de outubro de
1960.[190] Com o passar do tempo, várias outras emissoras desenvolveram-se no estado
e ganharam projeção nacional e regional, como foi o caso da CNT,[191] a Rede
Massa[192] e a Mercosul,[193] todas com sede na Grande Curitiba. Além disso, há
transmissão de canais nas faixas Very High Frequency (VHF) e Ultra High
Frequency (UHF). O Paraná é sede de alguns canais/emissoras de televisão, como a RIC
Londrina,[194] a RPC Foz do Iguaçu,[195] a TV Educativa de Ponta Grossa,[196] a TV
Carajás (em Campo Mourão)[197] e a TV Beltrão (em Francisco Beltrão).[198]
As mais importantes unidades das Forças Armadas no Paraná são: no Exército Brasileiro,
o Paraná faz parte do Comando Militar do Sul (junto com os estados do Rio Grande do
Sul e Santa Catarina), sediado em Porto Alegre, pertencendo à 5.ª Região Militar e 5.ª
Divisão de Exército (com Santa Catarina);[199] merecem destaque no estado o 13.º
Batalhão de Infantaria Blindado (Ponta Grossa)[200] e o 20.º Batalhão de Infantaria
Blindado (Curitiba);[201] na Marinha do Brasil, o Paraná pertence ao 5.º Distrito Naval,
que se sedia em Rio Grande;[202] e na Força Aérea Brasileira, o Paraná integra o Cindacta
II, localizado em Curitiba, que se encarrega do radar no sul do Brasil, no Mato Grosso do
Sul inteiro, porção meridional e oeste de São Paulo.[203]
A Polícia Militar do Estado do Paraná (PMPR) tem por função primordial o policiamento
ostensivo e a preservação da ordem pública no Paraná. Ela é Força Auxiliar e Reserva do
Exército Brasileiro, e faz parte do Sistema de Segurança Pública e Defesa Social do
Brasil.[204] Seus integrantes são denominados Militares dos Estados,[205] assim como os
membros do Corpo de Bombeiros do Paraná.[204]
Críticas severas tem sido feitas à falta de efetivos tanto da polícia civil quanto da militar
e se mostrado uma preocupação dos paranaenses, são os mesmos da década de 80 para
quase o dobro de população.[215][216][217]
De acordo com dados do “Mapa da Violência 2012”,, publicado pelo Instituto Sangari e
pelo Ministério da Justiça, a taxa de homicídios por 100 mil habitantes, que era de 10,8
em 1980, subiu para 35,1 em 2009 (ficando acima da média nacional, que era de 27,0).
Entre 2000 e 2009, o número de homicídios subiu de 1766 para 3 588. Em geral, o Paraná
subiu sete posições na classificação nacional dos estados e Distrito Federal por taxa de
homicídios, passando da décima-sexta posição em 2000 para a nona em 2010. Curitiba
e região metropolitana possuíam taxas doze vezes maiores que a do estado (47,0),
enquanto, no interior, o mesmo era um pouco menor que a média estadual (24,8).[218]
Em 2000, 168 municípios não registravam nenhum caso de homicídios do estado,
número caindo para 130 em 2010. Considerando-se todos os municípios com mais de
cem mil habitantes, que em 2000 eram 60, passaram, em 2010, para 101 do total do
mesmo. Entre os municípios acima de 50 000 e abaixo de 100 000 habitantes, destacam-
se Pinhais e Piraquara, que apresentaram forte crescimento nos níveis de violência. Ao
mesmo tempo, a região metropolitana da capital registrou um forte aumento de 126,7%
nas taxas de homicídios, enquanto, no interior do estado uma queda de 24,8%.[218][219]
Cultura
Entre os principais paranaenses ilustres podemos destacar: David Carneiro, um dos mais
renomados historiadores brasileiros[222] e pai do historiador David Carneiro
Júnior;[223] Moysés Paciornik, médico curitibano;[224] Michel Teló, medianeirense, ex-
integrante do Grupo Tradição;[225] Tony Ramos, araponguense, ator da Rede
Globo;[226] entre os escritores, Dalton Trevisan, Helena Kolody e Paulo Leminski;[227] os
cientistas César Lattes, Metry Bacila, João José Bigarella e Newton Freire-Maia, este
último mineiro radicado em Curitiba;[228] Sônia Braga, maringaense;[229] a dupla
sertaneja Chitãozinho e Xororó, astorguense;[230] Jaime
Lerner, político, arquiteto e urbanista curitibano;[231] Anízio Alves da Silva, inventor
do supletivo (atualmente conhecido como Educação de Jovens e Adultos);[232] Deivid
Willian da Silva, londrinense, jogador do Clube Atlético Paranaense;[233] Dirceu José
Guimarães;[234] Fábio Campana, natural de Foz do Iguaçu, jornalista;[235] Aramis
Millarch;[236] os ex-governadores Roberto Requião de Mello e Silva[237] e Moysés
Lupion;[238] Laurentino Gomes, maringaense, escritor;[239] Grazi Massafera;[240] Maria
Fernanda Cândido;[241] dentre vários outros.
Instituições e bibliotecas
Esportes
Estádio Joaquim Américo Guimarães (ou Arena da Baixada) durante o jogo
entre Irã e Nigéria durante a Copa do Mundo FIFA de 2014.
Feriados
O Paraná não possui data magna nem feriados estaduais. Em 2014 foi apresentado e
aprovado na Assembleia Legislativa do Paraná uma lei que instituía a dissolução do
polêmico feriado da emancipação política do estado, passando a ser ponto facultativo.
O feriado não era cumprido pelas empresas públicas e particulares