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O Indígena Paranaense
Colonização
A Ocupação do Litoral
Erva - Mate: a erva-mate já era conhecida e utilizada pelos índios desde antes da
chegada dos europeus. Nas reduções do Guairá, os jesuítas chamavam-na de erva do
diabo, pois os índios atribuíam-lhe poderes de descontrole das emoções. Por isso, por
algum tempo, os jesuítas chegaram a proibir o uso do mate entre os índios. A partir de
1820, contudo, através de Francisco de Alzagaray, que ensinou o beneficiamento da erva
aos paranaenses, o produto se tornou o “esteio” da economia regional, principalmente n
período provincial (após 1853).
MADEIRA: A exportação do pinheiro paranaense surgiu com a Primeira Guerra
Mundial (1914-1918). Como a importação de madeira foi interrompida com o conflito, o
Paraná passou a ser o principal fornecedor de madeira para o Brasil, conquistando,
também o mercado de Buenos Aires. O transporte feito por caminhão, a partir de 1930,
impulsionou, ainda mais, o comércio madeireiro, que se tornou o principal produto
econômico do Paraná na primeira metade do século XX.
CAFÉ: o café teve seu auge no Paraná na década de1950, período em que o
Estado foi o maior produtor cafeeiro do Brasil. Desenvolveu-se, principalmente, no norte
do Estado. Além das terras dessa região serem consideradas de ótima qualidade para o
cultivo do café, esse impulso também foi resultado do estímulo de Getúlio Vargas, após
a guerra, no sentido de desenvolver a industrialização no Brasil. Dessa forma, São Paulo
diminui sua produção cafeeira a favor da indústria, possibilitando o destaque paranaense
no setor. Assim, pode-se dizer que a expansão cafeeira no Paraná apoiou-se em duas
condições favoráveis: a demanda crescente do mercado internacional e a disponibilidade
de recursos internos, como terra, trabalhadores, transporte e equipamentos.
Hoje temos o destaque de produtos como a soja, o milho e, em termos de
industrialização, há a diversificação de setores, como roupas, softwares e automóveis.
OS CAMINHOS DO PARANÁ
No início da história do Paraná, os caminhos, únicas vias existentes até então,
tiveram grande importância na ocupação e na comunicação entre regiões do Paraná.
Caminho de Peabiru: cortava o Paraná de Leste a Oeste. Já existia antes do
descobrimento da América e foi muito utilizado pelos primeiros colonizadores e
desbravadores do território.
Caminho da Graciosa: tudo indica que fora criado pelos índios que descia para
o litoral. Ligava Curitiba a Antonina.
Caminho de Itupava: também ligava Curitiba a Morretes. Permaneceu como
principal via de transporte entre o planalto e o litoral até a abertura definitiva da estrada
da Graciosa, em 1873.
Caminho do arraial: foi aberto pelos faiscadores de ouro de Arraial Grande
(atual São José dos Pinhais), ligando-o ao litoral.
Estrada da mata (caminho de viamão): fazia a comunicação entre Viamão, no
Rio Grande do Sul, até São Paulo, passando pelos Campos Gerais paranaenses. Foi muito
utilizado pelos tropeiros.
ESCRAVIDÃO NO PARANÁ
Ao contrário do que muitos afirmam, a escravidão existiu, sim, no Paraná.
Contudo, pode-se afirmar que ela não foi a única forma de mão-de-obra aqui utilizada,
pois, paralelamente aos escravos, existia, também, a mão-de-obra livre.
Para desenvolvimento das variadas economias no Paraná – caça ao índio,
mineração, pecuária e o cultivo do mate – foi necessária a utilização do trabalho escravo.
Essa utilização apresentou-se com intensidade diversa, mas sempre esteve presente, seja
dominando amplamente, seja coexistindo com outras formas de produção.
É importante ressaltar que, ao se falar em escravidão, não devemos nos remeter
apenas aos negros africanos. Na mineração, por exemplo, as formas de exploração nas
faisqueiras, lavras ou jazidas, associadas aos incentivos econômicos, sociais e políticos,
levaram à utilização progressiva da força de trabalho indígena (“carijó”) ou africana. De
início, predominou o escravo índio, ou mestiço, já que a pobreza dos proprietários da terra
não permitia a importação de africanos para o trabalho de mineração. Além do mais, tanto
os índios do litoral, quanto os do planalto, eram mais acessíveis e exigiam menores
investimentos para serem transformados em escravos.
Em fins do século XVIII, à medida que a economia se modificava e a pecuária se
expandia como atividade fundamental, somada ao fato da paulatina decadência da
mineração a partir do segundo quartel do século, os negros e mulatos se tornaram
numerosos.
IMIGRAÇÃO
Até meados do século XIX,o território paranaense ainda era mal povoado. Após a
lei Euzébio de Queiroz, em 1850, intensificou a repressão ao tráfico negreiro no litoral,
situação que dificultava, ainda mais a questão da necessidade de mão-de-obra. Além
disso, parte das elites brasileiras vislumbrou o “branqueamento” da população como fator
de desenvolvimento. Diante desse contexto, o governo imperial passou a estimular a
vinda de imigrantes para o Brasil.
No Paraná, a primeira tentativa para localizar imigrantes deu-se em 1829. No
entanto, o estabelecimento das colônias em regiões afastadas dos maiores centros urbanos
e a ausência de infra-estrutura, tornaram-se os principais motivos do relativo fracasso das
primeiras experiências de ocupação do território paranaense com imigrantes europeus
nesse período. De qualquer forma, algumas das colônias aqui instaladas deram origens a
cidades:
Superagui: colônia de suíços que deu origem ao município de Guaraqueçaba;
Assungui: possuía franceses, ingleses, italianos, alemães, espanhóis, suecos. Seu
núcleo forma hoje a sede do município de Cerro Azul.
No início do século XX, o governo federal deu novo impulso à imigração, fator
que fez surgir colônias na região central do Paraná, formadas, predominantemente, por
poloneses, ucranianos e alemães.
Após a primeira Guerra Mundial, há o predomínio da imigração japonesa, cujos
núcleos deram origem a cidades como Uraí, Assai, Londrina, Bandeirantes etc.
REVOLUÇÃO FEDERALISTA
Quando o Marechal Floriano Peixoto assumiu a presidência ele afastou do poder
todos os governadores que haviam apoiado o golpe de estado de Deodoro da Fonseca.
Porém, no Rio Grande do Sul, ele aliou-se a Júlio de Castilho que, apesar de ter apoiado
Deodoro, era contrário à Silveira Martins, líder político gaúcho que teria tendências
políticas monárquicas e parlamentaristas.
Julio de Castilhos saiu vitorioso nas eleições para governador do Estado.
Inconformados, os federalistas, partidários de Silveira Martins, invadiram o Estado do
Rio Grande do Sul em 1893. O conflito foi um dos mais sangrentos da história
republicana, sendo marcado, inclusive, no território paranaense, por combates de grande
ferocidade e por atos de atrocidade cometidos por ambas as partes em conflito.
Os legalistas, partidários de Floriano Peixoto, ficaram conhecidos como pica-
paus, por causa do armamento que utilizavam, enquanto os federalistas receberam o
termo pejorativo maragatos, que significa pessoa desqualificada. Ambos o grupos
possuíam simpatizantes.
Em setembro de 1893 houve sublevação da baía de Guanabara, liderada pelo
Almirante Custódio de Mello, tornando a revolução um conflito de âmbito nacional.
Saindo da baía de Guanabara, Custódio Melo tomou o litoral de Santa Catarina. Na
sequência, seu plano era a ocupação do Paraná, que seria atacado em três frentes:
Paranaguá, Tijucas e Lapa, onde os revolucionários se concentrariam em Curitiba, para
depois tentar a conquista de São Paulo.
A invasão da baia de Paranaguá aconteceu em janeiro de 1894. A resistência foi
fraca e a tomada do litoral se deu, portanto, sem grandes combates.
As forças federalistas provindas de Santa Catarina, através do líder Gumercindo
Saraiva, atacaram Tijucas. Apesar da forte resistência, os legalistas se viram cercados e,
com dificuldade de munição e de subsistência, foram obrigados a render-se.
Tropas legalistas, em Lapa, tendo como líder o Coronel Gomes Carneiro,
ofereceram forte resistência à invasão dos federalistas. Sem quererem se render, os
maragatos apertaram ainda mais o cerco, que ficou conhecido como cerco da Lapa. O
Coronel Carneiro recebeu um ferimento mortal e em fevereiro de 1894, sem auxílio
externo para alimentação e munição, não foi possível manter a resistência.
Chegando a Curitiba, os federalistas encontraram a cidade sem governo, que,
temendo a invasão, transferiu a capital do Estado para Castro. Por dois meses os
federalistas ficaram em Curitiba, exigindo o pagamento de impostos pelos moradores. O
plano de invadir São Paulo não foi concretizado.
Neste contexto de ocupação do Paraná, o Marechal Floriano conseguiu, com a
ajuda dos Estados Unidos, aparelhar uma frota de guerra e contra atacar. Vencendo as
forças federalistas no Rio de Janeiro, os legalistas rumaram para o sul. No Paraná,
temerosos com a aproximação das tropas do governo, os federalistas evacuaram, não
oferecendo resistência. Os legalistas também conseguiram vencer em Santa Catarina e
Rio Grande do Sul.
De ambos os lados, a Revolução Federalista foi marcada pela crueldade e barbárie:
assaltos, destruição de hospitais e massacre de prisioneiros.
A guerra do Contestado
No contexto dessa disputa, surgiu o problema com a posse de terra nessa região.
Como não havia uma definição em relação aos limites do território contestado, a
população cabocla da região vivia em quase que completo abandono, dentro de suas
crenças e superstições.
A construção da ferrovia São Paulo - Rio Grande afetou, diretamente, a vida
desses sertanejos. Como o Brasil não tinha condições de financeiras de pagar a construção
da estrada de ferro, no contrato estabelecia-se que o pagamento seria feito em terras.
Dessa forma, foram tituladas à empresa norte-americana Brasil Railway Company faixas
de terras equivalentes a oito quilômetros de cada margem da ferrovia.
Na região contestada, parte desse território era povoado por populações caboclas.
Dessa forma, a empresa norte americana empreendeu a limpeza da área, através de uma
polícia própria. Ao mesmo tempo, os grandes latifundiários, coronéis, que até então
possuíam bom relacionamento com os sertanejos, passaram a hostilizá-los, por causa da
valorização das terras. Os caboclos do contestado viram-se, portanto, entre inimigos.
Acreditavam que seu problema tinha sido causado pela República, pois durante a
Monarquia viviam em paz.
Diante disso, surgiu a figura de Miguel Lucena, o monge José Maria, que,
apoiando-se na tensão existente e nas crenças da população cabocla, conduziu-a à revolta.
Nos Campos do Irani, Taquaruçu e Caraguatá, houve vários embates entre a
polícia e os sertanejos, mas eles demonstraram grande poder de resistência. Percebendo
o desperdício de tempo, homens e munição, o governo federal resolveu realizar uma
campanha de envergadura na região. Foram necessárias 13 expedições para a destruição
de todos os redutos de caboclos, com grande perda humana de ambos os lados.
PARANÁ (1970-1980)
Os anos de 1970 e 1980 podem ser considerados um período desenvolvimentista
no Paraná. Administrados pelos governadores Ney Braga e Paulo Pimentel, foi
consolidado um sistema estadual de ensino para o combate ao analfabetismo e foram
tomadas várias medidas para a industrialização do Estado, como a criação da Companhia
de desenvolvimento econômico do Paraná (CODEPAR) e a criação da Rodovia do Café,
ligando o noroeste ao litoral do Estado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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WACHOWICZ, Ruy. História do Paraná. 9ª ed. Curitiba: Imprensa Oficial do Paraná, 2001.
Exercícios
2. (Uem 2018) Sobre a imigração estrangeira para o estado do Paraná, assinale a(s)
alternativa(s) correta(s).
01) A presença da imigração japonesa no Paraná começou ainda na década de 1910,
quando se tem registro da presença das primeiras famílias nipônicas nas cidades de
Cornélio Procópio, Assaí e Uraí.
02) A fundação da colônia Theresa Cristina, em 1847, localizada à margem direita do rio
Ivaí (atual município de Cândido de Abreu), foi uma das primeiras experiências de
imigração particular realizada pelo médico suíço Dr. João Maurício Faivre.
04) Os principais grupos étnicos estrangeiros que se instalaram na região de Curitiba, a
partir do século XIX, foram os alemães, os italianos, os poloneses e os ucranianos.
08) No Paraná, até o século XVIII, ao contrário do restante do Brasil, não houve presença
de imigrantes portugueses.
16) A colônia Cecília, fundada pelo italiano Giovanni Rossi, no município de Palmeira,
é considerada a primeira experiência anarquista no Brasil.
3. (Uem 2018) Assinale o que for correto sobre os aspectos socioeconômicos da história
do Paraná.
01) Durante o século XVIII, a atividade canavieira desenvolvida no oeste do atual
território paranaense constituiu a base da economia regional.
02) Diferentemente do restante do Brasil, não foram distribuídas sesmarias nas áreas que,
atualmente, designam o território paranaense.
04) Nos Campos Gerais, os escravos africanos constituíam a base da mão de obra das
grandes propriedades pecuaristas.
08) A ocupação do chamado Norte Pioneiro iniciou-se com o estabelecimento de uma
colônia militar situada às margens do rio Iguaçu em meados do século XVIII.
16) No século XVIII, à medida que a mineração no litoral foi decaindo, os escravos
africanos passaram a ser utilizados em outras atividades.
6. (Uem 2017) Sobre a presença dos jesuítas espanhóis durante o século XVII, na região
do Guairá, que abrangia parte do atual território paranaense, assinale o que for correto.
01) As primeiras reduções fundadas pelos padres jesuítas, na região, foram as de Nossa
Senhora de Loreto e de Santo Inácio Mini, ambas localizadas na margem esquerda do rio
Paranapanema.
02) As reduções eram dirigidas por um missionário jesuíta que tinha a suprema autoridade
no local. Esse líder missionário era chamado de pai-tuya (pai velho) pelos índios.
04) As reduções tinham uma organização muito parecida com as vilas portuguesas. Havia
uma praça central, onde se localizava a igreja e as casas ficavam alinhadas de maneira a
formarem quadras, e possuíam uma espécie de área coberta e contínua, que as ligava entre
si.
08) Nas propriedades coletivas (tupã-mbe), chamadas de propriedades de Deus, o
trabalho era coletivo e realizado em sistema de turnos pelos índios. Os alimentos
produzidos nestas propriedades eram armazenados em depósitos públicos e depois
distribuídos para as famílias indígenas.
16) Os bandeirantes foram os grandes aliados dos jesuítas. Juntos derrotaram os exércitos
espanhol e português (Aliança Ibero-americana), que pretendiam conquistar a região para
explorar os recursos naturais, sobretudo ouro e diamantes.
7. (Uem 2017) A influência dos imigrantes na cultura do Brasil pode ser identificada no
comércio, na educação, no setor industrial e no campo. Nas cidades ou no meio rural,
encontramos traços da imigração. No Paraná, a situação não é diferente. Ao longo da sua
história, o estado recebeu imigrantes de várias etnias, o que contribuiu para a formação
de uma sociedade com cultura e tradições diversas.
Coronéis locais, forças estaduais e exército se uniram para combater as “cidades santas”,
territórios autônomos criados por caboclos.
Cerca de 200 seguidores do monge e curandeiro José Maria estão reunidos em Irani.
Todos eles homens simples, sertanejos, refugiaram-se ali na esperança de evitar um
confronto com as forças do governo. Mas é tarde demais: a essa altura, o simples
agrupamento – em uma região de conflitos fronteiriços e de instabilidade social – já é
considerado uma atitude hostil às autoridades. Em resposta à ameaça, o governo resolve
atacar: uma força de 58 soldados do Regimento de Segurança do Paraná entra em combate
com os sertanejos. Morrem 21 pessoas, entre elas os chefes dos grupos em confronto – o
coronel João Gualberto Gomes de Sá e o monge José Maria.
11. (Uem 2017) Sobre a história política do Paraná, assinale o que for correto.
01) A Revolução Federalista foi um movimento organizado pela burguesia paranaense e
tinha como objetivo separar o estado do Paraná do Brasil.
02) Durante o Estado Novo, o governo de Getúlio Vargas desmembrou parte do noroeste
de Santa Catarina e parte do oeste e do sudoeste do Paraná para criar o Território Federal
do Iguaçu, cuja capital foi instalada na cidade de Laranjeiras do Sul.
04) As Universidades Estaduais de Londrina (UEL), de Maringá (UEM) e de Ponta
Grossa (UEPG) foram criadas no ano de 1969 durante o governo de Paulo Pimentel.
08) A Operação Marumbi foi uma operação policial realizada pela Delegacia de Ordem
Política e Social (Dops), no ano de 1975, para prender e processar militantes políticos que
lutavam contra a ditadura militar no estado do Paraná.
16) O paranismo foi um movimento político criado na década de 1970, com atividades
em cidades como Curitiba, Foz do Iguaçu, Londrina e Maringá, para estimular a criação
de cursos de História, Sociologia e Ciência Política nas universidades estaduais.
12. (Uem-pas 2017) No final do século XIX, alguns municípios do Norte do Paraná
iniciaram a produção de café. Até o final da Segunda Guerra Mundial, o Paraná ainda não
se caracterizava como um grande produtor de café. Na década de 1960, porém, a
cafeicultura tinha atingido todo Norte e o Noroeste do estado e o Paraná se tornou um dos
principais produtores de café do país.
13. (Uem 2017) Sobre a cultura do café no estado do Paraná, assinale o que for correto.
01) Desde a segunda metade do século XIX, o chamado “Norte Pioneiro” ou “Norte
Velho” já se destacava como uma importante região produtora de café.
02) Entre os anos de 1930 e 1960, o principal regime de trabalho existente nas fazendas
de café era o colonato, que se caracterizava por ser um contrato que combinava a força
de trabalho de toda a família, ou seja, do homem, da mulher e dos filhos maiores de 14
anos.
04) Na década de 1960, o Paraná tornou-se o maior produtor brasileiro da rubiácea.
08) A geada negra de 1975 e a política do governo brasileiro de racionalizar a cafeicultura
e de incentivar a diversificação e a mecanização do uso da terra foram cruciais para o
declínio da lavoura do café no Estado.
16) Para combater o êxodo rural provocado pela geada negra de 1975, o então governador
do Paraná, Jaime Canet Júnior, criou o programa estadual de moradia rural, conhecido
como “Vilas Rurais”.
17. (Uem 2016) Sobre a economia do Paraná no século XVIII é correto afirmar que:
01) Nos Campos Gerais prevalecia a economia da pecuária, caracterizada pela criação e
pelo transporte de gado.
02) Em toda a região prevaleciam grandes plantations para produção de cana-de-açúcar e
de café.
04) Nas pequenas vilas do litoral e do primeiro planalto prevaleciam padrões específicos
de economia de subsistência, caracterizados pela produção de farinha, arroz, feijão e
milho, além da pesca.
08) O trabalho era realizado, sobretudo, pelos imigrantes de origem alemã, polonesa e
ucraniana.
16) Segundo o Censo Geral de 1772, realizado pela Capitania de São Paulo, a população
paranaense era formada por pouco mais de mil habitantes, sendo que destes,
aproximadamente eram escravos.
18. (Uem 2016) Sobre a história política do Paraná no século XIX, assinale a(s)
alternativa(s) correta(s).
01) Uma das tentativas que almejou a conquista da autonomia política da Comarca
paranaense em relação à Província de São Paulo ocorreu em 1821, quando os defensores
da emancipação organizaram um movimento conhecido como Conjura Separatista.
02) O desejo da elite paranaense de separar o Paraná de São Paulo foi insuflado pela
atividade econômica pujante durante a primeira metade do século XIX, a qual se destacou
pela produção do mate e da madeira.
04) As províncias da Bahia e das Minas Gerais eram contrárias à causa da emancipação
do Paraná, pois essa medida iria provocar a diminuição da importância política de São
Paulo.
08) Em agosto de 1853, o projeto de emancipação da Comarca do Paraná foi aprovado e
no mesmo mês a província foi criada. O seu primeiro presidente, Zacarias de Góes e
Vasconcellos, tomou posse neste mesmo ano.
16) Após a emancipação do Paraná, a cidade escolhida para ser a capital da nova província
foi a cidade de Paranaguá.
19. (Uem 2016) Com a sua origem creditada ao continente africano, o café se expandiu
para o Oriente por meio de comerciantes árabes. A expansão do café em terras europeias
e americanas ocorreu com a intensificação das Grandes Navegações. No Brasil, acredita-
se que o café tenha sido introduzido no ano de 1727 e se expandiu pelo Norte e Nordeste,
chegando ao Rio de Janeiro em 1760. Em 1880, o cultivo do café já era notado em São
Paulo. No século XIX e no início do século XX, a extensão dos cafeeiros paulistas atingiu
as terras paranaenses.
21. (Uem-pas 2016) No século XX, o estado do Paraná foi palco de diversos conflitos de
terras de impacto nacional que tiveram repercussão nos aspectos sociais, econômicos e
políticos da sociedade brasileira. Sobre esses conflitos de terras, assinale o que for correto:
01) A revolução federalista foi o principal conflito de disputas de terras na região oeste
do Paraná no século XX.
02) A Guerra do Contestado (1912-1916) foi uma disputa de território entre Paraná e
Santa Catarina, que ganhou grandes proporções políticas pelos conflitos de terras e pelas
ideias messiânicas dos seus líderes e participantes.
04) O levante dos posseiros do sudoeste ocorreu em 1957, com desdobramentos políticos
importantes, inclusive com a abertura de uma CPI no Congresso Nacional para apurar a
violência contra os posseiros e com a criação de um órgão nacional – o Grupo Executivo
para as Terras do Sudoeste do Paraná (GETSOP) –, para resolver os problemas de
titulação de terras.
08) A revolta camponesa de Porecatu ocorreu entre os anos 1948 e 1952 e teve grande
destaque na mídia por ter sido um conflito armado entre latifundiários e posseiros,
inclusive com a intervenção das forças policiais do Paraná e de São Paulo, e do exército
nacional.
16) Na época da II Guerra Mundial, aconteceu a intervenção inglesa no Paraná, que tinha
o objetivo de controlar o litoral paranaense. Essa disputa entre Paraná e Inglaterra ficou
conhecida como o “combate de Cormorant”.
22. (Uem 2016) Em 2015 comemoraram-se os 120 anos do estabelecimento das relações
diplomáticas entre o Brasil e o Japão e os 107 anos do início da imigração oficial dos
japoneses para o Brasil. Sobre a presença dos japoneses no estado do Paraná é correto
afirmar que:
01) As colônias de Assaí e Uraí, fundadas pelas empresas colonizadoras Brazil
Tokushoku Kaisha-Bratac e Nambei Tachi Kabuchiri Kaisha, respectivamente, são
exemplos de sucesso da imigração japonesa.
02) A fase mais dinâmica da imigração japonesa no Paraná começou na década de 1920,
com a ocupação e a colonização da região Norte do Estado.
04) A expressão “nipo-brasileiro” foi criada durante a ditadura do Estado Novo para
segregar os japoneses que viviam no Paraná em campos de concentração.
08) Atualmente, a presença japonesa é encontrada em diversas regiões do estado do
Paraná, com uma maior concentração nas cidades de Londrina, Curitiba, Maringá, Assaí
e Uraí.
16) A família é um elo central para a análise da imigração japonesa no Paraná, já que os
imigrantes, separados do seu grupo de parentesco deixado no Japão, passaram a ver a
unidade familiar como um fator fundamental, tanto do ponto de vista afetivo como
econômico.
23. (Uem 2016) Em 2016, completam-se cem anos do fim da Guerra do Contestado, que
ocorreu no sul do Brasil. Sobre esse conflito, é correto afirmar que:
01) Foi uma guerrilha inspirada nas ideias de Che Guevara e Régis Debray (os mentores
das chamadas guerrilhas foquistas) para implantar a revolução camponesa no Paraná.
02) Um dos pontos motivadores do conflito foi a descoberta de ouro e diamantes na
região, que levou milhares de camponeses do sul do Brasil a migrarem para lá em busca
de riqueza e de uma vida melhor.
04) A Guerra do Contestado ocorreu na divisa dos estados do Paraná e Santa Catarina,
entre 1912 e 1916, e ceifou a vida de milhares de camponeses que participaram do
conflito.
08) O movimento teve como importante liderança o beato José Maria, que falava na
formação de uma monarquia celestial e prometia o retorno do rei D. Sebastião para fazer
justiça em favor dos pobres e dos oprimidos.
16) Com o fim da Guerra do Contestado, o Paraná criou o Território Federal do Iguaçu
(oeste do Estado) para abrigar os camponeses expulsos da região conflagrada.
25. (Uem 2016) Sobre a região Oeste do Paraná, é correto afirmar que:
01) Destacou-se pela ocupação majoritária de imigrantes de origem italiana e alemã,
originários dos estados de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.
02) A construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu inundou, praticamente, toda a região
oeste do Estado.
04) Nas décadas de 1960 e 1970, a região foi palco de diversos conflitos de terras entre
posseiros, grileiros e empresas colonizadoras, com destaque para as revoltas dos posseiros
de Medianeira (1961) e de Três Barras (1964).
08) Uma das principais empresas colonizadoras da região foi a Madeireira e Colonizadora
Rio Paraná (Maripá), responsável pela fundação de cidades como Toledo, Nova Santa
Rosa e Marechal Cândido Rondon.
16) Na década de 1940, o governo federal criou o Território Federal do Iguaçu,
constituído pelas regiões Oeste do Paraná e Noroeste de Santa Catarina.
26. (Uem 2015) Sobre a história da população dos territórios que vieram a se constituir
no atual estado do Paraná, assinale a(s) alternativa(s) correta(s).
01) Os principais grupos indígenas que habitavam a região eram os Tupi, que
predominavam em algumas regiões, e os Gê, com destaque para os Kaingangue.
02) Nos primórdios de sua colonização, o Paraná teve uma presença portuguesa na região
litorânea e uma presença espanhola na região próxima aos rios Tibagi, Paraná e
Paranapanema.
04) Uma das principais características da colonização da região, no período colonial, foi
a grande imigração de italianos, alemães e ucranianos, entre outros povos europeus, para
a ocupação dos territórios paranaenses.
08) De forma distinta das demais regiões do Brasil, em razão de sua recente colonização,
a população do Norte do Paraná apresenta um predomínio de colonizadores europeus, que
emigraram após a Segunda Guerra Mundial.
16) Na região norte do atual estado do Paraná, prevaleciam até as primeiras décadas do
século XX núcleos urbanos compostos por uma população de origem europeia que
praticava um comércio ativo com a Argentina e o Paraguai.
27. (Uem 2015) “Foi tão grande a movimentação de compra de terras, que em apenas um
determinado ano, a Companhia chegou a vender Ao lado dos compradores nacionais era
grande também o número de estrangeiros: italianos, portugueses, espanhóis, alemães,
japoneses, ucranianos etc.”
(In WACHOWICZ, Ruy. História do Paraná. 7ª ed. Curitiba: Vicentina, 1995, p. 258).
Esta citação de Ruy Wachowicz refere-se à colonização do Norte do Paraná. Sobre esta
região é correto afirmar que:
01) A Companhia de Terras Norte do Paraná (CTNP), por ser uma empresa de capital
inglês, priorizou a venda de terras aos grandes grupos econômicos, formando grandes
latifúndios para o plantio de cana-de-açúcar e para a pecuária.
02) As relações de trabalho mais utilizadas nas fazendas de café da região eram
conhecidas como colonato, parceria e camaradagem.
04) O café foi o principal produto da economia paranaense entre os anos 1930 e 1960 e o
centro produtor estava localizado na região Norte do Paraná.
08) A partir dos anos 1960 iniciaram-se as políticas governamentais de racionalização do
plantio da cafeicultura e de estímulo à diversificação do uso da terra, incentivando o
plantio de novas culturas, como a soja, o milho e o trigo.
16) A colonização da cidade de Maringá ocorreu no início do Século XX, quando o
empresário Joubert de Carvalho se casou com a índia xetá Maria do Ingá, a quem ele
homenageou com o nome da cidade.
28. (Uem 2015) Assinale o que for correto sobre as principais atividades econômicas
desenvolvidas no estado do Paraná ao longo de sua história.
01) Nos dias atuais, enquanto na capital do Estado prevalece a grande indústria voltada
para a exportação, no interior predomina a agroindústria voltada para o abastecimento
inter-regional.
02) A introdução e a produção da cafeicultura no norte paranaense foram resultado da
expansão das lavouras paulistas dos séculos XIX e XX.
04) O tropeirismo foi uma atividade econômica que contribuiu para a formação de núcleos
urbanos nos campos gerais paranaenses.
08) Ao longo do século XX, devido à mecanização do campo, ocorreram a decadência
dos latifúndios e o desenvolvimento dos minifúndios no Centro e no Norte do Estado.
16) Explorada de forma desordenada, a extração da madeira para a produção de papel, de
celulose e para a fabricação de móveis é, atualmente, um dos grandes problemas
ambientais do estado do Paraná.
29. (Uem 2015) Com o objetivo de converter os nativos ao cristianismo, os jesuítas
tiveram uma importante participação na colonização ibérica das terras que vieram a
formar o atual estado do Paraná. A esse respeito, assinale a(s) alternativa(s) correta(s).
01) A ação catequética dos jesuítas nos territórios paranaenses foi caracterizada pela
criação de mecanismos de preservação da antiga religião dos índios.
02) Nas reduções do Guairá, os jesuítas aplicaram os princípios de liberdade, igualdade e
fraternidade, pois consideravam o índio uma expressão do “bom selvagem” de Jean
Jacques Rosseau.
04) No Guairá, os jesuítas portugueses fundaram, no século XVIII, os “sete povos das
missões”, que foram destruídos no episódio conhecido como Guerra Guaranítica.
08) Em razão dos limites impostos pelo Tratado de Tordesilhas, a ação catequética dos
jesuítas nos atuais territórios paranaenses se limitou à região que permanecia sob domínio
espanhol.
16) Na região do Guairá, a fundação das reduções, ou dos aldeamentos indígenas, pelos
jesuítas, conduziu a conflitos com os encomienderos de origem espanhola, que utilizavam
a mão de obra nativa em atividades econômicas.
30. (Uepg 2015) A partir de meados do século XIX, o Brasil passou a receber um grande
contingente de imigrantes originários da Europa e que acabou alterando profundamente
a realidade demográfica e econômica do país. Eram italianos, alemães, poloneses, russos,
ucranianos e outros grupos que partiram em direção a América com o objetivo de
encontrar uma vida menos conturbada do que a que enfrentavam no Velho Continente. A
respeito da imigração europeia para o Brasil, assinale o que for correto.
01) No caso do Paraná, houve uma expressiva entrada de grupos eslavos. Poloneses,
ucranianos, russos e russos-alemães se fixaram em grandes proporções na região do
chamado Paraná Tradicional.
02) As fazendas cafeeiras do oeste paulista receberam um grande número de imigrantes
que vieram para essa região com o objetivo de substituir a mão de obra escrava então em
processo de extinção no país.
04) Num século em que a teoria da eugenia (que pressupunha a melhoria racial pelo
branqueamento da pele) ganhou força, a imigração europeia para o Brasil significou
também uma tentativa de depuração étnica e social em nosso país.
08) Apesar de imigrarem como trabalhadores livres para o Brasil, muitos imigrantes
foram submetidos a maus tratos e a condições similares a dos escravos.
16) A presença dos imigrantes, em especial na cidade de São Paulo, foi determinante para
a proliferação das atividades comerciais e industriais no Brasil.
31. (Uem 2015) Na segunda metade do século XIX, o Paraná implantou uma política de
imigração e colonização cujos objetivos eram a instalação de imigrantes em núcleos
coloniais e a produção agroalimentar. Sobre a cultura camponesa deste período, é correto
afirmar que:
01) A produção camponesa, na forma como se desenvolveu na província do Paraná,
estava centrada na posse da terra e na produção de gêneros alimentícios, tanto para a
subsistência como para o mercado interno.
02) A família era a base da unidade de produção camponesa.
04) O trabalho do camponês era mecanizado, com a utilização de tratores, colheitadeiras
e uso de insumos químicos.
08) Foram os camponeses de origem europeia que primeiro utilizaram o plantio de
transgênicos, aumentando consideravelmente a produção de alimentos.
16) A vinda de imigrantes para o Paraná, na segunda metade do século XIX, trouxe
importantes renovações nos conhecimentos agrícolas e na forma de produzir, que
resultaram na formação de um sistema de produção camponesa e agroalimentar na
província.
32. (Uem 2015) Durante todo o século XIX, a produção de erva-mate era uma das mais
importantes atividades econômicas da Província do Paraná. Sobre o ciclo ervateiro da
região, é correto afirmar que:
01) Os maiores mercados consumidores do mate paranaense eram o Japão e a China.
02) A exportação paranaense de mate atingiu seu auge, no final do século XIX, com o
processo de modernização dos engenhos e a libertação dos escravos.
04) A emancipação política do Paraná, em 1853, estimulou a exportação do mate bem
como a expansão comercial. Um dos pontos positivos foi a construção da estrada da
Graciosa, iniciada em 1855, que facilitou o transporte de mercadorias até o porto de
Paranaguá.
08) A Guerra do Paraguai teve resultados benéficos para o mate paranaense, pois eliminou
a concorrência paraguaia e potencializou o comércio com a Argentina e o Uruguai, países
aliados do Brasil na Guerra.
16) No século XIX houve a coexistência de duas fases econômicas no Paraná: a do mate
(com forte presença no litoral e nos arredores de Curitiba); e a do gado e do tropeirismo,
importante para a ocupação e o maior povoamento dos Campos Gerais.
34. (Uem-pas 2015) “Em fevereiro de 1893, eclodiu no Rio Grande do Sul a Revolução
Federalista. Liderados por um ex-monarquista, Gaspar Silveira Martins, os rebeldes
exigiam o afastamento do governador Julio de Castilhos e a instituição do regime
parlamentarista no país. A última exigência atingia diretamente o governo de Floriano.”
(ARRUDA, José Jobson & PILETTI, Nelson. Toda a história. São Paulo: Ática, 2003, p.
319).
Com a expansão do conflito, a Revolução Federalista produziu episódios decisivos em
Santa Catarina e no Paraná. A respeito dos conflitos ocorridos em território paranaense,
assinale o que for correto.
01) Após ocuparem Santa Catarina, os rebeldes federalistas planejaram ocupar o Paraná
por meio de um ataque em três frentes: Paranaguá, Tijucas e Lapa, com o objetivo de se
concentrarem depois em Curitiba.
02) Com o fim dos conflitos armados e o restabelecimento da ordem, em acordo
coordenado pelo governador Vicente Machado e por Ildefonso Pereira Correia, o Barão
do Cerro Azul, promoveu-se uma paz sem retaliações, garantindo anistia aos paranaenses
que apoiaram os rebeldes federalistas.
04) A resistência que os federalistas encontraram no Paraná garantiu ao presidente
Floriano Peixoto tempo suficiente para a aquisição no estrangeiro de uma esquadra, assim
como para a organização, em São Paulo, de forças para deter e repelir o avanço federalista.
08) O governador do Paraná, em face do avanço das tropas federalistas, transferiu a
capital do estado para a cidade de Castro.
16) O avanço das forças federalistas encontrou forte resistência em Antonina. Nesta
cidade, a população, sob comando do general Gumercindo Saraiva, travou cruenta batalha
contra o exército federalista. O episódio ficou conhecido como “Cerco de Antonina”.
35. (Uem 2015) “A luta foi cruel. Sem quartel. Perdas sensíveis verificaram-se, de lado
a lado. A força legal, em menor número, foi forçada a recuar. A metralhadora, que seria
decisiva, enguiçou na hora em que seria mais útil. (...). Foi assim, com um desastre dessas
proporções, que praticamente se iniciou a Campanha do Contestado”.
(In WACHOWICZ, Ruy. História do Paraná. 7ª ed. Curitiba: Vicentina, 1995, p. 201).
36. (Uem 2014) Sobre a ocupação e o povoamento do território do atual estado do Paraná,
assinale o que for correto.
01) Até a chegada dos primeiros colonizadores de origem europeia, nos anos de 1950, a
região Norte do estado do Paraná apresentava um “vazio demográfico”.
02) Na segunda metade do século XIX, as colônias de imigrantes criadas no território
paranaense fracassaram em razão, dentre outros aspectos, do distanciamento dos centros
urbanos e da falta de estradas, de escolas, de médicos e de apoio do governo para a
produção agrícola.
04) Ao conquistar sua autonomia política em relação à província de São Paulo, em 1853,
o Paraná integrou-se oficialmente ao programa do governo brasileiro de incentivo à
imigração europeia.
08) O Paranismo foi um movimento de deslocamento territorial, que praticava o
mercantilismo em diversas partes do território paranaense.
16) Excetuando a contribuição da colonização japonesa no Norte do Paraná, outros
imigrantes vindos da Europa não contribuíram para o desenvolvimento tecnológico da
agricultura paranaense.
37. (Uem 2014) “Nos primeiros séculos da história brasileira, os meios de locomoção e
as vias de penetração eram completamente precários e insuficientes. As únicas vias
existentes eram os chamados caminhos por onde só podiam transitar tropas de muares,
devido às precárias condições”
(WACHOWICZ, Ruy Cristovam. História do Paraná. Curitiba: Vicentina, 1995, p. 97).
38. (Uem 2014) Assinale o que for correto sobre a atuação e a expansão do movimento
dos bandeirantes sobre o território onde hoje se situa o estado do Paraná.
01) Na região de Guairá, os bandeirantes almejavam explorar riquezas naturais, como o
ouro, e capturar índios.
02) O movimento das bandeiras também tinha como um dos seus objetivos criar e
explorar novas colônias de povoamento no território onde hoje se situa o estado do
Paraná.
04) Em razão dos ataques dos bandeirantes, os sobreviventes das missões jesuíticas
fugiram em direção ao sul e fundaram novas missões.
08) Foi uma ação organizada e colocada em prática pelo exército colonial brasileiro e
com a colaboração de padres jesuítas com o objetivo de integrar essa região ao restante
do país.
16) Tratava-se de um movimento pacífico, pois tinha como finalidade catequizar e
converter tribos indígenas paranaenses que ainda não haviam estabelecido contatos com
a civilização.
39. (Uem-pas 2014) O Paraná passou por profundas transformações ao longo do século
XX, com grande impacto em sua economia, em sua demografia e em suas relações
políticas e sociais. Sobre a história do Paraná nesse período, assinale o que for correto.
01) A década de 1970 representou um marco na inversão da relação entre a população
rural e a população urbana no Paraná. No início daquela década, a maioria da população
estava no campo. Em 1980, a maioria residia nas cidades.
02) Ocorrida em 1957, a revolta dos camponeses de Porecatu, na região conhecida como
Norte Pioneiro do Paraná, foi um movimento político orientado pelo objetivo de obtenção
dos títulos de propriedade da terra, em razão da insegurança jurídica provocada pela
empresa colonizadora, a Companhia Melhoramentos do Norte do Paraná.
04) Em 1940, havia apenas 50 municípios no Paraná. Com o processo de colonização do
interior do Estado, houve um processo de reorganização administrativa, representado pela
criação de municípios. Entre os muitos municípios criados no início da década de 1950,
destacam-se Maringá e Cascavel.
08) Em 1965, apesar da ditadura instaurada no país no ano anterior, houve eleições para
governador em alguns estados. No Paraná, as eleições consagraram a ascensão política
de Paulo Pimentel, eleito governador.
16) Embora haja a tendência de atribuir à grande geada de 1953 a responsabilidade pela
erradicação da cafeicultura no Norte do Paraná, é fato que a crise do setor data das duas
décadas anteriores, quando as culturas da soja e do trigo foram introduzidas para substituir
o café.
40. (Uem 2014) Sobre a Revolução Federalista, ocorrida entre 1893 e 1895, e a sua
relação com a história do Paraná, assinale a(s) alternativa(s) correta(s).
01) Entre os maragatos, isto é, os federalistas, havia um grupo que pretendia criar uma
nova nação, formada pelo Sul do Brasil e o Uruguai.
02) Em seu avanço em direção a São Paulo, as tropas federalistas chegaram a ocupar parte
do território paranaense, inclusive a capital, Curitiba.
04) A Revolução Federalista chegou ao fim com a vitória dos pica-paus, isto é, dos
legalistas, apoiados por forças militares fiéis ao governo federal.
08) Um dos motivadores da Revolução Federalista foi o abandono da região da fronteira
entre Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul pelo governo federal, fazendo que seus
habitantes vivessem na marginalidade.
16) Em razão de seu caráter regional, a Revolução Federalista se estendeu a territórios do
Paraguai e da Argentina.
41. (Uem 2013) Sobre a colonização europeia da região compreendida entre os rios
Paraná, Paranapanema, Tibagi e Iguaçu, que em nossos dias fazem parte do Estado do
Paraná, assinale a(s) alternativa(s) correta(s).
01) No início da segunda metade do século XVI, os espanhóis iniciaram a colonização
europeia daquela região, com a fundação de vilas.
02) O estabelecimento dos portugueses na região ocorreu com a expulsão dos espanhóis
no início do século XVIII, quando, com o apoio dos bandeirantes paulistas, os jesuítas
portugueses fundaram as missões do Guairá.
04) As reduções que foram organizadas pelos jesuítas para a catequese dos índios
entravam em conflito com os interesses dos adelantados espanhóis, que utilizavam a mão
de obra indígena por meio das encomiendas.
08) Entre os principais povoados que foram fundados na região, Paranaguá atingiu um
grande desenvolvimento econômico, no século XVIII, em razão da extração do ouro.
16) Essa região era, no século XVI, povoada por indígenas, com o predomínio de grupos
tupi-guarani.
42. (Uem 2013) Assinale a(s) alternativa(s) correta(s) sobre os aspectos políticos,
econômicos e sociais da implantação da cafeicultura paranaense a partir do século XIX.
01) Desde sua implantação até sua decadência, a cafeicultura paranaense resultou da
iniciativa direta e exclusiva dos produtores, sem a intervenção dos governantes.
02) O sucesso do cultivo do café explica-se, em parte, pela disponibilidade de terras
férteis e pela demanda do mercado mundial.
04) A prática da monocultura do café foi a principal responsável pela crise do produto a
partir dos anos 1950.
08) A cafeicultura viabilizou a intensa ocupação da Região Norte do Paraná e contribuiu
para o fortalecimento político dessa região.
16) Uma característica da produção do café paranaense, no início do século XIX, era seu
cultivo juntamente com as lavouras de soja e trigo.
43. (Uem 2013) Sobre a contribuição da imigração nos séculos XIX e XX para a
formação da sociedade paranaense, assinale a(s) alternativa(s) corretas(s).
01) Desde o início, ela foi incentivada pelos plantadores de café, pois eles desejavam
utilizá-la como mão de obra barata em suas lavouras.
02) O estabelecimento dos primeiros imigrantes alemães na Região do Rio Negro, no
início de século XIX, foi favorecido por meio da iniciativa privada.
04) Uma das mais importantes contribuições trazidas pelos imigrantes foi a introdução de
novas tecnologias no campo, em substituição às técnicas ainda rudimentares.
08) Na década de 1960, os violentos conflitos entre imigrantes judeus e japoneses
exigiram a intervenção militar do exército brasileiro no Estado do Paraná.
16) A imposição do português como língua oficial contribuiu para o aniquilamento da
identidade dos estrangeiros que aqui chegavam.
— Nós somos a geração do deserto! Como a nação dos judeus nós estamos neste deserto,
em busca da Terra Prometida. Faz quase quatro anos que nós declaramos a Guerra Santa
e estamos lutando para conquistar a nossa terra. Muita gente tem morrido, e os seus ossos
estão apodrecendo nos descampados. Mas a Guerra Santa tem que continuar, porque nós
somos a geração do deserto, os que devem ser sacrificados. A nossa geração tem que
vencer esta guerra, nem que todos tenham que morrer. No tempo de Moisés ele também
guiou o povo pelo deserto, e toda a geração velha morreu. Mas os que nasceram no deserto
chegaram à Terra de Canaã, prometida por Deus. São José Maria também prometeu que
o nosso povo ia ter uma terra. Este Contestado é um país enorme, do qual todos terão o
seu pedaço. Mas para isso temos que lutar!
SASSI, Guido Wilmar. Geração do deserto. 5. ed. Porto Alegre: Movimento, 2012. p.
116-117.
45. (Uepg 2013) A Guerra do Contestado, movimento social ocorrido entre 1912 e 1916
na região disputada, política e judicialmente, entre Paraná e Santa Catarina, envolveu a
população sertaneja que vivia no interior de ambos os estados, as forças de segurança
estaduais, o Exército brasileiro e os fazendeiros detentores das terras na área em litígio.
A respeito desse acontecimento, assinale o que for correto.
01) A desapropriação de terras em favor da Brazil Railway Company, empresa norte-
americana responsável pela construção de uma ferrovia que cortava o sul do país, na
região em litígio ampliou o clima de tensão entre latifundiários, camponeses e o governo
republicano.
02) Um dos principais resultados sociais da Guerra foi o processo de divisão da terra
ocorrido ao final do conflito. Exceção no Brasil daquela época, a reforma agrária foi
fundamental para a pacificação definitiva da região do Contestado.
04) As serrarias, instaladas nas terras do conflito, tiveram um importante papel na
pacificação da região do Contestado. Além de ativar a economia, essas unidades
ofertavam emprego aos camponeses, contribuindo para a estabilidade social.
08) Elementos próprios a uma religiosidade popular, como a presença de monges e uma
crença messiânica, fazem parte do contexto sociocultural no qual se desenvolveu a Guerra
do Contestado.
16) Do ponto de vista político, o Paraná foi o grande vencedor do conflito. A maior parte
das terras disputadas com Santa Catarina acabaram ficando legalmente sob o domínio
paranaense.
“As elites do Paraná tradicional nunca se preocuparam a fundo com o Norte do Paraná ou
mesmo com o sudoeste e o oeste. As camadas hegemônicas que governavam o Paraná,
sobretudo no início do século XX, não viam com bons olhos a presença dessas populações
que alguns de seus expoentes chegavam a chamar de adventícias. Perceberam que
poderiam perder a liderança absoluta que exerciam no Estado [...]. Entretanto, a partir de
meados da década de 60, iniciou-se uma presença maior do norte na política e
administração paranaense.”
47. (Uem 2012) Sobre o processo de evolução histórica das fronteiras do Estado do
Paraná, assinale o que for correto.
01) A formação territorial do atual Estado do Paraná prende-se à história das fronteiras
estabelecidas pelos portugueses, através do Tratado de Tordesilhas. Este Tratado foi
assinado entre Portugal e Espanha no final do século XV, para dirimir dúvidas quanto ao
domínio das terras que viessem a ser descobertas por esses países.
02) Na sua porção norte, o Paraná se limita apenas com o Estado de São Paulo. A evolução
dessa linha divisória está ligada às Capitanias de São Vicente e de Santo Amaro,
originando a Capitania de Paranaguá. Esta determinou o surgimento das Comarcas de
Paranaguá e de Curitiba, as quais contribuíram para a criação da Província do Paraná, em
1853.
04) A atual configuração do território paranaense está ligada às missões religiosas, à ação
dos bandeirantes vicentinos, ao tropeirismo e às atividades agrícola, pastoril e de
mineração.
08) Entre os tratados que foram importantes na evolução histórica do território
paranaense, estão os tratados de Nova York e de Sevilha e a criação da ouvidoria de Lima,
que determinaram a expansão da fronteira litorânea além dos limites da plataforma
continental.
16) Na década de 1940, o governo de Getúlio Vargas criou nas regiões Sudeste e Oeste
do Estado do Paraná o Território Federal do Iguaçu, alterando os limites territoriais
paranaenses. Após a queda de Getúlio Vargas, o Paraná incorporou novamente essa área
ao seu território.
48. (Uem 2012) Sobre grupos indígenas e os contatos estabelecidos com o colonizador
europeu na região que veio a se constituir no atual Estado do Paraná, assinale a(s)
alternativa(s) correta(s).
01) No litoral do atual Estado do Paraná, predominavam, assim como no restante do
Brasil, os caingangues.
02) As técnicas agrícolas utilizadas pelos índios que habitavam o litoral paranaense
visavam à preservação da natureza. Isso pode ser observado pela sedentarização e fixação
dessa população na região, já no século XV.
04) No Paraná, um dos vestígios arqueológicos deixados pelos indígenas são os
sambaquis, encontrados no litoral.
08) A partir da segunda metade do século XVI, empenhados na conversão dos nativos ao
cristianismo, missionários jesuítas penetram no= território que se constituiria no Estado
do Paraná.
16) Durante o período da União Ibérica, entre 1580 e 1640, ocorreram o desenvolvimento
e os ataques dos paulistas às reduções jesuíticas do Guairá.
49. (Uem 2012) A ocupação urbana do que veio a ser o Estado do Paraná se deu em um
longo período de constituição de vilas que vieram a se transformar em cidades. A esse
respeito, assinale a(s) alternativa(s) correta(s).
01) A dinâmica da atividade madeireira, na transição do século XIX para o XX, deu
origem a novos núcleos urbanos.
02) A busca pelo ouro em todo Brasil Colônia motivou o surgimento, na atual região
Norte do Estado, de povoados, no século XVIII.
04) A dinâmica da pecuária no Brasil Colônia propiciou a origem de vários povoados na
região Oeste do atual Estado do Paraná, ainda no século XVI.
08) A erva-mate possibilitou o surgimento de novos núcleos urbanos, no século XIX.
16) Nas primeiras décadas do século XVI, desenvolveram-se núcleos urbanos no atual
litoral paranaense, que nasceram de aldeias indígenas fundadas pelos jesuítas.
50. (Uem 2011) Sobre a ocupação europeia dos territórios que, atualmente, fazem parte
do território do Estado do Paraná, assinale a(s) alternativa(s) correta(s).
01) A presença de colonizadores espanhóis no território compreendido entre os rios
Paraná, Paranapanema, Tibagi e Iguaçu, no atual Estado do Paraná, teve início na segunda
metade do século XVI, com a fundação de vilas na região do Guairá.
02) No início do século XVI, os jesuítas fundaram reduções, na região do Guairá, com o
objetivo de catequizar os índios que habitavam a região.
04) A presença europeia na Baía de Paranaguá remonta ao século XVI, com as primeiras
descobertas de ouro na região.
08) Os territórios que compreendiam as reduções jesuíticas do Guairá foram incorporados
ao Brasil por tratados de limites assinados entre Portugal e Espanha.
16) A região de Curitiba foi ocupada pelos europeus no século XVI, em razão da
imigração polonesa. Devido a esse fato, o Estado do Paraná é um dos poucos estados
brasileiros em que não ocorreu escravidão.
51. (Uepg 2008) No que respeita à imigração japonesa para o Brasil e, mais
especificamente, para o Paraná, assinale o que for correto.
01) A primeira leva de imigrantes japoneses chegou ao Brasil em 1908, com o navio
"Kasato Maru", no porto de Santos.
02) O período de maior fluxo de japoneses para o Paraná ocorreu após 1945, com o
término da Segunda Guerra Mundial.
04) A etnia japonesa tem hoje presença significativa em Assaí, Uraí, Londrina, Maringá
e Curitiba.
08) No Paraná, os japoneses fixaram-se primeiramente no Norte Pioneiro, como
lavradores, mas como desconheciam as técnicas agrícolas relativas às culturas tropicais,
iniciaram-se na economia regional como hortigranjeiros e fruticultores.
52. (Uepg 2001) A Proclamação da República, de início, não trouxe grandes mudanças:
o povo ficou fora do processo de decisão, e a oligarquia cafeeira aperfeiçoou seu domínio
sobre o Estado. A grande inovação foi trazer ao centro do debate político os militares,
grupo que representa a classe média na política brasileira.
No Paraná provincial, a situação política era praticamente a mesma da do resto do país,
isto é, a disputa pelo poder entre conservadores e liberais.
Sobre o Paraná do período republicano, assinale o que for correto.
01) Duas correntes políticas definiram-se claramente: os republicanos e conservadores
reuniram-se, constituindo o Partido Republicano Federal, e os liberais formaram a União
Republicana do Paraná.
02) Nas eleições presidenciais de 1930, as forças políticas situacionistas no Paraná
defenderam a candidatura de Júlio Prestes.
04) Manuel Ribas, interventor e governador do Paraná entre 1932 e 1945, priorizou a
construção de estradas, para ligar os portos aos centros produtores do estado, e a
construção de escolas.
08) Em seu segundo mandato como governador (1956 a 1961), Moisés Lupion de Troya,
grande empresário e liderança política do PSD paranaense, priorizou a ampliação da rede
estadual e incentivou a produção de energia elétrica.
16) Vitoriosa a Revolução de Trinta, em necessário implantar a nova ordem. No caso
paranaense, todavia, não houve mudanças significativas, e a estrutura política anterior
manteve-se inalterada.
53. (Unioeste 1999) Com relação à história do Paraná, é correto afirmar que
01) as primeiras cidades portuguesas, no Paraná, foram fundadas nas proximidades dos
grandes rios da Bacia do Prata.
02) o transporte do gado dos pampas, durante o século XIX, ocorreu pelo Oeste e pelo
Norte do Estado, provocando a fundação das cidades de Cascavel e de Londrina.
04) todo o Estado foi ocupado por migrantes, vindos, em sua maioria, dos estados de
Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.
08) no século XIX, ocorreu o primeiro processo de colonização, destacando-se diversas
colônias criadas nas proximidades de Curitiba.
16) no século XX, a exploração e exportação de madeira foi uma importante atividade
econômica do Estado.
(PRIORI, A. et al. História do Paraná: séculos XIX e XX [online]. Maringá: Eduem, 2012.
A revolta camponesa de Porecatu. pp. 129-141. <http://books.scielo.org>, p. 129.)
56. (Ufpr 2015) No Estado do Paraná, desde 2005, foram mapeadas mais de 80
comunidades quilombolas, parte delas já reconhecidas pelo governo brasileiro. Explique
o que foram os quilombos, e em seguida explique por que, atualmente, o reconhecimento
oficial das comunidades quilombolas paranaenses é importante para o estudo da História
do Paraná.
57. (Ufpr 2012) Desde o início da imigração nipônica para o Brasil, em 1908, os
japoneses foram caracterizados como disciplinados, laboriosos, persistentes e eficientes.
Além disso, foram vistos como capazes de cooperar para o “branqueamento” da raça
brasileira. No entanto, a partir dos anos 1930, a imigração de japoneses foi restringida a
um regime de cotas, e entre 1942 e 1943, muitos japoneses foram expulsos de suas
residências no litoral paranaense e paulista pelo governo brasileiro. Explique as razões
pelas quais o imigrante japonês passou a ser considerado um elemento indesejável pelas
elites brasileiras no período das décadas de 1930 e de 1940.
GABARITO
1. 01 + 02 + 16 2. 3. 4. 5.
= 19
6. 7. 8. 9. 10.
Gabarito comentado:
Resposta da questão 1:
01 + 02 + 16 = 19.
Correção a partir das incorretas, [04] e [08]. O caminho de Peabiru era uma trilha indígena
que ligava o Atlântico ao Pacífico, já existia quando o branco europeu chegou à América
do Sul. No Norte Novíssimo teve a participação da Companhia Melhoramentos liderados
por empresários paulistas.
Resposta da questão 2:
01 + 02 + 04 + 16 = 23.
Resposta da questão 3:
04 + 16 = 20.
Correção a partir das incorretas, [01], [02] e [08]. A atividade canavieira nunca foi
importante na história do Paraná até o século XIX. Mineração, Tropeirismo e a Erva mate
foram as atividades econômicas importantes na história do Paraná. Com a criação das
Capitanias Hereditárias em 1534, duas delas ficavam na região Sul: São Vicente do
donatário Martin Afonso de Souza e Santana de seu irmão Pero Lopes de Souza. Portanto,
ocorreu a prática de doação de sesmaria. O Norte Velho ou Norte Pioneiro foi explorado
na segunda metade do século XIX com a plantação de Café surgindo cidades como
Tomazina em 1865 e Santo Antonio da Platina no ano seguinte.
Resposta da questão 4:
02 + 04 + 08 + 16 = 30.
Correção a partir da incorreta [01]. Embora a escravidão dos africanos fosse muita mais
intensa no Nordeste do que no Sul do Brasil, ela também existiu nas províncias do Sul.
“Capitalismo e Escravidão no Brasil Meridional” de Fernando Henrique Cardoso é uma
boa referência para estudar esta temática.
Resposta da questão 5:
01 + 02 + 16 = 19.
Correção a partir das incorretas, [04] e [08]. As cooperativas no Norte do Paraná surgiram
e ganharam relevância na segunda metade do século XX, portanto não foi a Companhia
de Terras do Norte do Paraná que criou estas empresas. Segundo o texto de Elpídio Serra
“As cooperativas que atuam no setor agrícola do Paraná, em sua maior parte, surgiram
como empresas mercantis atuando no recebimento e repasse para o mercado de matérias
primas entregues pelos agricultores associados, passaram em seguida por intenso um
processo evolutivo e se transformaram em grandes empresas comerciais e indústrias
integradas ao agronegócio. Na nova fase assumem um comportamento híbrido e
contraditório ao operar, ao mesmo tempo e com a mesma estrutura, com associados livres,
associados integrados e terceiros, produtores que não encaixam em nenhuma categoria de
filiados. A Cidade Industrial de Curitiba surgiu na década de 1970 e não durante o
governo do interventor Manoel Ribas, 1932-1945.
Resposta da questão 6:
01 + 02 + 04 + 08 = 15.
[16] Incorreta porque bandeirantes e jesuítas estavam em lados opostos, uma vez que
tinham opiniões contrárias sobre a escravidão indígena.
Resposta da questão 7:
02 + 08 + 16 = 26.
[01] Incorreta porque a maior parte dos imigrantes veio para o campo, trabalhar em
lavouras;
[04] Incorreta porque Lamenha Lins era a favor da imigração no estado do Paraná e, por
isso, a incentivou.
Resposta da questão 8:
04 + 08 + 16 = 28.
Resolução a partir das incorretas, [01] e [02]: A erva mate foi o principal produto de
exportação da província do Paraná na segunda metade do século XIX contribuindo para
o surgimento de uma elite econômica e política na região, responsável pela emancipação
política do Paraná diante da província de são Paulo em 1853. A planta foi encontrada de
forma natural nas matas da região Centro-Sul do Paraná e seu consumo foi difundido para
diversas regiões. A extração, preparação, beneficiamento, transporte e exportação do
produto tornaram-se lucrativos atraindo investimento em infraestrutura, mecanização e
industrialização da produção. A indústria surge para melhor aproveitar a erva mate e este
produto também proporcionou o desenvolvimento de empresas vinculadas ao seu suporte.
Resposta da questão 9:
01 + 02 + 08 + 16 = 27.
Resolução a partir das incorretas, [01] e [16]. A Revolução Federalista ocorreu no Rio
Grande do Sul na década de 1890. O Paranismo foi um movimento regionalista ocorrido
entre as décadas de 1920 e 1930, liderado por um grupo de intelectuais que procurava
cultuar e divulgar a história e as tradições do Paraná, incentivando a construção de uma
identidade regional, impregnada pela crença no progresso e no desenvolvimento social.
A afirmativa [02] está incorreta porque Morretes não faz parte do litoral paranaense;
A afirmativa [04] está incorreta porque durante o estabelecimento das Capitanias
Hereditárias apenas o litoral brasileiro foi ocupado e dividido.
A questão faz referência à história do Paraná. A alternativa [08] é a única incorreta, pois
Curitiba, assim como Paranaguá, Antonina, Morretes e São José dos Pinhais, surgiu
devido à mineração, ainda no século XVII. O empresário estadunidense Percival Farguhar
nasceu em 1864 e morreu em 1953, portanto pertence a outro contexto histórico.
[01] está incorreta porque as populações indígenas brasileiras ainda não haviam adentrado
na Idade dos Metais quando os europeus chegaram à América;
[16] está incorreta porque sambaquis são depósitos de calcários feitos pelo homem ao
longo do tempo, e não instrumentos de guerra.
A Revolução Federalista foi um conflito que se iniciou no Rio Grande do Sul entre
maragatos e pica pau, este conflito envolveu os três estados do sul do Brasil. O episódio
Cormorant ocorreu em 1850 no litoral do Paraná. Cormorant, um navio inglês, se
envolveu em um conflito quando perseguia navios negreiros no litoral do Paraná.
[01] O líder argentino Che Guevara foi um dos líderes da Revolução Cubana de 1959.
[02] A causa da Guerra do Contestado consiste em um território disputado (contestado)
pelos dois estados da federação e, depois, ganhou um caráter messiânico.
[16] O Território Federal do Iguaçu foi criado no contexto da Era Vargas e teve uma curta
duração 1943-1946.
[01] Incorreta: o estado do Paraná foi colonizado a partir da reunião de cerca de 28 etnias
diferentes;
[02] Incorreta: a construção da Usina de Itaipu não provocou a inundação da região oeste
do Paraná. Foi construído, inclusive, um canal de desvio para provocar a baixa do rio
Paraná durante a construção.
[01] Correto. Os índios Tupis e os Gês eram os principais grupos que habitavam a região
do Paraná.
[02] Correto. A presença portuguesa no litoral do Paraná foi importante para fundar
cidades como Paranaguá, Antonina, Morretes e Curitiba e a presença espanhola no Leste
gerou a fundação de cidades como Vila Rica do Espírito Santo e Guairá.
[04] Incorreto. Os imigrantes europeus chegaram principalmente no século XIX no
Paraná.
[08] Incorreto. O norte do estado predominou a ocupação de paulistas, mineiros e
nordestinos.
[16] Incorreto. O norte do estado foi ocupado de maneira mais intensa (devido a lavoura
de café) por paulistas, mineiros e nordestinos se deslocaram para a região.
A afirmativa [16] é incorreta porque Maringá foi fundada pela CTNP e tem esse nome
devido a uma música que os operários da rede ferroviária cantavam enquanto
trabalhavam, chamada Maringá.
[01] Incorreto. No processo de catequese dos nativos, os padres jesuítas não respeitaram
e preservaram a cultura e a religião dos ameríndios.
[02] Incorreto. Conforme citado acima, os padres jesuítas vieram para catequizar
impondo a “Civilização Cristã Ocidental”, não havia princípio de liberdade, fraternidade
e igualdade.
[04] Incorreto. Os portugueses fundaram a “Colônia do Sacramento” em terras espanholas
(próximo à cidade espanhola de Buenos Aires) no ano de 1680 e a Espanha criou os “Setes
Povos das Missões” em terras portuguesas (Rio Grande do Sul).
[08] Incorreto. As Missões ou Reduções foram aldeamentos indígenas liderados pelos
padres jesuítas implantadas em diversas regiões da América Latina.
[16] Correto. Os padres jesuítas eram contra a escravidão do índio e isso gerou inúmeros
conflitos entre padres e a elite local que pretendia explorar o trabalho indígena. Isso
aconteceu também na região do Guairá.
[01] Incorreta. A Cartografia Temática surgiu no final do século XVIII e início do século
XIX, com a evolução da Cartografia Topográfica.
[02] Incorreta. A História do Paraná está associada a sua ocupação e aos “Ciclos
Econômicos”: Tropeirismo, Mineração, Erva Mate e Madeira e o Café (o café foi
cultivado no norte do Paraná posterior a erva mate).
[04] Incorreta. O século XVIII (e não XIX) foi o auge da mineração no Brasil e os
mineradores, em geral, não se enriqueceram.
[02] Incorreta. O acordo de paz estabelecido entre Cerro Azul e os Maragatos não foi
cumprido, Cerro Azul foi preso e depois fuzilado.
[16] Incorreta. O cerco ocorreu na cidade da Lapa e não em Antonina.
A afirmativa [01] está incorreta, porque a Revolta do Contestado e a Coluna Prestes são
dois movimentos sem relação entre si;
A afirmativa [04] está incorreta, porque o maior movimento de banditismo social no
Brasil foi o Cangaço, e não a Revolta do Contestado;
A afirmativa [08] está incorreta, porque o monge mais importante da Revolta do
Contestado foi José Maria, e não João Gualberto.
A alternativa [01] está incorreta porque a região norte do Estado foi ocupada antes de
1950, seja por espanhóis, portugueses ou indígenas;
A alternativa [01] está incorreta porque, em momento algum, o texto faz referência ao
que está afirmado na alternativa.
A alternativa [08] está incorreta porque não podemos usar a expressão exército colonial
brasileiro no contexto das bandeiras;
A alternativa [16] está incorreta porque o movimento das bandeiras não foi pacífico,
sendo, inclusive, bem violento no trato com os indígenas.
A alternativa [08] está incorreta porque as motivações para a Revolução foram a vontade
de parte dos sulistas em pôr fim ao autoritarismo de Júlio de Castilho, então presidente
do Estado do Rio Grande do Sul;
A afirmativa [02] está incorreta porque a região do Paraná pertencia ao domínio português
desde a época das Capitanias Hereditárias. A região de Paranapanema até Curitiba fazia
parte da Capitania de São Vicente;
A afirmativa [08] está incorreta porque Paranaguá não foi um polo de extração de ouro,
sendo um povoado destinado à agricultura.
A afirmativa [01] está incorreta porque a imigração para o Estado do Paraná foi
incentivada para vários fins, dentre os quais a lavoura, o comércio e a industrialização;
A afirmativa [08] está incorreta porque o conflito entre judeus e japoneses não foi intenso
no Paraná;
A afirmativa [16] está incorreta a herança estrangeira no Paraná não foi aniquilada pela
disseminação da língua portuguesa.
No século XVIII a passagem de gado, em direção a Minas Gerais e São Paulo, contribuiu
para o povoamento do interior; na mesma época houve a prospecção de ouro nas
proximidades de Curitiba, porém sem sucesso.
Tanto a extração de madeira como a exploração de erva mate contribuíram para a
ocupação de regiões interioranas a partir do final do século XIX.
Apesar do litoral do Paraná ser a área mais antiga do Estado, ele não foi ocupado por
jesuítas.