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Primeiros Exploradores

Antes que os portugueses se estabelecessem no litoral paranaense, algumas


expedições financiadas pela Espanha percorreram parte do nosso território. A frota
comandada por João Dias de Solis esteve percorrendo o Rio da Prata em 1512, passando
pelo atual Estado de Santa Catarina e também, onde hoje temos Paranaguá. Na sua
passagem por Paranaguá houve um naufrágio, não sendo conhecidas as causas. deste
acidente sobreviveu Aleixo Garcia, que passou a viver entre os indígenas do litoral.
Aprendeu a língua e principalmente o caminho de Peabiru (ou São Tomé), sendo o
primeiro europeu a percorrer o sentido leste-oeste, indo atingir o Paraguai, onde acabou
sendo morto pelos índios na região de Assunción.
Em 1540, a Coroa Espanhola enviou Alvar Nunes Cabeza de Vaca para governar
as colônias incipientes do Rio do Prata. Aportou à ilha de Santa Catarina, considerada
Espanhola, em março de 1541, tendo como missão o reconhecimento da região. Partiu no
início de abril, após alguns preparativos, numa expedição terrestre que tinha por objetivo
Assunción. Quatrocentos homens e quarenta cavalos sob a liderança de Cabeza de Vaca
e guiados por índios guaranis fizeram basicamente o mesmo trajeto de Aleixo Garcia,
varando por duas vezes o Iguaçu, atingindo seu objetivo através do Paraná. A narrativa
de suas aventuras está na sua obra Naufrágios, de sua autoria, na qual afirma: “é a melhor
terra, de melhor água, rios e arroios, fontes e campos e arvoredos, que tenho visto”.
O relato mais conhecido do nosso litoral, inclusive com mapa, coube ao artilheiro
aleão Hans Staden, que no dia 18 de dezembro de 1549, após violenta tempestade, veio à
terra paranaense na localidade de Superaguii, a dezoito léguas de São Vicente. Em sua
obra Viagem e cativeiro entre os índios do Brasil, publicada em 1557, Staden descreve a
geografia e os modos de vida do litoral, inclusive fazendo relato da presença de
portugueses entre os índios tupiniquins.

O Indígena Paranaense

As populações indígenas do Brasil, costumeiramente, são divididas a partir de sua


cultura lingüística. No caso do Paraná, podemos dividir os grupos indígenas através dos
troncos lingüísticos:
- O Tronco Macro Jê, e que pertence à família Jê da qual fazem parte as línguas Xokleng
e Kaingang.
- O Tronco Tupi, a que pertence à família Tupi Guarani da qual fazem parte as línguas
Guarani e Xetá.
Família tupi-guarani: também chamados de carijós, eram predominantes no
litoral e no noroeste do território que hoje é o estado do Paraná. Os tupis foram os
primeiros a entrar em contato com os portugueses. Sua subsistência era assegurada pela
agricultura. Plantavam milho, mandioca, algodão e fumo, em roças que duravam de 5 a 6
anos. Quando a roça se esgotava, mudavam-se para outras regiões. Complementavam sua
alimentação com produtos de coleta, como frutas, raízes, larvas, mel, erva-mate etc.
Desenvolveram a cerâmica e fabricavam cestas com fibras e taquaras. Dominavam a
técnica da eliminação do ácido dihidronídrico, venenoso, presente na raiz da mandioca,
possibilitando a fabricação da farinha.
Família Jê: não conheciam o uso da rede, fabricavam armas de guerra e de caça,
tecidos de fibras de urtiga brava, talas de caraguatá, cestos de taquara de vários tamanhos
e formas para fins diversos, enfeites e adornos e utensílios de cerâmica. Viviam,
principalmente, da coleta de alimentos silvestres, da caça e da pesca.
Nas sociedades indígenas paranaenses havia a divisão do trabalho: enquanto as
mulheres realizavam os trabalhos domésticos, os homens eram os responsáveis pela caça,
pesca e segurança da tribo.
O contato do europeu com o índio foi desastroso, pois a principal intenção do
colonizador era sua escravização. Apesar dessa destruição, são muitas as influências que
o paranaense recebeu do indígena: miscigenação étnica, vocabulário ( Paraná, Curitiba,
Paranaguá, Tibagi, canjica, guri etc), alimentação (farinha de mandioca, mingau, paçoca,
canjica etc.), uso da rede, utilização da erva mate, do fumo, o costume do banho diário
etc.
Os principais vestígios arqueológicos deixados pelos indígenas paranaenses foram
os sambaquis (ou ostreiras), restos de cozinha encontrados no litoral, como pedras, osso
e cerâmica trabalhados pela mão indígena.

Colonização

A primeira tentativa de colonizar o atual estado do Paraná foi espanhola.


Fundaram, em 1554, a vila de Ontiveros abaixo das Sete Quedas, no rio Paraná. Esta
primeira tentativa malogrou. Muitos foram os fatores, entre eles a presença hostil dos
índios da região, que levaram Ontiveros ao abandono, levando o Capitão Rui Dias
Malgarejo a transferir a população remanescente para a foz do rio Piriqui, em 1557,
fundando a Ciudad Real Del Guairá. Dias Malgarejo ainda fundou, nas margens do Rio
Ivaí, próximo à foz do Rio Corumnataí, em 1576, a Vila Rica Del Espiritu Santo.

A Ocupação do Litoral

O interesse português na ocupação do Brasil não se deu de imediato. Nas primeiras


décadas do século XVI, a Coroa portuguesa restringiu-se a ações de exploração do
território. Porém, a ameaça estrangeira fez com que Portugal revisse sua política de
ocupação em relação ao Brasil. Assim, a Coroa envia a expedição de Martin Afonso de
Souza com o objetivo de povoar e desenvolver a economia local. Neste contexto, em
1531, a mando desse colonizador, houve a primeira bandeira que percorreu a baía de
Paranaguá para explorar o território. Além dessas bandeiras, há estudos que afirmam que,
por volta de meados do século XVI, a região era freqüentada por aventureiros, por
bandeiras de captura de índios para trabalho escravo e por piratas ingleses e franceses.
Em 1534, a Coroa divide o território brasileiro em capitanias hereditárias. O litoral
paranaense pertencia a duas delas: ao norte de Paranaguá, o território pertencia à capitania
de São Vicente, cujo donatário era Martin Afonso de Souza; ao sul, o território pertencia
à capitania de Santana, cujo donatário era Pero Lopes de Souza.
Nenhum dos dois irmãos, porém, demonstrou interesse no desenvolvimento de
suas capitanias. Assim, a instalação oficial do colonizador no território paranaense se deu
somente a partir de 1614, através da concessão de uma sesmaria na região de Superagui
a Diogo Unhate.
No entanto o maior fluxo populacional aconteceu com a descoberta de ouro nos
rios da baía d Paranaguá, algo que se tornou um atrativo para imigrantes.Mas a quantidade
de outro no litoral paranaense não correspondeu às expectativas dos exploradores,
fazendo com que, após a descoberta de jazidas em Minas Gerais, grande parte da
população saísse do Paraná para se instalar nesse território. Apesar disso, foi o ouro que
motivou a formação das primeiras vilas que deram origem às primeiras cidades do Paraná.
Paranaguá destacou-se economicamente no período colonial, pois além do porto,
possuía, também, a Casa de Fundição, centralizando toda a produção aurífera da região.
A Casa de Fundição era responsável pela cobrança do imposto sobre o ouro encontrado
(“quinto do ouro”) e por transformar o mineral em barras estampadas com o carimbo real.
O vilarejo de Paranaguá surgiu na margem esquerda do rio Taquaré, hoje Itiberê. Em 06
de janeiro de 1646 foi levantado o pelourinho e a 29 de junho de 1648 foram realizadas
as eleições para Câmara Municipal e criadas as justiças. Gabriel de Lara foi nomeado
capitão fundador e povoador.
Até 1668, a vila que deu origem a Curitiba ainda não havia sido reconhecida,
oficialmente, por Paranaguá. Nesse sentido, os moradores reuniram-se para regularizar
tal situação. a lei portuguesa exigia 30 fogões (famílias), formadas por homens bons
(proprietários de terras) para que uma localidade pudesse ter autoridadese Câmara
Municipal. Dessa forma, esses homens bons solicitaram, junto a Gabriel de Lara, a
elevação do pelourinho. Ele concedeu o pedido, mas não elegeu nenhuma autoridade para
não ter que dividir seu poder. Assim, somente em 29 de março de 1693, após
movimentação dos moradores, organizou-se politicamente a vila de Curitiba, com eleição
das primeiras autoridades.
Os atuais municípios de Guaraqueçaba, Antonina e Morretes, também surgiram
em função da descoberta de ouro no litoral paranaense.

As Reduções Jesuíticas no Guairá

Região do Guairá, domínio espanhol.

Sabemos que o território a oeste d linha de Tordesilhas pertencia à Espanha. Sendo


assim, a maior parte do território que hoje é o Estado do Paraná estava sob o domínio
espanhol. Sua presença colonizadora nessa região na segunda metade do século XVI,
quando o governador do Paraguai, Irala, resolveu fundar vilas na região do Guairá, com
os seguintes objetivos:
- subordinar os indígenas da região (pertenciam, principalmente, à família tupi-
guarani);
- deter o avanço português para oeste da linha de Tordesilhas, cujo avanço dava-
se com muito intuito de prear índios.
- conseguir um porto marítimo para Assunción, através da baía de Paranaguá.
A região banhada pelos rios Paraná, Paranapanema, Tibagi e Iguaçu era povoada
por índios, principalmente do tupi-guarani.

Para colonização dos indígenas, os espanhóis utilizavam o sistema de


encomomiendas, os adelantados (conquistadores espanhóis que detinham alguns bens),
eram designados pela coroa espanhola para conquistar terras ocupadas por índios. estes
deveriam ser catequizados, ensinados e protegidos. Em troca, deveriam pagar uma taxa
ou prestar um serviço aos adelantados. No entanto, na maioria das vezes os índios foram
tratados como escravos.
No Guairá, contudo, houve resistência indígena a esse sistema. dessa forma, a
pacificação e conversão dos índios da região foram atribuídas aos padres da Companhia
de Jesus, conhecidos como jesuítas.
Até então, o método empregado para catequização dos gentios(índios) consistia
nas peregrinações dos padres pelas aldeias. Porém, a ausência de uma autoridade religiosa
constante acabava provocando o desinteresse dos indígenas. Dessa forma, Guairá foi a
primeira região a experimentar um novo método de catequização jesuítica: as reduções.
Também chamadas “Missões”, as reduções consistia no aldeamento dos índios. O
jesuíta estabelecia residência no local, algo que facilitava seu trabalho missionário. Os
padres respeitavam a hierarquia da vida tribal, mas, além da religião, eles introduziram
nas comunidades cargos administrativos, escolas, obrigatoriedade do cultivo da terra,
profissões e algumas práticas de justiça para punição dos infratores. O sucesso das
reduções foi visível: em poucos anos conseguiram aldear mais de cem mil índios.
Os jesuítas eram contrários à escravização dos índios, situação que dificultou o
sistema de encomiendas na região do Guairá.
Porém, o sucesso das reduções despertou temor dos lusos-brasileiros em São
Paulo. Assim, temendo a expansão espanhola em direção à baía de Paranaguá, a
necessidade de mão de obra indígena para o trabalho na lavoura, somado à intenção de
chegar às famosas minas de Potosi, os paulistas atacaram as reduções.
Vale lembrar que entre 1580 e 1640 (período de surgimento das reduções no
Guairá), Portugal e, consequentemente, o Brasil, estavam sob o domínio espanhol. Dessa
forma, com o propósito de impedir a expansão espanhola, os bandeirantes Antônio
Raposo Tavares e Paulo do Amaral, prepararam o ataque.
Em 1628 Raposo Tavares partiu em direção à Guairá. Sua expedição era composta
por cerca de 3.000 homens, a maioria índios. Durante meses, permaneceu nas margens
do rio Tibagi, aguardando o momento certo para atacar. A resistência dos jesuítas fez com
que se iniciassem as hostilidades bélicas. Em 1629, Raposo Tavares retorna a São Paulo
com milhares de índios escravizados.
Dessa forma, viu-se fracassada a primeira tentativa de colonização do território
paranaense, trazendo, novamente o abandono à região. Com os Tratados de Madri (1750)
Santo Idelfonso (1777), a região passou a pertencer a Portugal, mas permaneceu
abandonada por cerca de um século.

Ocupação dos Campos Gerais

Campos gerais é o nome dado à faixa de terra no segundo planalto paranaense,


formada por campos e bosques.

Essa região começou a ser povoada, principalmente, a partir dos interesses


econômicos de fazendeiros de São Paulo. No início do século XVIII, a descoberta de ouro
em Minas Gerais criou uma forte demanda por animais cavalares e muares. estes animais
eram criados em abundância nos campos do sul do Brasil e Uruguai. Tendo em vista a
possibilidade de negócios com essa demanda, famílias abastadas de São Paulo requereram
enormes sesmarias na região dos Campos Gerais, para ali enviarem parentes ou capatazes
visando a formação de fazendas de criação de gado. Com o início das atividades tropeiras,
começaram a surgir povoações ao longo dessa rota. De início, essas povoações eram
locais de pouso e descanso dos tropeiros. Com o tempo, porém, passaram a aglutinar
pequenos artesões e comerciantes, se transformando em vilas e cidades, como Ponta
Grossa, Castro, Lapa e muitas outras. Dessa forma, pode-se afirmar que o troperismo foi
a base econômica de ocupação dos vastos campos naturais do segundo planalto
paranaense.

Ciclos Econômicos no Paraná

Ao longo da história do Paraná é possível eleger ciclos econômicos que


impulsionaram a economia do território e contribuíram para a formação de povoados que,
em sua maioria, deram origem à cidades paranaenses. Isso não quer dizer que um ciclo
surgia logo após a decadência do outro: muitas vezes eles coexistiram em uma mesma
época.
Ouro: o primeiro ouro no Brasil (ouro de aluvião) foi encontrado na Baía de
Paranaguá em 1641. Essa descoberta impulsionou a vinda de faiscadores para a região,
surgindo as primeiras vilas do Paraná. Porém, a quantidade de ouro encontrada não
correspondeu às expectativas. Assim, com descoberta de ouro em Minas Gerais, em
meados do século XVIII, grande parte da população do litoral se dirigiu para aquela
região.
Troperismo: A descoberta de ouro em Minas gerais impulsionou a economia
brasileira, fazendo com que o país se tornasse um grande produtor de ouro. Sem atentar
para a questão de subsistência, a busca pelo mineral gerou falta de alimentos em Minas,
fazendo com que o Rio Grande do Sul ganhasse importância no cenário nacional, pois era
uma região produtora de carne e de couro. assim, devido a necessidade do transporte
destes e de outros produtos para outras regiões do Brasil, surgiu a figura do tropeiro, que
era a pessoa responsável pelo transporte da tropa.
Em Sorocaba, na província de São Paulo, havia uma feira onde se
comercializavam diversos produtos direcionados ao atendimento das necessidades das
Minas Gerais. Assim, ao longo do caminho entre o Rio Grande do Sul e essa região
nasceram diversas vilas com o propósito de atender os tropeiros que por ali passavam.
O caminho percorrido pelos tropeiros era chamado de Viamão. Ele cortava todo o
Segundo Planalto Paranaense, impulsionando a ocupação e o surgimento de grandes
fazendas pecuárias nos Campos Gerais.

Erva - Mate: a erva-mate já era conhecida e utilizada pelos índios desde antes da
chegada dos europeus. Nas reduções do Guairá, os jesuítas chamavam-na de erva do
diabo, pois os índios atribuíam-lhe poderes de descontrole das emoções. Por isso, por
algum tempo, os jesuítas chegaram a proibir o uso do mate entre os índios. A partir de
1820, contudo, através de Francisco de Alzagaray, que ensinou o beneficiamento da erva
aos paranaenses, o produto se tornou o “esteio” da economia regional, principalmente n
período provincial (após 1853).
MADEIRA: A exportação do pinheiro paranaense surgiu com a Primeira Guerra
Mundial (1914-1918). Como a importação de madeira foi interrompida com o conflito, o
Paraná passou a ser o principal fornecedor de madeira para o Brasil, conquistando,
também o mercado de Buenos Aires. O transporte feito por caminhão, a partir de 1930,
impulsionou, ainda mais, o comércio madeireiro, que se tornou o principal produto
econômico do Paraná na primeira metade do século XX.
CAFÉ: o café teve seu auge no Paraná na década de1950, período em que o
Estado foi o maior produtor cafeeiro do Brasil. Desenvolveu-se, principalmente, no norte
do Estado. Além das terras dessa região serem consideradas de ótima qualidade para o
cultivo do café, esse impulso também foi resultado do estímulo de Getúlio Vargas, após
a guerra, no sentido de desenvolver a industrialização no Brasil. Dessa forma, São Paulo
diminui sua produção cafeeira a favor da indústria, possibilitando o destaque paranaense
no setor. Assim, pode-se dizer que a expansão cafeeira no Paraná apoiou-se em duas
condições favoráveis: a demanda crescente do mercado internacional e a disponibilidade
de recursos internos, como terra, trabalhadores, transporte e equipamentos.
Hoje temos o destaque de produtos como a soja, o milho e, em termos de
industrialização, há a diversificação de setores, como roupas, softwares e automóveis.

OS CAMINHOS DO PARANÁ
No início da história do Paraná, os caminhos, únicas vias existentes até então,
tiveram grande importância na ocupação e na comunicação entre regiões do Paraná.
Caminho de Peabiru: cortava o Paraná de Leste a Oeste. Já existia antes do
descobrimento da América e foi muito utilizado pelos primeiros colonizadores e
desbravadores do território.
Caminho da Graciosa: tudo indica que fora criado pelos índios que descia para
o litoral. Ligava Curitiba a Antonina.
Caminho de Itupava: também ligava Curitiba a Morretes. Permaneceu como
principal via de transporte entre o planalto e o litoral até a abertura definitiva da estrada
da Graciosa, em 1873.
Caminho do arraial: foi aberto pelos faiscadores de ouro de Arraial Grande
(atual São José dos Pinhais), ligando-o ao litoral.
Estrada da mata (caminho de viamão): fazia a comunicação entre Viamão, no
Rio Grande do Sul, até São Paulo, passando pelos Campos Gerais paranaenses. Foi muito
utilizado pelos tropeiros.

EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DO PARANÁ


Em 1660 foi criada a capitania de Paranaguá, constituída pelos territórios da
capitania de Sant’Anna. Em 1710, porém, essa capitania foi extinta e incorporada aos
territórios da Capitania de São Vicente e Santo Amaro, vindo formar, posteriormente, a
Capitania de São Paulo. Dessa forma, o território paranaense passou a ser comarca e a
depender politicamente de São Paulo.
Além da dependência econômica, a 5ª Comarca (Paraná) tinha que pagar altos
impostos para São Paulo. Em contrapartida, a administração paulista deixava os
paranaenses no abandono: não havia segurança, poucas escolas, pobreza etc. Assim, em
1811, tendo em vista a presença da família real no Brasil, há a primeira tentativa de
emancipação.
Em 1821, os defensores da emancipação iniciaram um movimento que ficou
conhecido como Conjura Separatista. O movimento não prosperou e alguns dos seus
líderes foram perseguidos.
Apesar desse fracasso, os pedidos de emancipação continuaram, sem, contudo,
produzir frutos.
Em 1835, em meio à Revolução Farroupilha, movimento iniciado no Rio Grande
do Sul contra as medidas conservadoras do poder central, o presidente de São Paulo,
temendo que as forças revolucionárias encontrassem adesão no Paraná, busca apoio em
Curitiba prometendo, em troca, a emancipação da comarca. Findo o movimento, com a
vitória das forças legalistas, o presidente paulista solicita, oficialmente, separação.
O projeto começou a ser discutido em 1843, mas os deputados paulistas faziam de
tudo para atrasar a votação definitiva. Nos dez anos que separam o início das discussões
da aprovação do projeto de emancipação, foram criadas as províncias de Sapucaí e a da
Amazonas. Somente a 19 de dezembro de 1853 foi criada, por D. Pedro II, a província do
Paraná, tendo como capital a cidade de Curitiba e como primeiro presidente o baiano
Zacarias de Goes e Vasconcelos.

ESCRAVIDÃO NO PARANÁ
Ao contrário do que muitos afirmam, a escravidão existiu, sim, no Paraná.
Contudo, pode-se afirmar que ela não foi a única forma de mão-de-obra aqui utilizada,
pois, paralelamente aos escravos, existia, também, a mão-de-obra livre.
Para desenvolvimento das variadas economias no Paraná – caça ao índio,
mineração, pecuária e o cultivo do mate – foi necessária a utilização do trabalho escravo.
Essa utilização apresentou-se com intensidade diversa, mas sempre esteve presente, seja
dominando amplamente, seja coexistindo com outras formas de produção.
É importante ressaltar que, ao se falar em escravidão, não devemos nos remeter
apenas aos negros africanos. Na mineração, por exemplo, as formas de exploração nas
faisqueiras, lavras ou jazidas, associadas aos incentivos econômicos, sociais e políticos,
levaram à utilização progressiva da força de trabalho indígena (“carijó”) ou africana. De
início, predominou o escravo índio, ou mestiço, já que a pobreza dos proprietários da terra
não permitia a importação de africanos para o trabalho de mineração. Além do mais, tanto
os índios do litoral, quanto os do planalto, eram mais acessíveis e exigiam menores
investimentos para serem transformados em escravos.
Em fins do século XVIII, à medida que a economia se modificava e a pecuária se
expandia como atividade fundamental, somada ao fato da paulatina decadência da
mineração a partir do segundo quartel do século, os negros e mulatos se tornaram
numerosos.

IMIGRAÇÃO
Até meados do século XIX,o território paranaense ainda era mal povoado. Após a
lei Euzébio de Queiroz, em 1850, intensificou a repressão ao tráfico negreiro no litoral,
situação que dificultava, ainda mais a questão da necessidade de mão-de-obra. Além
disso, parte das elites brasileiras vislumbrou o “branqueamento” da população como fator
de desenvolvimento. Diante desse contexto, o governo imperial passou a estimular a
vinda de imigrantes para o Brasil.
No Paraná, a primeira tentativa para localizar imigrantes deu-se em 1829. No
entanto, o estabelecimento das colônias em regiões afastadas dos maiores centros urbanos
e a ausência de infra-estrutura, tornaram-se os principais motivos do relativo fracasso das
primeiras experiências de ocupação do território paranaense com imigrantes europeus
nesse período. De qualquer forma, algumas das colônias aqui instaladas deram origens a
cidades:
Superagui: colônia de suíços que deu origem ao município de Guaraqueçaba;
Assungui: possuía franceses, ingleses, italianos, alemães, espanhóis, suecos. Seu
núcleo forma hoje a sede do município de Cerro Azul.
No início do século XX, o governo federal deu novo impulso à imigração, fator
que fez surgir colônias na região central do Paraná, formadas, predominantemente, por
poloneses, ucranianos e alemães.
Após a primeira Guerra Mundial, há o predomínio da imigração japonesa, cujos
núcleos deram origem a cidades como Uraí, Assai, Londrina, Bandeirantes etc.

REVOLUÇÃO FEDERALISTA
Quando o Marechal Floriano Peixoto assumiu a presidência ele afastou do poder
todos os governadores que haviam apoiado o golpe de estado de Deodoro da Fonseca.
Porém, no Rio Grande do Sul, ele aliou-se a Júlio de Castilho que, apesar de ter apoiado
Deodoro, era contrário à Silveira Martins, líder político gaúcho que teria tendências
políticas monárquicas e parlamentaristas.
Julio de Castilhos saiu vitorioso nas eleições para governador do Estado.
Inconformados, os federalistas, partidários de Silveira Martins, invadiram o Estado do
Rio Grande do Sul em 1893. O conflito foi um dos mais sangrentos da história
republicana, sendo marcado, inclusive, no território paranaense, por combates de grande
ferocidade e por atos de atrocidade cometidos por ambas as partes em conflito.
Os legalistas, partidários de Floriano Peixoto, ficaram conhecidos como pica-
paus, por causa do armamento que utilizavam, enquanto os federalistas receberam o
termo pejorativo maragatos, que significa pessoa desqualificada. Ambos o grupos
possuíam simpatizantes.
Em setembro de 1893 houve sublevação da baía de Guanabara, liderada pelo
Almirante Custódio de Mello, tornando a revolução um conflito de âmbito nacional.
Saindo da baía de Guanabara, Custódio Melo tomou o litoral de Santa Catarina. Na
sequência, seu plano era a ocupação do Paraná, que seria atacado em três frentes:
Paranaguá, Tijucas e Lapa, onde os revolucionários se concentrariam em Curitiba, para
depois tentar a conquista de São Paulo.
A invasão da baia de Paranaguá aconteceu em janeiro de 1894. A resistência foi
fraca e a tomada do litoral se deu, portanto, sem grandes combates.
As forças federalistas provindas de Santa Catarina, através do líder Gumercindo
Saraiva, atacaram Tijucas. Apesar da forte resistência, os legalistas se viram cercados e,
com dificuldade de munição e de subsistência, foram obrigados a render-se.
Tropas legalistas, em Lapa, tendo como líder o Coronel Gomes Carneiro,
ofereceram forte resistência à invasão dos federalistas. Sem quererem se render, os
maragatos apertaram ainda mais o cerco, que ficou conhecido como cerco da Lapa. O
Coronel Carneiro recebeu um ferimento mortal e em fevereiro de 1894, sem auxílio
externo para alimentação e munição, não foi possível manter a resistência.
Chegando a Curitiba, os federalistas encontraram a cidade sem governo, que,
temendo a invasão, transferiu a capital do Estado para Castro. Por dois meses os
federalistas ficaram em Curitiba, exigindo o pagamento de impostos pelos moradores. O
plano de invadir São Paulo não foi concretizado.
Neste contexto de ocupação do Paraná, o Marechal Floriano conseguiu, com a
ajuda dos Estados Unidos, aparelhar uma frota de guerra e contra atacar. Vencendo as
forças federalistas no Rio de Janeiro, os legalistas rumaram para o sul. No Paraná,
temerosos com a aproximação das tropas do governo, os federalistas evacuaram, não
oferecendo resistência. Os legalistas também conseguiram vencer em Santa Catarina e
Rio Grande do Sul.
De ambos os lados, a Revolução Federalista foi marcada pela crueldade e barbárie:
assaltos, destruição de hospitais e massacre de prisioneiros.

CONTESTADO (BRASIL X ARGENTINA)


O Tratado de Santo Idelfonso definia que as fronteiras entre Argentina e Brasil
eram os rios Uruguai e Iguaçu, porém o território compreendido por esses rios não havia
sido definido, questão que ficou sem discussão por muitos anos.
Em 1857,
aproveitando uma guerra
civil argentina, o governo
imperial brasileiro iniciou
conversações a respeito,
situação que foi chamada
Questão de Palmas. Em
1881, a Argentina,
interpretando o Tratado de
Santo Idelfonso, alegou
que seu território iria até
os rios Chapecó e Chopin.
Assim, Brasil e Argentina Disponível em: < http://www.juserve.de/rodrigo/atlas%20historico/Quest%E3o%20de%20Palmas.jpg>.
passam a disputar uma Acesso em 01 jul. 2009.

faixa territorial de 30.621


km2.

Durante a guerra do Paraguai, como Brasil e Argentina foram aliados, a questão


ficou esquecida. Após a guerra, voltaram as discussões, mas nenhum dos dois países
entravam em acordo. Dessa forma, foi escolhido o arbitramento da questão pelo
presidente norte-americano.
A defesa brasileira foi realizada pelo barão do Rio Branco, que utilizou como
argumento o uso possidetis do território disputado. Em 06 de fevereiro de 1895, o
presidente Grover Cleveland decidiu a favor do Brasil.

CONTESTADO (PARANA X SANTA CATARINA)

Quando o Paraná foi emancipado politicamente (1853), não havia um acordo


definitivo de fronteiras entre o Paraná e Santa Catarina. Mesmo assim, no contexto da
questão de Palmas, estava sendo construída a ferrovia São Paulo - Rio Grande justamente
no território indefinido entre os dois estados.
Em 1901, Santa Catarina entrou na justiça com o objetivo de delimitar seu
território. Em 1910, a justiça manifestou-se, favoravelmente, aos catarinenses,
estabelecendo o limite entre os dois estados através dos rios Peri-Guaçu, Negro e Iguaçu.
No entanto, o Paraná recusou tal determinação. Os próprios moradores da região
recusavam-se a viver sob jurisdição catarinense, por isso iniciaram um movimento para
a formação de um Estado próprio na região contestada, que se chamaria Estado das
Missões.

Região Contestada entre Paraná e Santa Catarina. FONTE: STECA;


FLORES, 2002. p. 66.
O temor de perder território fez Santa Catarina abrir-se para acordo. Depois de
longas e difíceis discussões e da intervenção do presidente Wenceslau Braz, em 1916 foi
acordada a divisão do território contestado entre os dois estados: Paraná ficou com uma
faixa de terra de 20.000 km2, enquanto Santa Catarina contentou-se com 28.000 km2.

A guerra do Contestado
No contexto dessa disputa, surgiu o problema com a posse de terra nessa região.
Como não havia uma definição em relação aos limites do território contestado, a
população cabocla da região vivia em quase que completo abandono, dentro de suas
crenças e superstições.
A construção da ferrovia São Paulo - Rio Grande afetou, diretamente, a vida
desses sertanejos. Como o Brasil não tinha condições de financeiras de pagar a construção
da estrada de ferro, no contrato estabelecia-se que o pagamento seria feito em terras.
Dessa forma, foram tituladas à empresa norte-americana Brasil Railway Company faixas
de terras equivalentes a oito quilômetros de cada margem da ferrovia.
Na região contestada, parte desse território era povoado por populações caboclas.
Dessa forma, a empresa norte americana empreendeu a limpeza da área, através de uma
polícia própria. Ao mesmo tempo, os grandes latifundiários, coronéis, que até então
possuíam bom relacionamento com os sertanejos, passaram a hostilizá-los, por causa da
valorização das terras. Os caboclos do contestado viram-se, portanto, entre inimigos.
Acreditavam que seu problema tinha sido causado pela República, pois durante a
Monarquia viviam em paz.
Diante disso, surgiu a figura de Miguel Lucena, o monge José Maria, que,
apoiando-se na tensão existente e nas crenças da população cabocla, conduziu-a à revolta.
Nos Campos do Irani, Taquaruçu e Caraguatá, houve vários embates entre a
polícia e os sertanejos, mas eles demonstraram grande poder de resistência. Percebendo
o desperdício de tempo, homens e munição, o governo federal resolveu realizar uma
campanha de envergadura na região. Foram necessárias 13 expedições para a destruição
de todos os redutos de caboclos, com grande perda humana de ambos os lados.

A COLUNA PRESTES NO PARANÁ


Na década de 1920, um grupo de jovens oficiais, os tenentes, insatisfeitos com a
política brasileira, resolveram manifestar-se. Em 1924, os manifestantes de São Paulo,
não conseguindo tomar o Palácio do Governo e impedidos de entrar no estado do Mato
Grosso, deslocaram-se para o oeste paranaense, onde esperariam os rebeldes do Rio
Grande Sul, liderados por Luiz Carlos Prestes. Suas ações no território paranaense foram
conhecidas como Campanha do Paraná
Na tentativa de avançar para o leste do Paraná, houve vários embates entre as
forças legalistas e os revoltosos. Vencidos, tem início a Coluna Prestes que, formada pela
junção das colunas paulistas e gaúchas, partiu do oeste do Paraná em direção a outras
regiões do Brasil.
Apesar da derrota, a coluna revelou e denunciou a miséria e abandono em que
vivia a maioria da população rural e dos sertões. No oeste do Paraná, pouco povoado por
brasileiros, havia a presença de um grande número de argentinos, mantendo atividades de
exploração do território e da população. Parecia que a região nem fazia parte do Brasil,
pois até a língua utilizada era o castelhano.
Essa “desnacionalização” foi um dos fatores que impulsionou Getúlio Vargas na
política da “Marcha para o Oeste”, visando a nacionalização e ocupação dos territórios
brasileiros de fronteira. Dentro dessa política foi criado o Território Federal do Iguaçu,
no oeste paranaense (1943-1946) e várias colônias militares, como a Colônia Agrícola
Nacional General Osório (CANGO), criada, em 1943, no sudoeste do Estado.

A OCUPAÇÃO NO NORTE DO PARANÁ


A ocupação da região norte do Paraná é dividida em três partes: Norte Velho ou
Norte Pioneiro, Norte Novo e Norte Novíssimo.
O norte do Paraná teve a sua ocupação
iniciada na região situada entre os rios
Paranapanema, Itararé e Tibagi. O Norte
Pioneiro como é conhecido, despertou
interesse desde o século XVIII, e foi
importante a figura de personagens como o de
João da Silva Machado, o Barão de Antonina,
que estando muito ligado aos interesses do
Governo Imperial, estabeleceu influências
para a formação de colônias agrícolas na área,
como por exemplo, a Colônia Agrícola Militar
Jataí em 1853. Localizado entre a divisa
Disponível em: < http://www.o-
nordeste com São Paulo até Cornélio parana.com/diretorio/catimages/meso-norte-pioneiro.jpg>.
Acesso e: 01 jul. 2009.
Procópio, foi colonizado entre 1860 e 1925.
Além disso, havia a intenção de se criar um
caminho terrestre entre Mato Grosso e o
litoral.
Os primeiros colonizadores do Norte Pioneiro foram mineiros e paulistas. Muitos
fazendeiros mineiros com dificuldades econômicas souberam da existência de terras
férteis e devolutas na região a partir das ações tropeiras que conduziam ao Rio Grande do
Sul, enquanto que os paulistas se atraiam pelo interesse de trabalhar e formar pequenas
lavouras. Quando chegavam à região ocupavam uma água, que é a posse de uma terra na
cabeceira de um riacho, pois, dessa forma, seriam donos do terreno que margeava o
riacho. Essa ocupação, portanto, ocorreu de maneira rápida e desorganizada.
No século XIX a atividade econômica da região baseava-se em produções safristas
de porcos, arroz, algodão, feijão e milho. A presença dos japoneses no norte pioneiro se
intensificou a partir de 1912. Uma crise econômica após a primeira guerra mundial nas
áreas cafeeiras de São Paulo acarretou em quedas dos preços do produto e prejuízos. Esse
fato associado às más colheitas fez com que um contingente de japoneses deslocasse em
direção norte paranaense que, possuindo solo fértil, desenvolveu-se, em parte, com o
cultivo do café.
Além de japoneses havia também a presença de italianos e alemães. Empresas
colonizadoras começaram sua atuação em áreas não ocupadas do Norte Pioneiro a partir
de 1931, sendo a Sociedade Colonizadora Brasil (BRATAC), a Cia. Nambeí Tochi
Kabushiki Kaisha e a Empresa de Fiação e Tecelagem Tókio de Rami S/A., todos
empreendimentos japoneses, dando origens aos pólos de Assaí e Uraí. Depois desse
impulso inicial o norte do estado receberia a influência da colonização pelo capital inglês.
O Norte Novo delimita-se pelos rios
Tibagi, Ivaí e Paranapanema e foi
colonizado entre 1920 e 1950.
Diferenciando-se do Norte Pioneiro, esta
região que compreende hoje cidades como
Londrina, Maringá e Apucarana, foi
colonizada por uma empresa inglesa.
Em 1924, uma missão econômica
inglesa, conhecida como Missão Montagu,
chegou ao Brasil para estudar a situação
financeira e comercial do país. Um dos
membros, Lord Lovat, ficou impressionado
com a fertilidade das terras roxas do norte do
Paraná. Disponível em: < http://www.o-parana.com//diretorio/catimages/meso-norte-
centra.jpg>. Acesso e: 01 jul. 2009.
Dessa forma, os ingleses adquiram terras em São Paulo e Paraná, fundando duas
empresas, a Brasil Plantations Syndicatee e como subsidiária, a Companhia de Terras do
Norte do Paraná. Essa última ficou responsável pela colonização do chamado norte novo.
O objetivo inicial dos ingleses era a produção de algodão, mas decidiram investir nos
negócios imobiliários. O escritório da empresa foi instalado na região que viria a ser
Londrina.
Os lotes rurais comercializados eram retangulares, variando entre 5 e 15 alqueires,
todos dentro do limites da pequena propriedade. Os compradores foram os mais variados
possíveis, atraídos pelos preços, fertilidades das terras e propaganda realizada pela
companhia: paulistas, mineiros, nordestinos, paranaenses, estrangeiros (italianos,
espanhóis, portugueses, alemães, japoneses, poloneses, ucranianos etc).
Em meio às dificuldades causadas pela guerra, os ingleses, em 1943, venderam a
Companhia de Terras do Norte do Paraná a capitalistas de São Paulo. A parti de 1944,
portanto, a empresa passou a se chamar Companhia Melhoramentos Norte do Paraná,
tendo como sede, a partir de 1947, a cidade de Maringá. Todas as principais cidades
fundadas pela companhia foram planejadas.
O Norte Novíssimo, ou noroeste do Paraná, foi a última região a ser colonizada
no estado. Compreende a região do Vale do Ivaí se estendendo do rio Ivaí ao Paraná e ao
Piquiri. Foi colonizado entre 1940 até 1960 e compreende cidades como Paranavaí,
Cianorte, Umuarama e Campo Mourão.
A região de Campo Mourão pertencia à província de Guairá, sendo habitada por
índios de tribos indígenas Kaingang, Guarani e Xetá. Os europeus fizeram incursões no
território no século XVI, supostamente pela navegação fluvial e o caminho de Peabiru.
No aspecto da colonização, a empresa Railway obteve 317 mil hectares no
noroeste do Paraná, através de sua subsidiária a Cia Brasileira de Viação e Comércio S/A.
(Braviaco). A construção da ferrovia, denominada Estrada de Ferro Central do Paraná,
também serviu como negociação de pagamento a terras próximas a localidade de
Umuarama. O que é perceptível nesta região é que houve uma intensa disputa pelas glebas
de terras, representada principalmente pela participação da empresa BRAVIACO.
Disponível em: < http://www.o-parana.com//diretorio/catimages/meso-
noroeste.jpg>. Acesso e: 01 jul. 2009.

A Companhia Melhoramentos Norte do Paraná também deu continuação as suas


ações no Norte Novíssimo e criou cidades completamente urbanizadas e planejadas como
nos casos de Cianorte e Umuarama.

REVOLTA DOS POSSEIROS (1957)


O povoamento das regiões oeste e sudoeste do Estado do Paraná se deu através da
migração de gaúchos e catarinenses que buscavam estabelecer-se na região como
pequenos proprietários, muitas vezes posseiros, ou seja, pessoas que não têm o título de
propriedade da terra. No entanto, visando o desenvolvimento dessa região, o governo
forneceu títulos de propriedades à empresas colonizadoras sem levar em consideração a
presença dos posseiros. Esse fato gerou uma série de tensões e conflitos. Um deles foi a
revolta dos posseiros ocorrida no sudoeste paranaense em 1957.
Em 1950, a Clevelândia Industrial e Territorial Ltda (CITLA) instalou seus
escritórios nessa região e passou a cobrar pelos lotes de terra onde os posseiros já viviam
há anos. As tentativas de resolução do impasse não foram resolvidas pela justiça, fazendo
com que, em 1957, os posseiros, armados, lutassem pela posse da terra. Depois de alguns
meses de luta e da ação da polícia e do governo do estado a paz voltou a reinar na região,
mas os posseiros conseguiram que as terras fossem tituladas a seu favor.

REVOLTA CAMPONESA DE PORECATU


Na década de 1950, em Porecatu, norte do Paraná, surgiu um conflito pela posse
da terra entre posseiros e jagunços a serviço de grileiros. Dentro do contexto das
revoluções camponesas, o Partido Comunista (PCB), passou a organizar o conflito.
Contudo, a ação dos agentes do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS)
desmobilizou ao conflito. Comunistas fora,m presos e os posseiros foram obrigados a sair
de suas posses e se instalar em outros locais.

PARANÁ (1970-1980)
Os anos de 1970 e 1980 podem ser considerados um período desenvolvimentista
no Paraná. Administrados pelos governadores Ney Braga e Paulo Pimentel, foi
consolidado um sistema estadual de ensino para o combate ao analfabetismo e foram
tomadas várias medidas para a industrialização do Estado, como a criação da Companhia
de desenvolvimento econômico do Paraná (CODEPAR) e a criação da Rodovia do Café,
ligando o noroeste ao litoral do Estado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CAMPINAS, Ricardo da Costa. A emancipação política e as alternativas de poder. In: SCORTEGAGNA, Adalberto;
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geográficos. Curitiba: Bagozzi, 2005. p. 130-157.

ESTEVES, Cláudio Jesus de Oliveira. Ocupação do litoral paranaense. In: SCORTEGAGNA, Adalberto; REZENDE,
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FRAGA, Nilson César. Contestado: a grande guerra civil brasileira. SILVA, Luiz César Kreps. Tropeirismo. In:
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STECA, Lucinéia Cunha; FLORES, Mariléia Dias. História do Paraná: do século XVI A`década de 1950. Londrina:
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VIANNA, Gilberto de Souza. Jesuítas e bandeirantes no Guairá (1600-1648). In: SCORTEGAGNA, Adalberto;
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geográficos. Curitiba: Bagozzi, 2005. p. 82-105.

WACHOWICZ, Ruy. História do Paraná. 9ª ed. Curitiba: Imprensa Oficial do Paraná, 2001.

Exercícios

1. (Uem 2018) A colonização é uma experiência histórica de longa duração. Sobre a


colonização na história do Paraná, assinale o que for correto.
01) A primeira tentativa de ocupação territorial do Paraná foi realizada por espanhóis,
que estabeleceram um sistema de colonização e de subordinação da população indígena,
conhecido como adelantados e encomiendas.
02) O primeiro ciclo econômico do Paraná se constituiu a partir da mineração e contribuiu
para o povoamento do litoral e para a colonização do chamado primeiro planalto,
inclusive com a fundação da cidade de Curitiba.
04) O caminho de Peabiru foi construído por portugueses e por espanhóis com o objetivo
de escoar a safra agrícola produzida nas reduções jesuíticas para o porto de Paranaguá.
08) O norte do Paraná foi colonizado exclusivamente pela Companhia de Terras Norte do
Paraná (CTNP).
16) A principal empresa de colonização do oeste do estado do Paraná foi a Industrial
Madeira e Colonizadora Rio Paraná Ltda. (Maripá).

2. (Uem 2018) Sobre a imigração estrangeira para o estado do Paraná, assinale a(s)
alternativa(s) correta(s).
01) A presença da imigração japonesa no Paraná começou ainda na década de 1910,
quando se tem registro da presença das primeiras famílias nipônicas nas cidades de
Cornélio Procópio, Assaí e Uraí.
02) A fundação da colônia Theresa Cristina, em 1847, localizada à margem direita do rio
Ivaí (atual município de Cândido de Abreu), foi uma das primeiras experiências de
imigração particular realizada pelo médico suíço Dr. João Maurício Faivre.
04) Os principais grupos étnicos estrangeiros que se instalaram na região de Curitiba, a
partir do século XIX, foram os alemães, os italianos, os poloneses e os ucranianos.
08) No Paraná, até o século XVIII, ao contrário do restante do Brasil, não houve presença
de imigrantes portugueses.
16) A colônia Cecília, fundada pelo italiano Giovanni Rossi, no município de Palmeira,
é considerada a primeira experiência anarquista no Brasil.

3. (Uem 2018) Assinale o que for correto sobre os aspectos socioeconômicos da história
do Paraná.
01) Durante o século XVIII, a atividade canavieira desenvolvida no oeste do atual
território paranaense constituiu a base da economia regional.
02) Diferentemente do restante do Brasil, não foram distribuídas sesmarias nas áreas que,
atualmente, designam o território paranaense.
04) Nos Campos Gerais, os escravos africanos constituíam a base da mão de obra das
grandes propriedades pecuaristas.
08) A ocupação do chamado Norte Pioneiro iniciou-se com o estabelecimento de uma
colônia militar situada às margens do rio Iguaçu em meados do século XVIII.
16) No século XVIII, à medida que a mineração no litoral foi decaindo, os escravos
africanos passaram a ser utilizados em outras atividades.

4. (Uem 2018) Assinale o correto sobre trabalho e movimentos sociais no estado do


Paraná.
01) O Paraná e o Rio Grande do Sul foram as duas únicas províncias imperiais que não
utilizaram mão de obra escrava.
02) Colonato, parceria e camaradagem foram as principais relações de trabalho utilizadas
na cafeicultura paranaense até a década de 1960.
04) A primeira greve operária do Paraná foi realizada pelos sapateiros de Curitiba, em
1906, e teve como objetivo reivindicar melhores salários, reduzir a jornada de trabalho,
proibir o trabalho dos menores de 14 anos e conquistar o direito à organização sindical.
08) As décadas de 1950 e 1960 foram marcadas por extensas lutas de trabalhadores rurais
para organizar seus sindicatos e reivindicar legislação trabalhista adequada às suas
necessidades sociais.
16) Em outubro de 1968, em plena ditadura militar, trabalhadores urbanos realizaram a
primeira greve geral da cidade de Maringá-PR.

5. (Uem 2018) Sobre o processo de industrialização do Paraná, assinale a(s) alternativa(s)


correta(s).
01) O café legou ao estado um expressivo parque industrial voltado aos processos de
torrefação, de moagem e de empacotamento, tanto do produto in natura quanto do solúvel.
02) A década de 1990 foi marcada pela instalação de grandes montadoras de automóveis
na região metropolitana de Curitiba, tais como a Renault, a Chrysler e a Audi.
04) O desenvolvimento industrial do norte do Paraná foi estimulado pela Companhia de
Terras Norte do Paraná (CTNP), que criou grandes cooperativas agroindustriais, tais
como a Coamo, a Cocamar, a Única e a C-Vale.
08) Durante o Estado Novo, o interventor do Paraná, Manoel Ribas, criou a Cidade
Industrial de Curitiba.
16) A Companhia de Desenvolvimento do Paraná (Codepar), criada em 1962, e a
fundação do Banco de Desenvolvimento do Estado do Paraná (Badep) foram
fundamentais para estimular o financiamento de uma política industrial no Estado na
década de 1970.

6. (Uem 2017) Sobre a presença dos jesuítas espanhóis durante o século XVII, na região
do Guairá, que abrangia parte do atual território paranaense, assinale o que for correto.
01) As primeiras reduções fundadas pelos padres jesuítas, na região, foram as de Nossa
Senhora de Loreto e de Santo Inácio Mini, ambas localizadas na margem esquerda do rio
Paranapanema.
02) As reduções eram dirigidas por um missionário jesuíta que tinha a suprema autoridade
no local. Esse líder missionário era chamado de pai-tuya (pai velho) pelos índios.
04) As reduções tinham uma organização muito parecida com as vilas portuguesas. Havia
uma praça central, onde se localizava a igreja e as casas ficavam alinhadas de maneira a
formarem quadras, e possuíam uma espécie de área coberta e contínua, que as ligava entre
si.
08) Nas propriedades coletivas (tupã-mbe), chamadas de propriedades de Deus, o
trabalho era coletivo e realizado em sistema de turnos pelos índios. Os alimentos
produzidos nestas propriedades eram armazenados em depósitos públicos e depois
distribuídos para as famílias indígenas.
16) Os bandeirantes foram os grandes aliados dos jesuítas. Juntos derrotaram os exércitos
espanhol e português (Aliança Ibero-americana), que pretendiam conquistar a região para
explorar os recursos naturais, sobretudo ouro e diamantes.

7. (Uem 2017) A influência dos imigrantes na cultura do Brasil pode ser identificada no
comércio, na educação, no setor industrial e no campo. Nas cidades ou no meio rural,
encontramos traços da imigração. No Paraná, a situação não é diferente. Ao longo da sua
história, o estado recebeu imigrantes de várias etnias, o que contribuiu para a formação
de uma sociedade com cultura e tradições diversas.

Sobre a imigração no Paraná, assinale o que for correto.


01) Os imigrantes vieram sob a condição de trabalhadores urbanos. O principal objetivo
era estimular o desenvolvimento industrial dos centros urbanos paranaenses que
começava a despontar no século XIX.
02) No final da primeira metade do século XIX, o médico francês Jean Maurice Faivre
fundou a colônia Tereza Cristina, próximo ao rio Ivaí. Esta colônia era formada por
franceses e adotou os princípios do socialismo utópico, mas não conseguiu se desenvolver
e fracassou.
04) Adolpho Lamenha Lins, presidente da Província do Paraná na segunda metade do
século XIX, era um político que possuía traços xenófobos e, por isso, era contra a
imigração estrangeira para o Paraná por entender que os imigrantes poderiam criar
problemas sociais para a Província.
08) As dificuldades encontradas pelos imigrantes em terras paranaenses levaram muitos
colonos a abandonar a Província. A falta de apoio sistemático aos colonos e a ausência
de infraestrutura básica causaram um impacto negativo na imigração, que passou por uma
crise no final da década de 1870 e início da de 1880.
16) O Brasil recebeu milhares de imigrantes japoneses no começo do século XX, que se
dirigiram sobretudo para São Paulo e o Paraná. No Paraná, além de se dedicarem às
lavouras de café, empenharam-se na piscicultura, no cultivo de hortaliças, na fruticultura
e na introdução da criação do bicho-da-seda no estado.
8. (Uem 2017) Sobre a erva-mate no estado do Paraná, é correto afirmar que
01) é uma planta medicinal que, antes do descobrimento do Brasil, foi muito utilizada
pelas populações indígenas para combater ferimentos por ataques de animais selvagens.
02) era cultivada nos Campos Gerais em sistema de plantio direto e em rotação de
culturas.
04) foi o principal produto da economia paranaense no período provincial.
08) sua indústria contribuiu para o desenvolvimento de outras empresas, tais como as de
embalagem, de metalurgia, de madeira, e a gráfica.
16) o crescimento da economia ervateira consolidou a riqueza da aristocracia paranaense
do século XIX e contribuiu para que as elites defendessem a emancipação política do
Paraná da província de São Paulo.

9. (Uem-pas 2017) Adolfo Lamenha Lins, um dos presidentes da Província do Paraná,


na segunda metade do século XIX, fez da imigração sua principal plataforma de governo.
Depois de estudar os problemas das colônias de imigrantes já implantadas no Paraná, ele
elaborou um programa para fazer com sucesso a colonização do estado com imigrantes
europeus.

A respeito dessa política, assinale o que for correto.


01) As colônias deveriam estar situadas próximas aos centros urbanos então existentes.
02) Aos colonos imigrantes seriam facilitadas as aquisições das terras que habitavam.
04) A produção agrícola das colônias deveria ser destinada exclusivamente à exportação,
para pagar os custos de aquisição das terras junto ao governo provincial.
08) Nas colônias afastadas da capital, Curitiba, seriam construídas escolas e capelas
religiosas.
16) Assim que instalados, os colonos seriam empregados na construção de estradas e o
governo da província cessaria o fornecimento de alimentos a eles.

10. (Ufsc 2017) Tragédia anunciada

Coronéis locais, forças estaduais e exército se uniram para combater as “cidades santas”,
territórios autônomos criados por caboclos.

Cerca de 200 seguidores do monge e curandeiro José Maria estão reunidos em Irani.
Todos eles homens simples, sertanejos, refugiaram-se ali na esperança de evitar um
confronto com as forças do governo. Mas é tarde demais: a essa altura, o simples
agrupamento – em uma região de conflitos fronteiriços e de instabilidade social – já é
considerado uma atitude hostil às autoridades. Em resposta à ameaça, o governo resolve
atacar: uma força de 58 soldados do Regimento de Segurança do Paraná entra em combate
com os sertanejos. Morrem 21 pessoas, entre elas os chefes dos grupos em confronto – o
coronel João Gualberto Gomes de Sá e o monge José Maria.

MACHADO, Paulo Pinheiro. Tragédia anunciada. Revista de História da Biblioteca


Nacional, ano 7, n. 85, p. 17, out. 2012.

Sobre o movimento do Contestado, narrado no trecho acima, e os demais movimentos


sociais rurais ocorridos na Primeira República (1889-1930), é correto afirmar que:
01) diferentemente do que ocorria nas regiões Norte e Nordeste do país, o coronelismo
catarinense caracterizava-se pela atuação em defesa das populações sertanejas na luta pela
legitimação da posse da terra.
02) para autoridades civis e militares do governo republicano e para amplos setores da
imprensa, o movimento do Contestado era uma reedição do fanatismo de Canudos que,
portanto, precisava ser energicamente eliminado.
04) no final do século XIX, apoiado oficialmente pela Igreja Católica, Antônio
Conselheiro liderou sertanejos do interior da Bahia em um movimento pela defesa do
retorno da Monarquia e pela pacificação dos conflitos no sertão nordestino.
08) o messianismo foi a crença que alimentou as esperanças das populações sertanejas e
contribuiu para a organização de movimentos de resistência.
16) a Cabanagem e a Balaiada, movimentos ocorridos no meio rural do Norte e do
Nordeste do país, buscaram articular as populações sertanejas na luta contra o
coronelismo nas primeiras décadas da República brasileira.
32) entre o final do século XIX e a década de 1930, no interior do Nordeste do Brasil,
bandos de homens armados, conhecidos como cangaceiros, agiam à margem da lei e
contestavam a ordem dominante dos latifundiários e dos coronéis.

11. (Uem 2017) Sobre a história política do Paraná, assinale o que for correto.
01) A Revolução Federalista foi um movimento organizado pela burguesia paranaense e
tinha como objetivo separar o estado do Paraná do Brasil.
02) Durante o Estado Novo, o governo de Getúlio Vargas desmembrou parte do noroeste
de Santa Catarina e parte do oeste e do sudoeste do Paraná para criar o Território Federal
do Iguaçu, cuja capital foi instalada na cidade de Laranjeiras do Sul.
04) As Universidades Estaduais de Londrina (UEL), de Maringá (UEM) e de Ponta
Grossa (UEPG) foram criadas no ano de 1969 durante o governo de Paulo Pimentel.
08) A Operação Marumbi foi uma operação policial realizada pela Delegacia de Ordem
Política e Social (Dops), no ano de 1975, para prender e processar militantes políticos que
lutavam contra a ditadura militar no estado do Paraná.
16) O paranismo foi um movimento político criado na década de 1970, com atividades
em cidades como Curitiba, Foz do Iguaçu, Londrina e Maringá, para estimular a criação
de cursos de História, Sociologia e Ciência Política nas universidades estaduais.

12. (Uem-pas 2017) No final do século XIX, alguns municípios do Norte do Paraná
iniciaram a produção de café. Até o final da Segunda Guerra Mundial, o Paraná ainda não
se caracterizava como um grande produtor de café. Na década de 1960, porém, a
cafeicultura tinha atingido todo Norte e o Noroeste do estado e o Paraná se tornou um dos
principais produtores de café do país.

Sobre a economia cafeeira no Paraná, assinale o que for correto.


01) A produção de café no Paraná recebeu apoio do governo e foi um dos fatores de
desenvolvimento e crescimento do estado.
02) O clima propício e as terras férteis (terra roxa, resultante da desagregação de rochas
basálticas), foram fatores importantes para implementação da cafeicultura no Norte do
Paraná.
04) As grandes geadas ocorridas na década de 1960, a política de erradicação dos cafezais
implementada pelo governo federal e o cultivo da soja como um novo produto agrícola
de aceitação mundial foram fatores que contribuíram para decadência da cafeicultura
paranaense a partir da década de 1970.
08) Por ser um produto agrícola, o café não contribuiu para o estabelecimento de centros
urbanos no Norte do Paraná. Esses centros urbanos somente vieram a ser implantados
com o cultivo da soja, que era exportada e gerava riquezas para a construção de cidades.
16) A facilidade de escoamento da produção cafeeira paranaense se deu inicialmente
através das ferrovias que ligavam a região ao Porto de Santos no estado de São Paulo, e
depois com a rodovia do café e a ferrovia que ligou o Norte do estado ao Porto de
Paranaguá.

13. (Uem 2017) Sobre a cultura do café no estado do Paraná, assinale o que for correto.
01) Desde a segunda metade do século XIX, o chamado “Norte Pioneiro” ou “Norte
Velho” já se destacava como uma importante região produtora de café.
02) Entre os anos de 1930 e 1960, o principal regime de trabalho existente nas fazendas
de café era o colonato, que se caracterizava por ser um contrato que combinava a força
de trabalho de toda a família, ou seja, do homem, da mulher e dos filhos maiores de 14
anos.
04) Na década de 1960, o Paraná tornou-se o maior produtor brasileiro da rubiácea.
08) A geada negra de 1975 e a política do governo brasileiro de racionalizar a cafeicultura
e de incentivar a diversificação e a mecanização do uso da terra foram cruciais para o
declínio da lavoura do café no Estado.
16) Para combater o êxodo rural provocado pela geada negra de 1975, o então governador
do Paraná, Jaime Canet Júnior, criou o programa estadual de moradia rural, conhecido
como “Vilas Rurais”.

14. (Uem 2017) Sobre o processo de ocupação humana e de desenvolvimento do litoral


paranaense, é correto afirmar que:
01) Os vestígios mais antigos da presença humana no litoral paranaense são estimados
em cerca de 6.500 anos. Foram encontrados juntos aos sambaquis, que são estruturas
monticulares resultantes de acúmulos artificiais de conchas, de restos de crustáceos, de
peixes e de mamíferos aquáticos e terrestres. Os vestígios indígenas eram: lâminas de
machado, zoólitos e até esqueletos humanos.
02) Dentre os núcleos de povoamento do litoral, Morretes se destacou por desempenhar
o mais relevante papel econômico durante o período colonial, uma vez que era
responsável pela atividade oficial referente ao ouro que havia sido descoberto na região.
04) A região litorânea paranaense foi excluída da primeira forma de gestão colocada em
prática pelos colonizadores portugueses, que consistia na divisão do território brasileiro
em capitanias hereditárias.
08) Até o final do século XIX, quando houve a abertura da Estrada da Graciosa, o
deslocamento entre o litoral e o Primeiro Planalto era realizado por caminhos precários,
abertos a partir de antigas picadas indígenas.
16) No litoral, o contato dos indígenas da etnia Guarani com os europeus foi conturbado,
uma vez que ocasionou os massacres físico e cultural dos índios.

15. (Uem 2017) Sobre a urbanização e o processo de desenvolvimento industrial no


Paraná contemporâneo, assinale a(s) alternativa(s) correta(s).
01) A expansão da malha rodoviária do estado se concentrou na região leste e atendeu
Curitiba e região metropolitana. O resultado dessa expansão foi o escoamento mais rápido
de diversas mercadorias e da produção agrícola da capital paranaense para o porto de
Paranaguá.
02) As iniciativas de financiamento da Companhia de Desenvolvimento Econômico do
Paraná (Codepar), criada na década de 1960 pelo governo do estado, voltaram-se para a
criação de uma infraestrutura propícia à industrialização, à energia e aos transportes.
04) Na década de 1960, as elites paranaenses elaboraram um efetivo projeto de
desenvolvimento econômico baseado na industrialização. Esse interesse pela
industrialização se deu no momento em que o estado se convertia no maior exportador de
café do Brasil.
08) Na década de 1950 foi fundada a Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel)
que, mais tarde, teve o nome alterado para Companhia Paranaense de Energia, porém
manteve a mesma sigla.
16) Na década de 1970, com a criação do Banco de Desenvolvimento do Estado do Paraná
(Badep), estabeleceu-se uma política de financiamento industrial mais agressiva, que
objetivava competir, de forma direta, com o setor industrial de São Paulo.

16. (Uem 2016) Sobre a história do Paraná, é correto afirmar que:


01) Os Tupis-guaranis formavam uma das grandes famílias indígenas que habitavam o
Paraná antes da chegada dos europeus.
02) No século XIX, foram fundados diversos núcleos de colonização com a participação
de imigrantes europeus.
04) Um dos principais conflitos da revolução federalista ocorreu na cidade da Lapa. Esse
episódio ficou conhecido como “cerco da Lapa”, pois foi naquela localidade paranaense
que as tropas legalistas detiveram o avanço das tropas federalistas que marchavam em
direção à capital da república, Rio de Janeiro.
08) A prosperidade econômica do município de Curitiba deve-se ao fato de a região ter
sido colonizada pela empresa Brasil Railway Company, do empresário Percival Farquhar,
que projetou a Cidade Industrial de Curitiba.
16) O tropeirismo foi importante atividade econômica para a ocupação de parte do
território do Paraná, conhecido como Campos Gerais.

17. (Uem 2016) Sobre a economia do Paraná no século XVIII é correto afirmar que:
01) Nos Campos Gerais prevalecia a economia da pecuária, caracterizada pela criação e
pelo transporte de gado.
02) Em toda a região prevaleciam grandes plantations para produção de cana-de-açúcar e
de café.
04) Nas pequenas vilas do litoral e do primeiro planalto prevaleciam padrões específicos
de economia de subsistência, caracterizados pela produção de farinha, arroz, feijão e
milho, além da pesca.
08) O trabalho era realizado, sobretudo, pelos imigrantes de origem alemã, polonesa e
ucraniana.
16) Segundo o Censo Geral de 1772, realizado pela Capitania de São Paulo, a população
paranaense era formada por pouco mais de mil habitantes, sendo que destes,
aproximadamente eram escravos.

18. (Uem 2016) Sobre a história política do Paraná no século XIX, assinale a(s)
alternativa(s) correta(s).
01) Uma das tentativas que almejou a conquista da autonomia política da Comarca
paranaense em relação à Província de São Paulo ocorreu em 1821, quando os defensores
da emancipação organizaram um movimento conhecido como Conjura Separatista.
02) O desejo da elite paranaense de separar o Paraná de São Paulo foi insuflado pela
atividade econômica pujante durante a primeira metade do século XIX, a qual se destacou
pela produção do mate e da madeira.
04) As províncias da Bahia e das Minas Gerais eram contrárias à causa da emancipação
do Paraná, pois essa medida iria provocar a diminuição da importância política de São
Paulo.
08) Em agosto de 1853, o projeto de emancipação da Comarca do Paraná foi aprovado e
no mesmo mês a província foi criada. O seu primeiro presidente, Zacarias de Góes e
Vasconcellos, tomou posse neste mesmo ano.
16) Após a emancipação do Paraná, a cidade escolhida para ser a capital da nova província
foi a cidade de Paranaguá.

19. (Uem 2016) Com a sua origem creditada ao continente africano, o café se expandiu
para o Oriente por meio de comerciantes árabes. A expansão do café em terras europeias
e americanas ocorreu com a intensificação das Grandes Navegações. No Brasil, acredita-
se que o café tenha sido introduzido no ano de 1727 e se expandiu pelo Norte e Nordeste,
chegando ao Rio de Janeiro em 1760. Em 1880, o cultivo do café já era notado em São
Paulo. No século XIX e no início do século XX, a extensão dos cafeeiros paulistas atingiu
as terras paranaenses.

Sobre a cafeicultura no Paraná, assinale o que for correto.


01) A cafeicultura no Paraná representou a expansão dos interesses paulistas pelas novas
áreas agrícolas, porque significavam bons lucros. Os fazendeiros paulistas adentraram no
Paraná no momento em que as terras em São Paulo se tornavam escassas e com baixa
fertilidade.
02) A disponibilidade de terras roxas, os incentivos públicos e a possibilidade de
pagamento das terras em condições facilitadas estimularam a instalação da produção
cafeeira no Norte do Paraná, semelhante ao modelo paulista.
04) A crise de 1929 não afetou a cafeicultura no Paraná, que se destacava no Norte
Pioneiro. Os lucros com a plantação do café continuavam altos, o que garantia a
manutenção das grandes propriedades rurais presentes na região.
08) A partir dos anos de 1960, iniciaram-se as políticas governamentais para a
racionalização do plantio do café e para o estímulo à diversificação do uso da terra,
incentivando os plantios das culturas da soja e do trigo.
16) A geada negra de 1975 não afetou o rendimento da produção de café, e o Estado
paranaense continuou a ser um grande produtor cafeeiro, além de atrair pessoas decididas
em investir em terras ou à procura de trabalho no campo.

20. (Uem 2016) Os antropólogos e os etno-historiadores têm ressaltado a importância


dos estudos da vida cotidiana dos povos indígenas que habitaram o Paraná antes da
chegada dos colonizadores europeus. Sobre os povos indígenas daquele período, no
Paraná, e sua rica cultura, é correto afirmar que:
01) Dominavam a técnica de fundição dos metais, predominando o trabalho com o cobre,
o estanho, o bronze e o ferro.
02) A divisão do trabalho era bastante clara. Enquanto as mulheres criavam os filhos,
preparavam os artesanatos de cerâmica e de vegetal e cuidavam das plantações, os
homens dedicavam-se à caça, à pesca e à segurança da comunidade.
04) No litoral paranaense, são encontradas peças indígenas chamadas de zoolitos, que são
figuras gravadas em pedra representando aves, peixes e outros animais.
08) Alguns dos sítios arqueológicos indígenas mais antigos encontrados no Paraná são os
de Saquarema e de Guaraguaçu, localizados no litoral; o de Vila Velha, localizado nos
Campos Gerais; e o de José Vieira, localizado nas margens do rio Ivaí.
16) Os sambaquis são as técnicas e os instrumentos de guerras desenvolvidos pelos
colonizadores europeus para escravizar os indígenas que viviam no Paraná.

21. (Uem-pas 2016) No século XX, o estado do Paraná foi palco de diversos conflitos de
terras de impacto nacional que tiveram repercussão nos aspectos sociais, econômicos e
políticos da sociedade brasileira. Sobre esses conflitos de terras, assinale o que for correto:
01) A revolução federalista foi o principal conflito de disputas de terras na região oeste
do Paraná no século XX.
02) A Guerra do Contestado (1912-1916) foi uma disputa de território entre Paraná e
Santa Catarina, que ganhou grandes proporções políticas pelos conflitos de terras e pelas
ideias messiânicas dos seus líderes e participantes.
04) O levante dos posseiros do sudoeste ocorreu em 1957, com desdobramentos políticos
importantes, inclusive com a abertura de uma CPI no Congresso Nacional para apurar a
violência contra os posseiros e com a criação de um órgão nacional – o Grupo Executivo
para as Terras do Sudoeste do Paraná (GETSOP) –, para resolver os problemas de
titulação de terras.
08) A revolta camponesa de Porecatu ocorreu entre os anos 1948 e 1952 e teve grande
destaque na mídia por ter sido um conflito armado entre latifundiários e posseiros,
inclusive com a intervenção das forças policiais do Paraná e de São Paulo, e do exército
nacional.
16) Na época da II Guerra Mundial, aconteceu a intervenção inglesa no Paraná, que tinha
o objetivo de controlar o litoral paranaense. Essa disputa entre Paraná e Inglaterra ficou
conhecida como o “combate de Cormorant”.

22. (Uem 2016) Em 2015 comemoraram-se os 120 anos do estabelecimento das relações
diplomáticas entre o Brasil e o Japão e os 107 anos do início da imigração oficial dos
japoneses para o Brasil. Sobre a presença dos japoneses no estado do Paraná é correto
afirmar que:
01) As colônias de Assaí e Uraí, fundadas pelas empresas colonizadoras Brazil
Tokushoku Kaisha-Bratac e Nambei Tachi Kabuchiri Kaisha, respectivamente, são
exemplos de sucesso da imigração japonesa.
02) A fase mais dinâmica da imigração japonesa no Paraná começou na década de 1920,
com a ocupação e a colonização da região Norte do Estado.
04) A expressão “nipo-brasileiro” foi criada durante a ditadura do Estado Novo para
segregar os japoneses que viviam no Paraná em campos de concentração.
08) Atualmente, a presença japonesa é encontrada em diversas regiões do estado do
Paraná, com uma maior concentração nas cidades de Londrina, Curitiba, Maringá, Assaí
e Uraí.
16) A família é um elo central para a análise da imigração japonesa no Paraná, já que os
imigrantes, separados do seu grupo de parentesco deixado no Japão, passaram a ver a
unidade familiar como um fator fundamental, tanto do ponto de vista afetivo como
econômico.

23. (Uem 2016) Em 2016, completam-se cem anos do fim da Guerra do Contestado, que
ocorreu no sul do Brasil. Sobre esse conflito, é correto afirmar que:
01) Foi uma guerrilha inspirada nas ideias de Che Guevara e Régis Debray (os mentores
das chamadas guerrilhas foquistas) para implantar a revolução camponesa no Paraná.
02) Um dos pontos motivadores do conflito foi a descoberta de ouro e diamantes na
região, que levou milhares de camponeses do sul do Brasil a migrarem para lá em busca
de riqueza e de uma vida melhor.
04) A Guerra do Contestado ocorreu na divisa dos estados do Paraná e Santa Catarina,
entre 1912 e 1916, e ceifou a vida de milhares de camponeses que participaram do
conflito.
08) O movimento teve como importante liderança o beato José Maria, que falava na
formação de uma monarquia celestial e prometia o retorno do rei D. Sebastião para fazer
justiça em favor dos pobres e dos oprimidos.
16) Com o fim da Guerra do Contestado, o Paraná criou o Território Federal do Iguaçu
(oeste do Estado) para abrigar os camponeses expulsos da região conflagrada.

24. (Uem 2016) Sobre as questões históricas de ocupação e de desenvolvimento


socioeconômico das regiões que compõem o Estado do Paraná, assinale o que for correto.
01) Até então assentado na cultura cafeeira, um novo cenário econômico delineou-se a
partir da década de 1970 na Mesorregião Norte Central, baseado na modernização da
agropecuária e no aprofundamento do processo de agroindustrialização.
02) A Mesorregião Metropolitana de Curitiba teve uma ocupação tardia, resultando no
baixo nível de povoamento atual.
04) A rota paranaense do tropeirismo, que consistia em parte do caminho por onde
trafegavam as tropas de gado e de muares do Rio Grande do Sul rumo às feiras do interior
de São Paulo, foi determinante na ocupação dos chamados Campos Gerais.
08) Na maior parte do território paranaense, e sobretudo no Norte Central, a ocupação se
deu de modo muito espontâneo e à revelia do governo ou da atuação das chamadas
companhias colonizadoras.
16) Em função do êxodo rural, nas décadas de 1970 e de 1980, os polos regionais do
Norte Paranaense – Londrina e Maringá – apresentaram taxas inexpressivas de
crescimento populacional.

25. (Uem 2016) Sobre a região Oeste do Paraná, é correto afirmar que:
01) Destacou-se pela ocupação majoritária de imigrantes de origem italiana e alemã,
originários dos estados de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.
02) A construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu inundou, praticamente, toda a região
oeste do Estado.
04) Nas décadas de 1960 e 1970, a região foi palco de diversos conflitos de terras entre
posseiros, grileiros e empresas colonizadoras, com destaque para as revoltas dos posseiros
de Medianeira (1961) e de Três Barras (1964).
08) Uma das principais empresas colonizadoras da região foi a Madeireira e Colonizadora
Rio Paraná (Maripá), responsável pela fundação de cidades como Toledo, Nova Santa
Rosa e Marechal Cândido Rondon.
16) Na década de 1940, o governo federal criou o Território Federal do Iguaçu,
constituído pelas regiões Oeste do Paraná e Noroeste de Santa Catarina.

26. (Uem 2015) Sobre a história da população dos territórios que vieram a se constituir
no atual estado do Paraná, assinale a(s) alternativa(s) correta(s).
01) Os principais grupos indígenas que habitavam a região eram os Tupi, que
predominavam em algumas regiões, e os Gê, com destaque para os Kaingangue.
02) Nos primórdios de sua colonização, o Paraná teve uma presença portuguesa na região
litorânea e uma presença espanhola na região próxima aos rios Tibagi, Paraná e
Paranapanema.
04) Uma das principais características da colonização da região, no período colonial, foi
a grande imigração de italianos, alemães e ucranianos, entre outros povos europeus, para
a ocupação dos territórios paranaenses.
08) De forma distinta das demais regiões do Brasil, em razão de sua recente colonização,
a população do Norte do Paraná apresenta um predomínio de colonizadores europeus, que
emigraram após a Segunda Guerra Mundial.
16) Na região norte do atual estado do Paraná, prevaleciam até as primeiras décadas do
século XX núcleos urbanos compostos por uma população de origem europeia que
praticava um comércio ativo com a Argentina e o Paraguai.

27. (Uem 2015) “Foi tão grande a movimentação de compra de terras, que em apenas um
determinado ano, a Companhia chegou a vender Ao lado dos compradores nacionais era
grande também o número de estrangeiros: italianos, portugueses, espanhóis, alemães,
japoneses, ucranianos etc.”
(In WACHOWICZ, Ruy. História do Paraná. 7ª ed. Curitiba: Vicentina, 1995, p. 258).

Esta citação de Ruy Wachowicz refere-se à colonização do Norte do Paraná. Sobre esta
região é correto afirmar que:
01) A Companhia de Terras Norte do Paraná (CTNP), por ser uma empresa de capital
inglês, priorizou a venda de terras aos grandes grupos econômicos, formando grandes
latifúndios para o plantio de cana-de-açúcar e para a pecuária.
02) As relações de trabalho mais utilizadas nas fazendas de café da região eram
conhecidas como colonato, parceria e camaradagem.
04) O café foi o principal produto da economia paranaense entre os anos 1930 e 1960 e o
centro produtor estava localizado na região Norte do Paraná.
08) A partir dos anos 1960 iniciaram-se as políticas governamentais de racionalização do
plantio da cafeicultura e de estímulo à diversificação do uso da terra, incentivando o
plantio de novas culturas, como a soja, o milho e o trigo.
16) A colonização da cidade de Maringá ocorreu no início do Século XX, quando o
empresário Joubert de Carvalho se casou com a índia xetá Maria do Ingá, a quem ele
homenageou com o nome da cidade.

28. (Uem 2015) Assinale o que for correto sobre as principais atividades econômicas
desenvolvidas no estado do Paraná ao longo de sua história.
01) Nos dias atuais, enquanto na capital do Estado prevalece a grande indústria voltada
para a exportação, no interior predomina a agroindústria voltada para o abastecimento
inter-regional.
02) A introdução e a produção da cafeicultura no norte paranaense foram resultado da
expansão das lavouras paulistas dos séculos XIX e XX.
04) O tropeirismo foi uma atividade econômica que contribuiu para a formação de núcleos
urbanos nos campos gerais paranaenses.
08) Ao longo do século XX, devido à mecanização do campo, ocorreram a decadência
dos latifúndios e o desenvolvimento dos minifúndios no Centro e no Norte do Estado.
16) Explorada de forma desordenada, a extração da madeira para a produção de papel, de
celulose e para a fabricação de móveis é, atualmente, um dos grandes problemas
ambientais do estado do Paraná.
29. (Uem 2015) Com o objetivo de converter os nativos ao cristianismo, os jesuítas
tiveram uma importante participação na colonização ibérica das terras que vieram a
formar o atual estado do Paraná. A esse respeito, assinale a(s) alternativa(s) correta(s).
01) A ação catequética dos jesuítas nos territórios paranaenses foi caracterizada pela
criação de mecanismos de preservação da antiga religião dos índios.
02) Nas reduções do Guairá, os jesuítas aplicaram os princípios de liberdade, igualdade e
fraternidade, pois consideravam o índio uma expressão do “bom selvagem” de Jean
Jacques Rosseau.
04) No Guairá, os jesuítas portugueses fundaram, no século XVIII, os “sete povos das
missões”, que foram destruídos no episódio conhecido como Guerra Guaranítica.
08) Em razão dos limites impostos pelo Tratado de Tordesilhas, a ação catequética dos
jesuítas nos atuais territórios paranaenses se limitou à região que permanecia sob domínio
espanhol.
16) Na região do Guairá, a fundação das reduções, ou dos aldeamentos indígenas, pelos
jesuítas, conduziu a conflitos com os encomienderos de origem espanhola, que utilizavam
a mão de obra nativa em atividades econômicas.

30. (Uepg 2015) A partir de meados do século XIX, o Brasil passou a receber um grande
contingente de imigrantes originários da Europa e que acabou alterando profundamente
a realidade demográfica e econômica do país. Eram italianos, alemães, poloneses, russos,
ucranianos e outros grupos que partiram em direção a América com o objetivo de
encontrar uma vida menos conturbada do que a que enfrentavam no Velho Continente. A
respeito da imigração europeia para o Brasil, assinale o que for correto.
01) No caso do Paraná, houve uma expressiva entrada de grupos eslavos. Poloneses,
ucranianos, russos e russos-alemães se fixaram em grandes proporções na região do
chamado Paraná Tradicional.
02) As fazendas cafeeiras do oeste paulista receberam um grande número de imigrantes
que vieram para essa região com o objetivo de substituir a mão de obra escrava então em
processo de extinção no país.
04) Num século em que a teoria da eugenia (que pressupunha a melhoria racial pelo
branqueamento da pele) ganhou força, a imigração europeia para o Brasil significou
também uma tentativa de depuração étnica e social em nosso país.
08) Apesar de imigrarem como trabalhadores livres para o Brasil, muitos imigrantes
foram submetidos a maus tratos e a condições similares a dos escravos.
16) A presença dos imigrantes, em especial na cidade de São Paulo, foi determinante para
a proliferação das atividades comerciais e industriais no Brasil.

31. (Uem 2015) Na segunda metade do século XIX, o Paraná implantou uma política de
imigração e colonização cujos objetivos eram a instalação de imigrantes em núcleos
coloniais e a produção agroalimentar. Sobre a cultura camponesa deste período, é correto
afirmar que:
01) A produção camponesa, na forma como se desenvolveu na província do Paraná,
estava centrada na posse da terra e na produção de gêneros alimentícios, tanto para a
subsistência como para o mercado interno.
02) A família era a base da unidade de produção camponesa.
04) O trabalho do camponês era mecanizado, com a utilização de tratores, colheitadeiras
e uso de insumos químicos.
08) Foram os camponeses de origem europeia que primeiro utilizaram o plantio de
transgênicos, aumentando consideravelmente a produção de alimentos.
16) A vinda de imigrantes para o Paraná, na segunda metade do século XIX, trouxe
importantes renovações nos conhecimentos agrícolas e na forma de produzir, que
resultaram na formação de um sistema de produção camponesa e agroalimentar na
província.

32. (Uem 2015) Durante todo o século XIX, a produção de erva-mate era uma das mais
importantes atividades econômicas da Província do Paraná. Sobre o ciclo ervateiro da
região, é correto afirmar que:
01) Os maiores mercados consumidores do mate paranaense eram o Japão e a China.
02) A exportação paranaense de mate atingiu seu auge, no final do século XIX, com o
processo de modernização dos engenhos e a libertação dos escravos.
04) A emancipação política do Paraná, em 1853, estimulou a exportação do mate bem
como a expansão comercial. Um dos pontos positivos foi a construção da estrada da
Graciosa, iniciada em 1855, que facilitou o transporte de mercadorias até o porto de
Paranaguá.
08) A Guerra do Paraguai teve resultados benéficos para o mate paranaense, pois eliminou
a concorrência paraguaia e potencializou o comércio com a Argentina e o Uruguai, países
aliados do Brasil na Guerra.
16) No século XIX houve a coexistência de duas fases econômicas no Paraná: a do mate
(com forte presença no litoral e nos arredores de Curitiba); e a do gado e do tropeirismo,
importante para a ocupação e o maior povoamento dos Campos Gerais.

33. (Uem-pas 2015) Sobre as diversas informações e concepções relacionadas ao Brasil


no século XIX, assinale a(s) alternativa(s) correta(s):
01) Os estudos de Cartografia Temática avançaram no final do século XIX. Além do
detalhamento das feições da superfície terrestre, foi desenvolvida uma metodologia de
coleta de dados de forma indireta, com registro contínuo, possibilitando, assim, uma nova
forma de cartografar os fenômenos da superfície e os indicadores estatísticos da
população.
02) A exploração da erva-mate, da madeira e do café no Terceiro Planalto paranaense,
desde o início do século XIX, permitiu o desenvolvimento de atividades de produção, e,
a partir daí, a formação de uma elite econômica, fato que culminou, em 1853, com a
emancipação da Província do Paraná da Província de São Paulo.
04) A chamada Sociedade das Minas era constituída por negociantes, advogados, padres,
fazendeiros, artesãos, burocratas, militares e mineradores. Estes últimos tiveram
importante participação no enriquecimento da região da Serra do Espinhaço,
considerando a exploração do ouro, cujo apogeu data de meados do século XIX.
08) No período do Brasil Colônia, a atividade tropeira, na parte meridional do país,
oportunizou o enriquecimento e a ascensão social nas localidades denominadas pousadas.
16) A organização político-administrativa e a colonização portuguesa no Brasil ocorreram
a partir da integração do Estado com a Igreja Católica.

34. (Uem-pas 2015) “Em fevereiro de 1893, eclodiu no Rio Grande do Sul a Revolução
Federalista. Liderados por um ex-monarquista, Gaspar Silveira Martins, os rebeldes
exigiam o afastamento do governador Julio de Castilhos e a instituição do regime
parlamentarista no país. A última exigência atingia diretamente o governo de Floriano.”

(ARRUDA, José Jobson & PILETTI, Nelson. Toda a história. São Paulo: Ática, 2003, p.
319).
Com a expansão do conflito, a Revolução Federalista produziu episódios decisivos em
Santa Catarina e no Paraná. A respeito dos conflitos ocorridos em território paranaense,
assinale o que for correto.
01) Após ocuparem Santa Catarina, os rebeldes federalistas planejaram ocupar o Paraná
por meio de um ataque em três frentes: Paranaguá, Tijucas e Lapa, com o objetivo de se
concentrarem depois em Curitiba.
02) Com o fim dos conflitos armados e o restabelecimento da ordem, em acordo
coordenado pelo governador Vicente Machado e por Ildefonso Pereira Correia, o Barão
do Cerro Azul, promoveu-se uma paz sem retaliações, garantindo anistia aos paranaenses
que apoiaram os rebeldes federalistas.
04) A resistência que os federalistas encontraram no Paraná garantiu ao presidente
Floriano Peixoto tempo suficiente para a aquisição no estrangeiro de uma esquadra, assim
como para a organização, em São Paulo, de forças para deter e repelir o avanço federalista.
08) O governador do Paraná, em face do avanço das tropas federalistas, transferiu a
capital do estado para a cidade de Castro.
16) O avanço das forças federalistas encontrou forte resistência em Antonina. Nesta
cidade, a população, sob comando do general Gumercindo Saraiva, travou cruenta batalha
contra o exército federalista. O episódio ficou conhecido como “Cerco de Antonina”.

35. (Uem 2015) “A luta foi cruel. Sem quartel. Perdas sensíveis verificaram-se, de lado
a lado. A força legal, em menor número, foi forçada a recuar. A metralhadora, que seria
decisiva, enguiçou na hora em que seria mais útil. (...). Foi assim, com um desastre dessas
proporções, que praticamente se iniciou a Campanha do Contestado”.
(In WACHOWICZ, Ruy. História do Paraná. 7ª ed. Curitiba: Vicentina, 1995, p. 201).

Sobre a revolta do Contestado, assinale o que for correto:


01) A revolta do Contestado foi a batalha mais importante da Coluna Prestes, quando esta
passou pelo Paraná.
02) Para a construção da estrada de ferro São Paulo-Rio Grande do Sul, a norte-americana
Brazil Railway Company criou uma espécie de guarda policial própria, para expulsar os
caboclos e os camponeses que viviam na região do Contestado.
04) A revolta do Contestado é considerada a maior experiência de um movimento de
“banditismo social”, devido à grande presença de cangaceiros na região.
08) A revolta do Contestado foi marcada pela presença de diversos monges, sendo que o
mais importante foi o monge João Gualberto, que queria instituir uma comunidade
comunista na região.
16) O fanatismo religioso foi uma das marcas culturais da revolta do Contestado.

36. (Uem 2014) Sobre a ocupação e o povoamento do território do atual estado do Paraná,
assinale o que for correto.
01) Até a chegada dos primeiros colonizadores de origem europeia, nos anos de 1950, a
região Norte do estado do Paraná apresentava um “vazio demográfico”.
02) Na segunda metade do século XIX, as colônias de imigrantes criadas no território
paranaense fracassaram em razão, dentre outros aspectos, do distanciamento dos centros
urbanos e da falta de estradas, de escolas, de médicos e de apoio do governo para a
produção agrícola.
04) Ao conquistar sua autonomia política em relação à província de São Paulo, em 1853,
o Paraná integrou-se oficialmente ao programa do governo brasileiro de incentivo à
imigração europeia.
08) O Paranismo foi um movimento de deslocamento territorial, que praticava o
mercantilismo em diversas partes do território paranaense.
16) Excetuando a contribuição da colonização japonesa no Norte do Paraná, outros
imigrantes vindos da Europa não contribuíram para o desenvolvimento tecnológico da
agricultura paranaense.

37. (Uem 2014) “Nos primeiros séculos da história brasileira, os meios de locomoção e
as vias de penetração eram completamente precários e insuficientes. As únicas vias
existentes eram os chamados caminhos por onde só podiam transitar tropas de muares,
devido às precárias condições”
(WACHOWICZ, Ruy Cristovam. História do Paraná. Curitiba: Vicentina, 1995, p. 97).

A partir do fragmento acima, assinale a(s) alternativa(s) correta(s) sobre os caminhos e o


tropeirismo.
01) Segundo o texto citado, os caminhos foram abertos pelos portugueses ao longo da
colonização para superar os obstáculos naturais, como a Serra do Mar e a Mata Atlântica,
e chegar até o interior do Brasil.
02) Várias cidades paranaenses, como Ponta Grossa, Castro e Lapa, têm suas origens
ligadas ao tropeirismo, pois surgiram em locais utilizados pelos tropeiros para descanso
e alimentação.
04) Um dos mais importantes caminhos do Sul do Brasil, no século XVIII, era utilizado
pelos tropeiros principalmente para levar o gado criado no Sul do Brasil até as províncias
de São Paulo e de Minas Gerais e ligava Viamão, no atual estado do Rio Grande do Sul,
até Sorocaba, no interior do atual Estado de São Paulo.
08) A intensificação da utilização do caminho dos tropeiros (também chamado de estrada
da mata ou de caminho de Viamão), no século XVIII, relaciona-se à maior necessidade
de abastecimento da região das Minas Gerais, onde a descoberta de ouro atraiu um grande
número de imigrantes.
16) No território do atual estado do Paraná, os primeiros caminhos originaram-se com os
índios e posteriormente foram utilizados pelos bandeirantes e pelos tropeiros.

38. (Uem 2014) Assinale o que for correto sobre a atuação e a expansão do movimento
dos bandeirantes sobre o território onde hoje se situa o estado do Paraná.
01) Na região de Guairá, os bandeirantes almejavam explorar riquezas naturais, como o
ouro, e capturar índios.
02) O movimento das bandeiras também tinha como um dos seus objetivos criar e
explorar novas colônias de povoamento no território onde hoje se situa o estado do
Paraná.
04) Em razão dos ataques dos bandeirantes, os sobreviventes das missões jesuíticas
fugiram em direção ao sul e fundaram novas missões.
08) Foi uma ação organizada e colocada em prática pelo exército colonial brasileiro e
com a colaboração de padres jesuítas com o objetivo de integrar essa região ao restante
do país.
16) Tratava-se de um movimento pacífico, pois tinha como finalidade catequizar e
converter tribos indígenas paranaenses que ainda não haviam estabelecido contatos com
a civilização.
39. (Uem-pas 2014) O Paraná passou por profundas transformações ao longo do século
XX, com grande impacto em sua economia, em sua demografia e em suas relações
políticas e sociais. Sobre a história do Paraná nesse período, assinale o que for correto.
01) A década de 1970 representou um marco na inversão da relação entre a população
rural e a população urbana no Paraná. No início daquela década, a maioria da população
estava no campo. Em 1980, a maioria residia nas cidades.
02) Ocorrida em 1957, a revolta dos camponeses de Porecatu, na região conhecida como
Norte Pioneiro do Paraná, foi um movimento político orientado pelo objetivo de obtenção
dos títulos de propriedade da terra, em razão da insegurança jurídica provocada pela
empresa colonizadora, a Companhia Melhoramentos do Norte do Paraná.
04) Em 1940, havia apenas 50 municípios no Paraná. Com o processo de colonização do
interior do Estado, houve um processo de reorganização administrativa, representado pela
criação de municípios. Entre os muitos municípios criados no início da década de 1950,
destacam-se Maringá e Cascavel.
08) Em 1965, apesar da ditadura instaurada no país no ano anterior, houve eleições para
governador em alguns estados. No Paraná, as eleições consagraram a ascensão política
de Paulo Pimentel, eleito governador.
16) Embora haja a tendência de atribuir à grande geada de 1953 a responsabilidade pela
erradicação da cafeicultura no Norte do Paraná, é fato que a crise do setor data das duas
décadas anteriores, quando as culturas da soja e do trigo foram introduzidas para substituir
o café.

40. (Uem 2014) Sobre a Revolução Federalista, ocorrida entre 1893 e 1895, e a sua
relação com a história do Paraná, assinale a(s) alternativa(s) correta(s).
01) Entre os maragatos, isto é, os federalistas, havia um grupo que pretendia criar uma
nova nação, formada pelo Sul do Brasil e o Uruguai.
02) Em seu avanço em direção a São Paulo, as tropas federalistas chegaram a ocupar parte
do território paranaense, inclusive a capital, Curitiba.
04) A Revolução Federalista chegou ao fim com a vitória dos pica-paus, isto é, dos
legalistas, apoiados por forças militares fiéis ao governo federal.
08) Um dos motivadores da Revolução Federalista foi o abandono da região da fronteira
entre Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul pelo governo federal, fazendo que seus
habitantes vivessem na marginalidade.
16) Em razão de seu caráter regional, a Revolução Federalista se estendeu a territórios do
Paraguai e da Argentina.

41. (Uem 2013) Sobre a colonização europeia da região compreendida entre os rios
Paraná, Paranapanema, Tibagi e Iguaçu, que em nossos dias fazem parte do Estado do
Paraná, assinale a(s) alternativa(s) correta(s).
01) No início da segunda metade do século XVI, os espanhóis iniciaram a colonização
europeia daquela região, com a fundação de vilas.
02) O estabelecimento dos portugueses na região ocorreu com a expulsão dos espanhóis
no início do século XVIII, quando, com o apoio dos bandeirantes paulistas, os jesuítas
portugueses fundaram as missões do Guairá.
04) As reduções que foram organizadas pelos jesuítas para a catequese dos índios
entravam em conflito com os interesses dos adelantados espanhóis, que utilizavam a mão
de obra indígena por meio das encomiendas.
08) Entre os principais povoados que foram fundados na região, Paranaguá atingiu um
grande desenvolvimento econômico, no século XVIII, em razão da extração do ouro.
16) Essa região era, no século XVI, povoada por indígenas, com o predomínio de grupos
tupi-guarani.

42. (Uem 2013) Assinale a(s) alternativa(s) correta(s) sobre os aspectos políticos,
econômicos e sociais da implantação da cafeicultura paranaense a partir do século XIX.
01) Desde sua implantação até sua decadência, a cafeicultura paranaense resultou da
iniciativa direta e exclusiva dos produtores, sem a intervenção dos governantes.
02) O sucesso do cultivo do café explica-se, em parte, pela disponibilidade de terras
férteis e pela demanda do mercado mundial.
04) A prática da monocultura do café foi a principal responsável pela crise do produto a
partir dos anos 1950.
08) A cafeicultura viabilizou a intensa ocupação da Região Norte do Paraná e contribuiu
para o fortalecimento político dessa região.
16) Uma característica da produção do café paranaense, no início do século XIX, era seu
cultivo juntamente com as lavouras de soja e trigo.

43. (Uem 2013) Sobre a contribuição da imigração nos séculos XIX e XX para a
formação da sociedade paranaense, assinale a(s) alternativa(s) corretas(s).
01) Desde o início, ela foi incentivada pelos plantadores de café, pois eles desejavam
utilizá-la como mão de obra barata em suas lavouras.
02) O estabelecimento dos primeiros imigrantes alemães na Região do Rio Negro, no
início de século XIX, foi favorecido por meio da iniciativa privada.
04) Uma das mais importantes contribuições trazidas pelos imigrantes foi a introdução de
novas tecnologias no campo, em substituição às técnicas ainda rudimentares.
08) Na década de 1960, os violentos conflitos entre imigrantes judeus e japoneses
exigiram a intervenção militar do exército brasileiro no Estado do Paraná.
16) A imposição do português como língua oficial contribuiu para o aniquilamento da
identidade dos estrangeiros que aqui chegavam.

44. (Ufsc 2013) Leia.

— Nós somos a geração do deserto! Como a nação dos judeus nós estamos neste deserto,
em busca da Terra Prometida. Faz quase quatro anos que nós declaramos a Guerra Santa
e estamos lutando para conquistar a nossa terra. Muita gente tem morrido, e os seus ossos
estão apodrecendo nos descampados. Mas a Guerra Santa tem que continuar, porque nós
somos a geração do deserto, os que devem ser sacrificados. A nossa geração tem que
vencer esta guerra, nem que todos tenham que morrer. No tempo de Moisés ele também
guiou o povo pelo deserto, e toda a geração velha morreu. Mas os que nasceram no deserto
chegaram à Terra de Canaã, prometida por Deus. São José Maria também prometeu que
o nosso povo ia ter uma terra. Este Contestado é um país enorme, do qual todos terão o
seu pedaço. Mas para isso temos que lutar!

SASSI, Guido Wilmar. Geração do deserto. 5. ed. Porto Alegre: Movimento, 2012. p.
116-117.

Considerando o trecho acima e a história do Movimento do Contestado (1912-1916),


assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).
01) O monge José Maria ainda hoje é venerado por descendentes caboclos da região do
sul do país onde ocorreu a Guerra do Contestado.
02) Conduzido principalmente pela população de origem cabocla, o Contestado pode ser
reconhecido como um movimento messiânico de luta pela terra numa região disputada
pelos estados de Santa Catarina e Paraná.
04) A extração de erva-mate e de madeira estava entre as principais atividades dos
sertanejos do Contestado antes da construção da ferrovia São Paulo–Rio Grande do Sul
pela companhia Brazil Railway.
08) Ao representar uma alternativa ao poder dos “coronéis”, o Movimento do Contestado
era visto como um perigo que, segundo as elites, deveria ser eliminado.
16) Assim como ocorreu anos antes em Canudos (1893-1896), a Guerra do Contestado
colocou em lados opostos a Igreja Católica e o governo brasileiro, razão pela qual muitos
padres das mais diversas paróquias da região se armaram contra o exército republicano
em defesa do retorno da família real brasileira ao comando do país.
32) A vitória dos seguidores do monge José Maria contra as tropas republicanas na Guerra
do Contestado determinou a fragmentação dos grandes latifúndios da região do
Contestado em pequenas propriedades, que ainda caracterizam o meio rural catarinense.

45. (Uepg 2013) A Guerra do Contestado, movimento social ocorrido entre 1912 e 1916
na região disputada, política e judicialmente, entre Paraná e Santa Catarina, envolveu a
população sertaneja que vivia no interior de ambos os estados, as forças de segurança
estaduais, o Exército brasileiro e os fazendeiros detentores das terras na área em litígio.
A respeito desse acontecimento, assinale o que for correto.
01) A desapropriação de terras em favor da Brazil Railway Company, empresa norte-
americana responsável pela construção de uma ferrovia que cortava o sul do país, na
região em litígio ampliou o clima de tensão entre latifundiários, camponeses e o governo
republicano.
02) Um dos principais resultados sociais da Guerra foi o processo de divisão da terra
ocorrido ao final do conflito. Exceção no Brasil daquela época, a reforma agrária foi
fundamental para a pacificação definitiva da região do Contestado.
04) As serrarias, instaladas nas terras do conflito, tiveram um importante papel na
pacificação da região do Contestado. Além de ativar a economia, essas unidades
ofertavam emprego aos camponeses, contribuindo para a estabilidade social.
08) Elementos próprios a uma religiosidade popular, como a presença de monges e uma
crença messiânica, fazem parte do contexto sociocultural no qual se desenvolveu a Guerra
do Contestado.
16) Do ponto de vista político, o Paraná foi o grande vencedor do conflito. A maior parte
das terras disputadas com Santa Catarina acabaram ficando legalmente sob o domínio
paranaense.

46. (Uem 2013) Leia o texto e assinale a(s) alternativa(s) correta(s).

“As elites do Paraná tradicional nunca se preocuparam a fundo com o Norte do Paraná ou
mesmo com o sudoeste e o oeste. As camadas hegemônicas que governavam o Paraná,
sobretudo no início do século XX, não viam com bons olhos a presença dessas populações
que alguns de seus expoentes chegavam a chamar de adventícias. Perceberam que
poderiam perder a liderança absoluta que exerciam no Estado [...]. Entretanto, a partir de
meados da década de 60, iniciou-se uma presença maior do norte na política e
administração paranaense.”

(WACHOWICZ, R. C. História do Paraná, 7ª. ed. Curitiba: Vicentina, 1995, p. 272)


01) Segundo o texto, em nossos dias, não há uma participação de representantes do
interior do Estado no cenário político estadual, com exceção do Norte paranaense.
02) A colonização do Norte do Paraná, referida no texto, teve como base econômica a
cafeicultura e ocorreu mais recentemente, quando comparada ao “Paraná tradicional”.
04) O termo “Paraná tradicional” refere-se à Região Oeste do Estado, ocupada por
migrantes catarinenses e gaúchos que mantiveram suas tradições a partir da fundação dos
Centros de Tradições Gaúchas (CTGs).
08) Segundo o texto, em razão de concentrar a maioria da população do Estado do Paraná,
a partir dos anos sessenta, a Região Norte assumiu e manteve a hegemonia política no
Estado.
16) O texto mostra a existência de disputas políticas regionais que contrapõem políticos
do “Paraná Tradicional” ao “Norte do Paraná”.

47. (Uem 2012) Sobre o processo de evolução histórica das fronteiras do Estado do
Paraná, assinale o que for correto.
01) A formação territorial do atual Estado do Paraná prende-se à história das fronteiras
estabelecidas pelos portugueses, através do Tratado de Tordesilhas. Este Tratado foi
assinado entre Portugal e Espanha no final do século XV, para dirimir dúvidas quanto ao
domínio das terras que viessem a ser descobertas por esses países.
02) Na sua porção norte, o Paraná se limita apenas com o Estado de São Paulo. A evolução
dessa linha divisória está ligada às Capitanias de São Vicente e de Santo Amaro,
originando a Capitania de Paranaguá. Esta determinou o surgimento das Comarcas de
Paranaguá e de Curitiba, as quais contribuíram para a criação da Província do Paraná, em
1853.
04) A atual configuração do território paranaense está ligada às missões religiosas, à ação
dos bandeirantes vicentinos, ao tropeirismo e às atividades agrícola, pastoril e de
mineração.
08) Entre os tratados que foram importantes na evolução histórica do território
paranaense, estão os tratados de Nova York e de Sevilha e a criação da ouvidoria de Lima,
que determinaram a expansão da fronteira litorânea além dos limites da plataforma
continental.
16) Na década de 1940, o governo de Getúlio Vargas criou nas regiões Sudeste e Oeste
do Estado do Paraná o Território Federal do Iguaçu, alterando os limites territoriais
paranaenses. Após a queda de Getúlio Vargas, o Paraná incorporou novamente essa área
ao seu território.

48. (Uem 2012) Sobre grupos indígenas e os contatos estabelecidos com o colonizador
europeu na região que veio a se constituir no atual Estado do Paraná, assinale a(s)
alternativa(s) correta(s).
01) No litoral do atual Estado do Paraná, predominavam, assim como no restante do
Brasil, os caingangues.
02) As técnicas agrícolas utilizadas pelos índios que habitavam o litoral paranaense
visavam à preservação da natureza. Isso pode ser observado pela sedentarização e fixação
dessa população na região, já no século XV.
04) No Paraná, um dos vestígios arqueológicos deixados pelos indígenas são os
sambaquis, encontrados no litoral.
08) A partir da segunda metade do século XVI, empenhados na conversão dos nativos ao
cristianismo, missionários jesuítas penetram no= território que se constituiria no Estado
do Paraná.
16) Durante o período da União Ibérica, entre 1580 e 1640, ocorreram o desenvolvimento
e os ataques dos paulistas às reduções jesuíticas do Guairá.

49. (Uem 2012) A ocupação urbana do que veio a ser o Estado do Paraná se deu em um
longo período de constituição de vilas que vieram a se transformar em cidades. A esse
respeito, assinale a(s) alternativa(s) correta(s).
01) A dinâmica da atividade madeireira, na transição do século XIX para o XX, deu
origem a novos núcleos urbanos.
02) A busca pelo ouro em todo Brasil Colônia motivou o surgimento, na atual região
Norte do Estado, de povoados, no século XVIII.
04) A dinâmica da pecuária no Brasil Colônia propiciou a origem de vários povoados na
região Oeste do atual Estado do Paraná, ainda no século XVI.
08) A erva-mate possibilitou o surgimento de novos núcleos urbanos, no século XIX.
16) Nas primeiras décadas do século XVI, desenvolveram-se núcleos urbanos no atual
litoral paranaense, que nasceram de aldeias indígenas fundadas pelos jesuítas.

50. (Uem 2011) Sobre a ocupação europeia dos territórios que, atualmente, fazem parte
do território do Estado do Paraná, assinale a(s) alternativa(s) correta(s).
01) A presença de colonizadores espanhóis no território compreendido entre os rios
Paraná, Paranapanema, Tibagi e Iguaçu, no atual Estado do Paraná, teve início na segunda
metade do século XVI, com a fundação de vilas na região do Guairá.
02) No início do século XVI, os jesuítas fundaram reduções, na região do Guairá, com o
objetivo de catequizar os índios que habitavam a região.
04) A presença europeia na Baía de Paranaguá remonta ao século XVI, com as primeiras
descobertas de ouro na região.
08) Os territórios que compreendiam as reduções jesuíticas do Guairá foram incorporados
ao Brasil por tratados de limites assinados entre Portugal e Espanha.
16) A região de Curitiba foi ocupada pelos europeus no século XVI, em razão da
imigração polonesa. Devido a esse fato, o Estado do Paraná é um dos poucos estados
brasileiros em que não ocorreu escravidão.

51. (Uepg 2008) No que respeita à imigração japonesa para o Brasil e, mais
especificamente, para o Paraná, assinale o que for correto.
01) A primeira leva de imigrantes japoneses chegou ao Brasil em 1908, com o navio
"Kasato Maru", no porto de Santos.
02) O período de maior fluxo de japoneses para o Paraná ocorreu após 1945, com o
término da Segunda Guerra Mundial.
04) A etnia japonesa tem hoje presença significativa em Assaí, Uraí, Londrina, Maringá
e Curitiba.
08) No Paraná, os japoneses fixaram-se primeiramente no Norte Pioneiro, como
lavradores, mas como desconheciam as técnicas agrícolas relativas às culturas tropicais,
iniciaram-se na economia regional como hortigranjeiros e fruticultores.

52. (Uepg 2001) A Proclamação da República, de início, não trouxe grandes mudanças:
o povo ficou fora do processo de decisão, e a oligarquia cafeeira aperfeiçoou seu domínio
sobre o Estado. A grande inovação foi trazer ao centro do debate político os militares,
grupo que representa a classe média na política brasileira.
No Paraná provincial, a situação política era praticamente a mesma da do resto do país,
isto é, a disputa pelo poder entre conservadores e liberais.
Sobre o Paraná do período republicano, assinale o que for correto.
01) Duas correntes políticas definiram-se claramente: os republicanos e conservadores
reuniram-se, constituindo o Partido Republicano Federal, e os liberais formaram a União
Republicana do Paraná.
02) Nas eleições presidenciais de 1930, as forças políticas situacionistas no Paraná
defenderam a candidatura de Júlio Prestes.
04) Manuel Ribas, interventor e governador do Paraná entre 1932 e 1945, priorizou a
construção de estradas, para ligar os portos aos centros produtores do estado, e a
construção de escolas.
08) Em seu segundo mandato como governador (1956 a 1961), Moisés Lupion de Troya,
grande empresário e liderança política do PSD paranaense, priorizou a ampliação da rede
estadual e incentivou a produção de energia elétrica.
16) Vitoriosa a Revolução de Trinta, em necessário implantar a nova ordem. No caso
paranaense, todavia, não houve mudanças significativas, e a estrutura política anterior
manteve-se inalterada.

53. (Unioeste 1999) Com relação à história do Paraná, é correto afirmar que
01) as primeiras cidades portuguesas, no Paraná, foram fundadas nas proximidades dos
grandes rios da Bacia do Prata.
02) o transporte do gado dos pampas, durante o século XIX, ocorreu pelo Oeste e pelo
Norte do Estado, provocando a fundação das cidades de Cascavel e de Londrina.
04) todo o Estado foi ocupado por migrantes, vindos, em sua maioria, dos estados de
Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.
08) no século XIX, ocorreu o primeiro processo de colonização, destacando-se diversas
colônias criadas nas proximidades de Curitiba.
16) no século XX, a exploração e exportação de madeira foi uma importante atividade
econômica do Estado.

54. (Ufpr 2018) Leia o excerto a seguir:

“A colonização ocorreu em pequenas posses de terra, por meio do plantio de café, de


culturas alimentares e de criação de porcos; posteriormente, em meados dos anos 1940, a
organização da propriedade da terra foi realizada com a presença de grandes grileiros,
que expulsaram os posseiros e estruturaram as suas propriedades com base no cultivo da
cultura do café, na criação de gado e na plantação de cana-de-açúcar, associados com o
trabalho assalariado”.

(PRIORI, A. et al. História do Paraná: séculos XIX e XX [online]. Maringá: Eduem, 2012.
A revolta camponesa de Porecatu. pp. 129-141. <http://books.scielo.org>, p. 129.)

O texto refere-se a um dos eventos mais violentos ocorridos no estado do Paraná, a


Revolta de Porecatu. Mencione quais foram as transformações no tipo de culturas
desenvolvidas na região, os agentes sociais envolvidos e as transformações nas formas de
trabalho.

55. (Ufpr 2017) Observe a imagem e leia o fragmento a seguir:


Desde 1853, a disputa territorial entre o Paraná e Santa Catarina vinha se arrastando e, já
no início do século XX – após a Proclamação da República e o princípio de autonomia
dos estados da Federação – constituiu motivo de discussões acirradas entre as instâncias
de poder desses estados brasileiros, contando, em diversos momentos, com as opiniões
de representantes políticos de outras regiões do país. Diversos foram os pareceres
emitidos pelo poder federal, ora dando ganho de causa a um, ora a outro.

(DALFRÉ, Liz A. Outras narrativas da nacionalidade: o movimento do Contestado.


Coleção Teses do Museu Paranaense. v. 8. Curitiba: SAMP. 2014. p. 38-39.)

Sobre o movimento do Contestado, considere as seguintes afirmativas:

1. O movimento do Contestado se deu no leste paranaense, no qual vários missionários


buscavam resgatar terras adquiridas por Santa Catarina no final do século XIX.
2. Entre as figuras mais emblemáticas do movimento está a de José Maria, um monge
leigo que teve vários seguidores, dando feição messiânica ao combate.
3. Em 1912, o governo federal deu por finalizado o conflito, após a batalha de Irani, em
que morreram vários sertanejos, entre eles, José Maria.
4. O movimento do Contestado compreende o conflito que ocorreu entre sertanejos
catarinenses e paranaenses e as forças do governo federal e local.

Assinale a alternativa correta.


a) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.
e) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.

56. (Ufpr 2015) No Estado do Paraná, desde 2005, foram mapeadas mais de 80
comunidades quilombolas, parte delas já reconhecidas pelo governo brasileiro. Explique
o que foram os quilombos, e em seguida explique por que, atualmente, o reconhecimento
oficial das comunidades quilombolas paranaenses é importante para o estudo da História
do Paraná.

57. (Ufpr 2012) Desde o início da imigração nipônica para o Brasil, em 1908, os
japoneses foram caracterizados como disciplinados, laboriosos, persistentes e eficientes.
Além disso, foram vistos como capazes de cooperar para o “branqueamento” da raça
brasileira. No entanto, a partir dos anos 1930, a imigração de japoneses foi restringida a
um regime de cotas, e entre 1942 e 1943, muitos japoneses foram expulsos de suas
residências no litoral paranaense e paulista pelo governo brasileiro. Explique as razões
pelas quais o imigrante japonês passou a ser considerado um elemento indesejável pelas
elites brasileiras no período das décadas de 1930 e de 1940.

GABARITO

1. 01 + 02 + 16 2. 3. 4. 5.
= 19

6. 7. 8. 9. 10.

11. 12. 13. 14. 15.

16. 17. 18. 19. 20.

21. 22. 23. 24. 25.

26. 27. 28. 29. 30.

31. 32. 33. 34. 35.

36. 37. 38. 39. 40.

41. 42. 43. 44. 45.

46. 47. 48. 49. 50.

51. 52. 53. 54. 55.

56. 57. 58. 59. 60.

Gabarito comentado:

Resposta da questão 1:
01 + 02 + 16 = 19.

Correção a partir das incorretas, [04] e [08]. O caminho de Peabiru era uma trilha indígena
que ligava o Atlântico ao Pacífico, já existia quando o branco europeu chegou à América
do Sul. No Norte Novíssimo teve a participação da Companhia Melhoramentos liderados
por empresários paulistas.

Resposta da questão 2:
01 + 02 + 04 + 16 = 23.

Correção a partir da incorreta [08]. A presença de portugueses também foi marcante no


Paraná durante o período colonial. Vale lembrar que duas Capitanias hereditárias estavam
localizadas no Sul do Brasil, São Vicente e Santana.

Resposta da questão 3:
04 + 16 = 20.

Correção a partir das incorretas, [01], [02] e [08]. A atividade canavieira nunca foi
importante na história do Paraná até o século XIX. Mineração, Tropeirismo e a Erva mate
foram as atividades econômicas importantes na história do Paraná. Com a criação das
Capitanias Hereditárias em 1534, duas delas ficavam na região Sul: São Vicente do
donatário Martin Afonso de Souza e Santana de seu irmão Pero Lopes de Souza. Portanto,
ocorreu a prática de doação de sesmaria. O Norte Velho ou Norte Pioneiro foi explorado
na segunda metade do século XIX com a plantação de Café surgindo cidades como
Tomazina em 1865 e Santo Antonio da Platina no ano seguinte.

Resposta da questão 4:
02 + 04 + 08 + 16 = 30.

Correção a partir da incorreta [01]. Embora a escravidão dos africanos fosse muita mais
intensa no Nordeste do que no Sul do Brasil, ela também existiu nas províncias do Sul.
“Capitalismo e Escravidão no Brasil Meridional” de Fernando Henrique Cardoso é uma
boa referência para estudar esta temática.

Resposta da questão 5:
01 + 02 + 16 = 19.

Correção a partir das incorretas, [04] e [08]. As cooperativas no Norte do Paraná surgiram
e ganharam relevância na segunda metade do século XX, portanto não foi a Companhia
de Terras do Norte do Paraná que criou estas empresas. Segundo o texto de Elpídio Serra
“As cooperativas que atuam no setor agrícola do Paraná, em sua maior parte, surgiram
como empresas mercantis atuando no recebimento e repasse para o mercado de matérias
primas entregues pelos agricultores associados, passaram em seguida por intenso um
processo evolutivo e se transformaram em grandes empresas comerciais e indústrias
integradas ao agronegócio. Na nova fase assumem um comportamento híbrido e
contraditório ao operar, ao mesmo tempo e com a mesma estrutura, com associados livres,
associados integrados e terceiros, produtores que não encaixam em nenhuma categoria de
filiados. A Cidade Industrial de Curitiba surgiu na década de 1970 e não durante o
governo do interventor Manoel Ribas, 1932-1945.

Resposta da questão 6:
01 + 02 + 04 + 08 = 15.

[16] Incorreta porque bandeirantes e jesuítas estavam em lados opostos, uma vez que
tinham opiniões contrárias sobre a escravidão indígena.

Resposta da questão 7:
02 + 08 + 16 = 26.

[01] Incorreta porque a maior parte dos imigrantes veio para o campo, trabalhar em
lavouras;
[04] Incorreta porque Lamenha Lins era a favor da imigração no estado do Paraná e, por
isso, a incentivou.

Resposta da questão 8:
04 + 08 + 16 = 28.

Resolução a partir das incorretas, [01] e [02]: A erva mate foi o principal produto de
exportação da província do Paraná na segunda metade do século XIX contribuindo para
o surgimento de uma elite econômica e política na região, responsável pela emancipação
política do Paraná diante da província de são Paulo em 1853. A planta foi encontrada de
forma natural nas matas da região Centro-Sul do Paraná e seu consumo foi difundido para
diversas regiões. A extração, preparação, beneficiamento, transporte e exportação do
produto tornaram-se lucrativos atraindo investimento em infraestrutura, mecanização e
industrialização da produção. A indústria surge para melhor aproveitar a erva mate e este
produto também proporcionou o desenvolvimento de empresas vinculadas ao seu suporte.

Resposta da questão 9:
01 + 02 + 08 + 16 = 27.

Correção a partir das incorretas, [04]. No contexto do Segundo Reinado, 1840-1889,


ocorreu a transição do trabalho escravo para o trabalho livre assalariado com a chegada
dos imigrantes europeus. Diferente da imigração de outras regiões do Brasil, no Sul a
imigração se deu através da pequena propriedade, próxima da área urbana, visando
abastecer as cidades e não objetivando a exportação como aconteceu em outras regiões
do Brasil.

Resposta da questão 10:


02 + 08 + 32 = 42.

[01] Incorreta: em nenhuma região do país o coronelismo defendia os direitos dos


sertanejos;
[04] Incorreta: a Igreja Católica não apoiou Conselheiro, uma vez que não concordava
com sua condição de beato;
[16] Incorreta: Cabanagem e Balaiada foram revoltas ocorridas no Período Regencial.

Resposta da questão 11:


02 + 04 + 08 = 14.

Resolução a partir das incorretas, [01] e [16]. A Revolução Federalista ocorreu no Rio
Grande do Sul na década de 1890. O Paranismo foi um movimento regionalista ocorrido
entre as décadas de 1920 e 1930, liderado por um grupo de intelectuais que procurava
cultuar e divulgar a história e as tradições do Paraná, incentivando a construção de uma
identidade regional, impregnada pela crença no progresso e no desenvolvimento social.

Resposta da questão 12:


01 + 02 + 04 + 16 = 23.

[08] Incorreta. A lavoura cafeeira cultivada no Norte do Paraná contribuiu para o


surgimento de importantes cidades como, por exemplo, Londrina, Maringá, Cianorte,
Umuarama, etc.

Resposta da questão 13:


01 + 02 + 04 + 08 = 15.
[16] Incorreta. As vilas rurais surgiram em função dos deslocamentos dos trabalhadores
rurais, boias frias, para as cidades. O objetivo era manter estes trabalhadores no campo.
Para a contenção das migrações desta população, o governo do Estado criou o Programa
“Vilas Rurais”, que tem como escopo propiciar ao trabalhador rural volante um lote de
com uma casa e infraestrutura para poder assim retornar ao campo.

Resposta da questão 14:


01 + 08 + 16 = 25.

A afirmativa [02] está incorreta porque Morretes não faz parte do litoral paranaense;
A afirmativa [04] está incorreta porque durante o estabelecimento das Capitanias
Hereditárias apenas o litoral brasileiro foi ocupado e dividido.

Resposta da questão 15:


02 + 04 + 08 = 14.

[01] Incorreta porque, no Paraná, o escoamento agrícola até o porto de Paranaguá é


multimodal, a saber, feito em estruturas rodoviárias e ferroviárias, ao mesmo tempo;
[16] Incorreta porque o Badep, criado em 1968, de fato fomentou a economia paranaense,
em especial nas modernizações agrícolas e industriais. Mas, além do foco do Estado não
ser competir com São Paulo, o Baped perdeu força na década de 1980, vindo, inclusive,
a fechar.

Resposta da questão 16:


01 + 02 + 04 + 16 = 23.

A questão faz referência à história do Paraná. A alternativa [08] é a única incorreta, pois
Curitiba, assim como Paranaguá, Antonina, Morretes e São José dos Pinhais, surgiu
devido à mineração, ainda no século XVII. O empresário estadunidense Percival Farguhar
nasceu em 1864 e morreu em 1953, portanto pertence a outro contexto histórico.

Resposta da questão 17:


01 + 04 + 16 = 21.

[02] Incorreta: durante o Período Colonial, as capitanias da região Sul praticavam a


economia de subsistência em pequenas lavouras policultoras;
[08] Incorreta: o trabalho agrícola era realizado, majoritariamente, por escravos negros.

Resposta da questão 18:


01 + 02 + 08 = 11.

A questão remete a história política do Paraná no século XIX. Estão incorretas:


[04] As províncias da Bahia e Minas Gerais apoiaram a causa da emancipação política do
Paraná visando diminuir a relevância de São Paulo.
[16] Curitiba devido a sua localização geográfica foi escolhida para ser a capital da
província do Paraná em 1853.

Resposta da questão 19:


01 + 02 + 08 = 11.
A questão remete ao cultivo do café no Norte do Paraná no século XX. Estão incorretas:
[04] A crise de 1929 que quebrou a economia dos EUA e de todo o mundo capitalista
também provocou crise no Paraná, no Norte Velho ou Norte Pioneiro considerado uma
extensão de São Paulo.
[16] A geada de 18 de julho de 1975 conhecida como a “geada negra” queimou os cafezais
do Norte do Paraná provocando inúmeras mudanças na economia e sociedade paranaense.
O Paraná não foi mais o mesmo a partir deste episódio.

Resposta da questão 20:


02 + 04 + 08 = 14.

[01] está incorreta porque as populações indígenas brasileiras ainda não haviam adentrado
na Idade dos Metais quando os europeus chegaram à América;
[16] está incorreta porque sambaquis são depósitos de calcários feitos pelo homem ao
longo do tempo, e não instrumentos de guerra.

Resposta da questão 21:


02 + 04 + 08 = 14.

A Revolução Federalista foi um conflito que se iniciou no Rio Grande do Sul entre
maragatos e pica pau, este conflito envolveu os três estados do sul do Brasil. O episódio
Cormorant ocorreu em 1850 no litoral do Paraná. Cormorant, um navio inglês, se
envolveu em um conflito quando perseguia navios negreiros no litoral do Paraná.

Resposta da questão 22:


01 + 02 + 08 + 16 = 27.

A afirmativa [04] está incorreta, porque a expressão nipo-brasileiro refere-se à mescla


entre as culturas japonesa e brasileira a partir de 1908, ano do início da imigração
japonesa para o Brasil. Além disso, a ditadura varguista não criou campos de
concentração para nenhum tipo de prisioneiro no Brasil.

Resposta da questão 23:


04 + 08 = 12.

A questão remete à Guerra do Contestado, 1912-1916, entre os Estados do Paraná e Santa


Catarina. Correção a partir das incorretas [01], [02] e [16]:

[01] O líder argentino Che Guevara foi um dos líderes da Revolução Cubana de 1959.
[02] A causa da Guerra do Contestado consiste em um território disputado (contestado)
pelos dois estados da federação e, depois, ganhou um caráter messiânico.
[16] O Território Federal do Iguaçu foi criado no contexto da Era Vargas e teve uma curta
duração 1943-1946.

Resposta da questão 24:


01 + 04 = 05.

A questão remete à história da ocupação no Paraná, alguns historiadores afirmam que a


história do Paraná está totalmente vinculada à ocupação. Resolução a partir das incorretas
[02], [08] e [16].
[02] A ocupação do litoral do Paraná até o planalto de Curitiba está vinculada à mineração
ocorrida ainda no século XVII.
[08] O êxodo rural ocorrido no estado do Paraná contribuiu muito para o crescimento
populacional de Londrina e Maringá. Londrina, por exemplo, saltou de mil habitantes
para mil habitantes na década de 1950.
[16] A famosa “geada negra” de 18 de julho de 1975 também contribuiu para o êxodo
rural ao queimar o cafezal corroborando para o crescimento populacional de Londrina e
Maringá.

Resposta da questão 25:


04 + 08 + 16 = 28.

[01] Incorreta: o estado do Paraná foi colonizado a partir da reunião de cerca de 28 etnias
diferentes;
[02] Incorreta: a construção da Usina de Itaipu não provocou a inundação da região oeste
do Paraná. Foi construído, inclusive, um canal de desvio para provocar a baixa do rio
Paraná durante a construção.

Resposta da questão 26:


01 + 02 = 03.

[01] Correto. Os índios Tupis e os Gês eram os principais grupos que habitavam a região
do Paraná.
[02] Correto. A presença portuguesa no litoral do Paraná foi importante para fundar
cidades como Paranaguá, Antonina, Morretes e Curitiba e a presença espanhola no Leste
gerou a fundação de cidades como Vila Rica do Espírito Santo e Guairá.
[04] Incorreto. Os imigrantes europeus chegaram principalmente no século XIX no
Paraná.
[08] Incorreto. O norte do estado predominou a ocupação de paulistas, mineiros e
nordestinos.
[16] Incorreto. O norte do estado foi ocupado de maneira mais intensa (devido a lavoura
de café) por paulistas, mineiros e nordestinos se deslocaram para a região.

Resposta da questão 27:


02 + 04 + 08 = 14.

A afirmativa [01] é incorreta porque a CTNP, de origem inglesa, adquiriu 60.000


alqueires do governo colonial paranaense para colonizar, em troca da construção de
estradas de ferro. Assim, por onde passava construindo a estrada de ferro, cidades iam
sendo fundadas;

A afirmativa [16] é incorreta porque Maringá foi fundada pela CTNP e tem esse nome
devido a uma música que os operários da rede ferroviária cantavam enquanto
trabalhavam, chamada Maringá.

Resposta da questão 28:


02 + 04 = 06.
[01] Incorreto. O interior do estado é forte no agronegócio, mas também possuem
importantes cidades com uma boa infraestrutura e são prestadoras de serviços como
Londrina, Maringá, Cascavel entre outras.
[02] Correto. Na segunda metade do século XIX, o café chegou no Norte Velho ou
Pioneiro como extensão das lavouras paulistas.
[04] Correto. No século XVIII, o Tropeirismo, fez do Paraná o “caminho das tropas”
gerando inúmeros centros urbanos nos Campos Gerais como, por exemplo, Guarapuava.
[08] Incorreto. Apesar da mecanização da agricultura no estado Paraná na segunda metade
do século XX, não gerou a decadência dos latifúndios.
[16] Incorreto. A empresa Klabin, uma grande produtora de celulose, possui uma grande
consciência ambiental e defende um crescimento econômico sustentável.

Resposta da questão 29:


16.

[01] Incorreto. No processo de catequese dos nativos, os padres jesuítas não respeitaram
e preservaram a cultura e a religião dos ameríndios.
[02] Incorreto. Conforme citado acima, os padres jesuítas vieram para catequizar
impondo a “Civilização Cristã Ocidental”, não havia princípio de liberdade, fraternidade
e igualdade.
[04] Incorreto. Os portugueses fundaram a “Colônia do Sacramento” em terras espanholas
(próximo à cidade espanhola de Buenos Aires) no ano de 1680 e a Espanha criou os “Setes
Povos das Missões” em terras portuguesas (Rio Grande do Sul).
[08] Incorreto. As Missões ou Reduções foram aldeamentos indígenas liderados pelos
padres jesuítas implantadas em diversas regiões da América Latina.
[16] Correto. Os padres jesuítas eram contra a escravidão do índio e isso gerou inúmeros
conflitos entre padres e a elite local que pretendia explorar o trabalho indígena. Isso
aconteceu também na região do Guairá.

Resposta da questão 30:


01 + 02 + 04 + 08 + 16 = 31.

Todas as proposições estão corretas.

Resposta da questão 31:


01 + 02 + 16 = 19.

A afirmativa [04] é incorreta, porque o trabalho do camponês ainda era manual em


meados do século XIX no Brasil;

A afirmativa [08] é incorreta, porque a cultura transgênica chegou ao Brasil e ao Paraná


mais tarde, não no século XIX.

Resposta da questão 32:


04 + 08 + 16 = 28.

A afirmativa [01] está incorreta, porque o principal mercado consumidor de erva-mate


era a América do Sul, em especial na Região Platina;
A afirmativa [02] está incorreta, porque a mão de obra escrava praticamente não era
utilizada na produção de mate. Logo, a abolição não influenciou o ciclo de erva-mate.
Resposta da questão 33:
08 + 16 = 24.

[01] Incorreta. A Cartografia Temática surgiu no final do século XVIII e início do século
XIX, com a evolução da Cartografia Topográfica.
[02] Incorreta. A História do Paraná está associada a sua ocupação e aos “Ciclos
Econômicos”: Tropeirismo, Mineração, Erva Mate e Madeira e o Café (o café foi
cultivado no norte do Paraná posterior a erva mate).
[04] Incorreta. O século XVIII (e não XIX) foi o auge da mineração no Brasil e os
mineradores, em geral, não se enriqueceram.

Resposta da questão 34:


01 + 04 + 08 = 13.

[02] Incorreta. O acordo de paz estabelecido entre Cerro Azul e os Maragatos não foi
cumprido, Cerro Azul foi preso e depois fuzilado.
[16] Incorreta. O cerco ocorreu na cidade da Lapa e não em Antonina.

Resposta da questão 35:


02 + 16 = 18.

A afirmativa [01] está incorreta, porque a Revolta do Contestado e a Coluna Prestes são
dois movimentos sem relação entre si;
A afirmativa [04] está incorreta, porque o maior movimento de banditismo social no
Brasil foi o Cangaço, e não a Revolta do Contestado;
A afirmativa [08] está incorreta, porque o monge mais importante da Revolta do
Contestado foi José Maria, e não João Gualberto.

Resposta da questão 36:


02 + 04 = 06.

A alternativa [01] está incorreta porque a região norte do Estado foi ocupada antes de
1950, seja por espanhóis, portugueses ou indígenas;

A alternativa [08] está incorreta porque paranismo foi um movimento artístico


paranaense, e não um deslocamento territorial;

A alternativa [16] está incorreta porque outras imigrações – como a espanhola e a


portuguesa – contribuíram para o desenvolvimento tecnológico paranaense.

Resposta da questão 37:


02 + 04 + 08 + 16 = 30.

A alternativa [01] está incorreta porque, em momento algum, o texto faz referência ao
que está afirmado na alternativa.

Resposta da questão 38:


01 + 04 = 05.
A alternativa [02] está incorreta porque dentre os objetivos do movimento bandeirante
não estava a fundação de novas colônias de povoamento;

A alternativa [08] está incorreta porque não podemos usar a expressão exército colonial
brasileiro no contexto das bandeiras;

A alternativa [16] está incorreta porque o movimento das bandeiras não foi pacífico,
sendo, inclusive, bem violento no trato com os indígenas.

Resposta da questão 39:


01 + 04 + 08 = 13.

[01] Verdadeiro. A mecanização da agricultura e a geada negra ocorrida em 18 de julho


de 1975 contribuíram para explicar o forte êxodo rural.
[02] Falso. A revolta de Porecatu foi um conflito entre posseiros (que receberam apoio
do PCB que estava na ilegalidade) e grandes proprietários (estes com apoio do Estado).
Os posseiros não aceitaram perder as terras ocupadas. Não foi a empresa colonizadora
”Companhia Melhoramentos” que provocou o conflito.
[04] Verdadeiro. O norte novo e norte novíssimo contribuíram muito para o surgimento
de municípios no Paraná devido ao auge do café na década de 1950/1960.
[08] Verdadeiro. No Paraná ocorreu eleição em 1965, no início da ditadura militar, com
a vitória do governador Paulo Pimentel.
[16] Falso. A geada ocorreu no Paraná em 18 de julho de 1975 e não em 1953.

Resposta da questão 40:


01 + 02 + 04 = 07.

A alternativa [08] está incorreta porque as motivações para a Revolução foram a vontade
de parte dos sulistas em pôr fim ao autoritarismo de Júlio de Castilho, então presidente
do Estado do Rio Grande do Sul;

A alternativa [16] está incorreta a Revolução se estendeu para URUGUAI e Argentina, e


não PARAGUAI.

Resposta da questão 41:


01 + 04 + 16 = 21.

A afirmativa [02] está incorreta porque a região do Paraná pertencia ao domínio português
desde a época das Capitanias Hereditárias. A região de Paranapanema até Curitiba fazia
parte da Capitania de São Vicente;
A afirmativa [08] está incorreta porque Paranaguá não foi um polo de extração de ouro,
sendo um povoado destinado à agricultura.

Resposta da questão 42:


02 + 08 = 10.

[01] Incorreto. Em vários momentos da cafeicultura no Paraná, os governantes fizeram


algum tipo de intervenção. O Convênio de Taubaté de 1906 é um bom exemplo.
[02] Correto. As terras férteis paranaenses e a demanda mundial pelo produto foram
fundamentais para o cultivo deste produto.
[04] Incorreto. As grandes geadas castigaram o Paraná nas décadas de 1960/70
contribuindo para a crise do produto. A mais conhecida foi a “geada negra” ocorrida em
18 de julho de 1975.
[08] Correto. O café foi o produto que gerou a intensa ocupação do norte do Paraná desde
o final do século XIX quando surgiu o “Norte Pioneiro”, depois surgiu o “Norte Novo”
e, finalmente, o “Norte Novíssimo”.
[16] Incorreto. As lavouras de soja e trigo no Paraná se intensificaram com a crise da
economia cafeeira a partir da década de 1970.

Resposta da questão 43:


02 + 04 = 06.

A afirmativa [01] está incorreta porque a imigração para o Estado do Paraná foi
incentivada para vários fins, dentre os quais a lavoura, o comércio e a industrialização;
A afirmativa [08] está incorreta porque o conflito entre judeus e japoneses não foi intenso
no Paraná;
A afirmativa [16] está incorreta a herança estrangeira no Paraná não foi aniquilada pela
disseminação da língua portuguesa.

Resposta da questão 44:


01 + 02 + 04 + 08 = 15.

A questão do Contestado, assim como o ocorrido em Canudos anos antes, desagradou


tanto a Igreja Católica brasileira, quanto o governo republicano do país. A Guerra do
Contestado foi vencida pelo Governo Federal, e não pelos “cabeças peladas” – como eram
conhecidos os sertanejos seguidores do monge José Maria.

Resposta da questão 45:


01 + 08 = 09.

[01] CORRETO. No início da República Velha, 1889-1930, o governo contratou a


empresa norte americana de Percival Farquhar para construir a ferrovia que ligava os
estados de São Paulo e Rio Grande do Sul. Esta ferrovia passava pela região do
Contestado ampliando a tensão entre camponeses, fazendeiros e governo.
[02] INCORRETO. Não ocorreu a reforma agrária naquele contexto e região.
[04] INCORRETO. As serrarias não conseguiram pacificar a região do Contestado e não
ativaram a economia.
[08] CORRETO. A Guerra do Contestado foi semelhante à Guerra de Canudos no que
diz respeito ao messianismo, o catolicismo rústico e o surgimento de lideranças religiosas.
[16] INCORRETO. No fim do conflito, as terras foram divididas entre os dois estados e
nenhum deles pode ser considerado ganhador.

Resposta da questão 46:


02 + 16 = 18.

A proposição [01] é incorreta porque contradiz o texto;


A proposição [04] é incorreta porque a expressão Paraná Tradicional faz referência aos
Campos Gerais, aos Campos de Guarapuava, ao litoral e às áreas de promoção da
pecuária.
A proposição [08] é incorreta porque a representação política da população do Norte do
Paraná vem ocorrendo aos poucos, e não de forma hegemônica.

Resposta da questão 47:


01 + 02 + 04 + 16 = 23.

Questão sobre “História regional”, porém extremamente factual.


É um exagero afirmar que as origens do “atual” estado do Paraná estão no Tratado de
Tordesilhas, tanto em suas linhas demarcatórias, próximas ao litoral, mas, principalmente,
em quase toda sua extensão interiorana, que, para o Tratado de Tordesilhas, pertencia à
Espanha.
A ocupação do território que pertencia a Espanha ocorreu principalmente com a ação de
jesuítas e, posteriormente, de bandeirantes. Muitas cidades surgiram com o
desenvolvimento do tropeirismo, relacionado ao transporte de gado do Rio Grande em
direção a São Paulo e Minas Gerais.

Resposta da questão 48:


04 + 08 + 16 = 28.

No litoral do Estado do Paraná, assim como em outras áreas litorâneas, predominavam os


Tupis. Na maior parte dos casos, os povos do litoral se alimentavam de frutos silvestres,
de animais e de produtos oriundos do mar ou dos mangues.
Sambaquis são conchas, ostras, ossos de animais, sobretudo marinhos, e pedras,
amontoados irregularmente, em que é encontrado farto e abundante material
arqueológico. A ação dos jesuítas atingiu o interior de São Paulo e do Paraná e foi seguida
pela perseguição promovida pelos bandeirantes, principalmente durante a União Ibérica,
quando o tráfico negreiro foi reduzido e a escravidão indígena sofreu menor repressão.

Resposta da questão 49:


01 + 08 = 09.

No século XVIII a passagem de gado, em direção a Minas Gerais e São Paulo, contribuiu
para o povoamento do interior; na mesma época houve a prospecção de ouro nas
proximidades de Curitiba, porém sem sucesso.
Tanto a extração de madeira como a exploração de erva mate contribuíram para a
ocupação de regiões interioranas a partir do final do século XIX.
Apesar do litoral do Paraná ser a área mais antiga do Estado, ele não foi ocupado por
jesuítas.

Resposta da questão 50:


01 + 02 + 04 + 08 = 15.

[01] Verdadeira – Esses territórios pertenciam à Espanha, apesar de considerados pouco


importantes.
[02] Verdadeira – Entre 1612, ano da fundação de San Ignácio Mini, e 1630, os jesuítas
fundaram no Guairá, atual Estado do Paraná, mais 12 reduções.
[04] Verdadeira – Apesar da produção ser muito limitada.
[08] Verdadeira – Os principais tratados foram assinados no século XVIII, destacando-se
o Tratado de Madri.
[16] Falsa – As primeiras áreas de colonização no interior estão relacionadas ao
tropeirismo.

Resposta da questão 51:


1 + 4 + 8 = 13

Resposta da questão 52:


15

Resposta da questão 53:


08 + 16 = 24.

Resposta da questão 54:


Na década de 1940, diversos trabalhadores, posseiros, colonos e pequenos proprietários
ocuparam terras em áreas rurais na região de Porecatu. Começaram a criar porcos e a
cultivar café valorizando as terras nas margens do rio Paranapanema e chamando a
atenção dos grileiros de terras (ligados aos grandes fazendeiros) que apareceram na
região. Sem títulos de posse das terras, os trabalhadores posseiros foram expulsos pelos
jagunços armados. O Partido Comunista atuou neste conflito ao lado dos posseiros
defendendo a “violência revolucionária” agravando ainda mais a situação e aumentando
o número de mortos.

Resposta da questão 55:


[B]

Somente a alternativa [B] está correta. A questão faz referência a Guerra do


Contestado,1912-1916, entre Paraná e Santa Catarina. Desde 1853, quando ocorreu a
autonomia política da província do Paraná, as duas regiões entraram em disputa por terras.
Com a proclamação da República em 1889 e depois com o surgimento da ferrovia ligando
São Paulo e Rio Grande do Sul aumentou a tensão. O movimento foi ganhando um caráter
messiânico com o surgimento de líderes como o monge José Maria. O conflito terminou
em 1916 através da interferência do governo federal.

Resposta da questão 56:


Os quilombos representavam o espaço de resistência dos escravos africanos que fugiam
da exploração dos brancos para viver com maior liberdade e em consonância com seus
valores culturais no período colonial e imperial. O maior e mais duradouro quilombo
surgido no Brasil foi o dos Palmares localizado na capitania de Pernambuco. Começou
no final do século XVI e havia mais de vinte mil quilombolas. Em 1695, a expedição
liderada pelo bandeirante paulista Domingos Jorge Velho matou o líder Zumbi. Em 1978,
o Movimento Negro Unificado transformou a data oficial da morte de Zumbi, 20 de
novembro, em dia nacional da consciência negra. Milhares de afrodescendentes vivem
em áreas remanescentes de quilombos. Eles lutam para que o Estado lhes reconheça o
direito sobre as terras ocupadas por seus familiares há várias gerações. No entanto, há
uma forte especulação imobiliária sobre estas terras. É fundamental para nossa história e
nossa memória o reconhecimento oficial destas comunidades quilombolas e perceber a
importância de outros povos para a formação da sociedade brasileira.

Resposta da questão 57:


Nos anos 30, a economia brasileira sofreu forte abalo devido aos efeitos da crise
internacional do capitalismo, desde a quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque, que
afetou principalmente as atividades agrárias, em especial a produção de café nos estados
de Paraná e São Paulo, e iniciou uma política de valorização das atividades urbanas,
principalmente industriais.
Nos anos 40, os japoneses foram vítimas de forte preconceito devido à Segunda Guerra
Mundial, à medida que o Brasil optou por aliar-se aos Estados Unidos, que lutavam na
Europa contra o nazifascismo e na Ásia contra o Japão.

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