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ESCOLA ESTADUAL PEDRO AGUIRRE

TRABALHO DE HISTÓRIA

MANICORE-AM
2023
ANNA BEATRIZ LOURENÇO DO ROSÁRIO
GABRIEL NASCIMENTO CARDOSO
VITÓRIA FERNANDA DE AZEVEDO
LETÍCIA RIBEIRO DA SILVA
JOICY FELIX DO ESPÍRITO SANTO
AGEU MENESES

TRABALHO DE HISTÓRIA
Pesquisa solicitada pela professora
Eleia para obtenção de nota
do 4 bimestre série 2° ano 2 matutino

MANICORE-AM
2023
PROCESSO DE COLONIZAÇÃO DO AMAZONAS

Quando o Brasil passou a se tornar colônia portuguesa com a assinatura do Tratado de


Tordesilhas, o território do Amazonas ainda estava sob domínio dos espanhóis.
Francisco de Orellana, em busca de ouro, foi o primeiro homem branco a explorar todo
o comprimento do rio que, mais tarde, receberia o nome de Amazonas, que significa
“ruído de águas, água que retumba” em idioma indígena.

Por volta de 1541, Orellana encontrou uma tribo de Icamiabas, índias guerreiras que
protegiam a região e seus bens naturais, e acabou travando uma sangrenta batalha
contra elas. Entretanto, as tropas espanholas foram facilmente derrotadas pelas
estratégias belicosas da tribo.

O fato foi narrado ao rei da Espanha Carlos V, que ficou interessado em extrair as
riquezas naturais do local. Motivado pelos relatos de Orellana, o rei ordenou uma nova
expedição em 1561. Apesar de conseguir dominar o território, o comandante da
missão Pedro de Ursua foi assassinado pelo sucessor Lope de Aguirre, que acabou
tornando-se vítima de um delírio por conta do clima tropical. Segundo registros
históricos, Aguire também foi responsável pela morte de sua filha de 15 anos, além de
ter dizimado vários índios.

Com o êxito espanhol, diversas nações europeias tentaram adentrar o território


amazonense para explorar a madeira local. Portugal, França, Holanda e Inglaterra se
sentiram livres para invadir o Amazonas e extrair especiarias como cravo, guaraná e
resinas – além da madeira.

A assinatura do Tratado de Madrid, em 1750, tiraria da Espanha o domínio da imensa


área do Amazonas. Os portugueses trataram de construir fortalezas na região para
evitar a invasão de estrangeiros, formando, em 1755, a Capitania de São José do Rio
Negro. Desta forma, o território amazônico faria parte do Estado do Pará e tinha como
capital a cidade de Barra do Rio Negro, onde fica a cidade de Manaus.

Após a proclamação da Independência, D. Pedro II estabeleceu a Província do


Amazonas separou a região do estado do Pará. Com a ascensão do uso da borracha
como matéria-prima, o rio Amazonas ficou aberto para navegações internacionais a
partir de 1866.

Sem trazer retornos financeiros a curto prazo, os investimentos em Manaus foram


congelados por um tempo, suscitando em manifestações de pequenos grupos que
habitavam a região. Os indígenas ainda eram maioria e estavam ameaçados por tropas
de resgate escravocratas, muitas vezes chegando a ser cruelmente exterminados.

No período de 1890 e 1910, a grande procura pela borracha atraiu imigrantes e


povoados do Nordeste para a capital amazonense, que sofreu transformações
significativas em infraestrutura e demografia. Foram construídos os primeiros sistemas
de telefonia, bondes elétricos, um saneamento básico mais desenvolvido e um porto
flutuante.
Depois da queda pela demanda de borracha, o Amazonas sofreu um déficit econômico
que só seria novamente estabilizado por volta da década de 1950, com investimentos
do Governo Federal. Em 1967, foi criada a Zona Franca de Manaus, que deu impulso à
entrada de indústrias na região.
Francisco de Orellana
No ano de 1511 nascia na cidade de Trujillo, Espanha, Francisco de Orellana. Lá ele
conviveu com a família de Francisco Pizarro, que também entraria para a história, mas
como explorador e conquistador do Peru.
Em 1527, com apenas 16 anos, ele viaja com a família para a Nicarágua, onde serviu o
exército. Posteriormente, também participou de outras campanhas, dentre elas, várias
no Peru. Apesar dos vários êxitos que obteve, estas lutas também lhe custaram um
ferimento que levou à perda de um olho.
Orellana viajou para o Peru no ano de 1533, onde teve participação na fundação de
Puerto Viejo e também em várias batalhas em apoio aos irmãos Pizarro. Dentre estas
missões, as mais famosas foram o cerco à Cusco (1536) e a batalha de Salinas (1538).
Ele foi nomeado governador da província de La Culata, no ano de 1538, onde hoje é a
costa equatoriana, e lá organizou a reconstrução de Santiago de Guayaquil que havia
sido arrasada por índios revoltosos.
Tratado de Tordesilhas
O Tratado de Tordesilhas foi um acordo feito entre os reinos de Portugal e Espanha, em
7 de junho de 1494, que definiu os limites das áreas de exploração entre ambos na
América do Sul. A divisão se daria a partir de um meridiano estabelecido a 370 léguas
de Cabo Verde. Nessa partição, as terras descobertas a oeste da linha imaginária
pertenceriam aos espanhóis e as terras descobertas a leste pertenceriam aos portugueses.
O fim do tratado se deu com a formação da União Ibérica, quando os reinos de Portugal
e Espanha foram unificados
Tratado de Madrid
O Tratado de Madri foi um acordo que Portugal e Espanha assinaram em 1750 para
resolver as disputas territoriais entre as duas nações na América. Esse acordo permitiu
que o território sob o controle de Portugal se expandisse consideravelmente e
consolidou boa parte das atuais fronteiras do Brasil.

Colonização: Amazônia nos séculos 17 e 18


Durante todo o período de colonização na Amazônia (1600 – 1823), os portugueses
expulsaram outros europeus (principalmente os espanhóis) da região, construíram
fortes, formaram vilas e cidades e converteram uma parte dos indígenas sobreviventes
ao cristianismo. Além disso, forçaram os nativos a trabalhar nas plantações, nas coletas
das drogas do sertão, como remadores de canoas nas viagens e como soldados na defesa
e posse do território.
A conversão dos índios e a sua “descida” para as vilas e aldeias portuguesas afetou as
diferentes culturas e modos de produção das populações indígenas que viviam nas
margens do rio Amazonas e seus afluentes. Nesse período houve esvaziamento das
aldeias porque muitos indígenas deixavam de trabalhar para a sua própria família e
comunidade para se dedicar às colônias e, principalmente, porque a grande maioria foi
morta por doenças, guerras e excesso de trabalho.

“Descida” era a palavra usada quando os missionários conseguiam convencer indígenas


a abandonar suas aldeias para viver em comunidade com os portugueses seguindo as
suas regras católicas e seu sistema de produção.

Nas vilas e aldeias amazônicas, na PRIMEIRA FASE da colonização (1600 – 1700), os


portugueses passam a desenvolver e refinar as práticas comerciais e políticas já
aplicadas nas suas colônias da África e Índia. Por exemplo, a coleta das drogas do
sertão/feitorias, o sistema de capitanias e as missões religiosas.

Já na segunda fase da colonização (1700 – 1755) era intensificar a construção de


missões e aldeamentos na colônia administrados por religiosos (principalmente
jesuítas). O objetivo era dar continuidade à ocupação e expansão do território por meio
da catequese e do trabalho agrícola. Além disso, ordenou-se a construção de um sistema
de defesa (fortes) para assegurar o domínio da área.

Os missionários, como vimos, partiam em expedições ao interior da floresta para


“descer” os indígenas e trazê-los aos aldeamentos. Ali, eles eram divididos para
trabalhar nas propriedades rurais de colonos portugueses, nas missões das ordens
religiosas e para o governo.

Referências:
Processo de colonização do Amazonas: https://imazon.org.br/a-floresta-habitada-
historia-da-ocupacao-humana-na-amazonia/amp/
Francisco de Orellana : https://artout.com.br/francisco-de-orellana/

Tratado de Tordesilhas:
https://brasilescola.uol.com.br/amp/historiab/tratado-de-tordesilhas.htm
Tratado de Madrid: https://brasilescola.uol.com.br/historiab/tratado-
madri.htm

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