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❖ 1531 - incursão de grupos à procura de ouro e

pedras preciosas – Relação conflituosa com os


portugueses.
❖ Os indígenas do litoral, tupiniquins e carijós -
constante estado de guerra.
❖ 1545 – O espanhol Pedro Alvar Nuñes Cabeza de
Vaca, vindo de Assunção, “descobriu” as Cataratas
do Iguaçu.
❖ 1562 - a primeira participação dos padres jesuítas,
que vindo da Capitania de São Vicente
❖ No século XVII conseguiram fundar uma missão
em Superagui e depois se instalaram em
Paranaguá.

Esboço do Caminho de Peabiru na América do Sul. Adaptado de Bond & Finco (2004).
Organizado por Ana Paula Colavite.
OS CAMINHOS DO PEABIRU

O Caminho de Peabiru é uma rota indígena antiga. Para alguns, o significado em


guarani é “Terra sem males”, mas são encontradas várias versões para o significado
de seu nome. Os Guaranis o chamavam de Peabiru, Piabiru ou Piabiyu, que significa
“caminho” em guarani (pia, bia, pe, bia; ybabia: caminho que leva ao céu). Ou
Caminho do Peru, sendo a palavra um híbrido de tupi - pe (caminho) + biru (Peru).

Expedições exploradoras de portugueses e espanhóis, assim como viajantes e


aventureiros de diferentes origens, palmilhavam os trajetos do Peabiru, todos em
busca do ouro, da prata e das riquezas que supunham existir no interior das matas.
Além das entradas, breve os caminhos de Peabiru seriam amplamente utilizados
também pelas bandeiras, para a Caça aos índios
❖ Quadrilátero rios Paraná, Paranapanema,
Tibagi e Iguaçu

❖ 1542, o conquistador espanhol Álvar Núñez


Cabeza de Vaca, seguindo pelo Caminho de
Peabiru, chegou às Cataratas do Iguaçu,
sendo o primeiro europeu a descrevê-las, na
sua obra "Comentários".

❖ Os alemães Hans Staden, em 1549, e Ulrich


Schmidl, em 1552 passaram pela região.

❖ Em 1554, Ontiveros foi fundada por Domingo


Martínez de Irala, Governador do Paraguai.

❖ Posteriormente, foi fundada a Ciudad Real


del Guayrá, na foz do Rio Piquiri.
INICIATIVAS DE COLONIZAÇÃO DAS AUTORIDADES PARAGUAIAS:

✓ pretendiam dominar os indígenas - deter as penetrações portuguesas


para o oeste, à procura de minérios - um caminho até o mar, a leste,
até Paranaguá.

❖ 80 homens com armas para constituir um povoado às margens do rio


Paraná, Vila de Ontiveros – grande número de índios escravizados.
❖ Vila Rica do Espírito Santo, às margens do rio Ivaí (grande quantidade
de cristais de rocha)
❖ Em 1579 tinha o nome regional de Província de Vera ou do Guairá.
❖ Passando-se o tempo - esvaziamento das povoações espanholas –
posteriormente destruídas pelos bandeirantes.
❖ As reduções jesuíticas – à margem esquerda do rio Paranapanema e
rio Pirapó - Nossa Senhora de Loreto e Santo Inácio de Mini.
❖ Outras reduções às margens dos rios Ivaí, Tibagi e Iguaçu.
OS PAULISTAS

❖ O Sucesso das reduções no Paraná Espanhol gerou


temores em São Paulo – possível incursão dos
espanhóis para o leste.
❖ Desejavam conquistar indígenas como escravos, para
trabalhar em suas fazendas do interior.
❖ A União Ibérica não impediu que os portugueses
procurassem impedir a expansão espanhola ao sul do
rio Paranapanema.
❖ 1628 - Raposo Tavares partiu para o sul, com 900
brancos e 3.000 índios. Chegou as reduções a oeste e
centro dos Campos Gerais.
❖ Em 1629, Raposo Tavares retornou a São Paulo, com
20.000 índios escravizados.
❖ Em 1632, foi eleito Presidente da Câmara e,
posteriormente, Ouvidor Geral da Capitania.
❖ A região espanhola do Guairá entrou em
declínio.
❖ Em 1674 - Francisco Pedroso Xavier - recolher
os bens ainda existentes; argumentando que a
região pertencia a Portugal.
❖ Das treze reduções já organizadas, os
bandeirantes destruíram onze, com exceto as
de Loreto e Santo Inácio Mini.
❖ Os Tratados de Madrid e Santo Ildefonso
reconheceram o domínio português sobre o
território; ocorreu posteriormente o abandono
progressivo daquela extensa área.
INICIATIVAS DE COLONIZAÇÃO DAS AUTORIDADES
PORTUGUESAS

❖ 1534 - capitanias hereditárias - regiões sudeste e sul - 4 capitanias:


❖ duas setentrionais, nos atuais Rio de Janeiro e parte de São Paulo
❖ Duas, mais ao sul, abrangia o território português até o fim da linha de Tordesilhas
(Laguna).
❖ Tais capitanias foram doadas aos irmãos Martin Afonso de Souza (a do sudeste) e a
Pero Lopes de Souza, a do sul - São Vicente e Santo Amaro e cuja delimitação
imprecisa.
❖ As vilas de Santos e Paranaguá pertenciam ao domínio de Pero Lopes
❖ A vila de Nª Senhora da Luz dos Pinhais (Curitiba), pertencia ao domínio espanhol.
A FUNDAÇÃO DE PARANAGUÁ

❖ O primeiro proprietário de terras na região foi Diogo de Unhate, que em 1614 requereu e obteve
uma sesmaria, localizada entre os rios Ararapira e Superagui.
❖ Conflitos entre o espanhol Rui Mosquera e a Capitania de São Vicente – Retardo da penetração
portuguesa.
❖ A notícia da existência de ouro nos ribeirinhos da região fez comn que as pessoas começassem a se
fixar no litoral.
❖ A produção de ouro no litoral paranaense contribuiu com o desenvolvimento das primeiras vilas do
Paraná.
❖ Início do século XVII - espanhol Peneda que aliando-se ao jovem Gabriel de Lara, fundaram um
povoado na ilha de Cotinga, protegendo-se assim do ataque dos índios carijós.
❖ Transferiram-se posteriormente para a margem esquerda do rio Taquaré, e em 6 de janeiro de 1646
levantaram o pelourinho e fizeram eleições para a Câmara Municipal.
❖ Gabriel de Lara nomeado capitão fundador e colonizador, pelo Governador do Rio de Janeiro.
Quando da concessão de sesmarias, uma delas coube a Diogo Unhate, que a requereu em 1614, como
recompensa por sua atuação, 29 anos antes, no combate aos carijós. Essa sesmaria
ficava no Superagui.

O afluxo de habitantes das vilas do Norte, atraídos pela mineração, atingiu seu máximo em 1640, quando
chegou o bandeirante Gabriel de Lara, investido do governo militar do povoado. Tinha ele a atribuição de
defender o território que, para a Metrópole, constituía posição de suma importância política e estratégica,
pois se tratava de firmar o domínio português, contestado pela Espanha.

Em 1646, antecipando-se as ordens da Metrópole, erigiu o pelourinho -símbolo da autoridade e da justiça


D'E1 Rei. Dois anos depois, a povoação tornava-se vila. As eleições que então se verificaram foram as
primeiras em todo o território que atualmente compreende o Estado do Paraná. A vila recém-instalada
tornou-se, no período colonial, ponto de irradiação de povoamento e de organização de bandeiras.

Segundo outros historiadores, desde 1640, o Governador Duarte Correia Vasqueanes,


havia ordenado, do Rio de Janeiro, a ereção do pelourinho em Paranaguá, o que fora feito a 6 de janeiro, e
assim reconhecida a necessidade de organização da justiça e da administração pública no arraial, até então
sob a chefia discricionária dos prepostos reais junto ao serviço das minas auríferas.

https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/dtbs/parana/paranagua.pdf

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