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História da

Paraíba

Professora: Mariângela Duarte Magalhães


HISTÓRIA DA PARAÍBA
O sistema de Capitanias Hereditárias e a anexação do território da Paraíba à
capitania de Pernambuco;
A criação da Capitania da Paraíba: As expedições de conquista da
Paraíba(1574-1585);
O europeus na Paraíba;
Os povos indígenas na Paraíba;
A fundação da Paraíba;
Os Holandeses na Paraíba;
A Inquisição na Paraíba e a expulsão dos Jesuítas;
A Paraíba e a independência do Brasil;
A Paraíba e a Revolução Praieira;
O Ronco da Abelha na Paraíba;
A Paraíba e a Guerra do Paraguai;
A Revolta do Quebra-Quilos;
A Revolta de Princesa; O Movimento Revolucionário de 1930;
A Paraíba e a Revolução constitucionalista de 1932;
A Paraíba e a intentona Comunista de 1935;
A Paraíba e a Segunda Guerra Mundial;
A Paraíba e as ligas Camponesas.
A chegada do europeus ao Brasil.

Objetivo das Grandes Navegações


● Novas rotas comerciais
● Busca por metais preciosos
Atuação dos colonizadores no Brasil
● Exploração do pau-Brasil
● Cana de açúcar
● Pecuária
● Algodão
● Extrativismo
❏ Período colonial (1530-1822)
➢ Capitanias hereditárias
➢ Governo Geral
❏ Período imperial (1822-1889)
➢ Primeiro Reinado
➢ Período regencial
➢ Segundo Reinado
❏ Período republicano (1889-atual)
➢ Primeira República
➢ Revolução de 30
➢ Era Vargas
➢ Ditadura Militar
➢ Constituição de 1988
CAPITANIAS HEREDITÁRIAS
O SISTEMA DE CAPITANIAS HEREDITÁRIAS E A ANEXAÇÃO DO
TERRITÓRIO DA PARAÍBA À CAPITANIA DE PERNAMBUCO

O sistema de capitanias hereditárias teve início depois do ano de 1530. O


território da Paraíba foi anexado à capitania de Pernambuco já no século XVIII, e
as capitanias hereditárias datam do século XVI.
INÍCIO DA COLONIZAÇÃO
O estado da Paraíba foi habitado antes da colonização portuguesa. Portugal chegou no Brasil com
Pedro Álvares Cabral, e a rota de Vasco da Gama ia até às Índias. Quando os portugueses
chegaram ao Brasil em 1500, o Brasil não era o foco, pois o foco dos portugueses eram as
especiarias das Índias. De 1500 a 1534, houve o período do Brasil pré-colonial. O Brasil
pré-colonial foi justamente o Brasil que foi descoberto e não foi explorado de forma a ser uma
colônia. No primeiro momento, o contato com os indígenas foi pacífico.
Os portugueses procuraram por metais preciosos e não os encontraram, então não atendia ao
metalismo, e Portugal estava envolvido com as especiarias nas Índias. Porém, os holandeses
passaram a fazer frente com os portugueses, e os franceses passaram a rondar o litoral brasileiro.
Isso foi gerando o temor em Portugal de perder essas novas posses que ele tinha obtido. Então,
chegou o momento em que Portugal precisou vigiar e proteger aquilo que ele tinha encontrado
nas invasões estrangeiras, mas também precisava olhar para o Brasil com uma condição de
explorar a região para conseguir recursos financeiros. Foi então que começou o papel das
capitanias hereditárias.
Expedição colonizadora de Martim Afonso de Souza – 1530:

• Ocupar para garantir a posse.

• Valorização econômica por meio da agricultura.

• Declínio do comércio de especiarias.

• Espanhóis encontram prata no Peru → esperança de encontrar metais preciosos


no Brasil.

• Exploração do litoral até o Rio da Prata.

• Fundação de São Vicente.

• Fundação do primeiro engenho de açúcar.


FRACASSO DAS CAPITANIAS
Nem todas as capitanias hereditárias deram certo. Em geral, as capitanias foram um
fracasso, em razão da distância da colônia para sua metrópole, da dificuldade de
colonização, de comunicação, e da distância entre as regiões dentro da própria
capitania.
Criação da Capitania da Paraíba
Desmembrada de Itamaracá, nasce a Capitania da Paraíba
Em Itamaracá, a atividade açucareira fez nascer a Vila de Igarassu.
Em 1574, foi criada a Capitania Real da Paraíba
Início do processo de ocupação

1574: a Coroa Portuguesa decide separar uma área que fazia parte da
capitania de Itamaracá. Havia dois motivos principais para isso: O primeiro
motivo era a intenção de expandir a economia açucareira para a região
acima da capitania de Itamaracá e o segundo, para controlar os levantes
indígenas que ocorreram na localidade, principalmente, após o ataque ao
engenho de Tracunhaém. Além disso, os indígenas estavam se aliando aos
franceses que se interessavam pelo pau-brasil.
Tragédia de Tracunhaém
A “Tragédia de Tracunhaém” foi um incidente ocorrido em 1574, no qual índios mataram
todos os moradores de um engenho chamado Tracunhaém, que se localizava na
capitania de Itamaracá.

Um mameluco, ou seja um dos primeiros brasileiros resultante da união entre europeus e


índias, chegou até a aldeia Cupaóba dos índios potiguares, na região que hoje é Paraíba.
A tribo era comandada por Iniguassu, que recebeu muito bem o mameluco, o mesmo
acabou se casando com uma das filhas de Iniguassu, a bela Iratembé, mais conhecida
como Lábios de Mel. Para que o casamento acontecesse foi feito um acordo, o
mameluco depois de se casar deveria ficar na tribo, mas aproveitando uma ausência de
Iniguassu, ele fugiu levando a bela Iratembé.
Iniguassu imediatamente envia dois de seus filhos a Olinda, em Pernambuco, para
recuperar Iratembé, o que conseguiram, por conta da decisão do governador
Antonio Salema. Retornando para sua tribo, os índios pernoitaram na casa de
Diogo Dias, no engenho Tracunhaém. Na manhã seguinte descobriram que Diogo
Dias escondera Iratembé e recusava-se a devolver a índia. Seus irmãos seguiram
viagem e chegaram à aldeia Cupaóba sem ela. Algum tempo depois, os potiguares
formaram um exército de cerca de 2000 índios e dirigiram-se para Tracunhaém,
mas não se deixaram ver na totalidade de suas armas. Julgando serem poucos os
índios que os atacavam, os defensores do engenho saíram para a luta e viram-se
envolvidos por uma multidão.
Toda a família de Diogo Dias, com exceção de duas pessoas que estavam em
Olinda, foi morta. Os Potiguares ainda atacaram outros engenhos da capitania de
Itamaracá, e se diz que morreram 614 colonos.
A criação da Capitania da Paraíba: As expedições de conquista da
Paraíba (1574-1585)

Após o massacre, o rei de Portugal desmembrou Itamaracá e deu a ordem de


punir os índios responsáveis pelo massacre, expulsar os franceses e fundar
uma cidade. Assim começaram as cinco expedições para a conquistar a
Capitania Real da Paraíba, atual estado da Paraíba.
PRIMEIRA EXPEDIÇÃO
1ª tentativa: 1574 – Ao Governador Geral do Brasil, D. Luis de Brito, foi cometida a
incumbência, por ordem régia de D. Sebastião de Portugal, de providenciar, de imediato,
uma expedição para a conquista da Paraíba. Porém, devido a problemas administrativos da
Bahia, o governador delegou tal encargo ao Ouvidor Geral D. Fernão da Silva.
Este reuniu forças em Olinda, percorrendo, com homens a pé e a cavalo, o caminho para a
Paraíba, que estava infestado de índios. Na foz do rio Paraíba, onde se encontra hoje o
município de Cabedelo, sem ser incomodado pelos potiguares, tomou posse da terra em
nome do rei de Portugal, ordenando a lavratura oficial do feito. Um ataque de surpresa dos
índios obrigou-o, com a sua gente, a uma retirada rápida e desordenada para Itamaracá,
sem qualquer possibilidade de defesa da expedição.
SEGUNDA EXPEDIÇÃO = fracasso
2ª tentativa: 1575 – Com o malogro da primeira expedição, D.
Luis de Brito resolve cumprir pessoalmente as determinações
emanadas da Coroa Portuguesa, partindo da Bahia com uma
frota numerosa e bem equipada. No entanto, as más condições
de navegação provocaram desvios de rota e de veleiros. Parte da
expedição voltou ao porto de origem com o próprio Governador
Geral e a outra parte conseguiu ancorar em Pernambuco,
regressando à Bahia após alguns dias de espera.
TERCEIRA EXPEDIÇÃO = fracasso
3ª tentativa: 1582 – Em 1579, Frutuoso Barbosa, comerciante português, propõe ao
então rei Cardeal D. Henrique, elevado em decorrência da morte de D. Sebastião, em
Alcácer-Kibir, África, conquistar e colonizar a Paraíba, na condição de ser seu
Governador por dez anos, rendendo um ordenado de duzentos mil réis por ano.
Posteriormente, foram-lhe concedidas mercês nesse sentido, confirmadas por Felipe II
da Espanha e I de Portugal.
IDe posse dessa autorização, Frutuoso Barbosa inicia o aprestamento da
expedição, mas por várias razões, somente inicia seu projeto de conquista em
1581. Sua frota ancorou ao largo de Pernambuco, mas antes que desse início seu
plano um temporal violento desarvorou a frota, indo seu navio arribar nas Índias
de Castela, a atual Cuba. Lá, sua esposa morre.

Mas ele não desiste. Volta a Portugal, onde é confirmado no posto pelo novo
soberano: Felipe II, da Espanha (I de Portugal). Em 1582, nova investida. Novo
fracasso ante a reação franco-potiguar. Na refrega morre seu filho, parentes e
grande número de participantes da expedição, retornando Frutuoso Barbosa a
Pernambuco, tendo arcado com grandes prejuízos financeiros.
QUARTA EXPEDIÇÃO = fracasso
4ª tentativa: 1584: - A partir de 1584, com a vinda do Ouvidor Geral do Brasil, Martim Leitão,
cognominado por Coriolano de Medeiros de “O César das Conquistas Paraibanas”, e a vinda da
esquadra de D. Diogo Flores de Valdiz, é que a conquista da Paraíba começa a se delinear. A
conquista se intensifica quando a esquadra vai a socorro do forte S. Felipe e São Tiago (hoje Forte
Velho).
Nos primeiros dias de fevereiro de 1585 chegam o cacique tabajara Braço de Peixe e o seu irmão
Assento de Pássaro com parte de sua gente, vindos das margens do rio São Francisco, em reforço
aos potiguara. Este cacique haveria de decidir os rumos da conquista.
Surge a oportunidade quando os dois chefes indígenas dos tabajara e potiguara se desentendem.
Martim Leitão então ofereceu pazes aos tabajara, no momento em que o cacique já se dispunha
voltar para sua aldeia no São Francisco.
QUINTA EXPEDIÇÃO
5ª tentativa: 1585 – As pazes foram então firmadas entre o cacique
tabajara e o Juiz de Órfãos e Escrivão da Câmara de Olinda, João
Tavares. Tal honra caberia a Frutuoso Barbosa por direito, porém este
desgastado e desiludido por tudo o que aqui sofrera desde 1581 até
aquele momento, declinou-a, sob protestos insistentes do Ouvidor
Geral Martim Leitão.
As pazes foram celebradas ali no Sanhauá, no dia 5 de agosto de 1585
e só no si 31 de outubro de 1585 foi escolhido o local da nova
povoação, onde hoje se encontra a Basílica de Nossa Senhora das
Neves, que sob esta invocação passou a ser denominada Cidade de
Nossa das Neves, de Sua Majestade – a 3ª cidade do Brasil.
Conquista da Paraíba
Para as jornadas o Ouvidor Geral chamado Martim Leitão, que ficou
encarregado da conquista da capitania, formou uma tropa constituída por
brancos, índios, escravos e até religiosos. Quando aqui chegaram se
depararam com índios que sem defesa, fogem e são aprisionados. Ao saber
que eram índios Tabajaras, Martim Leitão manda soltá-los, afirmando que
sua luta era contra os Potiguaras (rivais dos Tabajaras).
Em seguida, trata de estabelecer alianças com os Tabajaras
Para essa missão de paz foi escolhido o capitão João Tavares, de espírito
conciliador. Finalmente, no dia 5 de Agosto de 1585, celebraram um
acordo, na encosta de uma colina em frente ao rio Sanhauá. Nesta data,
foi firmada definitivamente a conquista da Paraíba
CONCLUSÃO

A conquista da Paraíba se deu através de alianças…

Portugueses (espanhóis) aliando-se a Tabajaras contra


Potiguaras e franceses
João Tavares, Escrivão da Comarca e juiz dos Órfãos de Olinda, com o apoio do ouvidor
Martim Leitão, governou a nova Capitania de 1585 a 1588.

A partir de 1588, até 1591, governou a nova Capitania Frutuoso Barbosa, quando se
oficializou a denominação de Cidade Felipéia de Nossa Senhora das Neves. Foram
construídos os fortes de Santa Catarina, em Cabedelo, e o forte de Inhobin, na várzea do
Paraíba, sendo incrementada a agricultura. O engenho real São Sebastião foi criado em
janeiro de 1587.

Chegaram os primeiros membros das ordens religiosas: os jesuítas estavam presentes desde
os primeiros dias, depois vieram os franciscanos, os beneditinos e os carmelitas, nessa
ordem. Vieram para catequizar os índios e educar os filhos dos colonos.
Os Povos indígenas da Paraíba
Nações indígenas na Paraíba
Tupis habitavam a região mais próxima do litoral
Divide-se em Potiguaras e Tabajaras
Potiguaras - localizados na parte norte do rio Paraíba, curso do rio Mamanguape
e Serra da Copaoba.
Tabajaras - alguns foram aldeiados em Aratagui (Alhandra), Jacoca (Conde),
Piragibe (João Pessoa), Tibiri (Santa Rita) e Pindaúma (Gramame), demais
deixaram a Paraíba em 1599
Tarairiús (grupo heterogêneo) ocupavam o interior, não tinham moradia
fixa, desenvolviam agricultura rudimentar nos vales dos rios Piranhas, Sabugi e
Seridó.
Cariris habitavam os vales úmidos dos rios permanentes, regiões como
às margens dos rios do Peixe, Paraíba e Piancó.

Os índios daqui eram os tarairiús e os potiguaras.


População indígena atual
A Paraíba tem hoje uma população indígena de mais de sete mil índios da
tribo Potiguara. Somente em Baía da Traição estão quatro mil. Em
Marcação e RioTinto também estão com unidades indígenas da tribo
Potiguara. Mesmo assim, só há duas área demarcada e homologada para
os índios na Paraíba, que fica em Baía da Traição. Em Jacaré de São
Domingos, em Marcação, há aproximadamente três mil índios que não
têm terra assegurada.
Hoje no espaço paraibano encontram-se os Potiguara e os Tabajara na nação Tupi, no litoral. A
população indígena possui proximamente 16.000 pessoas, representando 0.43% do total da
população do Estado.

O povo Potiguara está localizado no Litoral Norte com uma população de 15.021 indígenas, de
acordo com o censo da Funasa (2011) e estão distribuídos em 32 aldeias localizados nos
municípios de Baía da Traição, Marcação e Rio Tinto.

O povo Tabajara encontra-se no Litoral Sul como uma população superior a 750 indígenas,
segundo Mura (2010), distribuídos em 4 aldeias localizadas nas terras das antigas Sesmarias de
Jacoca e Aratagui nos municípios de Conde, Alhandra e Pitimbu.

Todas as aldeias são autônomas e a organização social e política está sob a autoridade
máxima – o cacique. Ele representa todo o povo nas tomadas de decisão política em níveis
locais e junto à sociedade nacional. (…) Em cada aldeia existem outras lideranças como
parteiras, professores, agentes de saúde, anciãos, entre outros.
Ressalte-se, porém, que as maiores questões enfrentadas pelos indígenas
paraibanos são, de certa forma, também comuns aos demais indígenas brasileiros:
reconquista de suas identidades na luta pelas políticas afirmativas que promovam a
igualdade de oportunidades, na estrutura socioeconômica estadual e a apropriação
dos seus territórios de vivência, aqui entendidos no sentindo amplo de que o
território não se restringe apenas à terra, mas envolve também a autonomia política,
jurídica, de gestão e controle sobre todos os recursos, no interior dos seus espaços
territoriais, como hídricos, agroflorísticos, agrofaunísticos, minerais, entre outros.

Na Paraíba, a maior parte das terras dos povos Potiguara e Tabajara está nas mãos
de usineiros, granjeiros, hoteleiros e áreas de assentamentos agrários.
Invasões holandesas
Contexto

❖ União Ibérica

Invasões

❖ Em 1624, aconteceu a primeira tentativa de invadir o território


brasileiro ao atacarem Salvador, então capital do Brasil.
❖ A nova ofensiva aconteceu em Pernambuco, em 1630.
❖ Contou com a ajuda dos novos cristãos (judeus)
As invasões holandesas do território brasileiro aconteceram entre
os séculos XVI e XVII. Naquela época, a Espanha colonizava o
Brasil por conta da União Ibérica, quando o reino espanhol anexou o
território português. A Holanda tornou-se independente da Espanha
e invadiu o Nordeste brasileiro para dominar a produção de
cana-de-açúcar da região.
A presença holandesa em Pernambuco trouxe muitos benefícios
durante a gestão de Maurício de Nassau. Os holandeses foram
expulsos do Brasil, após revolta dos pernambucanos, por não
pagarem os empréstimos concedidos no início da invasão.
Aproveitando essa agitação em Pernambuco, Portugal, já
independente da Espanha, uniu-se aos colonos brasileiros para
expulsar os holandeses.
Principais causas das invasões holandesas
O Nordeste brasileiro era um grande produtor de cana-de-açúcar. O interesse holandês
na região estava em obter o domínio de todo o processo de produção açucareira. Além
do refino e da venda do produto no mercado europeu, a Holanda esperava controlar a
plantação e o cultivo da cana.

O domínio de todo o processo de produção do açúcar seria vantajoso economicamente


para os holandeses. Para realizar esse objetivo, os holandeses fundaram a Companhia
das Índias Ocidentais, que pretendia conquistar os locais onde o açúcar era produzido e
os postos de comércios de escravizados no litoral africano.

Quando os holandeses invadiram Pernambuco, em 1630, o dinheiro dessa companhia foi


fundamental para reerguer os engenhos que foram destruídos durante os conflitos entre
os invasores e os colonos. Os senhores de engenho foram agraciados com empréstimos
para manter a produção de açúcar.
Holandeses na Paraíba 1634 - 1654
Os holandeses ocuparam a Paraíba em 1634 depois de várias tentativas.

Durante o domínio holandês, a capital passou a se chamar Frederica, a Fortaleza


de Santa Catarina, Margareth.

Os franciscanos foram expulsos

Estabeleceram alianças com os Potiguaras e também, com os tapuias.


Quanto tempo os holandeses ficaram na Paraíba?

Há várias coisas que nos chamam a atenção quanto às invasões holandesas na


Paraíba. Sabemos que a Paraíba foi a última cidade a ser conquistada pelos
holandeses, três anos após a conquista do Recife. Foram três tentativas
frustradas dos holandeses para conquistar a Paraíba.

Os holandeses permaneceram no Brasil de 1630 a 1654, e sua presença aqui ficou


profundamente marcada pela administração de Maurício de Nassau, militar alemão
enviado pela Companhia das Índias Ocidentais para governar a colônia holandesa.
Uma ameaça - Vidal de Negreiros

André Vidal de Negreiros se notabilizou na resistência contra os holandeses


nas Capitanias do Norte. Nascido na Paraíba, foi responsável pela expulsão dos
holandeses.
Inquisição no Brasil

Perseguição aos hereges


Tribunal do Santo Ofício
Investigação feita pelos Jesuítas
No Brasil, a Inquisição tinha como maior preocupação e
objetivo perseguir os judeus que haviam fugido da Europa.
A prova disso são os documentos da visitação do tribunal
que mostram um grande número de cristãos-novos no
Nordeste açucareiro, local que acabou concentrando todas
as ações do Santo Ofício.
A primeira visitação no Brasil foi feita entre 1591 e 1595,
percorrendo Bahia, Pernambuco, Itamaracá e Paraíba. Além
da preocupação constante com os cristãos-novos, ela
também tinha preocupações relativas ao protestantismo e
aos comportamentos morais e sexuais não pertinentes aos
dogmas católicos.
Inquisição na Paraíba e sua relação
com o atraso na Capitania Real
Depois do Rio de Janeiro, a Paraíba foi Capitania mais
perseguida pelo Tribunal do Santo Ofício.
A Inquisição contribuiu para o confisco dos bens da Capitania
e o seu envio a Metrópole.
Gerava desconforto comercial e afetava o crescimento
econômico.
Os Jesuítas na Paraíba - da sua
chegada a sua expulsão
Os Jesuítas foram os primeiros missionário a chegarem à Paraíba,
sempre enviados pelos superiores da Ordem que residiam em
Pernambuco. Em 1585, quando se consolidou a vitória dos
portugueses na guerra contra os indígenas Potiguara, um ano
depois da expulsão dos franceses, foi fundada a cidade de Filipéia de
Nossa Senhora das Neves, e, nesse mesmo ano, Frutuoso Barbosa, o
primeiro Governador da Capitania Real da Paraíba (1582-1585 e
1586- 1592), requisitou a permanência dos padres Jerônimo
Machado, Simão Travasso e Baltasar Lopes, que haviam participado
no processo de conquista e eram membros da Companhia de Jesus.
Os Franciscanos, Carmelitas e Beneditinos também fizeram
parte do cenário dos primeiros anos da colonização da
Capitania
Os jesuítas foram expulsos da Paraíba em dois momentos:

1- Os inacianos, por serem contrários à escravidão dos índios aldeados, entraram


em conflito com os colonos e com o governador Feliciano Coelho, então foram
expulsos.

2- Em 1759 com a segunda expulsão, sob as ordens do Marquês de Pombal


● Marquês de Pombal decidiu que os jesuítas deveriam ser expulsos do Brasil por conta da
grande autonomia política e econômica que conseguiam com a catequese. A justificativa
para tal ação adveio da ocorrência das Guerras Guaraníticas, onde os padres das missões
do sul armaram os índios contra as autoridades portuguesas em uma sangrenta guerra.
Somando as atuações do Tribunal do Santo Ofício com a
expulsão dos Jesuítas, temos a figura do pe. Gabriel Malagrida
que foi vítima da Inquisição na Paraíba.
Consequências das Reformas
pombalinas na Paraíba
● 1756 – Anexação da Paraíba a
Pernambuco.
➢ criação da companhia de comércio de
Pernambuco e da Paraíba (1759)

● Expulsão dos Jesuítas (1759)


A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
A Paraíba e a independência do Brasil;
O movimento pela emancipação política do Brasil foi uma
ação promovida por grupos poderosos, ou seja, que
estavam ligados às elites brasileiras, e não queriam perder
os benefícios e privilégios, obtidos após a vinda da família
real. A população brasileira, ou seja, o povo, de modo
geral, não se envolveu nesse processo, diferentemente do
que ocorreu em outros países latino-americanos.
A independência não agradou a
todos
O descontentamento foi marcante, principalmente nas
províncias da Cisplatina (onde hoje é o Uruguai, mas na
época era território brasileiro), Bahia, Pará, Maranhão, Piauí
e Ceará. Diferentes grupos dessas províncias, a exemplo de
comerciantes portugueses que viviam na América e
proprietários de terras, recusaram-se a reconhecer a
independência do Brasil e se organizaram militarmente para
resistir aos exércitos que defendiam a ruptura proclamada
por d. Pedro.
A Paraíba foi das primeiras províncias a
declarar apoio a D.Pedro I e a reconhecer a
sua autoridade para resolver todos os
negócios do Brasil, antes mesmo da
proclamação da independência. Essa atitude
fez com que José Bonifácio de Andrada e
Silva se dirigi- se ao povo paraibano,
chamando de “povo bom e leal da
paraíba”.
A Paraíba, no entanto, se diverge de Pernambuco que queria a
separação política.
Na oposição, ou seja, que queria o retorno do controle
português, temos: Jose Fonseca Galvão que liderou um motim
a favor da recolonização.

E Joaquim Manuel Carneiro da Cunha que se fazia oposição a


Dom Pedro com um pensamento mais radical - ruptura.
ANTECEDENTES

Revolução pernambucana (1817)- caráter


emancipacionista
❖ objetivo principal a conquista da independência do
Brasil em relação a Portugal. Queriam implantar um
regime republicano no Brasil e elaborar uma
Constituição.
Em 1817, teve início a Revolução
Pernambucana, movimento rebelde que se
inspirou fortemente na Revolução Francesa e em
perspectivas políticas que estavam ganhando
espaço no continente europeu.
Os manifestantes pernambucanos pegaram em armas
e defenderam a garantia de liberdades políticas e a
participação da sociedade no governo dos territórios.
O movimento reivindicou, ainda, o fim do domínio
português e apoiou a instauração de uma República
baseada nas ideias iluministas.
Em Pernambuco, o movimento contou com o apoio e a
participação de representantes da Igreja Católica,
militares, grandes proprietários de terras, juízes e
artesãos, grupos sociais bastante diversificados. Os
rebeldes tomaram o governo da cidade do Recife e
chegaram a proclamar um governo republicano.
O movimento chegou a diversas regiões do Nordeste, onde hoje se localizam

os estados da Paraíba, do Rio Grande do Norte e de Alagoas. Devido às

divergências entre os manifestantes, o movimento acabou perdendo força ao

longo do tempo, e foi reprimido violentamente pelo governo monárquico, com o

apoio das elites da Bahia e do Rio de Janeiro.

Mesmo que não tenha alcançado a vitória, a Revolução Pernambucana

representou um marco no desejo de ruptura da sociedade colonial com a

monarquia portuguesa e a reivindicação de construção de um país

independente.
Em 1817, quando se iniciou em pernambuco uma
revolta contra o domínio Português, na paraíba logo se
aderiu ao movimento. Nosso estado participou
ativamente do movimento e muitos paraíbanos ilustres
perdeam sua vida lutando por esse ideal entre eles:
José Peregrino de Carvalho, Amaro Gomes Coutinho e
padre Antônio de Albuquerque. A revolução foi
derrotada, mas a ideia de libertação continuou viva
Confederação do Equador
Em julho de 1824 iniciou-se um dos principais movimentos de
contestação ao governo imperial: a Confederação do Equador. O
movimento contou ainda com a adesão das províncias da Paraíba,
Ceará e Rio Grande do Norte e recebeu esse nome devido à
proximidade desses locais à linha do equador.

Contou com o apoio das camadas populares


Líderes

o médico, jornalista e político baiano Cipriano


Barata.
Joaquim do Amor Divino Rabelo, mais conhecido
como Frei Caneca
Ideais defendidos
As ideias defendidas pela Confederação do Equador eram propagadas por
jornais liberais, como os de Cipriano Barata e Frei Caneca, e estavam
relacionadas, principalmente, ao

fim do regime monárquico

descentralização do poder

maior autonomia para as províncias.

organização de uma república

fim do comércio de pessoas escravizadas e a igualdade social.


Desencadeamentos

As pessoas envolvidas no movimento eram do grupo de liberais exaltados, os


quais eram apoiados pela aristocracia rural local e chegaram a proclamar a
independência em relação ao Brasil, convocando uma Assembleia
Constituinte e, provisoriamente, adotando a Constituição estabelecida na
Colômbia, já que esse documento era considerado um modelo de
Constituição liberal.
O movimento fracassou principalmente pela falta de apoio das camadas
dominantes. Com o decorrer dos acontecimentos, as camadas populares
passaram a desencadear uma verdadeira revolução social, o que acabou
assustando os latifundiários, que ficaram preocupados em perder seus
privilégios e romperam a união que tinham com os líderes da
Confederação. Além disso, os rebeldes apresentavam inferioridade militar,
pois não dispunham de armas e recursos suficientes para confrontar as
forças imperiais, e havia a oposição daqueles que se mantiveram fiéis ao
imperador.
O julgamento em que Frei
Caneca foi condenado à
forca. Entre as acusações, "a
de ser declamador"
Revolução Praieira (1848-1850)
Em Pernambuco os partidos Liberal e Conservador eram dominados pela elite
local, que mantinha o poder político por meio de acordos entre si. Insatisfeitos
com a situação, um grupo de intelectuais, jornalistas e profissionais liberais
formaram, em 1842, um novo partido político, o Partido da Praia.

Esse grupo de rebeldes ficou conhecido como praieiros, pois utilizavam um


jornal como ferramenta ideológica para a divulgação dos ideais, o Diário Novo,
localizado na Rua da Praia, no Recife.
Contexto
Os liberais passaram a governar Pernambuco em 1845. Em 1848, porém, o governo
imperial indicou um conservador como presidente da província. Os políticos liberais
e o povo pernambucano não o aceitaram e no dia 7 de novembro do mesmo ano se
revoltaram em Olinda. Começava assim a Revolução Praieira.

A luta aumentou em 1848, quando os praieiros venceram as eleições para o


Senado. Em 1848, os conservadores demitiram o presidente de Pernambuco, que
pertencia aos liberais.
Rebelião e a divulgação do “Manifesto ao
Mundo”
❏ fim do voto censitário;
❏ liberdade de imprensa;
❏ extinção do Poder Moderador;
❏ exercício do comércio só para brasileiros;
❏ garantia dos direitos individuais do cidadão.
Desfecho
Os revoltosos tentaram tomar Recife, mas foram derrotados. Cerca de 1 500

praieiros lutaram contra as tropas do governo imperial, que utilizou a força e pôs

fim ao conflito. Mais de quinhentos revolucionários foram mortos, trezentos

acabaram presos e outros fugiram para o exterior.

Assim, terminou a última das grandes revoltas regionais brasileiras do tempo do

Império e o país se encaminhou para um momento de estabilidade política.


Revolta do Ronco da Abelha
ou
Guerra dos Marimbondos

O movimento ocorreu desde meados de dezembro de 1851 até por volta de


fevereiro de 1852 e envolveu cidades e vilas de cinco províncias nordestinas,
sendo estas: Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco e Sergipe
Causas

O decreto imperial que obrigava todo e qualquer brasileiro a se apresentar a


juízes para fornecer dados pessoais para a realização de um censo
demográfico –assim criando o Registro Civil de Nascimento– foi um dos
motivos que gerou os incidentes, pois, o real intuito do Estado era sistematizar
o recrutamento de homens para atender ao serviço militar.
A implementação do decreto gerou boatos entre a população de que o
governo pretendia submeter os cidadãos mais pobres à condição de
escravos, assim, afetando inclusive a população de brancos.
o decreto 797 - Censo Geral do Império, para realizar a
contagem da população e o decreto 798 para o registro
dos nascimentos e dos óbitos
A Revolta do Quebra-Quilos (1874-1875)

Iniciada na Paraíba, rapidamente se espalhou pelas demais províncias do


Nordeste

Um movimento de cunho econômico

Reclamava das transformações ocorridas no sistema métrico decimal


vigente
Em 7 de novembro de 1874 o jornal paraibano O
Despertador, publicou uma notícia sobre um conflito
ocorrido na feira de Fagundes, na época distrito de
Campina Grande, onde comerciantes e clientes teriam
iniciado uma discussão contra autoridades locais levando a
um bate-boca e uma possível briga. O jornal alegava que
os revoltosos estavam protestando contra o encarecimento
das mercadorias e o aumento dos impostos.
Tudo tem início, ao que se sabe, com o popular João Carga D’água,
vendedor de rapadura, que liderando um grupo, resolveu invadir a feira do
povoado de Fagundes, próximo a Campina Grande, e quebrar as medidas
usadas pelos feirantes e fornecidas pelo governo. Assim, toma corpo a
revolta, com incidentes semelhantes se repetindo em várias áreas do
nordeste. Eram escolhidos os dias de feira para os ataques populares
porque era nessa ocasião que as autoridades costumavam cobrar os
impostos municipais. Destacaram-se em meio aos revoltosos os nomes de
João Vieira Manuel de Barros Souza e Alexandre Viveiros.
Revolta de Princesa- 1930
o “poder privado” contra “poder instituído”
•Movimento rebelde liderado por José
Pereira Lima, deflagrado no município de
Princesa, atual Princesa Isabel (PB)
•24 de fevereiro de 1930
•oposição ao governo estadual de João
Pessoa Cavalcanti de Albuquerque.
Visava proclamar livre Princesa.
•Personagens: João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, José
Pereira, João Dantas, João Suassuna, irmãos Pessoa de
Queirós, Washington Luís.
•Motivos: reformas na estrutura político-administrativa (lei para
todos)
•Líder: José Pereira
•O movimento se espalhou por Misericórdia, Conceição, Vale do
Piancó, Catolé do Rocha, Pombal e Monteiro
Desfecho: Morte de João Pessoa pelo advogado João Dantas
Movimento rebelde liderado por José Pereira Lima, deflagrado no
município de Princesa, atual Princesa Isabel (PB), em fevereiro de 1930, em
oposição ao governo estadual de João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque.
João Pessoa era também o companheiro de Getúlio Vargas na chapa da
Aliança Liberal, concorrendo à vicepresidência da República nas eleições de
1º de março daquele ano. Com o assassinato de João Pessoa no mês de
julho, o movimento perdeu substância, e seus líderes entraram em acordo
com o governo federal para a pacificação da Paraíba.
O episódio de Princesa teve sua origem na posse
de João Pessoa na presidência da Paraíba, em 22
de outubro de 1928.

Indiferente aos coronéis

Implantação do rigoroso sistema de arrecadação


tributária.

Comércio de Recife foi prejudicado

Comprou briga com irmãos Pessoa de Queirós


A ALIANÇA LIBERAL
Com a aproximação das eleições presidenciais
de 1930, as unidades da Federação passaram a
ser consultadas a respeito de seu apoio à chapa
Júlio Prestes-Vital Soares, apresentada pelo
presidente da República Washington Luís. Em
29 de julho de 1929, após reunir o diretório do
PRP, do qual era presidente, João Pessoa
declarou que decidira não apoiar a chapa oficial.
Essa atitude ficou conhecida como o “Nego”,
termo que mais tarde seria incorporado à
bandeira do estado.
O ROMPIMENTO DE JOSÉ PEREIRA
Paralelamente às eleições presidenciais, em 1º de março de 1930 seriam
realizadas eleições para a Câmara dos Deputados e para a renovação de 1/3
do Senado. Ao ser preparada a chapa situacionista paraibana, João Pessoa
defendeu o princípio da não reeleição e propôs o revezamento dos
candidatos.

Mas… manteve a candidatura do já deputado Carlos Pessoa, seu primo


● João Pessoa recebeu um telegrama de José Pereira,
datado de 24 de fevereiro, anunciando seu
rompimento com o governo estadual.
● José Pereira para apoiar a candidatura de Júlio
Prestes
● O dia 24 de fevereiro de 1930, data da cisão no PRP, é
considerado o início do movimento rebelde de
Princesa.
A LUTA ARMADA

Para evitar que as eleições em Princesa viessem alterar seus


planos, João Pessoa ordenou o esvaziamento da máquina
burocrático-administrativa do município, deixando-o “fora da
lei”.

Logo após as eleições de 1º de março, iniciou-se no sertão


paraibano a luta armada
O ASSASSINATO DE JOÃO PESSOA

Em 26 de julho de 1930, ocorreu o fato culminante de todo


esse processo político: João Pessoa foi assassinado em Recife
por João Duarte Dantas. Aliado de José Pereira e de João
Suassuna, João Dantas alimentara durante muito tempo um
intenso rancor contra João Pessoa, acusando-o de cometer
arbitrariedades contra membros de sua família.
A capital da Paraíba - João Pessoa - recebeu esse nome em
homenagem a um político brasileiro, nascido na cidade de Umbuzeiro,
Estado da Paraíba em 21 de janeiro de 1878, e faleceu em Recife,
Estado de Pernambuco em 26 de julho de 1930. De acordo com sua
biografia, o nome completo de João Pessoa é:
a) João Pessoa Cavalcanti Macedo.
b) João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque.
c) João Pessoa Albuquerque de Medeiros.
d) João Pessoa de Sá Dantas.
e) João Pessoa Albuquerque de Paes Barreto.
ADAPTADA) Como explica a professora Alômia Abrantes em seu texto ‘Paraíba Masculina’:
honra e virilidade na Revolução de 1930”, o baião Paraíba, composto por Luiz Gonzaga e
Humberto Teixeira, homenageia o estado ao fazer referência indireta a um conflito interno
entre “coronéis” e o poder público estadual cujas consequências impactaram na política
nacional em 1930. Os versos que fazem alusão ao conflito são: “Paraíba masculina, Muié
macho sim sinhô”; “Eita pau pereira, que em Princesa já roncou”; “Eita Paraíba, Muié macho
sim sinhô.”
A respeito do conflito aludido no baião Paraíba, assinale a alternativa que indica
corretamente o nome dele e sua consequência para a política nacional da época.
a) Guerra dos Mascates. Expandiu o “coronelismo” para o território brasileiro
b) Revolução de 1930. Getúlio Vargas foi eleito o presidente do Brasil
c) A Revolta do Ronco da Abelha. Dividiu as fronteiras das províncias de Pernambuco e
Paraíba
d) A Revolta de Princesa. Assassinato de João Pessoa, candidato a vice-presidente de
Getúlio Vargas.
“Esse estudo traz em sua essência a discussão sobre os fatos que ocorreram na Paraíba,
durante o período da ‘Primeira República’. Fatos estes que vieram a desencadear um
conflito armado, dentro deste estado, entre dois tipos de poder: o ‘poder privado’
[representado, no conflito específico, pelo ‘coronel’ José Pereira Lima] e o ‘poder instituído’
[representado por João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque]. O primeiro, caracterizado pelo
coronel, figura que constituía a base do sistema político da época; e, o segundo,
concentrado nas mãos do chefe político estadual. Fonte: JANUÁRIO, 2009. (Adaptado).
Assinale a alternativa que indica corretamente o nome do conflito aludido no texto acima.
a) Guerra de Canudos
b) Revolução Praieira
c) A Revolta de Princesa
d) A Revolta do Quebra-Quilos
ERA VARGAS
A Revolta Constitucionalista 1932

Foi um confronto armado entre forças


majoritariamente paulistas contra o governo
de Getúlio Vargas, que havia ascendido por
meio da Revolução de 1930
Objetivos
As elites paulistas buscavam reconquistar o comando político que
haviam perdido com a Revolução de 1930, pediam a convocação de
eleições e a promulgação de uma Constituição.
A Paraíba e a Revolução constitucionalista de 1932;
Em 1930, Getúlio Vargas, depois de Comandar o Movimento Revolucionário que depôs o
Presidente Washington Luís, assumiu o Governo do País como ditador, suspendendo a
Constituição em vigor e fechando o Poder Legislativo em todos os níveis, fazendo,
entretanto, a promessa de convocar uma Assembleia Constituinte.

Aquele Movimento Revolucionário foi inspirado nos ideais Tenentistas, uma corrente de
pensamentos políticos seguida pela maioria dos Militares, e que se baseava na efetivação
de profundas mudanças na estrutura do Estado e nos costumes políticos, o que, na
percepção da cúpula dirigente desse movimento só seria possível ser alcançado por meio
de um Poder Executivo forte.

Os Tenentes, denominação dada aos militares e civis integrantes desse movimento,


passaram a ocupar as principais funções de confiança do Governo, inclusive a interventoria
na maioria dos Estados.
Neste contexto tivemos a união dos partidos:

Partido Republicano Paulista x Partido Democrático


Convocação de uma assembleia constituinte
Alimentado por diversos fatores políticos, como as crises que provocaram
constantes mudanças de interventor, e principalmente, alguns incidentes entre
integrantes de grupos Tenentistas e movimentos populares, com as mortes de
estudantes, o clima político foi se agravando até que no dia 09 de julho de 1932,
os dirigentes do movimento, apoiados pelas Unidades das Tropas Federais
sediadas naquele Estado, pelas Polícias Civil e Militar, Organizações civis
armadas, e grande respaldo popular, se declararam rebeldes exigindo a
renúncia de Getúlio e a entrega imediata do Governo a uma Junta Governativa.
Estava deflagrado o movimento.
Portanto, o propósito dos dirigentes políticos nesse movimento era não apenas
redemocratizar o país através da convocação de uma Assembleia Constituinte,
pois eles pretendiam, principalmente, uma forma de os velhos políticos
derrotados pela Revolução de 1930, retomarem ao poder.
Para enfrentar as Forças Revolucionárias Paulistas, o Governo da União convocou
todas as Tropas Federais sediadas nos Estados e as Forças Públicas Estaduais.
Convocada para esse fim, a Polícia Militar da Paraíba se fez presente, participando
com um efetivo de mais de 1.600 homens, distribuídos em quatro Batalhões, que
seguiram deste Estado para o Rio de Janeiro, de onde, junto às Tropas leais ao
Governo Federal, partiram para as frentes de combates, desempenhando papéis de
alta relevância na vitória dos legalistas.
Por ocasião desses fatos a Paraíba era Governada pelo Dr. Gratuliano
de Brito, na condição de Interventor.

INTERVENTOR DA PARAÍBA em 1932


JOSÉ MAURÍCIO - Comandante da PM/PB em 1932
A Revolução Constitucionalista de 1932 é considerada como uma reação do estado de São Paulo por causa
de todo o poder que havia perdido, politicamente falando, desde a Revolução de 1930. A respeito da
Revolução Constitucionalista de 1932, selecione a alternativa correta:
a) Uma das principais exigências dos paulistas era a nomeação de um “paulista e civil” para a interventoria do
estado.
b) Exigiam a criação do Conselho Nacional do Café.
c) Contaram com o apoio de mineiros e gaúchos durante os meses de luta.
d) Após serem derrotados, tiveram de amargar a recusa de Vargas em atender suas exigências.
e) Com o início da revolta, Armando Salles foi preso e expulso do estado durante as negociações de paz
realizadas com o governo.
"João Pessoa, João Pessoa,
Bravo filho do Sertão,
Toda a pátria espera um dia,
A sua ressurreição."
Hino a João Pessoa Eduardo Souto e Oswaldo Santiago

Os
"De sul a norte,
Todos viram a intrepidez,
De um Brasil heróico e forte a raiar no dia três.
Na Paraíba, Terra Santa, terra boa,
Finalmente está vingada, salve o grande João Pessoa.
Doutor Barbado deu o fora, foi se embora,
Não volta mais, não volta mais."
O Barbado foi-se - Lamartine Babo
Os dois trechos acima referem-se ao episódio que ficou conhecido como
a- Revolução de 1930, que foi motivada pela junção de colunas militares originadas no Rio Grande do
Sul e em São Paulo, com ataques de tropas federais ao forte de Copacabana e à aliança de Getúlio
Vargas com João Pessoa para impedir a reeleição de Washington Luís.
b- Movimento Tenentista que foi motivado pela formação da Aliança Nacional Libertadora, com a
união de grupos rivais para dar combate à Coluna Prestes, e à eclosão de movimentos insurgentes em
São Paulo .
c- Revolução de 1930 que foi motivada pelo assassinato de João Pessoa, com formação de uma frente
única composta por setores oligárquicos descontentes e pelos tenentes, entre outros, e pela eclosão
de insurgências no Rio Grande do Sul e em Minas Gerais.
d- Revolução Constitucionalista de 1932 em São Paulo que foi motivada pela oposição a um governo
federal que além de se recusar a promulgar uma nova constituição, exerceu o poder, todo o tempo,
sob estado de sítio, através dos chamados interventores ataques integralistas ao palácio do Catete.
e- Revolução de 1930 que foi motivada pela aliança de Borges de Medeiros com João Neves da
Fontoura para eleger Júlio Prestes e pela recusa de Washington Luís em criar nova política de
valorização do café diante dos efeitos da crise de 1929 e do Plano Cohen.
A Paraíba e a intentona Comunista de 1935;
O que foi a Intentona Comunista?
A Intentona Comunista foi um levante organizado pelo Partido
Comunista em 1935 na tentativa de tirar Getúlio Vargas do poder.
Esse levante aconteceu no Rio de Janeiro, então capital federal, em
Natal (RN) e em Recife (PE).
Contexto
● Período entre Guerras
● Ascensão do Capitalismo e as lutas de classes
● Expansão das ideias comunistas
● Fortalecimento dos poderes políticos totalitário
(nazi-facismo)
Objetivos

Implementar o comunismo no país; Derrubar o governo


autoritário de Vargas; Realizar medidas sociais, políticas,
econômicas mais efetivas; Acabar com o sistema
oligárquico vigente
Líderes
Luís Carlos Prestes
liderou a intentona
contando com o apoio
de Olga Benário,
agente soviética
enviada por Moscou.
● Em março de 1935, foi criada a Aliança Nacional Libertadora, de
orientação comunista e liderada por Luís Carlos Prestes.
● A Ação Integralista Brasileira, liderada por Plínio Salgado, seguindo a
linha fascista, entrou em confronto com a ANL
● Em julho de 1935, a ANL foi posta na ilegalidade
● A Intentona Comunista começou em 23 de novembro de 1935, com a
revolta deflagrada em Natal (RN) e, no dia seguinte, em Recife (RN). O
levante começou no Rio de Janeiro em 27 de novembro.
A participação da PM da Paraíba no combate à intentona
Comunista de 1935 em Natal
A Polícia Militar da Paraíba participou no combate à Intentona Comunista de 1935 em Natal.

Com o emprego de cerca de 230 homens, comandados pelo Tenente Coronel Elias Fernandes, e com a
importante participação do Tenente Manoel Benício, a tropa paraibana prendeu os líderes do movimento e
apreendeu os bens que eles tinham saqueado do comércio de Natal.

O Governador da Paraíba, Argemiro de Figueiredo, começou a mobilizar a Força Pública, denominação da


Polícia Militar na época, objetivando guarnecer a Capital e as fronteiras da Paraíba com o Rio Grande do Norte.
Limites com o RN e suas composições militares
● Em Pombal, o Capitão Jacob Frantz contava com um efetivo de 200
homens para seguir para Caicó.
● Em Santa Luzia, o Tenente João Alves de Lira aprontou 300 homens
● Em Patos, o Prefeito Adalgísio Olyntho e o Tenente Vicente Chaves,
contavam com 200 homens armados, prontos para invadir
Barreiras-RN.
● Em Picuí, o Tenente Severino Lins, dispunha de 300 homens.
● Em Brejo do Cruz foi formado um efetivo de 100 homens pelas
lideranças locais.
Conclusão
O Levante foi sufocado, e Getúlio aproveitou-se do clima de
instabilidade e medo para dar um segundo golpe - surgindo sua
terceira fase no poder político, o Estado Novo.
A Paraíba e a Segunda Guerra Mundial
(1939-1945) http://www.al.pb.leg.br/5611/alpb-lembra-participao-do-brasil-na-ii-guerra.html

Tempo histórico - Estado Novo, última fase do Governo Vargas

Contou com o apoio do exército e de outras forças antidemocráticas

Características - autoritarismo e a centralização do poder nas mãos do chefe


político federal
Fases

1937- 1942: caracterizou-se pelas reformas mais significativas e pela tentativa


de legitimação do novo regime.

1942-1945: com a entrada do Brasil na guerra, ao lado dos aliados, as


contradições do regime ficaram explícitas. Para isso, investimentos em
propagandas políticas e perseguição aos opressores
“Aos meios de
comunicação cabia a tarefa
de exaltar a figura de
Vargas, não só como
conciliador entre as classes
e protetor dos oprimidos,
mas também como
realizador do progresso
material, o que significava
vencer o atraso.”
Enquanto isso… o mundo vivia a Segunda
Guerra Mundial
Contexto
❖ fortalecimento Partido Nazista
❖ revanchismos causados durante a Primeira Guerra
❖ Alemanha estava sob fortes tensões sociais e econômicas
❖ ascensão de governos totalitários
❖ expansionismo Alemão
Blocos rivais

O grupo dos aliados era composto, principalmente, por Reino


Unido, França, União Soviética e Estados Unidos.
O grupo dos aliados era composto, principalmente, por Reino
Unido, França, União Soviética e Estados Unidos.
Atenção!!!!! Brasil na Segunda Guerra Mundial

O Brasil, durante a Segunda Grande Guerra, apoiou os Aliados. Isso


aconteceu porque a nação brasileira era muito próxima com os Estados
Unidos e, por isso, teve seus navios atacados por submarinos alemães.

Nesse período, os soldados da Força Expedicionária Brasileira foram


levados até o front de batalha na Itália e participaram de combates
decisivos para o desfecho do conflito mundial.
Efeitos da Guerra no Brasil
1. racionamento de combustível e alimentação;
2. carestia nos preços de gêneros alimentícios;
3. alteração nos modos de vida cotidianos, com “toques de recolher”;
4. perseguição do governo brasileiro aos imigrantes (especialmente
italianos, japoneses e alemães);
5. impactos na esfera cultural, com os festejos carnavalescos
explicitando o enredo da guerra;
6. alterações na educação, cujos espaços formais e não formais passaram
a educar sobre e para a guerra;
O Brasil se manteve neutro no conflito até meados do ano de 1942.

Devido às relações econômicas e aos acordos diplomáticos da Política da Boa


Vizinhança , começou a sofrer pressão dos Estados Unidos para se posicionar
ao lado dos Aliados.

Brasil rompeu as relações com Alemanha e Itália, tendo como consequência


sofrido sucessivos ataques aéreos e torpedeamentos de navios no litoral do
Nordeste
Ruy Carneiro, interventor do estado da Paraíba de 1940 a 1945

Se ateve a uma política assistencialista, um político preocupado com o destino do


povo.

Foi porta-voz do Governo de Getúlio Vargas

Atuou, juntamente com as elites políticas do período, a fim de construírem um


ideal patriótico necessário para a entrada do Brasil na guerra.
A partir da entrada oficial do Brasil na guerra, o país passou a ocupar espaço
de destaque na coluna, sendo noticiadas informações gerais sobre o processo
de preparação militar para a ida da Força Expedicionária Brasileira (FEB) e da
Força Aérea Brasileira (FAB) aos campos de batalha na Europa.

o atentado do dia 18 de agosto do ano de 1942 foi decisivo para os rumos do


país e o interventor da Paraíba fez questão de fazer seu pronunciamento em
nome do estado paraibano, em matéria do dia 22 de agosto, sob o título “A
Paraíba está como um só homem nessa luta contra os inimigos da civilização e
da liberdade”:
Ligas Camponesas
As ligas camponesas foram associações de trabalhadores rurais criadas inicialmente
no estado de Pernambuco, posteriormente na Paraíba, no estado do Rio de Janeiro,
Goiás e em outras regiões do Brasil, que exerceram intensa atividade no período
que se estendeu de 1955 até a queda de João Goulart em 1964.

O movimento que se tornou nacionalmente conhecido como “ligas camponesas”


iniciou-se, de fato, no engenho Galiléia, em Vitória de Santo Antão, nos limites da
região do Agreste com a Zona da Mata de Pernambuco.

O movimento foi criado no dia 1º de janeiro de 1955 e autodenominou-se Sociedade


Agrícola e Pecuária de Plantadores de Pernambuco (SAPPP)
Contexto
O surgimento das Ligas Camponesas foi devido ao processo de industrialização incentivado
durante o governo JK, na década de 1950, pois a intensificação da mecanização da
produção agrícola produziu desemprego e redução de salários, aumentando a insatisfação
social das populações pobres da zona rural nordestina.

O caráter dessas organizações abandonava as antigas medidas assistencialistas, passando


a assumir uma atuação política mais ativa na luta pelos direitos dos trabalhadores rurais e
pela distribuição de terras.

As ligas camponesas sofreram forte repressão da polícia e dos grandes proprietários de


terras

As reivindicações das ligas camponesas foram fortalecidas com as medidas do governo de


João Goulart, as Reformas de Base, lançadas em 1963, cujo pilar da política para o campo
era justamente a reforma agrária.
Desfecho
As ligas camponesas foram totalmente reprimidas durante a ditadura
civil-militar e seus principais líderes foram presos. Entretanto, a
reivindicação dos trabalhadores rurais pela distribuição de terras no Brasil
foi novamente retomada na década de 1980, podendo-se considerar o
Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) como um continuador da
luta empreendida pelas ligas camponesas.
E na Paraíba… Sapé
O líder camponês, João Pedro Teixeira, nasceu em 04 de
março de 1918, na cidade de Pilõezinhos, na época
distrito de Guarabira/PB.

Homem negro, camponês, pai de 11 filhos e esposo de


Elizabeth Teixeira, vindo da pobreza rural, lutou por
uma melhoria de vida para as famílias camponesas
oprimidas pelos latifundiários.

A sua luta por justiça social, por reforma agrária,


educação e direitos dos/as trabalhadores/as rurais levou
ao seu assassinado, fazendo-o entrar para a história
como um mártir da luta pela terra e um herói da Pátria.
Influenciados pela experiência das Ligas
Camponesas do Engenho Galileia, os
camponeses João Pedro Teixeira, João Alfredo
Dias ("Nego Fuba") e de Pedro Inácio de
Araújo("Pedro Fazendeiro"), fundaram em
1958, a Associação dos Lavradores e
Trabalhadores Agrícolas de Sapé.

Tinham como objetivos iniciais prestar


assistência social aos arrendatários e
pequenos proprietários rurais e defender seus
direitos.

Reivindicavam o fim do “Cambão” - obrigação


de trabalhar alguns dias de graça na
propriedade de fazenda

E pelo direito de plantar e colher nas terras


arrendadas
Em 1961, após resistir à desocupação das terras que ocupava com a mulher e os
filhos, João Pedro Teixeira tornou-se alvo de represálias violentas.

Acabou assassinado em abril de 1962 a mando dos fazendeiros Agnaldo Veloso


Borges e Pedro Ramos Coutinho, que pretendiam assim intimidar as lideranças
camponesas da Paraíba.
Ligas Camponesas e tragédia de Mari - PB

Em Mari, uma das formas de driblar a difícil situação no campo, era a


realização dos mutirões, os quais reuniam dezenas de homens para o plantio
em áreas de descanso cedidas pelos proprietários.

Liderança: Antônio Galdino da Silva


No dia 15 de janeiro de 1964 pela manhã, Galdino, junto com seus companheiros
tentaram mobilizar trabalhadores camponeses das Fazendas Olho d’ Água e
Santo Antônio (ambas localizadas em Mari) para participarem do mutirão a ser
realizado naquele dia.

Ao final, Galdino e os camponeses se envolvem em uma discussão com Arlindo


Nunes da Silva, administrador da fazenda de Santo Antônio .

Posteriormente, o saldo dessa confusão é a morte de diversas pessoas, incluindo


o próprio Galdino e alguns camponeses.

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