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História do Brasil

Assunto: Brasil Imperial


Brasil Imperial – Primeira Parte

1 Assunto:Primeiro Reinado (1822-1831)

Assunto:Período Regencial (1831-1840) – parte 1


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A opção pela monarquia: forma de se evitar a fragmentação dos
territórios em repúblicas (experiência ocorrida na América espanhola)

12 de outubro de 1822 : aclamação de D. Pedro I

1º de dezembro de 1822: coroação de D. Pedro I

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Plano internacional: o reconhecimento externo da
independência
– A rejeição inicial dos vizinhos latino-americanos (contexto
conturbado e desconfiança)

– Estados Unidos: maio de 1824

– Portugal: reconhecimento condicionado à privilégios - tarifa


de 15% sobre mercadorias portuguesas; pagamento de
indenização à Portugal (12 899 : 856 $ 276 réis)

– África: reações em várias nações integradas ao Império


português – proposta de união com o Brasil por mercadores
de escravos da Guiné, Angola e Moçambique; Reino do
Daomé reconheceu a independência.
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• As pressões da Inglaterra pela extinção do tráfico
negreiro.
– 1825 – 1826 : Assinatura de um novo tratado entre Brasil
e Inglaterra – parte do reconhecimento da
independência pela Grã-Bretanha – comprometimento
brasileiro com a extinção do tráfico.
– 1826 – 1827 – um novo tratado considerava piratas os
navios envolvidos no comércio de escravos.
– 1826-1829: a média anual das importações de escravos
para o Brasil saltou de 40 para 60 mil.

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• A defesa do tráfico e da escravidão esteve no cerne
da formação do Império
– Os fundadores do Império mantiveram um discurso de
“abolição gradual”, na mesma medida em que
aparelhavam o Estado para defender de maneira estável
a ordem escravista.
– O mais importante era garantir a continuidade das
relações comerciais
• Não se tocava na escravidão, na monocultura ou na
grande propriedade.

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A Assembleia Constituinte de 1823

– Grupos políticos:
• Liberais moderados: Defendiam a monarquia constitucional, sujeita à divisão de
poderes e que conferisse maiores prerrogativas à Câmara dos Deputados e
autonomia ao judiciário. Nada de projetos democráticos e populares na condução
do país.

• Liberais exaltados : Defendiam o sistema federalista, a separação da Igreja e do


Estado, o incentivo á indústria nacional, o sufrágio universal, a emancipação gradual
de escravos e, em alguns casos, a implantação de uma República democrática.
Mostravam-se atentos à extensão da cidadania e à redução das desigualdades.

• Partido Português : Reivindicava poderes absolutos para d. Pedro I e reunia não só


os lusitanos, mas também alguns nacionais que advogavam a existência de uma
monarquia absoluta.

• Bonifácios : Facção liderada por José Bonifácio que defendia uma monarquia forte,
mas constitucional e centralizada, assim como pretendia abolir o tráfico e
gradualmente a escravidão.

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• A constituição da Mandioca
• Critério censitário: baseado na renda anual equivalente a 150
alqueires de farinha de mandioca – influência da elite agrária
• Organização dos três poderes: legislativo (Assembleia Geral –
câmara dos deputados e senado)
• Deputados com mandato de 4 anos
• Senadores vitalícios
• Judiciário compostos por juízes e tribunais
• Estabelecimento do predomínio do Poder Legislativo sobre o
Executivo
• Proibição do direito de participação política aos estrangeiros

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• 12 de novembro de 1823 : Noite da Agonia
• O Imperador cercou e dissolveu a Assembleia
• Os deputados resistiram e o Imperador assinou um decreto
fechando a Constituinte

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A Constituição de 1824

– Texto elaborado por um grupo restrito de confiança do


Imperador: dez pessoas (brasileiros natos e juristas,
membros do Conselho de Estado, criado em 1823, e
formados em Coimbra).
– Texto elaborado em 15 dias e teve como base o projeto
da Mandioca.
– Forma de governo monárquica, hereditária,
constitucional e representativa
– O país dividia-se em províncias
– 4 poderes

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– O poder moderador
• Uso privativo do imperador
• Situado acima dos demais poderes
• Atribuição de :
– Nomear e demitir livremente ministros de Estado, membros vitalícios
do Conselho de Estado, presidentes de província, autoridades
eclesiásticas, Senado Vitalício, magistrados do poder judiciário, nomear
e destituir ministros do Poder Executivo.

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• Eleições censitárias e indiretas em dois turnos:

• 1º turno: votantes escolhiam eleitores (um eleitor por cem


domicílios)
• 2º turno: eleitores escolhiam deputados e senadores (estes
últimos, lista tríplice da qual o imperador escolhia o candidato
de sua preferência)
• Critério dos votos: 100 mil-réis anuais nas eleições de 1º turno
e 200 mil-réis anuais nas eleições de 2º turno. Idade mínima de
25 anos. Libertos votavam nas eleições primárias. Permissão
do voto do analfabeto.

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• Subordinação da Igreja ao Estado (sistema de
padroado)
• Alto grau de centralização de poderes nas mãos do
imperador através do Poder Moderador
• Ignorou a escravidão

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A Confederação do Equador (1824)

– Estopim da revolta: nomeação – pelo poder central – do


governador Pais Barreto

– Primeira reação à política absolutista e centralizadora do


governo de d. Pedro I

– O movimento com raízes na Guerra dos Mascates (1710-


1711) e na Revolução Pernambucana (1817)

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– O desdobramento do movimento:
• Os liberais de Pernambuco pressionaram Pais Barreto pela renúncia e o
substituíram por Manuel Pais de Andrade.
• D. Pedro I requisitou a recondução de Pais Barreto ao cargo e foi ignorado.
• O Imperador envia para o Recife dois navios de guerra.
• Eclosão do levante.
• 2 de julho de 1824: os revolucionários proclamam a independência de
Pernambuco.
• A Confederação do Equador deveria formar um Estado federalista e
independente constituído pelas províncias do Piauí, Ceará, Rio Grande do
Norte, Alagoas, Sergipe, Paraíba e Pernambuco. No entanto, além de
Pernambuco, apenas algumas vilas da Paraíba e do Rio Grande do Norte e
especialmente do Ceará aderiram ao movimento.
• 12 de setembro : forças terrestres lideradas por Pais Barreto atacaram o
Recife e em cinco dias derrotaram os rebeldes.
• Abril de 1825: execução dos condenados.

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• Continuidade da guerra na Cisplatina - Independência do Uruguai (1828)

• As crises finais e o fim do reinado de d. Pedro I

– Os efeitos dos acontecimentos externos: a conjuntura revolucionária de 1830 – a queda


de Carlos X na França
– 20 de novembro de 1830 – o assassinato do jornalista Líbero Badaró em São Paulo
– A câmara dos deputados encerra seus trabalhos em 30 de novembro e exige reformas
constitucionais
– 11-16 de março de 1831 – “Noite das Garrafadas”
– D. Pedro I tenta formar um ministério de brasileiros para contemporizar a situação
– 5 de abril : sem conseguir controlar a oposição crescente a seu governo, d. Pedro forma
um novo ministério integrado por elementos de seu círculo íntimo de relações
– 7 de abril: d. Pedro I abdica do trono brasileiro em favor de seu filho.

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O
Período Regencial
(1831-1840)

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Aspectos gerais
• A emancipação política de 1822 consolidou-se em
torno da corte, isto é, do Rio de Janeiro, privilegiando a
instituição monárquica e a unidade nacional.

• O sentimento autonomista era, porém, forte nas


províncias: desfeita a unidade do Império luso-
brasileiro como consequência da ruptura com Lisboa, o
debate girava ao redor de dois programas políticos
decididamente antagônicos: o centralismo da corte,
de um lado, e o autogoverno provincial, de outro.

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• Por força da lei o príncipe regente não podia
assumir o governo do Estado até completar a
maioridade, aos dezoito anos.

• A primeira das reações foi a abertura de um amplo


debate acerca da desmedida centralização política e
administrativa imposta pelo Rio de Janeiro.

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A Regência Trina Provisória (abril-junho/1831)

– Francisco de Lima e Silva (militar de atuação política


consolidada)

– Nicolau Pereira de Campos Vergueiro (advogado


formado em Coimbra e ligado ao grupo paulista dos
Andrada, que voltava a mandar na política nacional)

– José Joaquim Carneiro de Campos (marquês de


caravelas, formado em Coimbra, ajudou a redigir o texto
da Constituição de 1824)

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A Regência Trina Permanente ( 1831-1835)

– José da Costa Carvalho (marquês de Monte Alegre,


estudou Direto em Coimbra, eleito deputado pela Bahia)
– José Bráulio Muniz (atuou no jornal Farol Paulistano, era
natural do Maranhão)
– Francisco de Lima e Silva
– Havia, na composição da Regência uma tentativa de
centralizar o poder e equilibrar ânimos, reunindo
representantes do Norte, Nordeste e Sudeste.

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– Medidas, acontecimentos e contexto sociopolítico:

• Reforma das Escolas de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro e


de Salvador, convertendo-as em Faculdades e conferindo-lhes
mais autonomia
• Reforma do Legislativo, capaz de limitar o exercício do Poder
Moderador partilhado pelos regentes e aumentar a
preeminência dos deputados e senadores sobre o Executivo.

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• Criação da Guarda Nacional (1831) :
– força pública a ser usada pelo poder central para conter manifestações
e motins.

– Seria constituída a partir de um contingente populacional espalhado


pelas províncias, mas vinculada ao ministro da Justiça. Cidadãos
eleitores – entre 21 e sessenta anos – eram obrigados a se listar.

– A Guarda Nacional era um instrumento para garantir a ordem e conter


revoltas locais.
– Também entrava na conta das elites políticas das diferentes províncias
o direito de escolherem os coronéis e majores de legião da Guarda
Nacional.

• Código de Processo Criminal : autonomia jurídica para as


províncias.
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• Partidos políticos :
– Liberal Moderado,
– Liberal Exaltado
– Restaurador

• A ascensão política de Diogo Antônio Feijó :

– padre, liberal, ministro da justiça,


– idealizador da Guarda Nacional.
– Embates com José Bonifácio, que – sob acusação de tramar contra a
Regência – foi preso e exilado na Ilha de Paquetá.

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1832: Cabanada – Pernambuco

– rebelião que congregou índios, escravos fugidos, posseiros e


proprietários rurais.
– Expressavam interesses diversos e resistiram bravamente por
quatro anos.
– Era sobretudo uma população desfavorecida que manifestava sua
incompreensão da abdicação de d. Pedro I.
– Catalisavam com sua resistência um conjunto amplo de
insatisfações de grupos cujos interesses foram contrariados com
a abdicação: militares que não queriam ser rebaixados;
proprietários rurais que queriam expandir seu poder de mando;
burocratas que dependiam de seus empregos; a elite de alagoas
que se beneficiou em termos de autonomia com a Coroa, e, claro,
os cabanos propriamente ditos, que sentiam ameaçados pelo
novo governo.
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– Pra todos eles, a bandeira da restauração significava a esperança de um futuro
que trouxesse de volta um passado recente. O movimento foi derrotado, em
1835, por Manuel de Carvalho Pais de Andrade, o mesmo que proclamara a
Confederação do Equador e agora presidia a província.

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• O Ato Adicional (1834): tentativa de reler a Constituição de
1834. Dissolveu o Conselho de Estado, criou Assembleias
Legislativas provinciais (que deveriam dar maior autonomia
para as províncias), estabeleceu um município neutro na corte,
mas manteve a vitaliciedade do Senado. Centralizava, na figura
de um só regente com mandato de quatro anos, e
descentralizava, por meio das Assembleias provinciais.

• Primeira eleição para regente uno: vitória do padre Diogo


Antônio Feijó

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