HISTÓRIA DO BRASIL – PROF.

ELVIS JOHN

PRIMEIRO REINADO principais razões para tal, compreendida

sobretudo em uma tentativa de evitar o
REBELIÕES CONTRA A INDEPENDÊNCIA E O
desmembramento territorial, além da
RECONHECIMENTO EXTERNO
manutenção do status quo de parte da elite
O processo de independência brasileiro, apesar brasileira – educada em Coimbra e nos moldes da
de aparentemente pacífico, foi marcado por realeza europeia. Cria-se então o Estado
diversas revoltas na Bahia, Piauí, Maranhão, Grão- monárquico como portador de um projeto de
Pará e Cisplatina. O governo responde nacionalidade, cuja base territorial é um dos
ofensivamente a estes movimentos, sobretudo principais símbolos de riqueza.
contra estrangeiros – em sua maioria portugueses
-, milícias e populares. Os agentes de repressão
foram, principalmente, mercenários ingleses –
liderados pelo Lord Cochrane e John Grenfell -, o
que desencadeou desde já em um endividamento
do Império brasileiro.
Os países latinos, da antiga América Espanhola,
em um primeiro momento não reconheceram a
emancipação e a estrutura monárquica brasileira.
Entretanto, deste mesmo continente, em maio de
1824, os Estados Unidos emergem como o QUESTÕES POLÍTICAS
primeiro a reconhecer a independência perante
A partir da opção pelo modelo de monarquia
Portugal. Já este país, reconheceu no ano
constitucional, foi necessária a instauração de
seguinte, em 1825, através do intermédio inglês,
uma Assembleia Constituinte em 1823. Em um
ao acordar o estabelecimento de uma tarifação
primeiro momento, venceu o projeto do grupo
alfandegária especial somado ao pagamento
Coimbrão, de viés conservador e liderado por
compensatório de 2 milhões de libras esterlinas –
José Bonifácio e pelos Andradas. Porém, esta
emprestados também pela Inglaterra. Logo,
Assembleia também foi palco simbólico das
desde seus primeiros anos, a nação brasileira
cisões pós independência de grupos políticos,
avolumava endividamentos externos.
representados principalmente pelo Partido
SIMBOLISMO Português, Partido Brasileiro e os Bonifácios.
Durante as primeiras décadas do século XIX, o Produz-se o projeto conhecido como Mandioca,
continente americano via-se imerso em uma série que pautava o seguinte ideário:
de movimentos emancipacionistas, que
• Monarquia representativa hereditária
desencadearam na instauração de regimes
republicanos. Entretanto, o Brasil optou pelo • 3 poderes independentes (Executivo, Legislativo
regime monárquico, governado por um e Judiciário)
português, D. Pedro I. Cabe refletir acerca das • Senado vitalício

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• Câmara dos Deputados (Assembleia Geral) –

não podia ser dissolvida pelo Imperador
• Voto censitário (valor referencial: alqueire de
mandioca)
• Proibição de estrangeiros em cargos públicos
• Maior poder para o Legislativo
No entanto, o projeto foi marcado por uma série
de problemas políticos. Pedro I, apoiado pelo
Partido Português, se coloca contrário às elites A ESCRAVIDÃO E A CONSTRUÇÃO DO
brasileiras, sob a alegação que queriam reduzi-lo IMPÉRIO
a um Imperador fantoche, isto é, com poder
Desde o princípio do governo imperial, havia uma
extremamente limitado. Por esta razão, em 12 de
orientação de Bonifácio – figura contrária ao
novembro de 1823 é deflagrada a Noite da
continuísmo do tráfico negreiro – que visava o fim
Agonia, que culminou na dissolução da
gradual do tráfico negreiro. Inclusive, o artigo 254
Assembleia Constituinte, além da prisão de
da Constituição de 1824 previa sua extinção a
deputados e desterro dos Andradas.
médio prazo.
Logo, o imperador D. Pedro I, reunido com 10
Entre 1826 e 1827 havia a orientação de
políticos de sua confiança, outorga a Constituição
reconhecimento dos navios negreiros como
de 1824, que apresentava as seguintes
piratas, originando o que popularmente ficou
características:
conhecido como lei para inglês ver. Já a partir de
• Monarquia hereditária e vitalícia 1826 a 1830, a possibilidade real do tráfico,
• 4 poderes (Executivo, Legislativo, Judiciário e aumentou seu número de 40 mil escravos anuais
Moderador) existentes no início desta década para 60 mil.
Nota-se uma política de abolição gradual
• Voto censitário (valor referencial: renda anual) e
concomitante ao aparelhamento do Estado para
descoberto
manutenção do sistema escravista.
• Eleições indiretas e em dois turnos (1º turno:
CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR (1824)
escolha de eleitores na proporção de 1 para 100
domicílios; 2º turno: elegiam-se os deputados e Este movimento de cunho republicano e
senadores. Estes últimos em listas tríplices, onde separatista eclodiu em Pernambuco pelas
o imperador escolhia o candidato de sua seguintes razões:
preferência). • Imposição da Constituição de 1824
• Centralização do poder • Criação do Poder Moderador
• Catolicismo como religião oficial (Domínio do • Dissolução da Assembleia Constituinte na Noite
Estado sobre a Igreja: Padrado e Benefício) da Agonia
• Liberdade religiosa em âmbito privado • Lembranças da Revolução Pernambucana
(1817)
• Questões econômicas, relativas à crise
açucareira e algodoeira

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• Influência de ideais liberais, republicanos e e esta resolução trouxe grandes prejuízos aos
federativos cofres brasileiros.
O desenvolvimento deste movimento se deu a SUCESSÃO DO TRONO PORTUGUÊS
partir de jornais como o Tifis Pernambucano de Em 10 de março de 1826, o rei de Portugal, D.
Frei Caneca e A Sentinela de Cipriano Barata, que João VI, morre. Seu filho, D. Pedro I, abdica de
se constituíram como importantes críticos da seus direitos do trono português em favor de sua
situação política e social da região. Para agravar a filha D. Maria da Glória, que na época tinha
situação, D. Pedro I nomeia um novo governador apenas 7 anos, sob a regência de seu irmão, D.
para Pernambuco: Francisco de Pais Barreto, Miguel. Entretanto, ele instaura um golpe de
contrariando a vontade da maioria dos eleitores: Estado, retirando a sobrinha e intitulando-se
Manuel Pais de Andrade. Eclode então no dia 02 como o novo rei de Portugal. Este fato levou D.
de julho de 1824 a Confederação do Equador, Pedro I a entrar em guerra com seu irmão,
lideradas pelos nomes destacados acima. aumentando os gastos brasileiros com o conflito,
O movimento tinha como propostas principais: desencadeando mais críticas a seu governo.
• República Federativa – baseado principalmente CRISE ECONÔMICA
na experiência dos Estados Unidos Além da crise política e dos altos gastos do
• Supremacia do poder Legislativo imperador, outra questão era a grande
concorrência internacional que o açúcar e o
• Constituição baseada no modelo da Colômbia
algodão enfrentavam. Os tratados que
• Abolição do tráfico de escravos – medida que privilegiavam a Inglaterra eram extremamente
rompe com os anseios aristocráticos prejudiciais a realidade brasileira. Somado a estes
• Enviar emissários para outros estados próximos pontos, havia também os gastos adquiridos com
o reconhecimento da Independência brasileira, a
• Brigadas populares.
falência do Banco do Brasil, os inúmeros
Para reprimir o movimento, mais uma vez, foram empréstimos adquiridos com a Inglaterra, o
contratados os mercenários Ingleses, que agiram aumento da inflação e os gastos para sufocar a
em conjunto com as tropas do governo. Logo, a Confederação do Equador (1824).
Confederação do Equador foi amplamente
CRISE DO IMPÉRIO
reprimida, desencadeando na execução, punição
e fuga de suas principais lideranças. Como é possível perceber, o breve governo de D.
Pedro I enfrentava uma grave crise, agravada com
QUESTÃO DA CISPLATINA
o assassinato do jornalista e membro do Partido
Em 19 de abril de 1825, Juan Antônio Lavalleja Brasileiro: Líbero Badaró. Por ser grande crítico ao
iniciou o movimento que visava libertar esta imperador e sua maneira de conduzir a política
região, que historicamente desencadeou brasileira, a morte de Badaró gerou grande
conflitos anteriormente entre Espanha e Portugal, comoção nacional, levando a questionamentos
e nesta conjuntura, entre Argentina e Brasil. Com ao Império das causas desta morte. Visando
intermédio inglês, a solução encontrada para apaziguar as ações de diversos setores do país, o
resolver este impasse foi o surgimento de um imperador resolveu fazer visitas diplomáticas a
Estado independente, a partir da criação da determinas províncias. No entanto, ao chegar em
República Oriental do Uruguai em 28 de agosto Minas Gerais foi pessimamente recebido pela
de 1825. Vale destacar que a perda desta região oposição, com vaias e gritos do nome de Líbero
Badaró. No retorno a capital, D. Pedro I foi

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recebido com festa pelo Partido Português, o que c) os autores românticos foram importantes no
levou ao choque com membros do Brasileiro, período por produzirem uma literatura que
gerando a conhecida Noite das Garrafadas em 13 expressava aspectos da natureza, da história e das
de março de 1831. sociedades locais.
Mais uma vez, objetivando acalmar a situação, o d) a população nativa foi considerada a mais
imperador nomeia um ministério somente com original dentro do Romantismo e, graças à
brasileiros, mas com a permanências das atuação dos literatos, os indígenas passaram a ter
inúmeras tensões, demite-os e nomeia ministros direitos políticos que eram vetados aos negros.
portugueses, desencadeando protestos e motins.
Não encontrando saída e estabilidade para 02. (FUVEST) Tornando da malograda espera do
manter seu governo, e com receio de perder o tigre, 1alcançou o capanga um casal de velhinhos,
trono e em consequentemente desencadear no 2
que seguiam diante dele o mesmo caminho, e
fim de sua dinastia no Brasil, D. Pedro I abdica do conversavam acerca de seus negócios
trono em 7 de abril de 1831 a favor de seu filho, particulares. Das poucas palavras que apanhara,
Pedro de Alcântara. Entretanto, como “Pedrinho” percebeu Jão Fera 3que destinavam eles uns
tinha apenas 5 anos de idade, instaura-se uma cinquenta mil-réis, tudo quanto possuíam, à
regência no Brasil. compra de mantimentos, a fim de fazer um
moquirão*, com que pretendiam abrir uma boa
roça.
EXERCÍCIOS
–Mas chegará, homem? perguntou a velha.
01. (UNICAMP) Um elemento importante nos
anos de 1820 e 1830 foi o desejo de autonomia –Há de se espichar bem, mulher!Uma voz os
literária, tornado mais vivo depois da interrompeu:
Independência. (...) O Romantismo apareceu aos
–Por este preço dou eu conta da roça!
poucos como caminho favorável à expressão
própria da nação recém-fundada, pois fornecia –Ah! É nhô Jão!
concepções e modelos que permitiam afirmar o Conheciam os velhinhos o capanga, a quem
particularismo, e portanto a identidade, em tinham por homem de palavra, e de fazer o que
oposição à Metrópole (...). prometia. Aceitaram sem mais hesitação; e foram
CANDIDO, Antonio. O Romantismo no Brasil. São Paulo: Humanitas, mostrar o lugar que estava destinado para o
2004, p. 19.
roçado.
Tendo em vista o movimento literário
Acompanhou-os Jão Fera; porém, 4mal seus
mencionado no trecho acima, e seu alcance na
olhos descobriram entre os utensílios a enxada, a
história do período, é correto afirmar que
qual ele esquecera um momento no afã de
a) o nacionalismo foi impulsionado na literatura ganhar a soma precisa, que sem mais deu costas
com a vinda da família real, em 1808, quando ao par de velhinhos e foi-se deixando-os
houve a introdução da imprensa no Rio de Janeiro embasbacados.
e os primeiros livros circularam no país. ALENCAR, José de. Til.

b) o indianismo ocupou um lugar de destaque na * moquirão = mutirão (mobilização coletiva para auxílio mútuo, de caráter
gratuito).
afirmação das identidades locais, expressando
um viés decadentista e cético quanto à civilização
nos trópicos.

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Considerada no contexto histórico-social trabalho escravo, mas incapaz de obter

figurado no romance Til, a brusca reação de Jão fornecimento regular e estável dessa mão de
Fera, narrada no final do excerto, explica-se obra.
a) pela ambição ou ganância que, no período,c) Não obstante pressões britânicas contra o
caracterizava os homens livres não proprietários.
tráfico negreiro em direção ao Brasil, ele se
b) por sua condição de membro da Guarda manteve alto, contribuindo para que a ordem
Nacional, que lhe interditava o trabalho na nacional surgida com a Independência fosse
escravista.
lavoura.
d) Desde o final do século XVIII, criaram-se as
c) pela indolência atribuída ao indígena, da qual
condições para que a economia e a sociedade do
era herdeiro o “bugre”.
Império do Brasil deixassem de ser escravistas,
d) pelo estigma que a escravidão fazia recair pois o tráfico negreiro estava estagnado.
sobre o trabalho braçal.
e) Rapidamente, o Brasil aderiu à agenda
e) pela ojeriza ao labor agrícola, inerente a sua antiescravista britânica formulada no final do
condição de homem letrado. século XVIII, firmando tratados de diminuição e
extinção do tráfico negreiro e acatando as
imposições favoráveis ao trabalho livre.
03. (FUVEST) Examine o gráfico.

04. (UNICAMP) Para Portugal, não era

interessante trazer para o Brasil imigrantes de
estados possuidores de colônias, tais como
França, Inglaterra, Holanda e Espanha. Abrir as
portas da colônia e, depois, do recém-criado
império do Brasil poderia significar um risco. Daí,
a preferência por imigrantes dos estados alemães,
da Suíça, e da Itália. Pedro I continuou essa
política enfatizando que era necessário apoiar o
desenvolvimento da agricultura, pelo aliciamento
de bons colonos que aumentassem o número de
braços dos quais necessitávamos.
(Adaptado de João Klug, “Imigração no Sul do Brasil, em Keila Grinberg e
Ricardo Sales (org.). O Brasil Imperial. v. III. 1870-1889. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2009, p. 247.)
O gráfico fornece elementos para afirmar:
Assinale a alternativa correta.
a) A despeito de uma ligeira elevação, o tráfico
negreiro em direção ao Brasil era pouco a) A grande entrada de imigrantes no Brasil
significativo nas primeiras décadas do século XIX, ocorreu a partir do Primeiro Reinado, em função
pois a mão de obra livre já estava em franca do fim do tráfico negreiro e da maciça
expansão no país. propaganda promovida pelo governo brasileiro
na Europa.
b) As grandes turbulências mundiais de finais do
século XVIII e de começos do XIX prejudicaram a b) No Primeiro Reinado, a entrada de imigrantes
economia do Brasil, fortemente dependente do associava-se ao incremento da produção agrícola
e tinha em conta o cenário internacional, no qual

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as metrópoles europeias disputavam territórios e O processo de independência do Brasil foi

riquezas. marcado por diversas características. Sobre esse
c) Em meio à corrida imperialista do século XIX, tema, fazem-se as seguintes afirmações.
Portugal empenhou-se pelo fim da escravidão em I. A instalação da Corte portuguesa no Rio de
Lisboa e do tráfico negreiro em suas colônias Janeiro em 1808 representou uma alternativa
africanas. para o contexto de crise política da Metrópole e
d) A imigração no Brasil surgiu como questão a a possibilidade de estruturar um império luso-
partir da implantação da Lei Áurea, que alterou os brasileiro na América.
modos de pagamento do trabalho livre. II. Da mesma forma que nos demais países da
América Latina, o Brasil independente tornou-se
monárquico, liberal e, rapidamente, urbano.
05. (FUVEST) A Constituição Brasileira de 1824
III. O projeto de D. Pedro, ao proclamar a
colocou o Imperador à testa de dois Poderes. Um
independência, era ampliar o controle das Cortes
deles lhe era “delegado privativamente” e o
portuguesas sobre o Brasil, além de acabar com a
designava “Chefe Supremo da Nação” para velar
escravidão.
sobre “o equilíbrio e harmonia dos demais
Poderes Políticos”, o outro Poder o designava Com base nas afirmações, assinale a alternativa
simplesmente “Chefe” e era delegado aos correta.
Ministros de Estado. Estes Poderes eram a) Apenas a afirmação I está correta.
respectivamente:
b) Apenas as afirmações I e II estão corretas.
a) Executivo e Judiciário.
c) Apenas as afirmações I e III estão corretas.
b) Executivo e Moderador.
d) Apenas as afirmações II e III estão corretas.
c) Moderador e Executivo.
e) Todas as afirmações estão corretas.
d) Moderador e Judiciário.
e) Executivo e Legislativo.
07. (UDESC) Em 25 de março de 1824, Dom Pedro
I outorgou a Constituição Política do Império do
06. (FEEVALE) “[...] no 07 de setembro de 1822, Brasil. Em relação à Constituição de 1824, assinale
nas margens do Ipiranga, nos arredores de São a alternativa correta.
Paulo, quando Dom Pedro, herdeiro do trono a) O Texto Constitucional foi construído
português, gritou ‘Independência ou morte’, coletivamente pela Câmara de Deputados,
estava exagerando. [...] O que estava em jogo no votado e aprovado em 25 de março de 1824.
início da década de 1820 era mais uma questão Expressava os interesses tanto do partido liberal
de monarquia, estabilidade, continuidade e quanto do partido conservador, para o futuro na
integridade territorial do que de revolução nação que recém conquistara sua independência.
colonial.”
MAXWELL, Kenneth. Por que o Brasil foi diferente? O contexto da
b) A Constituição de 1824 instaurava a laicidade
independência. In: MOTA, Carlos Guilherme (Org.). Viagem incompleta: A no território nacional, extinguindo a religião
experiência brasileira (1500-2000). Formação: histórias. São Paulo: Senac,
2000, p. 186.
católica como religião oficial do império e
expressando textualmente que “todas as outras
religiões serão permitidas com seu culto
doméstico, ou particular em casas para isso

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destinadas, sem forma alguma exterior do
Templo”.
c) A organização política instaurada pela
Constituição de 1824 dividia-se em 4 poderes:
Executivo, Legislativo, Judiciário e Moderador,
sendo que este último determinava a pessoa do
imperador como inviolável e sagrada.
d) A Constituição de 1824 determinou a cidadania
amplificada e o direito ao voto para todos os
nascidos em solo brasileiro, independentemente
de gênero, raça ou renda.
e) A Constituição de 1824 promoveu, em diversos
artigos, ideais de cunho abolicionista. Tais ideais
foram respaldo para movimentos políticos
posteriores, tais como a Revolta dos Farrapos e a O movimento ocorrido no Brasil durante o
Revolta dos Malês.
08. (ENEM (LIBRAS))
Constituição Política do Império do Brasil(de 25
de março de 1824)
Art. 98. O Poder Moderador é a chave de toda a
organização política, e é delegado privativamente
ao Imperador, como Chefe Supremo da Nação, e
seu Primeiro Representante, para que
incessantemente vele sobre a manutenção da
independência, equilíbrio e harmonia dos demais
Poderes Políticos.
Disponível em: www.planalto.gov.br. Acesso em: 18 abr. 2015 (adaptado).
A apropriação das ideias de Montesquieu no Legislativa, [...] e havendo esta Assemblea
âmbito da norma constitucional citada tinha o perjurado ao tão solemne juramento, que prestou
objetivo de
a) expandir os limites das fronteiras nacionais.
b) assegurar o monopólio do comércio externo.
c) legitimar o autoritarismo do aparelho estatal.
d) evitar a reconquista pelas forças portuguesas.
e) atender os interesses das oligarquias regionais. do que a extincta Assemblea acabou de fazer.
09. (UECE) Observe o seguinte enunciado:
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“Com a dissolução da Assembleia Constituinte,
em 12 de novembro de 1823, aumentou a
insatisfação com o governo de D. Pedro I,
sobretudo no Nordeste. Em 2 de julho de 1824,
em Pernambuco, Manuel Carvalho Paes de
Andrade lança o manifesto que dá origem ao
movimento. Contudo, antes da manifestação
ocorrida no Recife, apoiada por Cipriano Barata e
por Joaquim da Silva Rabelo (o Frei Caneca),
ambos experientes revoltosos, a província do
Ceará já tinha sua manifestação contrária ao
Imperador, ocorrida no município de Nova Vila
do Campo Maior (hoje Quixeramobim), em 9 de
janeiro de 1824 e liderada por Gonçalo Inácio de
Loyola Albuquerque e Melo (o Padre Mororó)”.
Império a que o enunciado acima se refere é
denominado
a) Revolução Pernambucana.
b) Revolução Praieira.
c) Contestado.
d) Confederação do Equador.
10. (FMP) O texto a seguir é um fragmento de
decreto de D. Pedro I, de 1823, em que o
imperador dissolve a Assembleia Constituinte.
Havendo Eu convocado, como Tinha Direito de
convocar, a Assemblea Geral, Constituinte e
à Nação [...]: Hei por bem, como Imperador, e
Defensor Perpetuo do Brasil, dissolver a mesma
Assemblea, e convocar já huma outra na forma
das Instruções, feitas para a convocação desta,
que agora acaba; a qual deverá trabalhar sobre o
Projecto de Constituição, que Eu Hei-de em breve
Apresentar; que será duplicadamente mais liberal,
D. PEDRO I. Decreto de dissolução da Assembleia Nacional Constituinte,
em 12 nov. 1823 apud PEREIRA, V. “A longa ‘noite da agonia’”. Revista de
História da Biblioteca Nacional.Rio de Janeiro: SABIN, ano 7, n. 76, jan.
2012, p. 42.
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Com base na justificativa do ato político

explicitado no texto do decreto, e analisando as
suas consequências, identifica-se um
antagonismo entre:
a) Monarquia e República.
b) Capitalismo e Socialismo.
c) Imperialismo e Independência.
d) Absolutismo e Liberalismo.
e) Nacionalismo e antilusitanismo.

GABARITO
01. C
02. D
03. C
04. B
05. C
06. A
07. C
08. C
09. D
10. D

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