Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
-Nos inícios do século XIX, Portugal era um país típico do Antigo Regime;
-Governado pelo príncipe D. João (futuro D. João VI), a agricultura era a principal
atividade económica e a sociedade continuava com os antigos privilégios da nobreza e
clero;
-Nos centros urbanos, uma burguesia comercial, ligada ao comércio ao comércio com
o Brasil e alguns intelectuais esperavam uma mudança;
-Entre 1807 a 1811, a França invadiu, por três vezes, Portugal, comandadas
sucessivamente pelo general Junot, marechal Soult e pelo marechal Massena;
-Invasões francesas:
-As invasões devastaram o país, e a fuga da família real para o Brasil implicou o
domínio político e económico que a Inglaterra passou a exercer no nosso país;
-As invasões destruíram o país, sobretudo a região Norte, afetada pela violência dos
combates, mas também pela excessiva crueldade do exército francês:
-As atividades económicas (agricultura, comércio e indústria) foram profundamente
afetadas;
-D. João VI, prolongou até 1821, a sua permanência no Brasil; Em 1815, o Brasil é
proclamado reino;
-Em 1817, o general Gomes Freire de Andrade, e mais 11 oficiais do exército português
foram executados, por serem suspeitos de estrem envolvidos numa conspiração;
-A rebelião em marcha
-No Porto, em 1817, Manuel Fernandes Tomás, funda uma associação secreta, o
Sinédrio, que defendia os princípios do Liberalismo;
-Em março de 1820, Beresford, embarcou para o Brasil, para solicitar ao rei dinheiro
para o pagamento de despesas militares e mais poderes para reprimir a agitação que
grassava em Portugal;
-Tratado de comércio com a Inglaterra que abria o mercado nacional aos têxteis
ingleses;
-No dia 24 de agosto de 1820, no Porto, deu-se um levantamento militar com o apoio
da burguesia comercial e até de alguns proprietários rurais de origem aristocrática;
-Manuel Fernandes Tomás redigiu o “Manifesto aos Portugueses” para dar a conhecer
os objetivos do movimento;
-Pretendiam convocar novas Cortes para redigirem uma Constituição para Portugal;
-A Constituição de 1822
-As Cortes Gerais Extraordinárias e Constituintes da Nação Portuguesa, redigiram a
primeira Constituição de Portugal, assinada no dia 23 de setembro de 1822, e jurada
pelo rei, D. João VI, a 1 de outubro de 1822;
-Constituição de 1822
Foi uma Constituição progressista, fruto da determinação dos deputados mais radicais,
cuja a ação se projetou no chamado vintismo;
-Em relação ao poder de veto do rei, ficou decidido que o monarca, quando não
concordasse com uma lei, poderia remetê-la às Cortes, para uma segunda votação,
esta seria definitiva e de aceitação obrigatória para o rei;
-É realizada a reforma dos forais (Lei dos Forais) que procuraram libertar os
camponeses dos pagamentos a que eram obrigados;
-Esta reforma não atingiu totalmente os seus objetivos, pois as terras que não estavam
regulamentadas por forais mantiveram as prestações antigas, criaram uma situação de
desigualdade que fomentou a instabilidade social e muitas rendas pagas até então em
géneros foram convertidas em pagamento em dinheiro;
-No início do século XIX, o Brasil conta com quase um milhão de habitantes;
-Ao desenvolvimento verificado, acresce a independência das colónias espanholas na
América;
-Em 1789 houve uma rebelião em Vila Rica (Ouro Preto), pretendiam formar um
governo republicano e conseguir a independência de Minas Gerais;
-Esta revolta ficou conhecida por Inconfidência Mineira, e foi liderada por José da Silva
Xavier, o Tiradentes (um dentista, ex-militar), o único condenado à morte, o grande
herói da libertação nacional brasileira;
-Antes de partir, disse ao seu filho primogénito que ficou no Brasil como regente: Se o
Brasil se separar (de Portugal), antes seja para ti que me hás de respeitar, do que para
algum desses aventureiros”;
-A maioria dos deputados (que dependia do comércio colonial) queria restituir o Brasil
à condição de colónia e pretendiam rejeitar o estatuto de “Reino Unido”, que usufruía
com a presença de D. João VI;
-A independência foi proclamada por D. Pedro, nas margens do rio Ipiranga, São Paulo,
7 de setembro de 1822;
-A Resistência ao Liberalismo
-Em 1825, constitui-se a Santa Aliança, entre a Rússia, Áustria e Prússia, com a entrada
da Inglaterra, surge a Quádrupla Aliança, mais tarde a França também adere;
-Destinava-se a manter a ordem política estabelecida na Europa após o Congresso de
Viena, ou seja, tentar impedir o desenvolvimento das ideias liberais na Europa;
-Em 1823, animados pela restauração do absolutismo em Espanha, estala uma revolta
em Vila Franca de Xira (Vila-Francada);
-D. João VI, remodela o governo, afasta os elementos mais radicais e propõe-se alterar
a Constituição;
-Apesar dos esforços de D. João VI para moderar o governo liberal, surge uma nova
tentativa de impor o absolutismo em Portugal;
-D. João VI conseguiu dominar a situação, e D. Miguel foi obrigado a partir para o
estrangeiro (exilado);
-Este Conselho enviou ao Brasil uma delegação para resolver o problema da sucessão;
As Cortes são constituídas por duas câmaras: A Câmara dos Deputados é eleita
através de sufrágio indireto, homens, com mais de 100$00 réis de renda anual
líquida;
A Câmara dos Pares (Nobreza e Clero) eram nomeados pelo rei a título
vitalício;
Ao rei era atribuído um quarto poder, o poder moderador;
O rei nomeava os Pares, convocava as Cortes, podia dissolver a Câmara dos
deputados, podia nomear e demitir o Governo, suspender os magistrados,
conceder amnistias e vetar, a título definitivo, as decisões das Cortes;
Os direitos individuais eram relegados para o fim do documento;
-D. Pedro abdicou dos seus direitos ao trono em favor da sua filha mais velha, D. Maria
(7 anos de idade);
-Ela deveria celebrar os esponsais com o seu tio D. Miguel, que deveria jurar cumprir a
Carta Constitucional e assumir a regência imediata de Portugal;
-Apesar dos poderes do rei serem manifestamente ampliados isso não foi suficiente
para os adeptos do absolutismo;
-A guerra Civil
-Convocou umas cortes ao modo do Antigo Regime (ordens) e nelas foi proclamado
rei;
-Em 1831, D. Pedro abdica do trono brasileiro, e assume a liderança dos liberais;
-Na ilha Terceira constituem um exército de 7500 homens que em 1832, desembarca
no Mindelo (Matosinhos);
-No entanto aí foram cercados pelo exército absolutista; A guerra durou 2 anos;
7. 50. O setembrismo falhou por não ter abolido os pesados impostos que recaíam sobre
os pequenos agricultores e pelo facto de não ter aumentado as taxas dos grandes
proprietários; Em termos de desenvolvimento industrial também se pode dizer que foi
um relativo fracasso; A falta de capitais para investir e o seu desvio para fins
especulativos e de usura dificultou o desenvolvimento económico; No entanto pode-se
dizer que o governo setembrista permitiu algum desenvolvimento à burguesia;
Módulo 5, História A 50
10. 53. A Lei da Saúde Pública (1846) proibia o enterramento nas Igrejas; Esta lei e o
excesso de autoritarismo e burocracia do governo cabralista desencadearam duas
movimentações de cariz popular; A revolta da Maria da Fonte e a Patuleia; Entre 1846
e 1847 vive-se num clima de guerra civil; Em abril/maio de 1846, no Minho,
desencadeia-se a revolta da Maria da Fonte; A Patuleia decorre de outubro de 1846 a
junho de 1847. Começa no Porto e alastra a todo o país. O pretexto foi o facto do não
cumprimento da promessa da rainha de realizar eleições por sufrágio direto para a
Câmara dos Deputados; Módulo 5, História A 53
11. 54. Alguns falam a depor a rainha e falam na implantação de uma República; Perante a
gravidade da situação o governo pediu a intervenção da Espanha e da Inglaterra; Na
Convenção do Gramido (Valbom, Gondomar, junho de 1847) foi assinada a paz entre
as fações em disputa (setembrista e cabralistas); Costa Cabral foi demitido mas voltaria
ao governo em 1849; Foi afastado do poder em 1851, pelo golpe militar do marechal
Duque de Saldanha, que instituiu a Regeneração (cartismo moderado). Módulo 5,
História A 54
12. 55. Esquema in “Preparação para o Exame Nacional, História A 11, Porto Editora
Módulo 5, História A 55
13. 56. Esta apresentação foi construída tendo por base a seguinte bibliografia: COUTO,
Célia Pinto, ROSAS, Maria Antónia Monterroso, O tempo da História 11, Porto Editora,
2011 Preparação para o Exame Nacional, História A, 11, Porto Editora, 2013 SANCHES,
Mário, História A, Edições ASA, 2006 Módulo 5, História A 56