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GEOGRAFIA DE PERNAMBUCO
Por intermédio das paisagens pernambucanas, é possível fazer uma leitura do espaço geográfico do
estado e perceber sua heterogeneidade. Ao considerarmos os elementos naturais, as funções dos espaços
construídos, as relações e as estruturas econômicas, sociais e políticas, faremos uma análise do espaço
geográfico pernambucano.
Abaixo podemos observar algumas características gerais do território pernambucano em sua totalidade.
• 185 municípios;
• Pernambuco é um dos menores estados do Brasil;
• Apresenta uma área de 98.149,119 km²;
• 5º Maior estado da região Nordeste;
• Maior parte encontra-se no semiárido nordestino;
• Situado na porção centro-leste do NE;
• Limita-se com os estados de Alagoas e Bahia, Paraíba, Ceará, Oceano Atlântico.
VEJAMOS:
Torna-se necessário o entendimento dos limites territoriais através dos pontos cardeais de localização.
Vejamos:
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OBS:A banca iaupe pode fazer uma série de indagações sobre a base histórica do território pernambucano, retratando questões sobre o processo evolutivo
e as capitanias locais que intensificaram o processo de povoamento e principalmente a evolução do território.
Ao Norte do território, os donatários não conseguiram efetivar o povoamento, exeto em Itamaracá, onde
antes da implantação da capitania, já existiam feitorias, uma delas a de Conceição, atual Vila Velha, que se tornou
a capital do território de Pero Lopes. Para a conquista do território, ameaçado por ataques nativos, o governo
geral bancou expedições à região, hoje paraibana, consolidando a conquista em 1585, quando foi fundada a
Filipe é de Nossa Senhora das Neves, atual João Pessoa, capital da Paraíba.
O avanço para o Norte prosseguiu e, em 1598, era ocupada a foz do rio Potengi, implantando o forte
dos Reis Magos, inaugurando a cidade Natal.
Filipeia em Natal foram inauguradas como cidades, enquanto a linda continuava a ser Vila, porque elas
foram verificadas em Capitanias da coroa, enquanto a linda está em capitania de donatário. A capitania da
Parayba foi formulada com desmembramento da Porção Norte de Itamaracá e da porção sul da capitania do Rio
Grande.
O avanço Pernambucano continuou pelo Litoral Norte. Em 1603, ela é tentada a implantação da capitania
do Ceará e, em 1614, as forças partidas de Olinda eram enviadas ao território maranhense para acabar com a
França equinocial.
OBS: No século 16, a formação da capitania de Pernambuco ou Nova Lusitânia e a expansão em direção ao norte, conquistando terras aos
indígenas e aos franceses; nos meados do século 17, garantiu a Pernambuco a hegemonia e supremacia sobre as capitanias da região norte.
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Pernambuco só deixou de ser capitania hereditária após a expulsão dos Holandeses, e passou a ser
administrado diretamente pela coroa. No século 18, algumas Capitanias foram absorvidas por outras ou
desmembrados de outras e o território passou a ser dividido em Capitanias Gerais e Capitanias
subalternas. Pernambuco, nesse contexto, devido às suas extensões territoriais, era uma capitania geral,
enquanto Ceará, Itamaracá, Rio Grande e Paraíba eram subalternas.
A conquista do território pernambucano foi feita por determinações e por interesses econômicos. Os
portugueses, após o início do povoamento, passaram a fundar Vilas e engenhos de açúcar, tornando este o
principal produto da colônia, na região úmida próximo ao litoral.
As condições naturais impediram o cultivo da cana-de-açúcar nas partes inferiores do Estado, que foi
gradativamente sendo ocupada pela pecuária. o gado era usado tanto para o abastecimento da área Canavieira
e o fortalecimento de animais de tração, como também, em menor escala, para a produção do couro.
A penetração do interior Pernambucano mas o Rio São Francisco contornando o Planalto da
Borborema. A penetração iniciou-se pelo Sertão e depois chegou Agreste Pernambuco, apesar de este ser mais
próximo do litoral.
As condições naturais, a posição geográfica e a formação econômico-social modelaram o território
pernambucano e determinaram sua divisão em mesorregiões, que por sua vez se subdividem.
Antes de 1500: pernambucano, assim era chamado o território pelos índios. o termo tup descreve
uma abertura nos arrecifes: “ Mark bate nas pedras”; a população indígena foi estimada em 2 milhões de hab,
representantes das Nações: Tupi Guarani, Cariri, GÊ e Paraíba.
1526 a 1629: Período marcado pela ocupação portuguesa, com a formação e povoados e primeiros
engenhos de cana-de-açúcar, dando início a dizimação a escravidão, e a apropriação de terras indígenas. Início
da escravização de negros africanos, sobretudo de duas civilizações e identidades:Bantus e sudaneses.
1630 a 1708: Invasão Holandesa (1630-1654), Insurreição pernambucana, instabilidade política e
mudanças culturais; Interior do Estado povoado por duas vias de penetração: uma saindo de Salvador chegando
a Pernambuco a partir do São Francisco; outra partindo de Olinda acompanhando o litoral e os rios Capibaribe
e Pojuca.
1709 a 1807: Disputa entre senhores de Engenho e Comerciantes combinaram na Guerra dos Mascates
(1709-1714). os Comerciantes foram vitoriosos e Recife foi elevado a vila. Pernambuco perdeu o controle de
áreas mais distantes, e mesmo tendo anexado áreas de Itamaracá e do Arquipélago de Fernando de Noronha
seu território foi reduzido.
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1808 a 1850: Face das revoltas( 1817, 1824, 1848), reforçando os sentimentos nativistas e a insatisfação
da elite dos grupos populares. iniciou-se a modernização dos engenhos o aumento da produção de algodão e
o surgimento de uma mão de obra livre.
1851 a 1880: Processo de intensificação do setor de usinas de Açúcar, com fortes investimentos e
incentivos financeiros do Estado em maquinaria, estradas e ferrovias. A instalação da primeira estrada de ferro
Recife-São Francisco, diminuindo distâncias e facilitou o escoamento de produtos agrícolas para o porto de
Recife.
1881 a 1929: Modernização, com a chegada de indústrias de bens de consumo, beneficiamento do
algodão e usinas de Açúcar, das instituições educacionais de ensino superior, Das fábricas de tecido e de
ferrovias, que favoreceram o florescimento e o desenvolvimento das cidades.
1930 a 1962: Momento de efervescência cultural e regionalista, Incentivada por Gilberto Freyre e outros
intelectuais do período. Cresceram os incentivos a industrialização e os investimentos em Estradas de Rodagem.
1963 a 1995: Período de forte repressão política. Miguel Arraes, eleito governador do Estado, em 1962,
deixou o cargo, após o golpe militar, em 1964. a volta à democracia ocorreu 21 anos depois. contribuíram
para o desenvolvimento do Estado os investimentos do programa pro álcool em 1975.
2011: Pernambuco vive cenário de prosperidade econômica e empreendimentos estratégicos, onde se
destacam complexo Industrial portuário de Suape, a ferrovia Transnordestina, e a grande estagnação das bacias
do Rio São Francisco.
Mesorregiões de Pernambuco:
A mesorregião é uma subdivisão dos estados brasileiros que agrupa diversos municípios de uma
determinada área geográfica com similaridades econômicas e sociais.
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São elas:
Microrregiões de Pernambuco:
Objetivo: Uso de dados estatísticos pelo IBGE para o entendimento das bases econômicas e sociais.
02 A Microrregião do Araripe:
04 Microrregião de Garanhuns:
• Composta por dezenove municípios tem mais de 5% da área estadual (5183 km²);
• A economia é baseada na criação de gado de leite e de corte;
• A agricultura praticada é de subsistência;
• O comércio na região tem suas maiores concentrações em Garanhuns e Lajedo, Garanhuns que também é
um polo turístico importante da região, devido ao clima de temperaturas baixas;
• Os Municípios mais importantes e populosos da Microrregião de Garanhuns são: Garanhuns 136.057 hab.,
Bom Conselho 45.503 hab.
• Formada pelos municípios de Araçoiaba, Itapissuma, Ilha de Itamaracá e Igarassu fica dentro da RMR.
• É altamente urbanizada;
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• Tem no litoral famosos sítios históricos, como a cidade de Itamaracá, além das bonitas paisagens da ilha
de mesmo nome;
• A cidade mais populosa da região é Igarassu.
• Este produto está licenciado para JOSE SILVA - CPF: 00673190412. É vedado a reprodução total ou parcial.
07 Microrregião de Itaparica:
• É composta por sete municípios, também é banhada pelo Rio São Francisco em grande parte de seu
território, e ao longo do rio intensa atividade agrícola é praticada, como na microrregião de Petrolina.
• Nas áreas rurais, predomina a pecuária extensiva;
• A indústria e o comércio são pouco representativos;
• Nesta microrregião localiza-se a usina hidrelétrica de Itaparica, da Chesf. População de 130 mil habitantes.
• Pernambucana é formada por dezessete municípios e abrange uma área de 3.200 km², o que corresponde
a 3,25% do território estadual;
• Possui uma população estimada de 443.189 (estimativa IBGE 2009), sendo as cidades mais importantes e
populosas Goiana, Carpina, Timbaúba e Paudalho;
• Há presença de indústria canavieira, e também de tecelagem, entre outras atividades agrícolas e industriais;
Há também alguma presença de cultura de agricultura de subsistência.
• É composta por dez municípios, sendo Limoeiro o de maior população; A economia é basicamente de
pecuária mista e de corte;
• A agricultura praticada é de subsistência.
11 Microrregião de Petrolina:
12 Microrregião do Recife:
• É formada por oito municípios, incluindo a capital de mesmo nome e o município mais antigo do estado,
Patrimônio Cultural da Humanidade, Olinda;
• Tem economia baseada em comércio, serviços e indústria;
• Os polos industriais estão concentrados na capital, e em Jaboatão dos Guararapes, Paulista e Abreu e Lima;
• Sua população é de 3.274.441 habitantes, numa área total de 1.250,3 km² e densidade demográfica de
2.618,92 habitantes/km².
13 Microrregião de Salgueiro:
• É formada por 7 municípios, tem clima semiárido e pequena economia, em sua maioria concentrada na
cidade de Arcoverde, que detém aproximadamente 50% da população urbana, e 1/3 da total da
microrregião;
• Arcoverde, situada entre a capital do estado e o extremo oeste dele, é um importante centro comercial,
educacional, de saúde e de entidades governamentais do Sertão;
• Arcoverde, com 72 625 habitantes, é o município mais populoso;
• O município menos populoso é Betânia, com 12 539 habitantes;
• A área média dos sete municípios que compõem a microrregião é de 1.292 km², sendo que Sertânia possui
a maior área territorial entre estes, com 2.421,511 km², seguido por Custódia, com 1 404,100 km²;
• Os dois menores municípios em área territorial são Arcoverde e Manari, com 353 km² e 406 km²,
respectivamente;
• O município que apresenta o maior Produto interno bruto, de acordo com dados econômicos de 2013 do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é Uberlândia, com R$ 774,463 milhões;
• Já o município com menor Produto interno bruto é Betânia, com R$ 59,250 milhões.
15 Microrregião de Suape
18 Microrregião do Pajeú:
• Ao norte do estado de Pernambuco, é composta por dezessete municípios, tem clima semiárido na maioria
de seu território, sendo exceção a área de brejo de altitude, que compõe, por exemplo, a cidade de Triunfo,
ponto mais alto do estado com mil duzentos e sessenta metros;
• Tem a agropecuária mais desenvolvida do sertão brasileiro;
• A pequena atividade econômica da microrregião é em sua maioria movimentada pelo comércio, seguido da
agropecuária;
• Na região de brejo de altitude, a atividade agrícola tem mais diversidade, inclusive fruticultura;
• Nas regiões baixas, a pecuária caprina e bovina prevalece e a agricultura predominante é a de subsistência.
A cidade mais populosa é Serra Talhada, seguida de Afogados da Ingazeira, São José do Egito e Tabira;
• O Vale do Pajeú está retratado no livro de Luís Cristóvão dos Santos, Caminhos do Pajeú;
• O nome da Microrregião vem do Rio Pajeú, que tem sua nascente na cidade de Brejinho – PE e serpenteia
dezessete cidades em seu percurso.
Comentário
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Uma região caracteriza-se por ser um espaço homogêneo, sob um determinado aspecto predominante,
identificado ou escolhido como objeto de análise, mesmo que, sob outros aspectos, contemple características
diversas.
Regionalizar significa recortar o espaço, de acordo com determinado objetivo. Pode ser um ato didático,
metodológico, para se orientar, para orientar, para intervir no espaço, inclusive, podendo mudar o seu futuro.
Regionalizar é um ato de conhecimento, assim como, de poder.
Em Pernambuco, o processo de regionalização das atividades governamentais iniciou-se com o Decreto-
Lei nº 59, de 25 de julho de 1969, que dividiu o Estado em regiões administrativas, instituindo oito grupos de
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municípios e suas respectivas sedes. Tal iniciativa não veio a ser efetivada e as regiões apesar de estabelecidas,
não foram implantadas.
Apenas em 1999, Pernambuco passou a ter uma regionalização administrativa para fins de planejamento
estratégico e de gerenciamento descentralizado das ações de governo.
No mesmo ano, foi encaminhada pelo Governo do Estado à Assembleia Legislativa uma proposta de
atuação dentro das diretrizes do Programa Governo nos Municípios (PGM), propondo a criação de 10 Regiões
de Desenvolvimento (RD).
Coube à então Fundação de Desenvolvimento Municipal (FIDEM), órgão da administração indireta,
naquele momento, vinculado à Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Social (SEPLANDES), o estudo e
a formulação de um novo modelo de regionalização para o Estado.
O delineamento final da regionalização proposta foi definido a partir de uma exaustiva análise
comparativa do mapa recém elaborado com outras regionalizações existentes, formuladas por instituições como:
Neste processo de regionalização, foi mantida a base geográfica das mesorregiões do IBGE
(Metropolitana, Mata, Agreste, São Francisco e Sertão). As dezenove Microrregiões foram agrupadas, em
Unidades de planejamento, denominadas de Regiões de Desenvolvimento (RD), a saber: Metropolitana, Mata
Norte, Mata Sul, Agreste Setentrional, Agreste Central, Agreste Meridional, Sertão do Pajeú-Moxotó, Sertão de
Itaparica, Sertão do Araripe e Sertão do São Francisco.
Esta regionalização tornou-se oficial com a sanção da Lei nº 11.725, de 23 de dezembro de 1999,
que dispôs, sobre o Plano Plurianual do Estado, para o quadriênio 2000-2003, nos moldes do que estabelece o
artigo 123, § 1º, da Constituição Estadual. Posteriormente, atendendo reivindicações apresentadas pela
população, durante a realização de fóruns regionais, quanto à pouca identidade entre os municípios da RD e
também por sugestão de parlamentares estaduais, no decorrer da primeira revisão do PPA2000-2003 na
Assembleia Legislativa, foi criada a 11ª Região de Desenvolvimento nomeada Sertão Central, desmembrada da
antiga RD Sertão do Araripe, através da Lei n°11.791, de 04 de julho de 2000.
Na elaboração do Plano Plurianual do Estado para o quadriênio 2004-2007, a RD Pajeú-Moxotó, foi
desmembrada em duas regiões: RD Pajeú e RD Moxotó, a partir de então, o Estado passou a ser composto por
12 Regiões de Desenvolvimento, mediante a Lei Estadual n°12.427, de 25 de setembro de 2003.
A delimitação das 12 Regiões foi mantida pela Lei nº 13.306, de 01 de outubro de 2007, sobre o Plano
Plurianual do Estado para o quadriênio 2008-2011, conforme estabelecido no artigo 1º, § 2º. De acordo com a
Lei nº 14.532, de 09 de dezembro de 2011, as 12 RD serão mantidas.
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