A Europa no século XIX
Primavera dos povos: foi um período de intensa
agitação política e social. Questionavam a ordem
estabelecida pelo congresso de Viena (restaurar a
estabilidade política na Europa e redefinir as
fronteiras dos países) buscando mudanças sociais
e políticas significativas
* A palavra “primavera” traz a ideia de renovação,
florescimento e esperança.
Embora não tenha alcançado seus objetivos
deixou um legado. Ajudando a moldar futuros
movimentos reformistas e nacionalistas.
A comuna de paris, foi criada após Luís Bonaparte
ser capturado e deposto da França, logo que
perdeu a guerra Franco-prussiana.
A comuna de paris foi a primeira experiência
socialista de governo no mundo, sendo uma
revolução social e política.
Após Luís Bonaparte ser derrotado, houve uma
eleição aonde Adolphe Thiers foi eleito, porém o
descontentamento popular gerou uma revolução.
Por esse motivo Thiers e seu exército fugiram
para Versalhes.
Os trabalhadores parisienses entraram no
comando de Paris, portanto para garantir a
legitimidade democrática os insurgentes decidiram
realizar as eleições livres (primeira eleição que
homens, mulheres e trabalhadores participaram) e
os membros da comuna (operários e os mais
pobres) foram eleitos
Novas leis e medidas foram decretadas:
- Proibição do trabalho infantil
- Educação laica gratuita e obrigatória
- Igualdade civil entre homens e mulheres
- Congelamento do pagamento do aluguel
- Separação entre estado e igreja
- O despejo por falta de pagamento de aluguel foi
suspenso
- Moradias vagas para pessoas sem teto
- Os operários ocupavam as fabricas e passavam
a determinar a lógica de produção
Em 21 de maio, as forças do governo francês
lançaram um ataque contra a comuna, iniciando a
semana sangrenta. Após violento combate as
tropas de Versalhes retomaram a cidade.
*A comuna de paris se tornou um símbolo de luta
e resistência para os movimentos operários e
socialistas
Nas fábricas, as primeiras manifestações
Quanto mais o mundo se urbanizava, mais
fabricas surgiam e mais as diferenças socias se
acentuavam.
Cartismo: Movimento independente da classe
trabalhadora britânica. Seu nome teve origem na
carta do povo, principal documento escrito como
resposta ao reform act (lei que proibia o direito de
voto para os operários)
Reivindicações da carta do povo
- Direito de voto para todos os homens adultos
- Garantia que o voto seria de forma livre e
anônima
- A realização de eleições gerais anualmente
Os cartistas corriam atrás de pessoas em fabricas
e oficinas e faziam reuniões para colher
assinatura. Porém as propostas do cartismo não
foram bem aceitas, mas conseguiram mudanças
efetivas como a primeira lei de proteção ao
trabalho infantil.
Movimento Ludita: acreditavam que as maquinas
ameaçavam seus empregos, diminuindo os
salários e aumentando as condições precárias de
trabalho. Os Luditas expressavam sua
insatisfação por meio da destruição de
maquinários. O governo britânico, tomou medidas,
tornando a destruição um crime podendo levar a
pena de morte.
Liberalismo (Adam Smith): acreditava que a
divisão do trabalho era essencial para o
crescimento da produção. Assim, a livre
concorrência ampliava a produção. Para ele, o
estado deveria se limitar a cuidar pela propriedade
interferindo minimamente na economia que,
guiada pela “mão invisível” geraria riqueza.
* Divisão do trabalho: é uma forma de aumentar a
produtividade. Ao dividir uma tarefa em várias
etapas, a produção pode ser feita de forma
eficiente e em maior quantidade.
* Livre comércio: permitiria que cada país se
especializasse na produção daquilo em que é
eficiente, aumentando o bem-estar econômico.
* Mão invisível: descreve o funcionamento do
mercado livre. Smith argumentou que, quando os
indivíduos buscam seu próprio interesse, a
interação entre oferta e demanda leva a uma
alocação eficiente dos recursos.
* Papel limitado do Estado: Smith defendia que o
Estado deveria ter a responsabilidade de proteger
a propriedade privada.
Socialismo cientifico (Karl Marx e Friedrich
Engels): o socialismo cientifico foi baseado na
análise da realidade econômica e das
desigualdades sociais geradas pelo capitalismo
Para os filósofos, as teorias socialistas utópicas
recebem esse nome porque só existiam no
imaginário, mas não na vida real. Por esse motivo
propõem uma teoria que poderia ser aplicada para
substituir o modelo econômico capitalista.
- Materialismo histórico: a estrutura de uma
sociedade é sua economia. Já o governo, direito,
politica, religião... seriam uma superestrutura que
se baseia na estrutura econômica da sociedade.
- Luta de classes: a sociedade sempre foi dívida
em 2 grupos antagônicos:
Burgueses X proletários
Burgueses: proprietários dos meios de produção
Proletários: tem força de trabalho, vendendo-a
para não morrer de fome
*Marx acredita que essa relação não é justa
Segundo os pensadores, nunca que as
superestruturas, iria permitir o fim do capitalismo.
Dessa forma, a mudança só seria possível se a
classe operária provocasse essa mudança social
através de uma revolução. Com a revolução os
proletários tomariam o controle do estado, tendo o
início da etapa de transição chamada “ditadura do
proletário”. O estado ainda determina o que cada
um faz e como faz. Sendo responsável pelo
planejamento econômico da sociedade.
O socialismo seria uma etapa transitória entre o
capitalismo e o comunismo.
Marx e Engels sabiam que no começo os
burgueses iriam se revoltar. Mas acreditavam que
logo eles aceitariam, e a partir desse momento os
trabalhadores poderiam deixar o estado, deixando
com que a sociedade se autogovernasse.
Uma das características do pensamento marxista
é a noção de uma sociedade sem classes. Ou
seja, cada indivíduo contribuiria para a sociedade
de acordo com suas habilidades e receberia o que
precisasse para uma vida digna
EUA no século XIX e imperialismo
Para garantir o processo de independência, os
colonos deviam garantir a posse total do território
do lado oriental. Muitas razões impulsionaram
essa expansão, como o crescimento demográfico
devido ao grande fluxo de imigrantes. Essa
expansão territorial ficou conhecida como “marcha
para o oeste” (for west - faroeste)
A ocupação do território a oeste (uma extensa
faixa de terra que receberam da Inglaterra), sendo
impulsionado por uma ideologia conhecida como
Destino manifesto (tinha a ideia de que os
Estados unidos tinha a missão de levar o
progresso e a civilização ao continente americano)
*por conta do destino manifesto os norte-
americanos se consideravam superiores aos
povos indígenas
Depois da queda de Napoleão os países europeus
que tinham sido invadidos, começam a
reconfigurar os seus territórios. Porém os Estados
Unidos, já independente, teme que a Inglaterra
possa querer retomar a colonização. Com medo, o
presidente, James Monroe, faz um discurso
dizendo que qualquer tentativa de intervenção ou
recolonização ia ser olhado com um ataque ao
país. Dando início a Doutrina Monroe, que tem
como base a “América para os americanos”,
sendo uma forma de reprimir qualquer
interferência da Europa na América.
*O Destino Manifesto e a Doutrina Monroe tiveram
um papel fundamental na expansão territorial dos
Estados Unidos.
Norte (colônias de povoamento) e sul (colônias de
exploração) entram em guerra devido às
diferenças na forma de administrar e de pensar
em relação ao futuro do continente.
- Norte: eram muito mais desenvolvidas
industrialmente.
- Sul: era mais agrária
A partir dessa rivalidade houve a criação do
partido republicano e do partido democrático.
Aonde Abraham Lincoln foi eleito a presidente do
partido republicano, iniciando a guerra da
Secessão.
*A guerra se iniciou a partir do momento que
Abraham Lincoln defendia as tarifas protecionistas
e a expansão da mão de obra assalariada.
Deixando os moradores do Sul assustados,
fazendo com que eles criassem o seu próprio
estado (confederados da América) elegendo seu
próprio presidente (Jefferson Davis).
Após a guerra, os estados norte-americanos
estavam mais propensos a industrialização.
Usaram como base de seu projeto expansionista
as ideias de Doutrina Monroe e do Destino
Manifesto, com isso resolveram conquistar a
América Central.
O governo do presidente Theodore Roosevelt
criou um argumento que garantia aos estados
unidos o direito de usar a força, para intervir em
países latino-americanos ameaçados por ideais
contrários à “América para os americanos”.
*Era a política do Big Stick, que consistia em “falar
manso, mas com um grande porrete nas mãos”
Assim, a nação estadunidense deixava claro que,
se o consenso não fosse atingido na negociação,
a violência poderia ser usada.
*política do Big Stick, era a ideia de intervir
militarmente, caso fosse necessário, dentro de
países que não estavam levando uma política e
uma economia que favorecesse o próprio país