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1. (Enem) Fala-se muito nos dias de hoje em direitos do homem. Pois bem: foi no século
XVIII — em 1789, precisamente — que uma Assembleia Constituinte produziu e
proclamou em Paris a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Essa Declaração
se impôs como necessária para um grupo de revolucionários, por ter sido preparada por
uma mudança no plano das ideias e das mentalidades: o iluminismo.
(Jean-Jacques Rousseau, Do Contrato Social. [1762]. São Paulo: Ed. Abril, 1973, p.
28,36.)
3. (Fuvest 2019) É difícil acreditar que a Revolução Francesa teria sido muito diferente,
mesmo que a Revolução Americana nunca tivesse acontecido. É fácil mostrar que os
americanos não tentaram uma semelhante ruptura substancial com o passado, como
fizeram os franceses. No entanto, (...) as duas revoluções foram muito parecidas.
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Robert R. Palmer, The Age of The Democratic Revolution: The Challenge, Princeton,
Princeton University Presse, vol. I, 1959, p.267.
4. (Fuvest)
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5. (Fuvest) Oh! Aquela alegria me deu náuseas. Sentia-me ao mesmo tempo satisfeito e
descontente. E eu disse: tanto melhor e tanto pior. Eu entendia que o povo comum estava
tomando a justiça em suas mãos. Aprovo essa justiça, mas poderia não ser cruel?
Castigos de todos os tipos, arrastamentos e esquartejamentos, tortura, a roda, o cavalete,
a fogueira, verdugos proliferando por toda parte trouxeram tanto prejuízo aos nossos
costumes! Nossos senhores colherão o que semearam.
Graco Babeuf, citado por R. Darnton. O beijo de Lamourette. Mídia, cultura e revolução.
São Paulo: Companhia das Letras, 1990, p. 31. Adaptado.
O texto é parte de uma carta enviada por Graco Babeuf à sua mulher, no início da
Revolução Francesa de 1789. O autor
a) discorda dos propósitos revolucionários e defende a continuidade do Antigo Regime,
seus métodos e costumes políticos.
b) apoia incondicionalmente as ações dos revolucionários por acreditar que não havia
outra maneira de transformar o país.
c) defende a criação de um poder judiciário, que atue junto ao rei.
d) caracteriza a violência revolucionária como uma reação aos castigos e à repressão antes
existentes na França.
e) aceita os meios de tortura empregados pelos revolucionários e os considera uma
novidade na história francesa.
6. (Unesp) Encontrar uma forma de associação que defenda e proteja a pessoa e os bens
de cada associado com toda a força comum, e pela qual cada um, unindo-se a todos, só
obedece contudo a si mesmo, permanecendo assim tão livre quanto antes. Esse, o
problema fundamental cuja solução o contrato social oferece.
[...]
Cada um de nós põe em comum sua pessoa e todo o seu poder sob a direção suprema da
vontade geral, e recebemos, enquanto corpo, cada membro como parte indivisível do
todo.
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8. (Uftm) A cada um a sua função e o seu lugar na terra. No topo estão os religiosos,
intermediários indispensáveis entre a cidade terrestre e a cidade celeste (...). Depois vêm
os nobres, que receberam da Providência a qualidade de guerreiros e estão, portanto,
investidos da missão de manutenção da ordem. Finalmente, para o último lugar são
relegados os trabalhadores, destinados ao trabalho e ao sofrimento para o bem comum.
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9. (Ifsp) Antes de 1789, inúmeros problemas devastavam a França, o que a levou à grande
revolução de 14 de Julho.
10. (Enem) Em nosso país queremos substituir o egoísmo pela moral, a honra pela
probidade, os usos pelos princípios, as conveniências pelos deveres, a tirania da moda
pelo império da razão, o desprezo à desgraça pelo desprezo ao vício, a insolência pelo
orgulho, a vaidade pela grandeza de alma, o amor ao dinheiro pelo amor à glória, a boa
companhia pelas boas pessoas, a intriga pelo mérito, o espirituoso pelo gênio, o brilho
pela verdade, o tédio da volúpia pelo encanto da felicidade, a mesquinharia dos grandes
pela grandeza do homem.
HUNT, L. Revolução Francesa e Vida Privada. In: PERROT, M. (Org.) História da Vida
Privada: da Revolução Francesa à Primeira Guerra. Vol. 4. São Paulo: Companhia das
Letras, 1991 (adaptado).
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"Se o homem no estado de natureza é tão livre, conforme dissemos, se é senhor absoluto
da sua própria pessoa e posses, igual ao maior e a ninguém sujeito, por que abrirá ele mão
dessa liberdade, por que abandonará o seu império e sujeitar-se ao domínio e controle de
qualquer outro poder?
Ao que é óbvio responder que, embora no estado natureza tenha tal direito, a utilização
do mesmo é muito incerta e está constantemente exposto à invasão terceiros porque,
sendo todos senhores tanto quanto ele, todo homem igual a ele e, na maior parte, pouco
observadores da equidade e da justiça, o proveito da propriedade que possui nesse estado
é muito inseguro e muito arriscado. Estas circunstâncias obrigam-no abandonar uma
condição que, embora livre, está cheia de temores e perigos constantes; e não é sem razão
que procura de boa vontade juntar-se em sociedade com outros estão já unidos, ou
pretendem unir-se, para a mútua conservação da vida, da liberdade e dos bens a que
chamo de propriedade."
(Os Pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1991
11. (Enem) Do ponto de vista político, podemos considerar o texto como uma tentativa
justificar:
a) a existência do governo como um poder oriundo da natureza.
b) a origem do governo como uma propriedade do rei.
c) o absolutismo monárquico como uma imposição da natureza humana.
d) a origem do governo como uma proteção à vida, aos bens e aos direitos.
e) o poder dos governantes, colocando a liberdade individual acima da propriedade.
Assim se refere o historiador Jean Touchard à forma de Estado europeu que floresceu na
segunda metade do século XVIII. Os "reis filósofos", temendo revoluções sociais,
introduziram reformas inspiradas nos ideais iluministas.
Estas observações se aplicam:
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a) às Monarquias Constitucionais.
b) ao Despotismo Esclarecido.
c) às Monarquias Parlamentares.
d) ao Regime Social-Democrático.
e) aos Principados ítalo-germânicos.
13. (Unicamp)
14. (Unesp)
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15. (Unesp) Todos os homens são criados iguais, dotados pelo Criador de certos direitos
inalienáveis, entre os quais figuram a vida, a liberdade e a busca da felicidade. Para
assegurar esses direitos, entre os homens se instituem governos, que derivam seus justos
poderes do consentimento dos governados. Sempre que uma forma de governo se dispõe
a destruir essas finalidades, cabe ao povo o direito de alterá-la ou aboli-la, e instituir um
novo governo, assentando seu fundamento sobre tais princípios e organizando seus
poderes de tal forma que a ele pareça ter maior probabilidade de alcançar-lhe a segurança
e a felicidade.
(Declaração de Independência dos Estados Unidos (1776). In: Harold Syrett (org.).
Documentos históricos dos Estados Unidos, 1988.)
O documento expõe o vínculo da luta pela independência das treze colônias com os
princípios
a) liberais, que defendem a necessidade de impor regras rígidas de protecionismo fiscal.
b) mercantilistas, que determinam os interesses de expansão do comércio externo.
c) iluministas, que enfatizam os direitos de cidadania e de rebelião contra governos
tirânicos.
d) luteranos, que obrigam as mulheres e os homens a lutar pela própria salvação.
e) católicos, que justificam a ação humana apenas em função da vontade e do direito
divinos.
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Gabarito:
Resposta da questão 1:
[E]
Resposta da questão 2:
[A]
Resposta de Filosofia:
Rousseau enxerga no contrato social o estabelecimento e a garantia da liberdade civil.
Nesse sentido, ele rejeita tanto um governo que subjugue os homens, quanto as
agregações que se originam dessa subjugação por não constituírem-se como corpo
político. Deve-se considerar que os direitos políticos e sociais, para Rousseau, não são
baseados em direitos sagrados, sendo, na verdade, a ordem social a base de todos os
direitos.
Resposta de História:
Rousseau foi um dos principais expoentes do iluminismo. Ao discutir a situação do
homem, preocupa-se com as condições políticas da época e defende o direito da
sociedade na escolha de seus governantes.
Resposta da questão 3:
[E]
Resposta da questão 4:
[B]
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Resposta da questão 5:
[D]
O texto mostra os sentimentos de Graco Babeuf em relação aos eventos que iniciaram a
Revolução Francesa, em 1789. Tais sentimentos apresentam-se contraditórios, embora,
ao final, Babeuf deixe claro que a ação violenta dos revolucionários era uma resposta
aos abusos cometidos pelo Antigo Regime francês ("Nossos senhores colherão o que
semearam"). Posteriormente, na fase da Revolução Francesa conhecida como Diretório,
Graco Babeuf liderou a Conjura dos Iguais.
Resposta da questão 6:
[C]
“Do Contrato Social” é a obra mais difundida de Rousseau, célebre pensador iluminista
que, apesar de críticas à propriedade como elemento que determina a divisão social, e de
defender a participação popular nos organismos de poder, não defende o socialismo, ou
seja, de igualdade plena. Os iluministas, incluindo Rousseau, defendiam a igualdade
jurídica, ou seja, a ideia de que todo homem é igual perante a lei. Para esse autor, o
Estado é expressão da vontade coletiva dos homens e fundamental para a manutenção
da organização social.
Resposta da questão 7:
[B]
Resposta da questão 8:
[E]
O texto do dicionário faz menção à organização social da Idade Média, em que o clero
seria responsável por rezar, os nobres deveriam guerrear e os camponeses deveriam
trabalhar para sustentar essa ordem estamental. No período pré-revolucionário, houve a
contestação desse sistema social, pois não havia apenas camponeses “carregando” o
Estado francês, mas também trabalhadores urbanos (sans-culottes) e a burguesia, alguns
dos grupos responsáveis pela Revolução Francesa.
Resposta da questão 9:
[C]
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Robespierre foi o principal líder jacobino e comandou o governo da França entre 1792 e
1794, durante a Revolução. Considerado como líder popular, era advogado e membro
de uma pequena burguesia arruinada financeiramente. Defendeu medidas de controle
econômico e de geração de empregos, assim como a ampliação dos direitos políticos a
todos os homens, independentemente da renda.
John Locke pode ser considerado como precursor do ideário iluminista. Um dos pontos
fundamentais de sua filosofia considera que a origem do governo significa uma
superação do estado de natureza, por meio do estabelecimento de um “contrato” entre
governantes e governados, cujos direitos naturais (vida, bens e direitos) são assim
preservados.
A pintura de Delacroix é uma homenagem à Revolução de 1830 na França, que pôs fim
ao governo de Carlos X. Segundo palavras do próprio Delacroix, “ainda que não tenha
lutado por meu país, posso representa-lo”. Além disso, a pintura relembra o ideário da
Revolução Francesa, em especial na bandeira tricolor nas mãos da Liberdade.
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