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“São verdades incontestáveis para nós: que todos os homens nascem iguais; que lhes conferiu o Criador certos direitos
inalienáveis, entre os quais o de vida, o de liberdade e o de buscar a felicidade; que, para assegurar esses direitos, se
constituíram entre os homens governos, cujos poderes justos emanam do consentimento dos governados; que, sempre
que qualquer forma de governo tenda a destruir esses fins, assiste ao povo o direito de mudá-la ou aboli-la, instituindo
um novo governo, cujos princípios básicos e organização de poderes obedecem às normas que lhes pareçam mais
próprias para promover a segurança e a felicidade gerais.”
Texto II
No dia 26 de agosto de 1789, a Assembleia Nacional Constituinte proclamou a célebre Declaração dos Direitos do
Homem e do Cidadão, tendo como base o ideário burguês do Iluminismo. Entre os principais pontos defendidos por
esse documento, destacam-se:
De maneira solene, a Declaração tornava explícitos os pressupostos filosóficos sobre os quais deveria ser construída a
nova sociedade liberal burguesa.
Com base nas declarações que compõem os textos I e II, cite duas características comuns que marcaram o momento
histórico no qual foram produzidas essas duas Declarações.
2. (Fgv 2007)
Cidadãos:
O homem nasceu para a felicidade e para a liberdade, e em toda parte é escravo e infeliz. A sociedade tem por
fim a conservação de seus direitos e a perfeição do seu ser, e por toda parte a sociedade o degrada e oprime. Chegou o
tempo de chamá-la a seus verdadeiros destinos; os progressos da razão humana prepararam esta grande Revolução, e a
vós especialmente é imposto o dever de acelerá-la. Para cumprir vossa missão, é necessário fazer precisamente o
contrário do que existiu antes de vós.
Maximilien de Robespierre foi um dos principais líderes da corrente jacobina da Revolução Francesa. Ao discursar na
Convenção acerca dos fundamentos que deveriam orientar a elaboração da primeira Constituição Republicana na
história do país, Robespierre aplicou princípios iluministas para defender a construção de uma nova ordem política e
social.
a) Aponte uma medida adotada pelos jacobinos no contexto da radicalização do processo revolucionário francês (1792-
1794).
b) Explique um princípio iluminista presente no documento.
"A luta dos Estados Unidos contra a Inglaterra foi apenas uma 'guerra de independência' ou foi uma revolução? (...)
Alguns têm procurado ver, na guerra de independência americana, uma revolução (...), outros negam que essa guerra
tenha trazido às antigas colônias inglesas profundas modificações econômicas e sociais. O meio termo é a opinião que
deve prevalecer".
(Godechot, Jacques. "As Revoluções: 1770-1799". São Paulo: Pioneira, 1976. Pg. 19.)
a) Por que a Guerra de Independência dos Estados Unidos não pode ser considerada, do ponto de vista político,
simplesmente uma guerra anti-colonial?
4. (Uff 2006) A Revolução Francesa de 1789 foi um fenômeno que pode ser comparado àquele da Revolução
Americana de 1776. Ambas constituem parte do que designamos como "Revoluções Burguesas". Entretanto,
observando seus resultados políticos na França e nos EUA, percebemos diferenças radicais no tocante aos modos de
organização dos governos de cada um desses Estados. Tendo em vista o estabelecido no texto:
a) explique as diferenças entre as formas políticas resultantes de cada uma das revoluções, no âmbito da França e dos
EUA;
b) indique um dos líderes da Revolução Americana e um movimento no Brasil que tenha recebido a influência de uma
das "Revoluções Burguesas".
5. (Puc-rio 2005) Em princípios de 1789, a França era uma sociedade do Antigo Regime. A crise dessa estrutura
manifestou-se ao longo desse ano, dando início a um período de transformações que se estendeu por dez anos: a
Revolução Francesa.
b) INDIQUE 3 (três) transformações operadas durante o 1° momento da Revolução Francesa - a "Era das Instituições"
(1789 -1792) - que evidenciam o caráter revolucionário dessa experiência histórica.
6. (Fgv 2005)
A caricatura acima mostra a situação das camadas sociais na sociedade francesa de antes da Revolução de 1789.
b) Antes do movimento revolucionário, quais eram as principais críticas do povo em relação às camadas dominantes?
c) Que classe social liderou a Revolução e que transformações ocorreram no período mais radical do processo
revolucionário?
7. (Ufv 2004) Na noite de 14 de julho de 1789, em Paris, Luís XVI recebeu do duque de La Rochefoucauld-Liancourt a
notícia da queda da Bastilha e da deserção das tropas reais frente ao ataque popular. O famoso diálogo que se travou
entre o rei e seu mensageiro é breve e revelador. O rei, segundo consta, exclamou:
"Isto é uma revolta"; e Liancourt corrigiu-o: "Não, Senhor, isto é uma revolução".
(Adaptado de: ARENDT, Hannah. "Da Revolução". São Paulo: Ática; Brasília: Editora da UNB,1988, p.38.)
Com base nesse diálogo e nos seus conhecimentos sobre a Revolução Francesa, responda:
9. (Puc-rio 2001) "Que é o Terceiro Estado? Tudo. Que tem sido até agora na ordem política? Nada. Que
deseja? Vir a ser alguma coisa.
Ele é o homem forte e robusto que tem um dos braços ainda acorrentados. Se suprimíssemos a ordem
privilegiada, a nação não seria algo de menos e sim alguma coisa mais. Assim, que é o Terceiro Estado? Tudo, mas um
tudo livre e florescente. Nada pode caminhar sem ele, tudo iria infinitamente melhor sem os outros (...)."
a) - identifique 2 (dois) grupos sociais que compunham o Terceiro Estado e explique seus descontentamentos às
vésperas da Revolução Francesa;
b) - cite, a partir dos descontentamentos do Terceiro Estado em relação ao Antigo Regime, 2 (duas) ações empreendidas
pelos revolucionários franceses que tenham contribuído para alterar esta situação.
10. (Puc-rio 2000) "Invocando o direito natural, tal qual os americanos, a Revolução Francesa conferiu à sua obra um
caráter universal que a liberdade britânica não possuía, e afirmou esse caráter com muito mais força. Ela não proclamou
apenas a república: instituiu o sufrágio universal. Ela não liberou apenas os brancos: aboliu a escravidão. Ela não se
contentou com a tolerância: mas reconheceu a liberdade de consciência, admitiu os protestantes e os judeus na cidade
e, criando um estado civil, reconheceu a cada um o direito de não aderir a nenhuma religião."
Georges Lefebvre, "La Place de Ia Révolution Française dans I'Histoire du Monde," ANNALES. Économies, Sociétés,
Civilisations. 3 eme année, 3 (Juillet - Septembre 1948), p. 264.
a) DESENVOLVA duas razões que justifiquem a importância do direito natural para se conferir um caráter universal à
Revolução Francesa.
b) CITE um exemplo de restrição à liberdade entre os britânicos e entre os norte-americanos, que suas respectivas
Revoluções não eliminaram.