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A VANGUARDA HISTÓRICA
• Para Peter Bürger (Teoria da vanguarda) – A vanguarda histórica – O Expressionismo (A
Ponte), o Futurismo, o Dadá, o Neoplasticismo (De Stijl), o Construtivismo e o Surrealismo –
foram além das Vanguardas Estéticas porque foram movimentos que questionaram a
concepção de arte autônoma (Arte pela Arte) e o próprio estatuto social da arte na
sociedade capitalista.
• Os artistas da vanguarda histórica não visavam apenas a criação de uma obra de arte
experimental e inovadora do ponto de vista formal (como na Vanguarda Estética), pois
usaram a arte como pretexto para o questionamento da instituição artística burguesa e do
circuito artístico, desde a produção até a recepção, passando pelo mercado de arte e pela
crítica de arte.
• O movimento tinha um propósito ético, crítico-social e político. Imbuídos da crença que, por meio
arte, poderiam criar um mundo melhor para todos. Eles elaboraram uma ideologia social de largo
alcance, que englobava não apenas a arte, mas também a vida inteira. Parte dos propósitos do
grupo era defender uma maior conexão entre a arte e a vida.
• Na maioria das vezes, o mundo exterior (uso da figuração) foi utilizado para expressar a realidade
interior (sentimentos) do artista. Recusaram o aprendizado tradicional das belas-artes e não
tinham preocupação com a fatura técnica da obra, pois trabalhavam de modo direto e intenso.
Usaram excessivamente a deformação e a fealdade.
• Em relação à arte, estavam unidos mais por aquilo que não apreciavam como o realismo anedótico
e o impressionismo, do que por qualquer programa artístico próprio.
Revista Der Sturm (A tempestade) – circulou entre
1910 e 1932 na Alemanha.
Revista Der Sturm (A tempestade) – circulou entre 1910 e 1932 na Alemanha.
Karl Schmidt-Rottluff – Paisagem em Dangast – 1905 – 70 x 92 cm – óleo/tela
Karl Schmidt-Rottluff – Paisagem em Dangast – 1910 – 77 x 85 cm – óleo/tela
Karl Schmidt-Rottluff – Cristo e a Adúltera – 1918 – xilogravura
Paula Modersohn-Becker –
Retrato de uma jovem, dedos
abertos na frente do peito –
1905 – 41 x 33 cm –
têmpera/tela
Paula Modersohn-Becker –
Criança nua com cegonha –
1906 – 73 x 59 cm –
têmpera/tela
Paula Modersohn-Becker –
Autorretrato com colar de âmbar
– 1906 – 62,2 x 48,2 cm –
óleo/tela
Erich Heckel – Fábrica de tijolos – 1907 – 68 x 86 cm – óleo/tela
Erich Heckel – Retrato de um homem – 1919
– 42 x 32,6 cm – xilogravura colorida
Ernst Ludwig Kirchner –
Autorretrato com modelo –
1910 – 150 x 100,3 cm –
óleo/tela
Ernst Ludwig Kirchner – Seminu
feminino com chapéu – 1911 –
109,9 x 140,3 cm – óleo/tela
Ernst Ludwig Kirchner – Cinco
mulheres na rua – 1913 – 120 x
90 cm – óleo/tela
Ernst Ludwig Kirchner – Cena de rua em
Berlim – 1913 – 121 x 95 cm – óleo/tela
Ernst Ludwig Kirchner – A torre
vermelha em Halle – 1915 – 120 x 90,5
cm – óleo/tela
Oskar Kokoschka – Assassinos,
esperança de mulheres – 1909 – 118
x 76,2 cm – cartaz/litografia
Oskar Kokoschka – A tempestade ou a noiva do vento – 1914 – 181 x 220 cm – óleo/tela
Egon Schiele – Autorretrato com ombro levantado
Egon Schiele – Autorretrato – 1910 – – 1912 – óleo/tela
aquarela/papel
Egon Schiele – Autorretrato duplo – 1915 – aquarela/papel
Egon Schiele – Duas garotas, deitadas entrelaçadas – 1915 – óleo/tela
Egon Schiele – O abraço (amantes II) 1917 – 100 x 70 cm – óleo/tela
Egon Schiele – Mulher com duas crianças – 1917 – 150 x 160 cm – óleo/tela
Egon Schiele – Amizade – 1918 – 80
x 60 cm – óleo/tela
Emil Nolde – Anoitecer – 1916 – 74 x 101 cm – óleo/tela
Emil Nolde – Bailarina – 1917 – 60 x 73 cm – litografia/papel
Otto Müller – Mulheres nuas ao ar livre – c.1920 – 86 x 111 cm – têmpera/aniagem (junco)
Chaim Soutine – Paisagem – c. 1920/21 – 56 x 84 cm – óleo/tela
Chaim Soutine – Menino de hotel –
1925 – 98 x 80,5 cm – óleo/tela
Max Pechstein – O
sofá verde – c. 1910 –
óleo/tela
Max Pechstein – Garota em
um sofá verde com um gato
– 1910 – óleo/tela
Wilhelm Lehmbruck –
Jovem de pé – 1913 – 228
x 78 x 62 cm – bronze
Versão em pedra
• Primeiro manifesto foi publicado no jornal Le Fígaro de Paris, em 22.02.1909, e nele, o poeta
Filippo Marinetti, foi o único signatário. O segundo manifesto, 1910, resultou do encontro do poeta
com os pintores Carlo Carrà, Luigi Russolo, Gino Severini, Umberto Boccioni e Giacomo Balla. A
primeira exposição do grupo realizou-se em Paris, em 1912.
• A guerra de 1914-1918 precipitou o fim do futurismo. A guerra (“única higiene do mundo”) eliminou
Boccioni em 1916. O restante dos artistas futuristas transferiram-se para estilos e atitudes mais
tradicionais (Retorno à ordem).
Umberto Boccioni – Briga na
galeria – 1910 – 76 x 64 cm –
óleo/tela
Umberto Boccioni – A cidade se levanta – 1910 – 199,3 x 301 cm – óleo/tela
Umberto Boccioni – A rua
entra na casa – 1911 –
100 x 100,6 cm –
óleo/tela
Umberto Boccioni – Estado de espírito n° 1: o adeus – 1911 – 70,5 x 96 cm – óleo/tela
Umberto Boccioni – Estado de espírito n° 2: os que partem – 1911 – 70,5 x 96 cm – óleo/tela
Umberto Boccioni –
Elasticidade – 1912 –
100 x 100 cm –
óleo/tela
Umberto Boccioni –
Dinamismo de um corpo
humano – 1913 – 100 x
100 cm – óleo/tela
Umberto Boccioni – Dinamismo de um ciclista – 1913 – óleo/tela
Umberto Boccioni – A carga dos lanceiros – 1914/15 – 32 x 50 cm – têmpera e colagem/papelão
Umberto Boccioni – Evolução de uma garrafa no espaço – 1912/13 – 38,12 x 60,3 x 32,7 cm – bronze
Umberto Boccioni – Formas únicas
de continuidade no espaço – 1913
– 112,2 x 88,5 x 40 cm – bronze
Umberto Boccioni
– Construção
dinâmica de um
galope: cavalo e
casa – 1914 – 66
x 122 cm –
madeira,
cartolina, metal e
arame
Giacomo Balla – Luz de rua – 1909 –
175 x 120 cm – têmpera/papel/tela
Giacomo Balla – Plasticidade da luz + velocidade – 1913 – 65,5 x 98,5 cm – óleo/papel/tela
Giacomo Balla – Automóvel + velocidade + luz – 1913 – desenho
Giacomo Balla –
Interpretação
irisdiscente n.° 7 –
1913/14 – 77 x 77
cm – óleo/tela
Giacomo Balla – Mercúrio
passa em frente ao sol –
1914 – 120 x 100 cm –
têmpera/papel/tela
Carlo Carrá – Funerais do anarquista Galli – 1911 – 199 x 259 cm – óleo/tela
Carlo Carrá – Manifestação
intervencionista – 1914 –
38,5 x 30 cm – têmpera e
colagem/cartão
Luigi Russolo –
Lembrança de uma noite
– 1911 – 100 x 100 cm –
óleo/tela
Luigi Russolo – Dinamismo de um automóvel – 1912/13 – 106 x 140 cm – óleo/tela
Gino Severini – A dançarina assombrosa –
1911 – 71 x 53 cm – óleo/tela
Gino Severini – Hieróglifo
dinâmico do Bal Tabarin – 1912
– 158 x 153,7 cm – óleo/tela
Gino Severini – Bailarina + mar –
1913 – 103 x 86 cm – óleo/tela
Dadá (1916 – Zurique/Suíça – Berlim/Alemanha)
• Anti-arte: sentimento de saturação cultural, de crise moral e política gerada durante a Primeira
Guerra Mundial. Vontade de escandalizar o espectador com a inclusão de materiais extravagantes e
desprezo por qualquer cânone acadêmico. Despreocupação com a estética estabelecida.
Valorização do irracionalismo (negação da razão e das ciências). Exaltação das contradições.
• Eles se voltaram não só contra as instituições políticas e sociais, mas também contra o estatuto da
arte. O termo dadá foi cunhado em Zurique, em 1916. Hugo Ball, Jean Arp, Sophie Tauber e outros
estabeleceram sua base no Cabaret Voltaire, numa região degradada de Zurique. Lá promoviam
exposições e apresentações noturnas de canto, música, dança, teatro de marionetes e recitais.
• Desafiaram o status quo por meio da sátira, da ironia, da zombaria e dos trocadilhos.
• A atividade dadaísta se intensificou após a Primeira Guerra, quando parte de seus membros foram
para Paris/França e outros se dispersaram pela Alemanha. Formou-se o Clube Dadá em
Berlim/Alemanha (John Heartfield, Raoul Hausmann, George Grosz, Hannah Höck) de caráter
político. A colagem e a montagem foram as técnicas preferidas.
• Em 1921 em Paris, o Dadá assumiu uma natureza mais literária e teatral, com Cabarés e Festivais. Em
1922, uma disputa interna entre Tristan Tzara, Francis Picabia e André Breton levou à dissolução do
Dadá. Embora dissolvido sua atividade não cessou.
• A apresentação da arte como ideia, a afirmação de que ela poderia ser feita a partir de qualquer
coisa e o questionamento dos usos e costumes sociais e artísticos que modificaram
irrevogavelmente a trajetória da arte.
Hans Arp – Deposição de
pássaros e borboletas.
Retrato de Tristan Tzara –
1916-17 – 40 x 32,5 x 9,5
cm – madeira pintada
Hans Arp – Relevo –
1920 – 60 x 85 cm –
madeira
Max Ernst – A grande roda ortocromática
que faz amor sob medida – 1919 – 36 x 23
cm – frotagem a lápis sobre blocos de
impressão e bico de pena, aquarela e
guache/papel
Max Ernst – O chapéu faz o homem – 1920 – 33,6 x 43,2 cm – colagem, lápis, nanquim e
aquarela/papel
Max Ernst – Elefante
Celebes – 1921 – 125,5 x
108 cm – óleo/tela
Max Ernst – Pietà ou a revolução a
noite – 1923 – 116 x 88,9 cm –
óleo/tela
Francis Picabia – Garota nascida sem mãe – 1916/17 – guache e pintura metálica/papel
Francis Picabia – Parada amorosa – 1917 –
96,5 x 73,7 cm – óleo/tela
Francis Picabia – O menino
carburador – 1919 – 126,3 x 101,3
cm – óleo/madeira
Francis Picabia – Mesa rastada –
1920 – colagem e texto/papel
Francis Picabia e outros – Olho
cacodílico – 1921 – 148,6 x
117,5 cm – óleo, colagem e
texto/tela
Kurt Schwitters – Merzbild 1A
(médico de doentes mentais) – 1919
– 83 x 50 cm – assemblagem
Kurt Schwitters – O espelho – 1919 – colagem
Kurt Schwitters – Relevo –
1923 – 35,5 x 30 cm – assemblagem
de vários materiais/madeira
Kurt Schwitters – Hanôver Merzbau – 1923/33 – assemblagem (casa do artista em Hanôver)
Kurt Schwitters – Hanôver Merzbau – 1923/33 – assemblagem (casa do artista em Hanôver)
Hannah Höch – Corte com a
faca do doce – c.1919 –
114 x 89,8 cm – colagem
Hannah Höch – A bela garota –
1919/20 – 35 x 29 cm –
colagem/papel
Raoul Haussmann – Tatlin em
sua casa – 1920 – 41 x 28 cm –
fotomontagem
Raoul Haussmann – Dadá cinema –
1920 – 31,7 x 22,5 cm – colagem e
fotomontagem/papel com inscrição a
tinta
Raoul Haussmann – Cabeça
mecânica ( o espírito dos nossos
tempos – 1919/20 – 32,5 x 21 x 20 cm
– madeira, couro, alumínio, latão e
cartão
Primeira feira internacional Dadá – 1920 – Berlim/Alemanha
Marcel Duchamp (1887/1968 – França):
• transferiu a arte do campo estético para o conhecimento artístico, da contemplação à
decifração do enigma. A arte é um não-trabalho intelectual. Pioneiro da Arte Conceitual
com as obras Roda de Bicicleta/1913 e Suportes de Garrafas/1914.
Marcel Duchamp – Em
antecipação ao braço quebrado
– 1915 – 121,3 cm (alt.) – ready-
made
Marcel Duchamp – Apolinère esmaltado – 1916/17 – 23,5 x 12,5 cm – ready-made
Henri Pierre Roché – Fotografias do
estúdio de Duchamp – 1916/1918
Marcel Duchamp – Fonte –
1917 – revista O homem
cego, volume nº2