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ARTE CONCEITUAL

MARCHEL DUCHAMP

• Duchamp plantou a semente da Arte Conceitual.


• Os artistas vinham se questionando o que era
obra de arte.
• Afinal as propostas que vinham aparecendo
como obra de arte desafiava os conceitos de
belo, sublime, heroico da Arte Romântica do
século XIX.
• Ao mesmo tempo as propostas modernas eram
tão diferentes entre si, que ficava cada vez mais
difícil distinguir o que era arte e o que não era
obra de arte.
• O que importava era mais a discussão de ideias
que o Duchamp causou com os Ready-Made,
causou uma nova categoria de arte, a Arte
Conceitual.
• Até o final do século XIX nas artes
plásticas visuais o objeto de arte era o
principal suporte da arte.
• O objeto quadro é único, só aquela
Monalisa foi tocada por Leonardo Da
Vinci, só aquele objeto possui a história
e a técnica.
• Já
• A áurea do objeto de arte perde o valor
Dadaísmo

O Dadaísmo, ou simplesmente “Dadá”, foi um


movimento artístico pertencente às
vanguardas europeias do século XX, cujo lema
era: "a destruição também é criação".
Foi considerado o movimento propulsor das
ideias surrealistas e tinha um caráter ilógico,
anti-racionalista e de protesto.
Isso porque, através da ironia, buscava
questionar a arte e, sobretudo, seu contexto
histórico, com a ocorrência da Primeira
Guerra Mundial.
Características do Dadaísmo

• Objetos comuns do cotidiano são apresentados de uma nova forma e dentro de


um contexto artístico;
• Irreverência artística;
• Combate às formas de arte institucionalizadas( que está permanente por um
longo período).
• Crítica ao capitalismo e ao consumismo;
• Ênfase no absurdo e nos temas e conteúdos sem lógica;
• Uso de vários formatos de expressão (objetos do cotidiano, sons, fotografias,
poesias, músicas, jornais, etc.) na composição das obras de artes plásticas;
• Forte caráter pessimista e irônico, principalmente com relação aos
acontecimentos políticos do mundo.
• Uso do ready-made, uso de algo “já pronto” em outro contexto, normalmente
absurdo.
Duchamp plantou a
semente da Arte Conceitual

• O clássico dos clássicos “A Fonte”.


• Em abril de 1917, junto com seus amigos
em Nova Iorque, foi em uma loja de
eletrodoméstico que Duchamp teve uma
grande ideia e comprou um urinol numa
loja de material.
• Essa obra repercutiu no mundo todo.
• Levou o urinol em seu ateliê e colocou-o
de cabeça para baixo e escreveu em sua
borda “Mutti” em 1917 batizando de “A
Fonte”.
A arte conceitual surgiu nos anos 60 e 70 na
Europa e nos Estados Unidos, rejeitando as
tradições artísticas estabelecidas.

Nunca foi um movimento coeso,


abrange vários tipos de arte.

Os artistas conceituais insistem que a beleza visual e a técnica


deixaram de ser importante, que as ideias tem mais valor na arte
moderna do que as habilidades tradicionais.
Os seus conceitos vão da seriedade ao
escandaloso, do excêntrico ao cômico.

Esses artistas conceituais costumam estar


envolvidos com outros movimentos como arte
povera, arte performática, land art, vídeo arte.

Eles desprezam os materiais e também


as abordagens convencionais produzidas.

Obras temporárias que rompem com a ideia de arte


colecionável, e muitas obras conceituais comentam
a sociedade e também envolvem os espectadores.
A ideia dos artistas conceituais era criticar as
industrias e o mercado da arte que gerava muito
dinheiro, criticar a sociedade, criticar várias coisas.

A arte conceitual faz parte do mercado da arte,


muitos artistas conceituais alcançaram um sucesso
muito grande e hoje a arte conceitual esta em
vários museus e locais importantes.

A arte conceitual é provavelmente o movimento artístico com


abordagem mais radical e mais controversa (polêmica, discussões,
denúncia e argumentos) da arte moderna e contemporânea.
As obras dos artistas conceituais são muito diferentes entre si, mas
carregam pelo menos dois questionamentos em comum: o que é um objeto
“finalizado"? Como o espaço deve ser preparado e ocupado?

Para esses artistas, o que define seu trabalho é a maneira


como ele percebe o mundo e expressa esse olhar.

A arte conceitual colocou em evidência o processo de criação e o conceito


por trás da obra, deixando o objeto final em segundo plano.
Características da Arte Conceitual

•Na arte conceitual, o conceito da obra artística é mais valorizado do que a


atuação física e o objeto representado.

•A versatilidade de materiais e recursos é uma característica de destaque na arte


conceitual. A arte conceitual utiliza de fotografias, vídeos, textos, performances,
instalações artísticas, dentre outros, para compor a cena da arte.
Características da Arte Conceitual

•A arte conceitual também emprega outras formas de expressão artísticas e


ambientais para o desenvolvimento próprio. Entre elas podemos citar o grafite
urbano e a arte postal.

•A arte conceitual valoriza elementos da natureza, bem como figuras humanas e


invenções criadas pelo homem. Esses artifícios visam remontar à arte figurativa.

•Talvez a principal característica da arte conceitual seja a contracultura. A arte


conceitual vai contra ao formalismo e status quo da arte, buscando inovar
conceitos.
• Hoje, podem-se encontrar obras de arte nas ruas de
praticamente todas as cidades: grafites, esculturas
ou outras intervenções.
• Mas essa prática não era comum entre 1960 e 1980
e, quando existiam, eram feitas geralmente em
homenagem a uma pessoa famosa.
• Muitas das obras da arte conceitual são uma
manifestação de ideias sociais, políticas e
comportamentais.
• Um bom exemplo pode ser a obra de Piero
Manzoni, chamada Linha infinita, que consiste em
um cilindro de madeira sem nenhuma abertura,
com uma etiqueta onde se lê, em italiano, a frase
“Contém uma linha de tamanho infinito".
Piero Manzoni

• A obra intitulada Merda de Artista é um


trabalho do artista italiano Piero
Manzoni, que consiste numa série de 90
latas, traduzidas em variadas línguas,
nomeadamente para italiano, francês,
inglês e alemão.

• Estas contêm as fezes do próprio artista.


Piero Manzoni

• A arte conceitual trouxe uma inversão no contato do


espectador com o objeto artístico, pois, na arte
conceitual, ao invés de perguntar o que o artista
estava querendo dizer com a obra, o observador
passou a perguntar quais significados a obra assumia
para si próprio. Isto é, na arte conceitual é o
observador e não mais o artista que precisava ser
compreendido em relação à obra.
• O italiano Piero Manzoni (1933-1963) foi um dos
artistas conceituais que mais causaram polêmicas
com suas obras: em sua exposição Consumação da
arte, de 1958, vendeu balões cheios com o ar de sua
respiração, pois os compradores poderiam aspirar o
“ar do artista".
Joseph Kosuth

• O artista Joseph Kosuth


(nascido em 1945) criou uma
das obras mais ilustra- tiva da
arte conceitual: Uma e três
cadeiras, onde confronta no
mesmo espaço uma cadeira
real, sua representação em
fotografia e sua definição a
partir de um dicionário.
A obra de Joseph Kosuth data de 1965 e se constitui por
uma fotografia de cadeira, uma cadeira exposta e
um quadro com o verbete “Cadeira”. Trata-se de um
exemplo de arte conceitual que revela o paradoxo entre
verdade e imitação, já que a arte não é a realidade, mas
uma representação dela.

KOSUTH J. One and Three Chairs. Museu


Reina Sofia, Espanha, 1965.
Em plena ditadura militar, o artista plástico Cildo Meireles
aplicava decalques em silk-screen em garrafas retornáveis
de Coca Cola que, então, voltavam à circulação com
mensagens que questionavam o regime milico ou mesmo
com instruções para fazer um coquetel molotov.
Arte Contemporânea

“A nossa arte não é para colecionar,


é para todas as pessoas”

Surge uma gama muito grande de


expressões da Arte Contemporânea

Suportes da Arte Contemporânea: Pop Art,


instalação, performances, body arte, grafite,
land art.
nz1
Slide 22

nz1 neuza zanette; 14/05/2022


Arte Conceitual

Características:
- Herança do dadaísmo;.
-Ressignificou o uso de seus objetos,
trazendo uma ideia sobre eles.
- Faz uma critica ao formalismo.
- Obra uma e três Cadeiras – Joseph
Kosuth
Intervenções Urbanas

Características:
- Proposito de criar um questionamento
e transformar a vida cotidiana.
- Normalmente são realizadas por
grupos de artistas.
- Costumam particularizar lugares,
estabelecer marcas e recriar paisagem.
- Destaque para as obras de Eduardo
Srur.
Instalações artísticas

Características:
- Promover uma interação entre a
obra e o espectador.
- Normalmente são realizadas
dentro de museus e galerias,
mas podem ser realizadas ao ar
livre.
- Já era praticada por artistas
como Marcel Duchamp, em
1938.
Performance

Características:
- Vertente hibrida que faz a junção de
diversas artes como dança, teatro,
artes plásticas etc.
- O artista utiliza o seu próprio corpo em
cena, tornando-se parte de reflexão da
obra.
- Destaque para Marina Abramovic, com
a performance “A artista esta
presente”.
PERFORMANCES

Forma de arte que combina elementos do teatro, das artes visuais e da música. Nesse sentido, a performance liga-se
ao happening (os dois termos aparecem em diversas ocasiões como sinônimos), sendo que neste o espectador
participa da cena proposta pelo artista, enquanto na performance, de modo geral, não há participação do público.
Capa de parangolé

• Hélio Oiticica criou os parangolés,


ou seja, uma variação de roupas,
capas e estandartes que o
participante tinha que vestir.
• Tratava-se de objetos de tecido
elaborados para serem incorporados
ao corpo.
• Quando vestir um parangolé o
espectador passa a fazer parte da
obra e de sua criação.
• É uma experiência sensorial cujos
movimento daquele que o vestem,
revelam novas características de
manifestações artísticas.
Capa de parangolé
Performance de Marina Abramović
• Aconteceu no museu de Arte
Artista está presente Moderna de Nova Iorque (MOMA) –
de março a maio de 2010.

• Mostra o poder da arte quanto o


papel de artista.

• Marina ficou sentada durante todo


tempo que durou essa exposição (3
meses).

• Ela sentava na hora que o museu


abria e só se levantava quando o
museu fechava ao público.

• O imprevisível (não podia controlar


nada nessa performance).
• Marina se preparou um ano antes
Artista está presente para fazer essa performance.

• Marina tinha um desgaste muito


grande do corpo e da alma, porque
ela se conectava com estranhos,
com suas alegrias, pessoas dez
esperançosas, entre outros.

• O que iria formar a parte da obra


era uma pessoa que ela não
conhecia.

• Havia uma regra do silêncio, as


pessoas não podiam conversar com
a artista nem tocar.
• Quando uma pessoa sentava a sua
Artista está presente frente era um diálogo de energia,
simplesmente olhar nos olhos de uma
pessoa.

• As reações que aconteceram durante


essa performance foram muito fortes.

• Quando a pessoa levantava ela


abaixava a cabeça, e quando alguém
sentava, ela voltava a levantar a
cabeça.

• Resetar: Ação ou ato de apagar.

• Negociação colaborativa de sentidos


entre a artista e a pessoa com quem
interage.
Vídeo - Marina Abramović
A casa com vista para o oceano de Marina Abramović

As performances da artista Marina Abramovic


trazem situações em que seu corpo ou sua vida
íntima são expostos.
Ela fica em uma posição vulnerável em relação ao
espectador.
Recriou três cômodos de uma casa, sem nenhuma barreira que
protegesse sua intimidade do olhar do público.

Em “A casa com a vista para o


Suas criações expõem
oceano, a artista morou 12 dias
seu corpo e sua
em uma galeria em Nova York
consciência a risco.
nos EUA.
Bebendo somente água e sem comer nada, a
performer explorou os limites do seu corpo e de
suas emoções.

O expectador, por sua vez, deixou de apenas comtemplar a


obra e foi induzido a pensar em sua posição diante da
fragilidade do outro.
PERFOMANCE O GRITO – MARINA ABARAMOVIC

• Uma das mais recentes e notáveis produções, foi a intervenção


de Marina Abramovic, artista conhecida principalmente por seu
forte trabalho com performances. Fez a performance O Grito no
Parque Ekeberg em Oslo.

• Considerando a carga simbólica da paisagem absorvida por


Munch, Marina Abramovic instalou uma moldura do tamanho
original do quadro “O Grito” e deixou com que as pessoas
completassem o trabalho expelindo todas as emoções que
podem sair na explosão de um grito.

• Para isso, a artista convocou residentes em Oslo de variadas


idades, profissões e classes sociais.

• No total, foram 270 participantes que fizeram do grito seu


denominador comum, que evocaram a mesma imagem em um
singular entardecer.
Várias
performances
BERNA REALE
Nas performances de Berna Reale (1965),
situações cotidianas ganham aparência
fantástica, e situações bizarras parecem reais .

A violência é um dos temas frequentes da


obra da artista, que também trabalha como
perita criminal em Belém, capital do Pará.
Muitas de suas performances são
criadas para se tornar fotografias
ou vídeos, misturando realidade
com ficção e tendo o corpo como
elemento central.
Na fotografia Os jardins Pensus da
América, ela sugere que as ações militares Berna Reale denuncia a violência
disseminam a morte pelo mundo. cotidiana cultivada pelas guerras com
ironia ao compor uma representação
em que uma pessoa usa uma roupa
que remete, ao mesmo tempo, a um
vestido infantil e a um uniforme
militar, enquanto rega um jardim de
plantas negras, aparentemente já
mortas.
Vídeo
OPAVIVARÁ! (Brasil) • OPAVIVARÁ! é um coletivo de
arte do Rio de Janeiro, que
desenvolve ações em locais
públicos da cidade, galerias e
instituições culturais, propondo
inversões dos modos de
ocupação do espaço urbano,
através da criação de
dispositivos relacionais que
proporcionam experiências
coletivas.

• Desde sua criação, em 2005, o


grupo vem participando
ativamente no panorama das
artes contemporâneas.
Vídeo -
Cegos
Vídeo
ELEONORA FABIÃO
Programa

Trocar tudo: aproximar-me


de pessoas e perguntar se
querem trocar alguma coisa
comigo. A ação só se conclui
quando tudo o que vestia e
carregava no início do
percurso for trocado.
Dois ameríndios não
descobertos visitam
o Ocidente

Entre 1992 e 1994, a artista norte - americana


Coco Fusco e o artista mexicano Guillermo
Gómez - Peña apresentaram-se como se
fossem indígenas de uma tribo isolada, de
uma ilha imaginária na América.
Na performance, chamada Dois
ameríndios não descobertos
visitam o Ocidente, os artistas
ficavam expostos ao público
dentro de uma jaula.

A performance percorreu museus de história natural e praças


de cidades europeias e norte - americanas a partir do
aniversário de quinhentos anos da chegada de Cristóvão
Colombo à América.
O objetivo era criticar
o fato de a cultura
ocidental, pautada
pelo ponto de vista
dos homens brancos
europeus, muitas
vezes tratar pessoas
de outras origens
como objetos,
ignorando sua
humanidade.

Até o início do século XX, era comum que


indígenas americanos e povos africanos
fossem levados à Europa e expostos ao público
como atrações de um zoológico e objetos de
interesse científico e artístico.
Além de terem sido privados de sua
liberdade e de sua dignidade,
muitos adoeceram e até faleceram
por causa das condições a que
foram submetidos. Alguns se indignaram com o fato de
o museu permitir esse tipo de
exposição, enquanto outros tiravam
fotos com os performers sem saber
que se tratava de uma encenação.

A performance teve muita repercussão : apesar da ironia,


muitos espectadores acreditaram que os artistas eram
indígenas de uma tribo isolada.
Vídeo
Conceber, elaborar e realizar uma performance é
trabalhoso. É preciso ter um propósito , preparar o
corpo para os desafios, realizar a ação com
concentração e estar atento para lidar com
eventualidades.

Lembre-se: a performance está


sempre aberta ao inesperado.
Andando de forma exagerada em volta
do perímetro de um quadrado, de
Bruce Nauman , 1967-1968 ( filme
16mm, 10 min 30s).

Nesse filme experimental , o artista


norte - americano Bruce Nauman usa
o próprio corpo em movimento para
refletir sobre a condição humana.

Ele questiona o que seria uma forma


"normal "de andar na linha", seguindo
o trajeto regular e aprisionador de um
quadrado traçado no chão com fita
adesiva.
Vídeo
A instalação
consiste em
uma mesa posta
para o café da
manhã,
encostada em
uma parede.
O artista
começa a
performance
fazendo a
refeição de
forma cotidiana
até que uma
ação inesperada
altera
totalmente a
situação.

Marco Paulo Rolla


Vídeo
Damien Hirst

• Em 1997, uma exposição de jovens


artistas Britânicos, "os YBAS (Young
British Artists)", teve grande
repercussão mundial.

• Denominada Sensation,( sensação)


mostrava obras que chocaram o
público por apresentar animais
mortos, carcaças desmenbradas
sangue e até excrementos.
Damien Hirst

• A exposição Sensation(sensação)
mostrava o trabalho de jovens artistas
cujas obras pertenciam à coleção de
Charles Saatchi, dono de uma galeria
londrina que tinha interesse em
promover a nova geração.

• Muitos de seus integrantes se projetaram


no cenário mundial, mas foi o inglês
Damien Hirst (1965-), cujos trabalhos têm
a morte como tema central, quem mais
se projetou no mercado mundial de arte,
na primeira década do século XXI.
Damien Hirst

• A morte é o tema central da sua obra,


que sempre esteve rodeada de grande
polémica mais ou menos premeditada e
por conseguinte de um grande
seguimento mediático; por exemplo, as
autoridades de New York proibiram a
exposição do seu "casal morto fodendo
duas vezes", dos cadáveres de
um touro e uma vaca flutuando
em formol.
Damien Hirst

• Esta última pertence à sua série de obras


mais conhecida, Natural History( história
natural) na qual distintos animais mortos
como um tubarão, uma ovelha ou uma
vaca são conservados e por vezes
cortados dentro de tanques de
formaldeído. É ainda conhecido por seus
"spin paintings",(pintura giratória)
realizados sobre uma superfície giratória,
e pelos seus "spot paintings",( pinturas de
manchas) círculos coloreados
aleatoriamente.
Vídeo – Damien Hirst
ENEM 2020

TEXTO II
O grupo Jovens Artistas Britânicos (YABs), que
surgiu no final da década de 1980, possui obras
diversificadas que incluem fotografias, instalações,
pinturas e carcaças desmembradas. O trabalho
desses artistas chamou a atenção no final do
período da recessão, por utilizar materiais
incomuns, como esterco de elefantes, sangue
e legumes, o que expressava os detritos da vida e
uma atmosfera de niilismo, temperada por um
humor mordaz.
Disponível em: http://damienhirsti.com:Acesso em:
15 jul. 2015. FARTHING, S. Tudo sobre arte. Rio
de Janeiro: Sextante, 2011 (adaptado).
HIRST, O. Mother and Child. Bezerro dividido em duas partes: 1029 x 1689 x
625mm, 1993(detalhe). Vidro, aço pintado, silicone, acrílico, monofilamento,
aço inoxidável, bezerro e solução de formaldeído
ENEM 2020

A provocação desse grupo gera um debate em


torno da obra de arte pelo(a):

a) recusa a crenças, convicções, valores morais,


estéticos e políticos na história moderna.
b) frutífero arsenal de materiais e formas que se
relacionam com os objetos construídos.
c) economia e problemas financeiros gerados pela
recessão que tiveram grande impacto no mercado.
d) influência desse grupo junto aos estilos pós-
modernos que surgiram nos anos 1990.
e) interesse em produtos indesejáveis que revela
uma consciência sustentável no mercado.
HIRST, O. Mother and Child. Bezerro dividido em duas partes: 1029 x 1689 x
625mm, 1993(detalhe). Vidro, aço pintado, silicone, acrílico, monofilamento,
aço inoxidável, bezerro e solução de formaldeído
lia Chaia
Tudo que vai, volTa- arTe que aConTeCe
Vídeo
Vídeo
Vídeo
Paulo Bruscky

• Paulo Bruscky (Recife, 1949) é um artista contemporâneo que alia, em suas produções,
diversas técnicas artísticas tradicionais, como desenho, pintura e tecnologias
emergentes.

• Seus trabalhos artísticos são formas de questionar os critérios adotados pelos museus
e galerias para a valoração das obras de arte.

• Paulo Bruscky, em performance como "homem sanduíche", percorre as ruas com os


questionamentos, escritos nos cartazes, sobre o que é arte e sua função.

• O conjunto da produção de Bruscky apresenta-se em diferentes formatos. Em muitos


casos, suas obras são efêmeras e, como exigem a participação de outras pessoas,
desenvolvem-se, em grande parte, nos espaços públicos.
GRAFITE • Preocupados com a segurança, os cidadãos e o
poder público instalam cada vez mais câmeras
pelas cidades.

• Assim, somos vigiados quando andamos pelas


poder público pelas ruas, fazemos compras ou
estamos em uma festa.

• O grafiteiro britânico conhecido como Banksy,


cuja real identidade é uma incógnita, pintou a
imagem acima em uma parede em Los Angeles,
Estados Unidos.

• Nela, uma menina carregando uma cesta de


flores é surpreendida por uma câmera que brota
de uma planta.
• Artista, pintor de grafite, pintor de letras e
ativista político.

• A sua arte de rua satírica e subversiva


combina humor negro e grafite feito com
uma distinta técnica de estêncil.

• Suas obras são carregadas de conteúdo social


expondo claramente uma total aversão aos
conceitos de autoridade e poder.

• Em telas e murais faz suas críticas,


normalmente sociais, mas também
comportamentais e políticas, de forma
agressiva e sarcástica, provocando em seus
observadores, quase sempre, uma sensação
de concordância e de identidade.
• Apesar de não fazer caricaturas ou obras
humorísticas.
• A primeira reação de um observador frente a uma
de suas obras será o riso Espontâneo, involuntário
e sincero, assim como suas obras.
A moça com o brinco de pérola
• A obra de Banksy, Garota com o tímpano perfurado, pintada em um edifício na
cidade de Bristol, Inglaterra, em 2014, foi atualizada para a era do coronavírus
durante a pandemia. Não se sabe se o próprio artista, que não revela sua
identidade, ou outra pessoa anexou uma máscara facial de tecido à pintura.
Performance
• As cidades, mesmo as pequenas, enfrentam hoje
graves problemas de poluição.

• Os rios estão sujos, cheios de lixo, dejetos e


poluentes, e o ar está contaminado pelo monóxido
de carbono expelido por carros e fábricas.

• Para chamar a atenção dos cidadãos para a poluição,


o artista argentino Nicolás García Uriburu (1937-
2016) fez, começando em 1968, intervenções em
rios e mares que banham diversas cidades do
mundo.

• Nessas performances, ele tinge as águas com um


líquido verde biologicamente inofensivo.
Performance

• As cidades, mesmo as pequenas, enfrentam hoje graves problemas de


poluição.

• Os rios estão sujos, cheios de lixo, dejetos e poluentes, e o ar está


contaminado pelo monóxido de carbono expelido por carros e fábricas.

• Para chamar a atenção dos cidadãos para a poluição, o artista argentino


Nicolás García Uriburu (1937-2016) fez, começando em 1968,
intervenções em rios e mares que banham diversas cidades do mundo.

• Nessas performances, ele tinge as águas com um líquido verde


biologicamente inofensivo.
Vídeo - performances
INTERVENÇÃO ARTÍSTICA
Intervenção artística

• As intervenções são manifestações organizadas por grupos de artistas com o propósito de transmitir
mensagens. Elas são um tipo de arte que tem o objetivo de questionar, criticar, simplesmente
contemplara.
• As intervenções questionam os limites da arte e sua interação com o cotidiano das pessoas, seus
deslocamentos, os lugares que frequentam, seus usos, hábitos e valores.

• A Intervenção Urbana é o termo utilizado para designar os movimentos artísticos relacionados às


intervenções visuais realizadas em espaços públicos, ruas, nas praças ou em qualquer lugar fora dos
espaços tradicionais( museus e galerias).

• No início, um movimento não reconhecido que foi ganhando forma com o decorrer dos tempos e se
estruturando. Mais do que marcos espaciais, a intervenção urbana estabelece marcas,
particulariza lugares, recria paisagens. existem intervenções urbanas de vários portes,
indo desde pequenas inserções através de adesivos (stickers) até grandes instalações
artísticas.
INTERVENÇÃO ARTÍSTICA

• Grafite: foi como as intervenções tiveram início, os desenhos contam com cores vibrantes
e elementos caricatos;
• Colagens: os famosos lambe-lambes com desenhos, mensagens e propostas de reflexão
podem aparecer em postes, muros e outros locais das cidades;
• Vídeos: projeções em monumentos, paredes ou prédios com imagens psicodélicas, vídeos
interativos, reflexões e muitas outras possibilidades;
• Fotografia: as fotos podem ser ampliadas e expostas nos espaços urbanos como praças,
halls de prédio, estações de metrô, terminais de ônibus e outros;
• Materiais alternativos: itens de reciclagem, papéis, tecidos, lã, pedras, areia e outros itens
que seriam jogados fora são reaproveitados e transformados em arte;
• Plantas: ajudam a contrastar o verde da natureza com o cinza das cidades e são muito
usadas quando a ideia é repensar a forma como lidamos com o meio ambiente.
Ygor Marotta e Ceci Soloaga
vídeo
Alexandre Orion

• É um artista visual , muralista e fotografo brasileiro ;


• Desde 2001 , Alexandre Orion cria pinturas nas paredes da cidade e , com a
câmera em punho , espera pela interação espontânea dos passantes .
• O resultado são fotografias que atribuem à intervenção urbana uma
dimensão na vida real , e promovem o encontro ( ou o confronto ) entre
realidade e ficção no campo fotográfico .
• Metabiótica : onde a arte do grafite e a fotografia dividem o mesmo
ambiente , unindo a pintura e o personagem no mesmo plano .
A ARTE DE INTERFERIR NA CIDADE

• Este é o registro de uma intervenção


urbana do artista paulista Alexandre
Orion.

• Este exemplo pode ser articulado à


concepção de cidade educadora segundo
a qual a arte se insere na Pedagogia da
Cidade. Essa pedagogia implica
apreensão da diversidade urbana como
espaço de cultura.
PETER GIBSON (ROADSWORTH)

• Começou a pintar as ruas de Montreal em 2001,


usando a técnica do estêncil.
• Inicialmente como forma de questionar o uso
excessivo do carro nas sociedades
contemporâneas e defender a criação de mais
ciclovias, ele pintava sobre o asfalto elementos
que interagiam com a sinalização de trânsito,
que é proibido pela lei.
• Em 2004 foi preso por essas intervenções,
graças ao apoio do público recebeu uma pena
relativamente branda.
• Com esse episódio ganhou projeção
internacional e tem sido convidado a fazer suas
intervenções em varias cidades do mundo,
agora com o apoio institucional.
FRANCÊS JR

• O fotógrafo francês JR intitula-se “artivista”,


isto é, um artista ativista.
• Ele percorre o mundo colocando retratos do
povo nas paredes das cidades.
• No Rio de Janeiro, ele realizou a série
Mulheres são Heroínas tributo as mulheres
que ele considera os pilares da comunidade
nas regiões mais pobres do mundo.
• JR escolheu homenagear moradoras do
morro da Providência, conhecido como a
primeira favela do Brasil, e colocou o retrato
delas em tamanho gigante nas paredes
externas das casas da comunidade.
FRANCÊS JR

• O artista organizou e produziu sua


intervenção sem o apoio de organizações
culturais ou governantes.
• Artivista é o nome dado ao artista que faz
da arte a sua forma de ativismo.
• O artivista encontra na arte um convite à
militância, seja ela política, ecológica, social
ou espiritual, expressando através da
literatura, pintura, escultura, teatro,
cinema, música, performance os seus
pontos de vista e leituras sobre a vida e o
mundo.
ESCADA SELARÓN

A Escadaria Selarón é uma obra


arquitetônica localizada entre os
bairros de Santa Teresa e Lapa, no
Rio de Janeiro, Brasil, decorada
pelo artista chileno radicado no
Brasil de longa data, Jorge Selarón,
que declarou-a como uma
"homenagem ao povo brasileiro".
ESCADA SELARÓN
KOBRA

• O artista brasileiro Kobra criou


um novo mural de grafite em
homenagem as vítimas.
• A obra faz apelo à fé na busca
da cura para a Covid-19.
• A pintura mostra crianças de
várias etnias usando máscaras
contra a pandemia.
• Cristianismo, budismo,
islamismo e hinduísmo.
RAFAEL JONNIER
JAMAC (FUNDADO PELA ARTISTA
MÔNICA NADOR) • A imagem mostra muros pintados
pela Jamac – sigla de Jardim Miriam
Arte Clube -, um coletivo fundado
em 2003, na prefeitura de São Paulo
pela artista Mônica Nador.
• Suas características na pintura são
criações de padrões, tramas e
ornamentos em suas pinturas.
• Com o grupo Jamac, ela realiza
pinturas, murais com uso de
máscaras de acetato aplicadas tanto
no interior quanto nas paredes das
casas.
• Mônica compartilha seus saberes e
autorias de seus trabalhos com os
moradores do bairro.
JAMAC (FUNDADO PELA ARTISTA MÔNICA NADOR)
EDUARDO SRUR

• O artista paulistano
Eduardo Srur dedica-se as
intervenções urbanas.
• Suas obras procuram
chamar atenção da
população para questões
ambientais e outros
problemas das metrópoles.
• Para ele, a cidade é um
laboratório de pesquisa.
CAIAQUES

• Nesta intervenção o artistas colocou dezenas de


caiaques tripulados por manequins nas águas
poluídas do rio Pinheiros em São Paulo.

• A obra é uma intervenção urbana.

• Srur gosta do trabalho que tem algo a dizer, aquele


que gera uma reflexão na sociedade. “É importante
buscar uma nova perspectiva da realidade sobre as
questões contemporâneas.

• Sentiu a necessidade reativar um rio morto e


esquecido pelos habitantes da cidade, fazê-los
lembrar da sua existência.
Vídeo
BRÍGIDA E MARCELO

• Lambe-lambe tipo de cartaz utilizado para propaganda ou para exibir


conteúdo artríticos e/ou crítica, colocando em muros e tapumes nas cidades.

• O Poro atua desde 2002, na realização de intervenções urbanas e ações


efêmeras, que tentam levantar questões sobre os problemas das
cidades, através de ocupações “poéticas e críticas” dos espaços. Com
instalações locais e contextos específicos, ou apropriações de meios de
comunicação popular, Brígida e Marcelo se propõem a operar nos sistemas
de trocas simbólicas, existentes nas cidades.

• Em 2010, eles realizaram uma série de 13 cartazes do tipo lambe-lambe.


PERFORMANCE JUVENTUDE MARCADA • Em 2012, 30 mil jovens entre 15 e 29
PARA VIVER anos foram assassinados no Brasil.
• Desse total 77% eram negros.
• Para chamar atenção para esses
índices alarmantes um grupo de
jovens que se intitula Juventude
Marcada para Viver (JMV) se reuniu
em uma performance no Rio de
Janeiro.
• Um sinal sonoro, eles se jogaram
subitamente no chão do largo da
carioca no centro da cidade, depois
com pincel e tinta branca fizeram
marcas no chão como as que a
polícia faz para estudar os casos de
assassinato.
PERFORMANCE JUVENTUDE MARCADA
PARA VIVER • Misturando o contorno das silhuetas
com o desenho geométrico do piso
da praça, produziram uma expressão
gráfica cheia de significado.
• As pessoas que circulam no local
foram confrontadas por essas marcas
da morte.
• Consiste numa forma de expressão
artística que pode incluir várias
disciplinas diferentes como a música,
poesia, vídeo ou teatro. Este tipo de
evento poderia ser improvisado
pelos artistas, e podia ter ou não um
público.
JMV – JUVENTUDE MARCADA PARA VIVER

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