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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CENTRO TECNOLÓGICO
SECRETARIA DO CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
Campus Universitário – Trindade
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ARQ5622 - HISTÓRIA DA ARTE, DA ARQUITETURA E DO URBANISMO II.

NEO VANGUARDAS e
CONTRACULTURA

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NEO VANGUARDAS

Conjunto de práticas artísticas que se definem na segunda


metade do século XX, podendo ainda incluir o Expressionismo
Abstrato, e alargando-se a práticas que surgem já claramente
após a Segunda Grande Guerra, como o Neo-Dada, a Pop Art,
o Noveau Réalisme a Arte Conceptual, o Fluxus ou o
Minimalismo.
Estes movimentos problematizam, antes de mais nada, o
que é arte e quais as condições que levam a que qualquer
objeto possa ser aceite como tal.

Estas práticas artísticas podem sobrepor-se, integrar-se ou


relacionar-se, não correspondendo por isso a divisões
estanques capazes de categorizar o conjunto das obras dos
autores a que são associadas.

O primeiro ready made a Roda de Bicicleta, em sua


primeira versão, de 1913, de Marcel Duchamp (1887-
1968), nomeadamente anterior à Segunda Grande
Guerra, outra obra A Fonte, de 1917.
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O termo “Read Made” inventado por Duchamp indica o modo como sua decisão sobre o que apresentar e em
que condições que confere um novo significado ao objeto, fazendo a obra de arte proceder antes de mais de
um ato intelectual.

Neste sentido, está implícito não só um questionamento do que é a arte, mas também de quais as condições
que levam a que qualquer objeto possa ser aceite como tal, cuja ironia se pode encontrar em parte no fato de,
em última instância, essa condição poder reduzir-se à assinatura.

A obra Fonte, criada em 1917,


causou alvoroço no meio artístico e
até hoje é motivo de reflexões. Esse é
considerado o ready-made de maior
destaque na arte. R.Mutt
(pseudônimo)
Uma observação importante é a de
que recentemente, surgiram dúvidas
sobre a autoria da obra.
Há indícios, através de cartas, de que
o verdadeiro nome por trás
da Fonte, seja o da artista alemã
dadaísta Elsa von Freytag
Loringhoven. 3
Expressionismo Abstrato

Expressionismo Abstrato, também chamado de


“Escola de Nova York”, corresponde a um movimento
de vanguarda artística.

Ele surgiu nos Estados Unidos, em Nova York, na


década de 40.

Esse movimento uniu aspectos da vanguarda


expressionista alemã e da corrente abstracionista
criando dessa maneira, uma nova tendência de
caráter simbólico e expressivo.

O expressionismo abstrato arte verdadeiramente


NORTE-AMERICANA, atingiu influência mundial, e,
nesse momento, Nova York passa a ser um dos mais
importantes centros de arte do mundo, que até então
era a França (Paris).

O termo “Expressionismo Abstrato” já tinha sido usado na década de 20 para identificar pinturas do artista
russo Wassily Kandinsky (1866-1944).
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Através do Expressionismo Abstrato muitos artistas dessa
corrente inovadora romperam com a arte tradicional de cavalete.

Focaram na criação artística das emoções e expressões


humanas, tal qual Jackson Pollock um dos maiores
representantes do expressionismo abstrato norte-americano.

Pollock trabalhava com uma técnica que ficou conhecida como


“Action Painting” (Pintura de Ação).

Ele colocava imensas telas no chão e sem objetivo prévio e com


movimentos bruscos do pincel ou outros objetos (talheres, varas,
areia, etc.), a tinta era lançada na tela privilegiando assim, a
espontaneidade artística.

A partir dessa relação corporal do artista com a pintura, essas


obras gestualísticas (arte performática) dependiam
completamente dos movimentos e atuação do autor.

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Outro estilo utilizado por alguns artistas dessa corrente, foi chamada de “Color Field Painting” (Pintura do campo
de cor).

Ao contrário do “Action Painting”, ele privilegiava a objetividade das cores nas telas, ao utilizar padrões
geométricos mais simples.

Um dos maiores representantes desse estilo foi o pintor estadunidense, nascido na Letônia, Mark Rothko.

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Principais Caraterísticas do Expressionismo Principais Artistas do Expressionismo Abstrato
Abstrato
Os maiores representantes do movimento
As principais características do expressionismo expressionista abstrato foram:
abstrato são:
•Arshile Gorky (1904-1948): pintor armênio.
•Influência do existencialismo e da psicanálise
•Jackson Pollock (1912-1956): pintor
•Influência das vanguardas artísticas europeias estadunidense.
(surrealismo, cubismo e futurismo)
•Mark Rothko (1903-1970): pintor letão.
•Rompimento com a pintura tradicional
•Adolph Gottlieb (1903-1974): pintor e escultor
•Liberdade artística, subjetivismo, improvisação e estadunidense.
espontaneidade
•Willem de Kooning (1904-1997): pintor neerlandês.
•Subconsciente e pintura automática
•Philip Guston (1913-1980): pintor canadense.
•Uso de formas geométricas, linhas e cores
•Clifford Still (1904-1980): pintor estadunidense.

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Neo - Dada

Neo-Dada foi um movimento com manifestações audiovisuais e literárias que tinham semelhanças de
método ou intenção com a obra de Dada anterior.

O Dadaísmo é considerado uma das vanguardas artísticas mais extremas do período modernista. Criado
no começo do século XX, o movimento tinha como propósito "destruir a arte", repudiando todos os
modelos tradicionais, lógicos e racionalistas de produção vigentes na época.

Fundado por Tristan Tzara (1896 - 1963) e outros artistas, o dadaísmo é tido como o precursor da arte
surrealista entre vários outros gêneros contemporâneos.
Para entender melhor a essência desta vanguarda, confira algumas das principais características que
definem a arte dadaísta.

•Rompimento com os modelos tradicionais e clássicos;


•Espírito vanguardista e de protesto;
•Espontaneidade, improvisação e irreverência artística;
•Anarquismo e niilismo;
•Busca do caos e desordem;
•Teor ilógico e irracional;
•Caráter irônico, radical, destrutivo, agressivo e pessimista;
•Aversão à guerra e aos valores burgueses;
•Rejeição ao nacionalismo e ao materialismo;
•Crítica ao consumismo e ao capitalismo. 8
O NEO – DADA nos Estados Unidos foi popularizado por Barbara Rose (historiadora de arte) na
década de 1960 e refere-se principalmente, embora não exclusivamente, ao trabalho criado naquela
e na década anterior.

Havia também uma dimensão internacional para o movimento, particularmente no Japão e na


Europa, servindo como base para Fluxus, Pop Art e Nouveau réalisme.

Neo-Dada foi exemplificado pelo uso de materiais modernos, imagens populares e contraste
absurdo.

Foi uma reação ao emocionalismo pessoal do Expressionismo Abstrato e, tomando a dianteira na


prática de Marcel Duchamp e Kurt Schwitters.

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Apesar de reviver alguns dos objetivos do dadaísmo, o
neodadaísmo coloca "ênfase na importância da obra de
arte produzida em vez de no conceito de geração de
trabalho".

É o fundamento de movimentos como Fluxus, Pop Art e


Nouveau réalisme.

O neodadaísmo é exemplificado por seu uso de


materiais modernos, do imaginário popular do contraste
absurdista.

Ele também nega patentemente conceitos tradicionais


de estética.

Nos anos 50, através do trabalho de Jasper


Johns ou Robert Rauschenberg o neodadaísmo
procurou testar os conceitos
de celebridade, iconoclastia e produção em massa,
revelando a vacuidade da vida moderna, apegada aos
modelos de uma sociedade de consumo, que veio a
Jasper Johns
originar a pop art.
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POP ART

Pop Art é um movimento artístico que se caracteriza pela reprodução de temas relacionados ao consumo,
publicidade e estilo de vida americano (american way of life).

O termo em inglês significa "arte popular" e surgiu durante a década de 1950, na Inglaterra.

A expressão foi criada pelo crítico Lawrence Alloway durante encontros de um grupo de artistas, o "Grupo
Independente".

Depois, espalhou-se durante os anos de 1960, atingindo seu auge em Nova York.

A pop art não deve ser considerada um fenômeno de cultura popular (apesar de estar muito interligada a ela),
mas uma interpretação de seus artistas da cultura dita popular e de massas.

Este fenômeno baseou-se, em grande medida, na estética da cultura de


massas.

O movimento influenciou muito o grafismo e os desenhos relacionados à


moda. 11
Características da pop art Os artistas dessa corrente trabalhavam com cores vivas, inusitadas e usadas
na publicidade.

•Aproximação da arte com a vida cotidiana Eles escolhiam as imagens e os símbolos populares como material de
criação.

•Utilização de cores intensas e vibrantes Esses símbolos eram ironizados para fazer uma crítica ao excesso de
consumo da sociedade capitalista.

Isso porque o capitalismo é muito incentivado pela publicidade, cinema e etc.

•Reproduções de peças publicitárias Entretanto, de certa forma, a pop arte se alimentava e se confundia com
essa indústria cultural.

•Inspiração na cultura de massa Apesar de se diferenciarem, os artistas, de modo geral, mantinham as


temáticas, os desenhos simplificados e as cores saturadas.

•Uso da serigrafia A Pop Art buscava evidenciar a crise da arte do século XX através de um
retorno à arte figurativa.

•Imitação da estética industrial Fazia um bom contraponto ao expressionismo abstrato e à complexidade da


arte moderna.

•Reproduções em série do mesmo tema Ela recusa a separação entre arte e vida.

Por isso a arte pop é capaz de se ligar ao seu público a partir de signos e
•Uso da imagem de celebridades símbolos tirados da cultura de massa e da vida cotidiana.

Isso ocorreu quando os artistas utilizaram na arte a linguagem do design


•Inspiração no universo das histórias em comercial.
quadrinhos Com isso, diminuíram as diferenças que separavam arte erudita da arte
popular.
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Andy Warhol tornou-se o representante mais conhecido da Pop Art no Mundo.

Ficou famoso por retratar ídolos da música popular e do cinema, evidenciando o quanto estas figuras são
impessoais e vazias.

São exemplos Marilyn Monroe, Michael Jackson e Elvis Presley.

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Outros artistas da Pop Art Já nos Estados Unidos, os artistas produziram de
modo isolado até 1963.
O Independent Group (IG), estabelecido em Londres em
1952, é considerado o precursor do movimento de Pop A partir daí, suas obras passaram a ser reunidas e
Art. expostas em galerias de arte.

Fizeram parte: Os seus principais artistas são:

•Eduardo Luigi Paolozzi (1924-2005) •Andy Warhol (1928-1987)

•Richard Hamilton (1922-2011) •Roy Lichtenstein (1923-1997)

•Peter Blake (1932) •Claes Oldenburg (1929)

•James Rosenquist (1933-2017)

•Tom Wesselmann (1931-2004)

•Wayne Thiebaud (1920)

•Jasper Johns (1930)

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Noveau Réalisme

Nouveau réalisme (Novo realismo) foi um Juntamente com o Grupo Cobra, o Independent Group
movimento artístico fundado em 1960 pelo (Londres) e a Internacional Situacionista, o Nouveau réalisme
artista Yves Klein e pelo crítico de arte Pierre pode ser considerado uma das formações mais importantes
Restany por ocasião da primeira exposição da neo-vanguarda europeia do pós-guerra.
coletiva dum grupo de artistas franceses e
suíços na galeria Apollinaire de Milão.

Contemporâneo da arte Pop americana e


britânica, desenvolve-se em França,
sobretudo em Paris, paralelamente a essas
tendências, "redefinindo os paradigmas da
colagem, do ready-made, e do
monocromatismo".

O movimento reúne numerosos artistas que


partem da utilização de materiais do
quotidiano urbano, reciclados e agregados de
modo a criar novos significados, novas
formas de perceber/apreender o real.

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O manifesto do movimento – Déclaration constitutive du Nouveau Réalisme –, é assinado por Arman, François
Dufrêne, Raymond Hains, Martial Raysse, Daniel Spoerri, Jean Tinguely, Jacques Villeglé, Pierre Restany (que
redigiu o manifesto) e Yves Klein a 27 de Outubro de 1960.

Esse manifesto constava de uma única frase:

"Os Novos Realistas tornaram-se conscientes da sua identidade coletiva; Nouveau Realisme = novas percepções do real".

O movimento seria mais tarde ampliado pela adesão de César, Christo, Gérard Deschamps, Mimmo Rotella
e Niki de Saint Phalle, terminando oficialmente em 1970.

Yves Klein Niki de Saint Phalle 16


Arte Conceptual

A arte conceitual é uma vanguarda artística contemporânea que teve seu início na década de 1960,
alcançando o seu auge na década posterior na Europa e nos Estados Unidos.

Baseado na ideia de que o conceito por trás do trabalho é mais importante do que a própria estética do
objeto, esse movimento prioriza a ideia em detrimento do visual.

Respaldado na concepção de que a essência da arte é a sua própria definição, a arte conceitual considera a
linguagem o seu principal material artístico.

Além disso, critica a crença de que os valores estéticos possam se sustentar por si mesmos (formalismo), e
propõe a autonomia da obra.

O pintor e escultor francês Marcel Duchamp é considerado por muitos


estudiosos o precursor da Arte Conceitual. O artista apresentou, entre
1910 e 1920, vários exemplos de trabalho que se tornariam o
protótipo das obras conceituais, os chamados ready-mades,
desafiando qualquer tipo de categorização.
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Anos depois, em 1961, o filósofo e escritor americano Henry Flynt usou o termo Arte Conceitual entre as
atividades do Grupo Fluxus (movimento que se opunha aos valores burgueses, às galerias e ao
individualismo).

Neste texto, o artista destacou o fato de a arte estar fortemente ligada ao discurso do artista e à
interpretação de quem a admira.

Assim, essa expressão se fortaleceu e se propagou ao redor do mundo, caindo também no gosto dos
brasileiros.

Artistas Estrangeiros Artistas Brasileiros

•Joseph Kosuth (1945) •Helio Oiticica (1937-1980) (um dos


•Joseph Beuys (1921- primeiros artistas a inaugurar a arte
1986) conceitual no Brasil no princípio da década
•Lawrence Weiner (1942) de 60)
•Piero Manzoni (1933-
1963) •Lygia Clark (1920-1988)
•Eva Hesse (1936-1970) •Cildo Meireles (1948)
•Anna Maria Maiolino (1942)
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Fluxus

Fluxus é um coletivo internacional de vanguarda fundado na década de 1960, fundado pelo artista
lituano/americano George Maciunas, que continua existir até hoje.

Fluxus começou como uma pequena mas internacional rede de artistas e compositores, que se caracterizou
como uma atitude compartilhada e não como um movimento.

Enraizado na música experimental, recebeu o


nome de uma revista que apresentava o
trabalho de músicos e artistas centrados, como
o compositor de vanguarda John Cage.

O fundador do Fluxus, Maciunas, afirmou que o


objetivo do grupo é: 'promover uma inundação
revolucionária na arte, promover a arte viva, a
anti-arte’.

Claramente que isto tem fortes ecos do


dadaísmo, o movimento artístico do início do
século XX.
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A palavra latina Fluxus advém da palavra fluir, teve como principais centros de atividade do Fluxus foram Nova York, Alemanha e Japão.

O primeiro evento foi realizado em 1961 na AG Gallery em Nova York e em 1962, em festivais na Europa.

O Fluxus desempenhou um papel importante na abertura das definições do que a arte pode ser e influenciou profundamente a natureza da produção artística desde a
década de 1960, que viu uma gama diversificada de formas e abordagens artísticas existir e florescer lado a lado.

Ao contrário de outros movimentos, Fluxus não tinha um estilo unificador único e foi intencionalmente não categorizado.

Os projetos Fluxus eram abrangentes e muitas vezes multidisciplinares, bem-humorados e baseados em materiais e experiências quotidianas e baratas – incluindo tudo,
desde respirar até atender o telefone.

Muitos artistas dos anos 60


participaram, incluindo Joseph
Beuys, Dick Higgins, Alice
Hutchins, Yoko Ono, Nam June
Paik, Ben Vautier, Robert Watts,
Benjamin Patterson e Emmett
Williams.
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YOKO ONO

A artista também tem divulgado as suas preocupações ambientais, através de


esculturas como Sky Machine (1966) e To See the Sky (2015), uma escada em
caracol instalada sob uma clarabóia que os visitantes foram convidados a subir
para contemplar o céu.
Além de reconhecimento pelos seus filmes, também conseguiu noutras
vertentes como na performance e na música — encontra-se na génese de
muitas das formas musicais da new wave. Yoko Ono já expôs o seu trabalho por
todo o mundo, incluindo grandes exposições itinerantes, bienais e trienais.
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Minimalismo.

O estilo de vida minimalista baseia-se em diminuir drasticamente os níveis de consumo, adquirindo apenas
os objetos necessários para uma vida plena.

Mas, além disso, essa forma de viver busca olhar para os prazeres que o consumo desenfreado não compra.

Minimalismo também pode ser referir a uma estética, ou seja, à aparência que as coisas possuem.

Nesse caso, uma estética "clean", simples e com cores neutras.

No final dos anos 50 e início dos anos 60, surgiu em Nova Iorque (EUA) uma corrente artística que se
denominou minimal art- traduzida para o português como "arte minimalista".

Os adeptos dessa vertente primavam pela síntese em suas produções, utilizando somente os elementos
necessários.

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MINIMALISMO NA ARQUITETURA

Considerada uma grande tendência nos últimos tempos, a arquitetura minimalista é caracterizada pelo
uso de poucos elementos, design simples e formas geométricas.

Com inspiração cubista, a arquitetura minimalista sofreu forte influência de nomes como De Stijl e
Bauhaus.

Na concepção de mestres da arquitetura, como Ludwig Mies van der Rohe, a arquitetura
minimalista valoriza ao máximo a simplicidade e a sofistIcação.

Entre as principais características do minimalismo na Valorizando o vazio dos espaços, a simplicidade e a limpeza
estética, a arquitetura minimalista foi inspirada nos movimentos do
arquitetura destacam-se: cubismo de De Stijl e Bauhaus da década de 1920.

O movimento de Stijl, por exemplo, que significa “O Estilo”, prestigiava


•Iluminação natural; a simplicidade e a abstração.
•simplicidade dos espaços;
Com o objetivo de enaltecer a formas e as cores essenciais, nomes
•estruturas limpas; emblemáticos, como Theo Van Doesburg e Gerrit Rietveld, aplicaram
•pouca ornamentação; esses princípios à arquitetura. Assim, criaram uma filosofia baseada
em:
•formas geométricas simples; •formas geométricas;
•uso de materiais para dar personalidade e gerar •purismo;
•cores primárias;
interesse visual; •planos retilíneos.
•o conceito de “less is more”.
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Pavilhão de Barcelona Casa Rietveld Schröder.

Projetado pelo arquiteto Ludwig Mies van der Rohe (1886- A Casa Rietveld Schröder em Utrecht, na Holanda foi construída em
1969), com a finalidade de ser o Pavilhão Nacional da 1924 pelo arquiteto holandês Gerrit Rietveld para a Sra. Truus
Alemanha para a Exposição Internacional de Barcelona, Schröder-Schräder e seus três filhos.
realizada em Montjuïc em 1929.
Ela pediu para que a casa fosse planejada sem muros.
É uma obra emblemática do Movimento Moderno, tendo
Rietveld trabalhou lado a lado com Schröder-Schräder para criar a
sido exaustivamente analisada e interpretada, influenciando casa.
várias gerações de arquitetos. A casa é um dos maiores exemplares da arquitetura De Stijl. 24
CONTRACULTURA
Surgida nos Estados Unidos na década de 1960, a contracultura pode ser entendida como um movimento de
contestação de caráter social e cultural. Nasceu e ganhou força, principalmente entre os jovens desta
década, seguindo pelas décadas posteriores até os dias atuais.

De modo geral, podemos citar como características principais deste movimento, nas décadas de 1960
e 1970:

- Liberdade nos relacionamentos sexuais e amorosos;


-Valorização da natureza;
• Anti consumismo;
• Vida comunitária;
• Aproximação das práticas religiosas orientais, principalmente
• Luta pela paz (contra as guerras, conflitos e qualquer tipo do budismo;
de repressão);
• Crítica aos meios de comunicação de massa como, por exemplo,
a televisão;
• Vegetarianismo: busca de uma alimentação natural;

• Respeito às minorias raciais e culturais; • Comportamentos e ações libertárias (contra os padrões sociais
tradicionais);
• Experiência com drogas psicodélicas,
• Discordância com os princípios do capitalismo e economia de
mercado. 25
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"O termo contracultura foi cunhado pela imprensa norte-americana dos anos 1960.

Referia-se a manifestações culturais marginais, contestadoras, que floresciam nos EUA e em outros países,
especialmente na Europa, representando formas não tradicionais de oposição.

Desse movimento múltiplo de contraposição que respondia à acelerada industrialização, crescimento econômico e
racionalização científica no pós-guerra, surgiram importantes manifestações artísticas, como o rock, os movimentos
hippie e punk, bem como a internacionalização do movimento estudantil, que culminou em manifestações
concomitantes em diversos países em maio de 1968.

O movimento contracultural da década de 60 representou uma revolução comportamental nas sociedades


ocidentais.

“Contracultura no Brasil”

A revolução cultural capitaneada pelos Estados Unidos e que ganhou contornos mundiais ocorreu em um momento
histórico em que o Brasil vivia sob uma ditadura militar.

Especialmente a partir da promulgação do Ato Institucional nº 5, a perseguição a opositores políticos e a censura à


imprensa e à classe artística intensificaram-se.

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Durante a década de 60, o Brasil vivia um período de efervescência cultural, com sua musicalidade expressa na bossa
nova, por exemplo, sendo apreciada em todo o mundo.

Também experimentava efervescência política com um movimento estudantil forte.

Havia inclusive festivais nacionais do cancioneiro popular promovidos em ligação com os movimentos estudantis.

A repressão e a censura praticadas durante a ditadura militar desaceleraram esse processo, mas não impediram que
manifestações de contracultura se desenvolvessem.

Embora a Jovem Guarda tenha trazido o rock para o Brasil, o movimento artístico que mais se aproximou da proposta
contestadora da contracultura norte-americana foi a Tropicália.

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FIM

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