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Ano Letivo: 2022/2023

Artes,
Letras,cién
cia e
técnica
História A

Ano:12.º
Turma:05
Índice

01 02 03 04
A importancia dos O expressionismo A pop art (1958- Arte conceptual
polos culturais abstrato (1945-1960) 1965) (anos 60
angio-americanos
Índice

05 06 07
A literatura Museum of Modern Bibligrafia/
existencialista Art (MoMA) Webgrafia
Contextualização
Quando a Segunda Guerra Mundial termina, o Mundo não é o mesmo. Face às crueldades do
Holocausto e aos horrores dos bombardeamentos atómicos, a consciência do Homem
ocidental mostra-se chocada. Muito em particular a Europa, cuja estrela começara a
empalidecer em 1918, não se encontrava em condições de liderar a política internacional nem
o próprio processo civilizacional. O totalitarismo abafara-lhe muitas das suas energias
criadoras. A guerra (1939-1945) destruíra-a como nunca, deixando-a pros- trada.
01
Importância dos polos
culturais anglo-
americanos
Aos Estados Unidos coube assumira condução do Ocidente também no campo das transformações
sociais e culturais, depois de 1945. Pela primeira vez na Historia da arte as inovações deixaram de
irradiar de Paris, Berlim, Milão, Viena ou Moscovo. Nova Iorque transforma-se na “capital do
mundo sem fronteiras", produzindo as alterações mais significativas e as grandes polémicas no mundo
da arte.

O protagonismo de Nova Iorque começa no início do século. O desafogo económico, o mecenato e a


fundação da galerias e de grandes museus, como MoMA(Museum of Modern Art), criado em 1929 e
criação da Fundação Solomon R ,contribuíram para esse protagonismo. Num período de conflito na
Europa, muitos artistas foram acolhidos pelos EUA. Aos artistas europeus emigrados juntaram-se os
talentos americanos. Do seu encontro, surgiu designada Escola de Nova Iorque, a grande dinamizadora
das artes no pós-guerra.
Todos estes espaços se abriram aos talentos vanguardistas, assegurando-lhe projeção e visibilidade. Eram
muito os que procuravam Nova Iorque.

Em Berlim, Viena ou em Moscovo, repeliam-se as vanguardas, apelidadas de "degeneradas" por Hitler e de


"burgueso-fascistas" por Estaline.
A ocupação de Paris pelos nazis, em 1940, afugentava os criadores da Cidade-Luz, enquanto a Europa
devastada pela guerra não estimulava a produção cultural.

Marc Chagall, Walter Gropius, P. Mondrian, Marcel Duchamp, G. Grosz, Max Ernst ou Salvador Dalí, tal
como B. Brecht, A. Breton, Bela Bartok, Fritz Lang ou A. Einstein, foram alguns dos muitos intelectuais que
a América anglo-saxónica acolheu e incentivou.

Aos artistas europeus emigrados juntaram-se os talentos americanos, particularmente ativos. Do seu encontro
brotou aquela que é designada por Escola de Nova Iorque, a grande responsável pela dinamização das
artes no pós-guerra. A ela se deveram as experiências vanguardistas do ex- pressionismo abstrato.
Hitler em visita à Exposição de Arte Degenerada, realizada em
Munique em 1937. Da iniciativa do Partido Nazi, a exposição
percorreu as cidades da Alemanha e da Áustria, mostrando à
população do Reich aquilo de que não devia gostar: a arte
modernista, na qual se incluíam pinturas, esculturas, obras
literárias, musicais e cinematográficas. Os expressionistas
contavam-se entre os artistas mais representados na
exposição. No discurso inaugural, Hitler afirmou exaltado:

"E o que fabricam eles? Mutilados, deformados e imbecis; mulheres


com um aspeto repelente; homens que estão mais próximos dos
animais do que de seres humanos; crianças que teriam de ser vistas
como uma maldição de Deus se vivessem assim [...]”.

Doc 1.A
02
O expressionismo
abstrato (1945-
1960)
O expressionismo abstrato emerge nos Estados Unidos da América, no pós-guerra.
Tal como o seu nome indica, usa a "linguagem universal da abstração", considerada a tendência mais
correta a adotar, visto que, qualquer que fosse a referência figurativa, lembraria os cânones estéticos do
nazismo ou do realismo socialista.

Jackson Pollock e Willem De Kooning são os grandes expoentes do expressionismo abstrato. Praticaram
uma pintura intuitiva, com formas simbólicas e desconstruídas e as cores eram vivas e dissonantes. Ambos
procuraram que a pintura expressasse, mais que um tema, assunto ou objeto, o ato criativo e o gesto.
A pintura tornava-se um testemunho de sensibilidade individual e de ocorrências psíquicas do autor.

"Devem tentar captar aquilo que o quadro tem para oferecer,


em vez de tentarem ver nele uma mensagem principal e a
confirmação das vossas ideias preconcebidas".

J.Pollock
Em 1952, o critico americano Horold Rosenberg utilizou-se uma expressão apropriada para caracterizar
aquele gestualismo do expressionismo abstrato , o acting painting.

Acting Painting – o pintor estendia a tela no chão e, correndo à volta e por cima dela, fazia com que atinta
escorresse de latas perfuradas ou bisnagas; de seguida, misturava as tintas com todo o tipo de materiais,
como areia e fragmentos de terra, espalhando-os com paus e trapos.
Considerava-se que o quadro só existia no momento em que o observador o contemplava e interpretava.

À abstração lírica e expressiva, contrapuseram outros artistas, como Barnnet Newman, Mark
Rothko e Ad Reinhardt, uma abstração geométrica. Preenchiam as telas com superfícies cromáticas
claras e planas, que produziriam o efeito da pintura pura. O interesse e a possibilidade deindagar
o estado de espírito do artista ou o processo de criação eram absolutamente rejeitados. Ao
observador apenas se pedia que se concentrasse no quadro.
A pop art

03
(1958-1965)
A Pop Art foi um movimento artístico que nasceu nos EUA e no Reino Unido. O "pai" do nome Pop Art é
atribuído a Lawrence Alloway, que fazia alusão à utilização, pelos artistas deste movimento, de objetos de uso
quotidiano nas suas obras. Nos EUA, Andy Warhol, Claes Oldenburg, Tom Wesselman e Roy Lichtenstein e no
Reino Unido David Hockney e Peter Blake foram as suas principais figuras.

A Arte Pop é considerada como uma reação ao Expressionismo Abstrato, que reforçava a individualidade e a
expressividade do artista rejeitando elementos figurativos. Pelo contrário, o universo da Pop Art nada tem de
abstrato ou de expressionista, porque transpõe e interpreta a iconografia da cultura popular. A televisão, a banda
desenhada, o cinema fornecem os símbolos que alimentam os artistas Pop. O sentido e os símbolos da Arte Pop
pretendiam ser universais e facilmente reconhecido por todos, numa tentativa de eliminar o fosso entre arte
erudita e arte popular.
As peças dos artistas da Arte Pop também iam buscar as suas referências à produção industrial. Veja-se, por
exemplo, a repetição de um mesmo motivo nas serigrafias de A. Warhol ou as telas gigantes de Lichtenstein
onde, ao ampliar as imagens de banda desenhada, o artista revela os pontos de cor inerentes à reprodução
tipográfica.

Nos EUA e no Reino Unido, a Pop Art teve significados diferentes e alguns críticos consideraram que a
corrente americana foi mais emblemática e mais agressiva do que a britânica. Naquele tempo, a Arte Pop foi
acusada pelos críticos de ser inconsequente e superficial e mal compreendida pelo público, mas foi um marco
decisivo.
03
Arte
conceptua
l
Algumas vanguardas dos anos 60 e 70 levaram às últimas consequências a desmaterialização da
arte. Inspirada no absurdo dadaísta, e nomeadamente em Duchamp, que afirmava a superioridade
do pensamento do artista em relação à execução da obra, a chamada arte conceptual desprezou a
existência material da arte (Doc. 8a11). Já em 1958, o francès Yves Klein (1928-1962) propusera
uma "exposição do vazio numa galeria absolutamente despida.

Ao objeto artístico a arte conceptual antepõe o processo criativo que subjaz à sua execução.
Recorre, por isso, com frequência, à escrita e à fotografia, que documentam o pensamento do
artista e, simultaneamente, se elevam à categoria de obras de arte. Demarcando-se da pop art, que
pode- ria convidar à contemplação passiva, ou do próprio expressionismo abstrato, que exigia
envolvência emocional ao autor e ao espectador, a arte conceptual apela à reflexão filosófica, à
busca de um sentido, mas sem que o observador sinta qualquer prazer estético. Trata-se de uma
arte que, mais do que vista, deve ser pensada, pelo que adquire um carácter algo desconcertante,
patente na obra do americano Joseph Kosuth (1945) ou na do italiano Piero Manzoni (1934-1963).
Espalhada pelos EUA e pela Europa, a arte conceptual
prolonga-se numa série de tendências, em que
podemos incluir o minimalismo do americano Morris, o
movimento internacional Fluxus, a "pintura sistémica"
americana e a "pintura analítica" europeia.
04
A literatura
existencialista
Uma sensação de destruição e vazio, que reflete a crise do antropocentrismo ocidental, atravessou a literatura dos anos
40 e 50. Em pouco mais de vinte anos, o mundo vivera o absurdo de duas guerras, as experiências totalitárias e as
crueldades do Holocausto e sobre ele pairava o terror da bomba atómica.

Sob o impulso da filosofia existencialista, colocava-se, agora, a tónica no sentido da existência humana. É o Homem um
ser responsável? Pode escolher livremente e sem constrangimentos o seu caminho? Onde está a realidade da liberdade
humana? A resposta a estas questões conduziu filósofos como Karl Jaspers (1883-1969), Martin Heidegger (1889-1976)
ou Jean-Paul Sartre (1905-1980) a inverterem o racionalismo cartesiano. Afirmaram que, antes de pensar, o indivíduo
existe e que é em torno da sua existência como homem de carne e osso que surgem o desejo de saber, a vontade de
comunicar e a procura da verdade.
Para Satre, figura importante do existencialismo, o Homem é obra de si próprio, produto das suas ações, um
ser absolutamente livre que constrói o seu projecto pessoal.
Satre considerava que, num mundo hostil e sem Deus, o Homem estava inexoravelmente
condenado à liberdade de encontrar por si próprio um sentido para a vida. Dessa sua busca permanente
nascia a angústia existencial, que mais não é do que uma manifestação da liberdade e da condição
humana.
https://www.moma.org/
O Museu de Arte Moderna ( MoMA ) é um museu de arte localizado no centro de
Manhattan , na cidade de Nova York, na 53rd Street entre a Fifth e a Sixth
Avenues .

Ele desempenha um papel importante no desenvolvimento e coleta de arte


moderna e é frequentemente identificado como um dos maiores e mais
influentes museus de arte moderna do mundo. A coleção do MoMA oferece
uma visão geral da arte moderna e contemporânea , incluindo obras de
arquitetura e design , desenho , pintura , escultura , fotografia , gravuras ,
livros ilustrados e de artista , filmes e mídia eletrônica .

A Biblioteca do MoMA inclui cerca de 300.000 livros e catálogos de exposições,


mais de 1.000 títulos de periódicos e mais de 40.000 arquivos de coisas
efêmeras sobre artistas e grupos individuais. [4] Os arquivos contêm material
de origem primária relacionado à história da arte moderna e contemporânea.

Atraiu 1.160.686 visitantes em 2021, um aumento de 64% em relação a 2020.


Ficou em 15º lugar na lista dos museus de arte mais visitados do mundo em
2021.
O Museu Guggenheim Bilbao, situado na cidade
basca de Bilbau é um dos cinco museus
pertencentes à Fundação Solomon R.
Guggenheim no mundo.

https://www.youtube.com/watch?v=XJpuerv6eNY
&ab_channel=kokoroko
Andy Warhol, Roy Lichtenstein, Richard
Hamilton, Claes Oldenburg...maiores nomes
da Pop Art.

https://www.youtube.com/watch?v=qcZseTObbFU
&ab_channel=juicepan
Bibligrafia/Webgrafia
http://conhecerahistoria12.blogspot.com/2012/02/artes-letras-ciencia-e-tecnica.html

https://www.moma.org/

http://julirossi.blogspot.com/2009/09/pop-art.html

https://www.studocu.com/pt/document/best-notes-for-high-school-pt/historia-a/31-artes-letras-ciencia-e-tecn
ica-modulo-8/9692956

https://prezi.com/x0ftvxww8c4b/artes-letras-ciencia-e-tecnica/

https://ensina.rtp.pt/explicador/o-modernismo/

Célia Pinto do Couto e Maria Antónia Monterroso Rosas (2020) – Um novo Tempo da História. Vol. 1, 1ª.,
pp. 129-133
Bom estudo!

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