O expressionismo foi um movimento de vanguarda do início do século XX que retratava as angústias humanas de forma intuitiva e simbólica em oposição ao realismo. Inspirado no pós-impressionismo, incluía diversas correntes como a de Edvard Munch, Georges Rouault e o grupo Die Brücke. Posteriormente influenciou o expressionismo abstrato norte-americano e outros estilos.
O expressionismo foi um movimento de vanguarda do início do século XX que retratava as angústias humanas de forma intuitiva e simbólica em oposição ao realismo. Inspirado no pós-impressionismo, incluía diversas correntes como a de Edvard Munch, Georges Rouault e o grupo Die Brücke. Posteriormente influenciou o expressionismo abstrato norte-americano e outros estilos.
O expressionismo foi um movimento de vanguarda do início do século XX que retratava as angústias humanas de forma intuitiva e simbólica em oposição ao realismo. Inspirado no pós-impressionismo, incluía diversas correntes como a de Edvard Munch, Georges Rouault e o grupo Die Brücke. Posteriormente influenciou o expressionismo abstrato norte-americano e outros estilos.
O expressionismo foi um movimento de vanguarda surgido no início do século XX na
Alemanha que englobava os campos artísticos da música, literatura, artes plásticas, arquitetura, teatro e fotografia. Segundo o historiador da arte Ernst Gombrich afirma em seu livro ‘A História da Arte’ (pg. 566) ‘'A arte dos mestres clássicos, como o Rafael ou Correggio, parecia-lhes falsa e hipócrita. Eles queriam enfrentar os fatos nus e crus da existência, e expressar sua compaixão pelos deserdados da sorte e pelos feios. Tornou-se quase um ponto de honra dos expressionistas evitar qualquer detalhe que sequer sugerisse boniteza e polimento, e chocar o "burguês" em sua complacência real ou imaginada. ’ A corrente era uma reação ao positivismo, propondo uma arte intuitiva que representasse as angústias humanas, a natureza e o ser humano de maneira de maneira pessoal, emotiva e simbolista, em oposição à impressão, que representava a realidade como era. A vanguarda está diretamente ligada ao modernismo, marcado pelo fim do determinismo e da grande devoção à igreja católica, e avanço na ciência e razão, colocando o ser humano como vetor de progresso social.
O movimento tem como inspiração o pós-impressionismo, marcado principalmente
pelos artistas Cezanne, que trabalhava com camadas de manchas, Gauguin e suas cores planas e por fim Van Gogh, conhecido por suas pinceladas sinuosas e cores violentas. Perante a variedade de técnicas e estilos, pode-se afirmar que o impressionismo foi um movimento heterogêneo, são algumas delas a vertente modernista, em destaque o artista Edvard Munch [fig.1], autor da pintura ‘O grito’ símbolo do impressionismo por ser considerada a primeira obra do movimento, que ilustra de maneira muito clara, com cores fortes, a expressão de desespero no personagem da tela; outra corrente foi a de influencia fauvista, para qual pode ser tomada como exemplo as obras do pintor francês Georges Rouault [fig.2] que de cenas religiosas passaram a estampar personagens de circo e prostitutas com cores irreais. Outros subgrupos são o expressionismo cubista e futurista, apresentado pelo grupo alemão Die Brücke [fig.3] formado na Escola Tecnica de Dresden pelos alunos Ernst Ludwig Kirchner, Fritz Bleyl, Erich Heckel, Max Pechstein, Otto Mueller, Emil Noldee e Karl Schmidt-Rottluff, suas obras tinham não só a figura humana como elemento principal, mas também a cidade, que eram representadas com cores saturadas e falta de perspectiva; o expressionismo surrealista de Paul Klee [fig.4], que manipulava o uso de infinitas cores com figuras de animais, pessoas, letras números e setas; e ainda o abstrato de Wassily Kandinsky [fig.5] autor de diversos estudos de formas sobre linhas curvas e angulares, e pontos. [fig.1] Edvard Munch [fig.2] Georges Rouault ‘O Grito’, 1893 ‘Dors Mon amour’, 1935
[fig.3] Karl Schmidt-Rottluff
‘Pharisees’, 1912
[fig.4] Paul Klee [fig.5] Wassily Kandinsky
‘Irmãos’, 1930 ‘On White II’, 1923
Na Europa, depois da primeira guerra mundial, com advento do nazismo, o
expressionismo foi considerado 'a arte degenerada' e seus criadores como 'artistas malditos', trabalho taxado como comunista, imoral e subversivo. Já no Brasil o movimento ganhou muita aceitação entre artistas plásticos e escritores, entre eles Cândido Portinari (1903-1962) [fig.6], um dos maiores artistas do país, autor de mais de cinco mil obras; Lasar Segall (1891-1957) [fig.7] pintor lituano que trouxe o expressionismo ao Brasil em 1912, socializando as técnicas e estéticas por meio de diversas exposições de seu trabalho; e por fim Anita Malfatti [fig.8] artista que participou da Semana de Arte Moderna em 1922, após sua longa estadia na Alemanha e Estados Unidos, conquistando espaço com suas pinturas à óleo e traços marcantes, que posteriormente tiveram suas características expressionistas fortemente criticadas por Monteiro Lobato.
[fig.6] Cândido Portinari [fig.7] Lasar Segall
‘Retirantes’, 1944 ‘Auto Retrato II’, 1919
[fig.8] Anita Malfatti
‘A Onda’, 1915
Após a Segunda Guerra Mundial o expressionismo começou a perder força e
desaparecer como estilo e ideia, mas ainda, posteriormente, acabou por deixar um solo fértil e influenciar diversos outras correntes artísticas como o expressionismo abstrato norte americano, ilustrado por diversos artistas, mas principalmente Jackson Pollock e suas pinturas de ‘dripping’; o neoexpressionismo alemão com os herdeiros dos grupos Die Brücke e Der Blaue Reiter; o grupo CoBrA formado por Karel Appel, Asger Jorn, Corneille, Pierre Alechinsky, entre outros inúmeros artistas; e produções como as de Francis Bacon, Bernard Buffet e Antonio Saura.
Referências:
GOMBRICH, E. J. (1999) A História da Arte. Rio de Janeiro, LTC.
‘Expressionismo’, no site Wikipédia, disponível em
https://pt.wikipedia.org/wiki/Expressionismo#cite_note-4 acesso em 17/novembro/2020
‘O expressionismo’, no site Mais Bolsas, disponível em
https://www.maisbolsas.com.br/enem/artes/o-expressionismo acesso em 17/novembro/2020
‘Die Brücke’, no site Wikipédia, disponível em
https://pt.wikipedia.org/wiki/Die_Br%C3%BCcke_(grupo_art%C3%ADstico) acesso em 17/novembro/2020
‘Die Brücke (The Bridge)’, no site MOMA, disponível em
https://www.moma.org/collection/terms/15 acesso em 17/novembro/2020
‘Edvard Munch’, no site Wikipédia, disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Edvard_Munch
acesso em 17/novembro/2020
‘Paul Klee’, no site Wikipédia, disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Paul_Klee acesso
em 17/novembro/2020
‘Irmãos’, no site WahooArt, disponível em https://pt.wahooart.com/@@/8XYQPB-Paul-Klee-
IRM%C3%83OS acesso em 17/novembro/2020
‘Georges Rouault’, no site WikiArt, disponível em https://www.wikiart.org/pt/georges-rouault
acesso em 17/novembro/2020
‘Wassily Kandinsky’, no site Wikipédia, disponível em
https://pt.wikipedia.org/wiki/Wassily_Kandinsky acesso em 17/novembro/2020
‘On White II- Wassily Kandinsky’, no site Wikipédia, disponível em
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Vassily_Kandinsky,_1923_-_On_White_II.jpg acesso em 17/novembro/2020
‘Expressionismo’, no site História das Artes, disponível em
http://www.historiadasartes.com/nomundo/arte-seculo-20/expressionismo/ acesso em 17/novembro/2020
‘Quadro Retirantes, de Cândido Portinari’, no site Cultura Genial, disponível em
https://www.culturagenial.com/quadro-retirantes-de-candido-portinari/ acesso em 17/novembro/2020
‘Lasar Segall’, no site Enciclopédia Itaú Cultural, disponível em
http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa8580/lasar-segall acesso em 17/novembro/2020 ‘Anita Malfatti’, no site Saber Cultural, disponível em http://www.sabercultural.com/template/ArteBrasilEspeciais/Anita-Malfatti-1.html acesso em 17/novembro/2020