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INSTITUTO FEDERAL DO AMAPÁ

DISCIPLINA : ARTES
PROFESSORA : SUZAMAR CARREIRO

A DISTORÇÃO QUE TRAZ A EMOÇÃO

    O Expressionismo, através da distorção de formas e uso característico de cores e


linhas procura imprimir impacto emocional aos trabalhos artísticos.
     De um modo geral, o termo pode designar qualquer trabalho na História da Arte
em que o naturalismo  cedeu espaço a essa representação emocional e distorcida do
mundo.
Os precursores
     Entretanto, como um movimento, o Expressionismo tem suas origens no final do
Século 19 e começo do Século 20, principalmente através de artistas como Van Gogh
e Gauguin.
     Mas pode-se destacar, também, como precursores, James Ensor, com seu
isolamento e expressionismo místico. (“Menina com Boneca“ pode exemplificar sua
obra); Munch e o grupo parisiense Fauves, liderado por Matisse.
     No desenvolvimento do expressionismo tiveram sua importância os escritos de
Worringer propondo a distorção de formas que expressassem um mundo hostil.
     Isso acabou por fornecer justificação teórica para o movimento e o termo
«expressionismo».

A influência dos grupos  


     Concomitantemente, dois grupos influentes expressionistas foram montados no
país: Die Brücke, em Dresden, 1905 e Der Blaue Reiter, em Munique, 1911 - 1912.
     Apesar da formação desses grupos, o expressionismo fundamenta-se
basicamente na individualidade e alto grau de subjetividade do artista, expressando,
na grande maioria das vezes, naturezas isoladas e místicas.
     Se a arte é individualista, então, a formação dos grupos se deu mais como uma
estratégia de melhor divulgação de idéias e concentração mais fácil de meios
materiais para a realização de trabalhos.
O grupo «A Ponte»
     Os fundadores do Die Brücke (A Ponte) foram Ernst Ludwig Kirchner (1880-1938)
e os arquitetos Fritz Bleyl, Erich Heckel e Karl Schmidt-Rottluff. Juntaram-se a eles
Otto Mueller (1874 - 1930), Max Pechstein (1881 - 1955) e Emil Nolde (1867 - 1956),
entre outros.
     O grupo era bastante próximo estilisticamente dos Fauves, também influenciados
por Gauguin e Van Gogh e bastante habilidosos no trabalho com xilogravuras.
     Nolde, apesar de ter ficado menos de dois anos no grupo, merece destaque
especial.
NOLDE (Emil HANSEN, dito), pintor alemão (Nolde, 1867 - Seebüll, 1956), um dos
representantes do expressionismo germânico.
     A temática religiosa era bastante presente em suas obras, sugerindo proximidade
com as cenas fantasiosas e emocionais do pintor Hieronymus Bosch (1410 - 1516).
“Santa Maria do Egito entre os Pecadores“ e “O Limoal“ são bons exemplos de seus
trabalhos.
     O grupo dissolveu-se em 1913, apesar de seus artistas continuarem fiéis ao
expressionismo, porém com o aumento das diferenças estilísticas, em face das
exigências do mercado comercial.
«O Cavaleiro Azul»
     Em Munique, desde 1911, outro agrupamento, o Der Blaue Reiter (O Cavalheiro
Azul, nome vindo de uma pintura de Kandinsky), formava-se, contando com artistas
extremamente importantes para a arte do Século 20, como Wassily Kandinsky, Paul
Klee (1879- 1940) e Franz Marc (1880-1916).
KANDINSKY (Vassili), pintor francês de origem russa (Moscou, 1866 – Neuilly-sur-
Seine, 1944). Um dos iniciadores da pintura abstrata.
KLEE (Paul), pintor suíço de origem alemã (Münchenbuchsee, perto de Berna, 1879 –
Muralto, perto de Locarno, 1940). Praticou o surrealismo e depois o abstracionismo.
     Apesar da curta duração - dissolveu-se na Primeira Guerra Mundial - o grupo, que
se concentrava bastante na condição espiritual do homem, foi bastante influente.
     Franz Marc concentrava-se principalmente na representação de animais,
seguindo as distorções expressionistas. É de se destacar seus estudos de cavalos
vermelhos e azuis. O artista morreu na Primeira Guerra Mundial.
     O russo Kandinsky, além de suas obras artísticas, como as pinturas, sem
preocupações com a objetividade e sim com a expressividade e espontaneidade, é
considerado um dos mais importantes artistas do século.
     Seus escritos sobre arte também exerceram grande influência sobre os artistas
contemporâneos.
     O suíço Paul Klee é outro importante nome da arte do século XX que esteve ligado
a esse movimento expressionista de Munique a partir de 1912.
     Entretanto, Klee, ao longo da carreira, mostrou-se dono de um estilo próprio e
bastante individual, que tornam difícil considerá-lo apenas um artista expressionista.
     Realizou pinturas, desenhos, trabalhos gráficos (como a série de águas-fortes
“Invenções“), escreveu teorias sobre arte.
     É difícil optar por qualquer obra representativa de seu trabalho, devido à enorme
variedade que existe entre elas. São algumas obras suas: “Cabeças”, de 1913, “Cena
de Batalha da Ópera-Cômica Fantástica Simbad, O Marujo“, de 1923 e “La Belle
Jardinière“,

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