O expressionismo é uma vanguarda artística europeia do início do
século XX, foi a pioneira em focar na subjetividade e emoções humanas. O Expressionismo surgiu em 1905 na Alemanha para ressaltar a arte do instinto com pinturas dramáticas e subjetivas. Com esse movimento os artistas conseguiriam expressar os sentimentos humanos. As criações desse período, portanto, eram praticamente voltadas para as angústias humanas. Contudo, a crítica social é o ponto forte do movimente e veio, então, contrapor os padrões da academia e do industrialismo. Vincent Van Gogh, Campo de Trigo com corvos, 1890 CRIADOR E ARTISTAS
O principal precursor deste movimento foi o pintor, Vincent Van
Gogh, que, com seu estilo único, já manifestava, através de sua arte, os primeiros sinais do expressionismo.
Entre os principais nomes do expressionismo estavam: Fritz Bleyl,
Ernst Ludwing Kirchner, Karl Schmidt-Rottluff, Max Pechstein, Emil Nolde e Otto Muller. No Brasil, a técnica expressionista esteve presente na arte de nomes como Anita Malfatti, Lasar Segall, Portinari, Oswaldo Goeldi e Iberê Camargo. Otto Mueller, Farmstead em França (1874 – 1930) Lasar Segall, Emigrante III, 1936 CONTEXTO HISTÓRICO
O Expressionismo surge no início do século XX, em tentativa da
arte moderna de representar um mundo em constante transformação. As mudanças provocadas pela automatização industrial em larga escala, pelo crescimento acelerado das grandes metrópoles e pelo surgimento de novas tecnologias apresentavam um novo paradigma, transformavam a maneira como o ser humano existe e interage com o mundo. Assim, a arte precisava também contemplar a vivência humana desses novos tempos. De modo geral, os expressionistas tentaram captar o drama da existência, da tentativa do homem de dominar a realidade, mas ser arrastado por ela. CARACTERÍSTICAS
O Expressionismo foi um movimento muito diversificado, fundado por
dois grupos: A Ponte, de 1905, e O Cavaleiro Azul, de 1911, que reuniram majoritariamente artistas alemães. Em uma segunda fase, monta-se o grupo Nova Objetividade, já de caráter internacional. Embora não houvesse um manifesto ou uma declaração programática dos objetivos e procedimentos da arte expressionista, podem ser apontadas como principais as seguintes características.
• o entendimento de que a experiência da realidade é subjetiva;
• a não representação mimética da realidade; • a valorização da gravura e da arte primitiva; • a deformação das formas e o uso de cores vibrantes para ressaltar o sentimento, a interioridade; • a poética do feio, a representação do que é tido como indesejável; • a preferência por temas sombrios e mórbidos. Wassily Kandinsky, O Cavaleiro Azul, 1903 Ernst Kirchner, A Praça de Nollendorf, 1912. Edvard Munch, O grito, 1893. EXPRESSIONISMO NA LITERATURA
O desdobramento literário do movimento concentra-se na fundação da
revista Der Sturm (A Tempestade), editada por Herwart Walden, figura responsável pela popularização do termo “expressionismo”. Foi a mais influente revista do Expressionismo, esteve em circulação entre os anos de 1910 e 1932, e divulgou a obra de diversos escritores — muitos destes acabaram mortos na Primeira Guerra Mundial. Die Aktion (A Ação), fundado por Franz Pfemfert, foi também um periódico expressionista em circulação entre 1911 e 1932. Era uma publicação mais politizada, elencando temas de preocupação social e alinhada às ideologias de esquerda. Houve, ainda, as revistas expressionistas Die Weissen Blätter (As Folhas Brancas) e Der Stürmer (O Tempestuoso). São características da poética expressionista:
• A ênfase na subjetividade do escritor, que projeta nos textos sua
percepção da realidade; • A linguagem direta e a liberdade formal; • A descrição pormenorizada da interioridade das personagens; • A inclinação ao grotesco e ao uso de metáforas hiperbólicas. ALGUNS AUTORES E OBRAS DO EXPRESSIONISMO LITERÁRIO
• Oswald de Andrade: Pau-Brasil; Primeiro Caderno de Poesia do Aluno
Oswald de Andrade; Os Condenados; Memórias Sentimentais de João Miramar; Serafim Ponte Grande; O Rei da Vela; Um Homem sem Profissão.
• Mário de Andrade: Paulicéia Desvairada; Lira Paulistana; Contos Novos;
Amar, Verbo Intransitivo; Macunaíma; A Escrava que não é Isaura; Os Filhos da Candinha. Referências