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ATIVIDADES EM ARTES
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MODERNISMO (AULA 01)
O Modernismo foi um movimento artístico, literário e cultural que surgiu no início do século XX. O
movimento tinha como objetivo romper com o tradicionalismo da época, experimentando novas técnicas e
criações artísticas. O Modernismo foi uma época marcada por drásticas transformações, além da sensação
de fragmentação da realidade. Os artistas modernistas sentiam a necessidade de mudar o meio em que
viviam e de experimentar novos conceitos.
Os modernistas acreditavam que as formas tradicionais das artes plásticas, da literatura, da música e do
cinema estavam ultrapassados e sentiam a necessidade de criar uma nova cultura, com o objetivo de
transformar as características culturais e sociais já estabelecidas, substituindo-as por novas formas e
visões.
A partir dessa nova forma de fazer arte, os artistas desenvolviam as suas técnicas de criação e reprodução,
fazendo surgir, de forma subjetiva, uma nova maneira de se pensar em relação ao sistema vigente.
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Edvard Munch
Pablo Picasso
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MODERNISMO NO BRASIL
O modernismo brasileiro, que surgiu graças a influência da Europa, foi um amplo movimento cultural que
repercutiu fortemente sobre a cena artística e a sociedade brasileira na primeira metade do século XX,
sobretudo no campo da literatura e das artes plásticas.
PROPOSTA DE ATIVIDADE
1 - No que o Abaporu estaria pensando? Crie um balãozinho de pensamento bem criativo para ele:
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2 - Sem alterar a estrutura da obra original, faça algumas mudanças na mesma, conforme os exemplos
abaixo, aproveitando para dizer sinceramente o que você achou dessas releituras:
A industrialização no Brasil no início do século 20, com o crescimento econômico e a maior presença de
imigrantes de vários países provocaram transformações sociais e culturais, o que definiu terreno propício
ao advento do modernismo no Brasil.
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O estopim para desencadear a revolução modernista foi a exposição de Anita Malfatti em São Paulo, em
1917. Recém chegada da Europa, onde tivera contato com as vanguardas artísticas, a artista apresentou
trabalhos que representavam um rompimento em relação ao academicismo em voga até aquele momento.
Obras como “A Estudante” e “O Homem Amarelo” provocaram a ira do escritor Monteiro Lobato, que
escreveu um artigo arrasador contra as telas de Malfatti e a arte moderna:
“Há duas espécies de artistas. Uma composta dos que vêm as coisas e em consequência fazem arte pura
[…] A outra espécie é formada dos que vêm anormalmente a natureza e a interpretam à luz das teorias
efêmeras, sob a sugestão estrábica de escolas rebeldes, surgidas cá e lá como furúnculos da cultura
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excessiva. […] nada é mais velho do que a arte anormal ou teratológica: nasceu como a paranóia e a
mistificação. De há muito que a estudam os psiquiatras em seus tratados, documentando-se nos inúmeros
desenhos que ornam as paredes internas dos manicômios. […] Estas considerações são provocadas pela
exposição da sra. Malfatti, onde se notam acentuadíssimas tendências para uma atitude estética forçada
no sentido das extravagâncias de Picasso & Cia. […] Não fosse profunda a simpatia que nos inspira o belo
talento da sra. Malfatti, e não viríamos aqui com esta série de considerações desagradáveis. […] O
verdadeiro amigo de um pintor não é aquele que o entontece de louvores; sim, o que lhe dá uma opinião
sincera, embora dura […] Os homens têm o vezo de não tomar a sério as mulheres artistas. Essa é a razão
de as cumularem de amabilidades sempre que elas pedem opinião. Tal cavalheirismo é falso; e sobre falso
nocivo.”
(Trechos do artigo “Paranoia ou Mistificação”, escrito e publicado por Monteiro Lobato em 20/12/1917)
Anita ficaria marcada por essas críticas até o fim da vida, mas o artigo de Lobato causou forte reação de
artistas e escritores, simpatizantes pelo desejo de transformação, e levou à criação da Semana de Arte
Moderna.
Organizada em fevereiro de 1922, no Teatro Municipal de São Paulo, a Semana de Arte Moderna provocou
discussões sobre a identidade nacional, buscando expressões artísticas e literárias que refletissem a cultura
brasileira, interrompendo o modelo conservador academicista, que copiava padrões instituídos e
consolidados em terras europeias.
Embora a exposição tenha sido alvo de vaias e recebido muitas críticas dos defensores puristas do
academicismo, a Semana de Arte Moderna fortaleceu a ideia de uma renovação cultural no Brasil,
denunciando, ainda, as desigualdades sociais e a alienação das elites tupiniquins.
São nomes importantes que participaram da Semana de 1922: além de Malfatti, artistas como Di
Cavalcanti, Vitor Brecheret e Vicente do Rego Monteiro; escritores como Mário de Andrade, Oswald de
Andrade, Menotti Del Picchia e Graça Aranha; e músicos, como Heitor Villa-Lobos e Guiomar Novais.
Embora não tenha participado da Semana de Arte Moderna de 1922, Tarsila do Amaral se tornou um dos
nomes mais famosos e importantes do movimento.
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Emiliano Di Cavalcanti (1897-1976), “Cinco Moças de Caratinguetá” (1930)
PROPOSTA DE ATIVIDADE
1) Faça uma releitura, em forma de desenho, de uma das pinturas reproduzidas nesta aula. Atenção: não é
uma cópia, é uma nova interpretação.
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2) Escolha um dos nomes citados nesta aula e faça uma pesquisa que apresente biografia, características
de seu trabalho e principais obras.
A arte abstrata, ou abstracionismo, é um dos gêneros artísticos que compõem o cenário do modernismo –
conjunto de estilos artísticos e manifestações culturais que romperam com as tradições academicistas.
Figurativismo
O figurativismo, também conhecido como arte figurativa, é uma forma de representaçãoque busca,
inicialmente, retratar temas do mundo real, como pessoas, objetos, animais, vegetais, paisagens, etc. A
imagem pode ser realista ou estilizada, ou seja, não há compromisso com uma representação naturalista
do objeto retratado. Um coelho, por exemplo, pode ser retratado de formas diferentes, sendo todas
representativas da arte figurativa:
Albrecht Dürer (1471-1528), “Jovem Lebre” (1502) / Maurício de Sousa (1935), “Sansão”
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No academicismo, a arte renascentista e a arte barroca são exemplos de estilos em cujas obras percebe-se
a intenção de imitar a natureza, a partir do virtuosismo técnico do artista – como, por exemplo, a aquarela
“Jovem Lebre”, de Albrecht Dürer, exibida acima, representativa do Renascimento na Alemanha.
Claude Monet (1840-1926), “Mulher com Sombrinha” (1875) / Edvard Munch (1863-1944), “O Grito” (1893) / Roy Lichtenstein
(1923-1997), “Garota com Bola” (1961)
Embora inicialmente tenhamos definido o figurativismo como a forma de arte que procura representar
elementos do mundo real, devemos ampliar esse entendimento para quaisquer elementos “identificáveis”
ou “nomináveis”, podendo ser não apenas do mundo real, mas também fruto da fantasia humana, desde
que com uma intenção representativa por parte do artista. Assim, a ilustração de uma fábula com animais
falantes é exemplo de arte figurativa, bem como uma imagem que represente seres de outros planetas,
discos voadores ou monstros do espaço. Na imagem a seguir, temos a capa de uma revista publicada nos
anos 1960, com temática de ficção científica, e apresenta uma “realidade” alternativa, com um ser
humano transformado em inseto (sem relação com o universo psicológico de Kafka que, em “A
Metamorfose”, nos conta a história de um homem que acorda em uma manhã e se vê transfigurado em
uma imensa barata):
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Capa de revista Sci Fi publicada nos anos 60.
Abstracionismo
Em oposição ao figurativismo, a arte abstrata ou abstracionismo é uma forma de arte que, do ponto de
vista representacional, não objetiva retratar objetos ou elementos do mundo real, nem objetos ou
elementos identificáveis e nomináveis de mundos de fantasia. Ao contrário, as imagens abstratas são
construídas a partir da composição de linhas, formas, cores, manchas, espaços cheios ou vazios, de uma
forma não representacional:
O artista russo Wassily Kandinsky é considerado o criador do abstracionismo a partir da obra “Primeira
Aquarela Abstrata”, em 1910.
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Determinados estilos de arte, como o Futurismo e o Cubismo, no início do século 20, embora fossem
figurativos, tiveram suas obras associadas ao termo abstracionismo por intencionalmente se distanciarem
de uma representação convencional dos objetos retratados:
Umberto Boccioni (1882-1916), “Visões Simultâneas” (1912) / Pablo Picasso (1880-1973), “Menina com Bancolim” (1910)
Abstracionismo Expressivo (ou Informal) – Apoiado no instinto, na intuição e no inconsciente para criar
uma realidade “imaginária”. Kandinsky, um de seus maiores expoentes, faz uma comparação entre a
composição plástica e a composição musical, especialmente na música erudita, que também é uma forma
abstrata de arte.
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Abstracionismo Geométrico
Com influências do Cubismo e do Futurismo, o Abstracionismo Geométrico traz um enfoque mais racional,
calculado e científico, como resultado de pesquisas formais. Seu principal exponte é o holandês Piet
Mondrian.
Muitas pessoas acreditam que, por não ter caráter representativo, a arte abstrata não tem significado ou,
melhor colocando, que as obras de arte abstrata não possuem significado. Mas, em linhas gerais, tal crença
é equivocada. Vejamos alguns exemplos, a título de análise.
Jackson Pollock (1912-1956), “Número 4, 1948: Cinza e Vermelho” (1948) / Piet Mondrian (1872-1944), “Composição No. 8”
(1939-42)
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Observando as duas telas reproduzidas acima, podemos observar que uma das duas apresenta,
visualmente, movimento, dinamicidade nas linhas, enquanto a outra é visualmente estática, sem
movimento. Não é difícil perceber a pintura de Pollock como dinâmica e a de Mondrian como estática, pela
forma como as linhas são organizadas no espaço pictórico.
Nas duas obras reproduzidas acima, a oposição não se baseia em movimento / ausência de movimento. Se
o espectador tiver que escolher, qual das duas obras será considerada mais leve, mais alegre? E qual das
duas será considerada mais dramática, mais densa?
Dificilmente alguém consideraria a tela do alemão Girke como leve ou alegre, pois apresenta uma textura
densa, opaca, além de ser elaborada em preto e tons de cinza. Tudo isso confere à litogravura (gravura em
pedra) um caráter dramático. Já a tela do francês Delaunay tem uma leveza na utilizaçao de formas
arredondadas e dinâmicas e na escolha de cores mais vivas e alegres.
Vê-se, portanto, que embora as imagens abstratas não tragam em si a representação de pessoas, objetos,
animais, paisagens; isso não significa que sejam destituídas de significado.
PROPOSTA DE ATIVIDADE
Veja as imagens abaixo:
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1) Faça em uma folha de papel um emaranhado de linhas curvas ou retas. Ou misture linhas curvas e retas.
Preencha os espaços criados com cores à sua escolha.
2) Recorte pedaços de papel colorido de páginas de revistas velhas, caso você tenha em casa, e faça uma
colagem abstrata. Se quiser, em vez de recortar os pedaços com tesoura, você pode rasgar os pedaços com
a mão.
O tempo acontece fora e dentro da gente? Ele pertence ao mundo real ou é inventado pelo nosso
subconsciente?
Muitas vezes o tempo é indefinido como intervalos ou períodos de duração. É ele que nos dá noção de
passado, presente e futuro. Mas então, por que cada pessoa percebe o tempo diferente? De acordo com a
idade ou com o momento que estamos vivendo, sentimos a passagem do tempo mais rápido ou mais
devagar. Por exemplo, se estamos angustiados com algo ou ansiosos por algum acontecimento, pode
parecer que o tempo não passa, mas quando estamos muito atarefados, pode parecer acelerado.
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E como é possível medir o tempo de uma maneira universal? Com certeza, este tema será mesmo cheio de
controvérsias e mistérios vamos ver de que forma a arte é capaz de nos ajudar a refletir sobre estas
questões.
Mas nem sempre a intenção do artista é produzir uma obra que dure muito tempo.
Transitória, passageira, fugaz, que dura pouco – são todas caracterizações possíveis da Arte efêmera.
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Entre 1960 e 1970, vários artistas de diversos lugares do mundo criaram propostas de arte diferentes de
tudo o que existia até então. Algumas faziam uso do corpo em movimentos e gestos, como nos
happenings e nas performances. Outras abandonavam museus e espaços tradicionais da arte, saindo para
as ruas. Pintura escultura foram substituídas por instalações, intervenções urbanas e obras interativas.
Junto a toda essa movimentação de novas ideias nasceu o conceito de que uma obra não tem a
obrigatoriedade de ter longa duração, e até materiais degradáveis, como alimentos, passaram a ser usados
em alguns trabalhos.
1. Qual delas lhe faz pensar sobre a questão do tempo? Por quê?
5. Em sua opinião, o que cada artista quis transmitir com sua criação?
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A música é uma manifestação artística e cultural de um povo, em determinada época ou região. A música é
um veículo usado para expressar os sentimentos.
A música é formada por três elementos: ritmo, harmonia e melodia. As notas formam a melodia, o ritmo é
que ordenará essa melodia no compasso, o compositor harmonizará todos esses elementos e pensará nos
instrumentos que tocarão essa música. Tudo deve combinar e fazer sentido ao ouvido. Na música, até as
pausas são importantes, pois elas contribuem para a composição musical.
COMPREENDENDO A MÚSICA
Sons são definidos como ondas produzidas pela vibração de um corpo qualquer, transmitida através de
propagação de frequências regulares ou não, captadas pelos nossos ouvidos e interpretadas pelos nossos
cérebros. Quando agitamos ou tocamos algum instrumento, uma parte dele vibra. As vibrações produzidas
se deslocam formando ondas sonoras capturadas por nossos ouvidos. Cada instrumento possui uma
característica diferente, por isso são tocados de formas distintas.
A Melodia: É um encadeamento de sons em intervalos irregulares. A Melodia caminha por entre o Ritmo.
Ela normalmente é a parte mais destacada da Música, é a parte que fica a cargo do Cantor, ou de um
instrumento como Sax ou de um solo de Guitarra. Ao ouvir um Solo - notas tocadas individualmente - você
estará ouvindo uma Melodia.
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O Ritmo: É o que age em função da duração do som. É a definição de quanto tempo cada parte da melodia
continuará à tona. Você já percebeu que na parte do Hino Nacional “(...) margens plácidas”, o “plá”
demora mais que o “cidas”? Isso é o ritmo da música. O ritmo é um padrão que organiza os sons. Uma
música pode ser criada, por exemplo, com os estalos dos dedos ou com palmas, desde que seja criado um
padrão sonoro regulado no decorrer de um de tempo. Quando criamos uma música, pensamos em uma
alternância entre sons e silêncios que segue uma frequência de tempos forte e fracos, longos e curtos,
graves e agudos, formando um fluxo contínuo e regulado. Isso é ritmo!
Harmonia: É a combinação dos sons ouvidos simultaneamente, é o agrupamento agradável de sons. Por
exemplo, você poderia muito bem tocar uma música apenas com uma nota de cada vez, entretanto, não
ficaria muito legal. Por isso, quanto mais notas musicais você tocar simultaneamente (acordes) de forma
agradável, harmoniosa, melhor será a música. Desse modo, a harmonia musical indica a concordância de
combinação de vários sons simultâneos, ou de acordes que são agradáveis ao ouvido.
CONCLUSÃO
Portanto, a música é uma modalidade que contribui para o desenvolvimento da mente humana,
promovendo o equilíbrio, proporcionando bem-estar, ajudando na concentração e no desenvolvimento do
raciocínio, em especial em questões reflexivas voltadas para o pensamento.
PROPOSTA DE ATIVIDADE
1 – Qual a música que você mais gosta? Tente descreve lá através de um desenho.
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BONS ESTUDOS!
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