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Módulo 10 de 1960 à Atualidade

A Cultura do Espaço Virtual:


Arte:
Pop Art

Contexto:
Sociedades de consumo submetidas ao neoliberalismo económico, adquirem os bens
essenciais e são incentivados pela publicidade e a moda a consumir cada vez mais.
Década de 60 do sec. XX: sociedade consumista, a arte surge como reflexo das novas
formas de relacionamento social, onde determinados objetos e imagens se impunham
como ícones através da publicidade e dos media.

Características:
• Surgiu nos finais da década de 50 em Nova York e Londres,
• É a reação contra a subjetividade e a demasiada intelectualização dos
movimentos anteriores (informalismo e expressionismo abstrato).
• A Pop Art propunha religar a arte à Vida, exaltando a modernidade e a sociedade
de consumo.
• Recusa os preconceitos e tabus da mentalidade tradicional
• Desrespeito pelas antigas hierarquias
• Desejo da liberdade individual – é provocatória
• Exalta a sociedade de consumo e simultaneamente a critica.
• Valorizou o colorido e a policromia que usou de modo kitsch (de mau gosto)
• Materiais modernos e industriais
• Sensação de impessoalidade, frieza e objetividade.

Temática:
• Utiliza personalidades/figuras (políticos, atrizes, atores divulgados pelos media),
objetos (BD, latas de sopa, coca-cola) e atos do quotidiano urbano, tornando-os
símbolos para a sociedade

Técnicas:
– Serigrafia,
– Colagens,
– Fotomontagens
– Ready-made (dadaísmo).

Artistas: Andy Warhol, Roy Lichtenstein

Op Art
Características:
• A Op Art, abreviatura de Optical Art ou Arte Optica, designa uma forma de arte
que utiliza a ilusão ótica do movimento.
• temas limitados a formas abstratas;
• Composições dinâmicas com recurso a jogos geométricos;
• Produção de efeitos visuais de ilusões óticas;
• Criação de efeitos dinâmicos, sensações de movimento e vibrações.
Arte cinética:
• Artista: Alexander Calder.
• Móbiles: Esculturas metálicas de formas orgânicas e coloridas, suspensas e com
movimentos
• Stabiles: apoiadas no solo estabelecendo forte relação entre a forma, a cor e o
movimento.
• Formas orgânicas de cores puras;
• Inspiração na natureza e no mundo animal (peixes e plantas);
• Introdução do movimento nas estruturas devido ao seu constante equilíbrio
instável.

Arte-acontecimento: Happening, performance, Body Art

Surge em meados da década de 50 o conceito de arte enquanto acontecimento. Arte


efémera e de contestação à sociedade capitalista ao não ser materializada ou
comercializada.

Happening – acontecimento que ocorre descontextualizado do seu ambiente habitual,


ação protagonizada pelo artista ou exigir a intervenção do público. É apenas corporizada
ou falada incluindo objetos envolventes ou sons e imagens. Não possui estrutura
narrativa.

Performance – linguagem artística, interdisciplinar baseada nas técnicas de espetáculo


aproximando a arte ao quotidiano e realidade.

Body Art – utilização do corpo humano como meio e suporte de expressão

Instalação – manifestação artística que consiste no arranjo de materiais diversos com a


funcionalidade de desenvolver um projeto, ideia.

Arte conceptual

Surgiu em 1965. Parte do conceito de que a ideia é mais importante que a obra,
valorizando o processo mental.
• Influência do dadaísmo e do surrealismo;
• Valorização do processo criativo em detrimento do produto final;
• Substituição do objeto artístico pela sua formulação e comunicação;
• Primado da ideia sobre o objeto;
• Desmaterialização do objeto artístico;
• Utilização de textos, mapas, diagramas, objetos, fotografias, vídeos e outros
materiais, entendidos como parte integrante do processo criativo;
• Questionamento permanente sobre a essência da arte;
• Exposição de objetos reais em conjunto com a sua representação fotográfica e
lexicográfica.

Minimal Art:
• Arte conceptual l e abstrata
• Linguagem básica e essencial, excluindo todo o que é acessório.
• Artistas Donald Jubb, Richard Serra

Land Art
• Arte efémera, não comercial
• Intervenção estética e plástica na paisagem
• Preocupações ecológicas com a natureza – materiais naturais e biodegradáveis

Artistas: Christo and Jeanne- Claude

Hiper-Realismo

• Aproximação fotográfica à realidade


• Temática: retrato, cenas sociais, paisagem rural e urbana

Artistas: Chuck Close

Arquitetura:
Pós-modernismo:
• Neorracionalismo: arquitetura monumental e imponente, formas geométricas
puras, telhados de 2 águas, janelas quadradas alinhadas na horizontal e
vertical, austeridade decorativa

• Neo-Historicismo: arquitetura de retorno às raízes históricas tradicionais,


policromia e ornamentação das estruturas arquitetónicas, elementos das
ordens clássicas.

Modernismo:
• Modernismo Tardio – formas geométricas regulares, estruturas internas de
aço, paredes brancas

• Arquitetura High Tech – materiais e técnicas avançadas. Complexas estruturas


construtivas à vista assumindo efeitos estéticos.

Nova modernidade:
• Desconstrutivismo – regras tradicionais da construção, abandona a vertical e
horizontal como linhas orientadoras. Organização aparentemente caótica

Arte Portuguesa:
Pós 25 abril – país abriu-se às influências externas, criação de museus e galerias que
dinamizaram o mercado artístico.

Arquitetura – influências do modernismo dos anos 20 e mais recentemente influências


do neomodernismo.
Caso prático: Andy Warhol
A partir dos anos 60 do século XX, a arte muda radicalmente, quer na forma quer no
pensamento. Andy Warhol é um dos principais representantes da Pop Art americana.

• A Pop Art americana como reação ao Expressionismo Abstrato e ao Informalismo


das décadas de 40 e 50, do século XX;

• Inspiração nas temáticas do quotidiano, nos objetos da própria sociedade de


consumo e do quotidiano urbano, numa referência à massificação cultural;

• Representação de ícones da cultura de massas (estrelas do cinema, televisão,


espetáculo, música, etc.), de figuras políticas, de bens de consumo e da banda
desenhada;

• Utilização da Coca-Cola, encarada como exemplo do consumismo e do mediatismo


de um produto comercial, convertendo-se num ícone popular e num exemplo da
sociedade democrática americana;

• Associação da obra de Andy Warhol às grandes questões culturais do seu tempo –


o materialismo, a manipulação dos media e o consumismo;

• Utilização de técnicas como a serigrafia, a montagem de fotografias obtidas a partir


de recortes de revistas, as colagens, os anúncios e os cartazes publicitários;

• Utilização de pinturas com formas simples, cores fortes e apelativas;

• Serialização das imagens através da sua repetição sistemática.

Caso prático: Café Muller


• Espetáculo de dança-teatro, que mistura de dança e de teatro;
• Performance livre dos atores e bailarinos, que improvisam movimentos e histórias;
• Um único cenário, um café, como local de acção,
• Envolvimento de um grupo alargado de artes e de artistas performativos,
bailarinos, atores e cantores;
• Introdução de movimento a solo, que permite focar momentaneamente a ação no
desempenho de um único bailarino

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