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PROPÓSITO
PREPARAÇÃO
Introdução
Arte contemporânea
As instalações,
A pop art, a
Arte conceitual,
A arte povera,
O minimalismo,
Entre outros.
Conceitos
Até meados dos anos 1940, a arte era dotada de privilégios, mas para poucos
iniciados! A ideia de que a arte poderia ser popular era, inclusive, mal vista;
apreciada por cineastas, o espaço da aristocracia artística deveria ser
preservado. Uma obra literária poderia até circular, mas sua essência é para
clube de especialistas. As artes plásticas e afins, essas definitivamente não
eram para o grande público. Ocupavam lugares específicos, admiradas por
meio de uma aura. Criadas a partir de materiais próprios destinados à pintura e
à escultura.
O que você verá é que a Arte contemporânea vai na direção contrária. Isso
porque ela rompeu com alguns aspectos da arte moderna; chegou a hora de
reconstruir, mudar a forma de pensar e experimentar a arte.
Atenção
A Arte contemporânea representa a comunhão entre arte e vida, indo, por isso,
em sentido contrário aos padrões do que seria arte. Os artistas buscam, a partir
de então, inovar em materiais e processos, incorporando diferentes formas de
se expressarem. Nesse período, observamos ainda o desenvolvimento
tecnológico, com o surgimento de novas mídias; e os artistas, em busca do
novo, apoiaram-se nessas tecnologias.
Seus materiais estão por todos os lugares:
Madeira,
Metal,
Pedra,
Papel,
Tecido,
Tinta,
E outros como
Ar,
Luz,
Som,
Pessoas,
Comida
Questões existenciais,
Violência,
Sexualidade,
Consumo,
Informações em excesso...
Tudo o que diz respeito ao indivíduo e à sociedade? É isso que torna a Arte
contemporânea intensa e visceral, representando todo esse emaranhado de
razões e emoções.
Os artistas decidiram também criar em profusão. Eis por que vemos tantos
artistas, com tantas linhas e tantos pensamentos distintos, orientações
artísticas diversas, cada um buscando, a seu modo, uma maneira de
representar esse momento.
Assim, vemos os artistas se dirigirem ao mundo e direcionarem a arte para a
natureza, para as questões urbanas, para as tecnologias, para todas as
nuances do mundo. Fazem surgir obras que exploram diferentes linguagens:
Pintura,
Escultura,
Teatro,
Dança,
Música,
Literatura
Críticos,
Questionadores do mercado e
Do sistema que valida a arte.
Linha histórica
Mesmo que muitos dos artistas desse movimento tenham iniciado suas
carreiras na década de 1930, eles representam os antecedentes do
Expressionismo abstrato que presenciamos após 1946.
Composition VI, de Wassily Kandinsky, 1913.
Seu próximo passo é escolher alguns artistas e pesquisar sobre suas obras. O
pioneirismo é uma das características presentes nos trabalhos dos artistas
contemporâneos. Cada artista escolheu seu estilo, colocou sua marca em sua
arte, tornando-os pioneiros no traçado, no suporte, no material, na leitura.
Desvende um pouco desse contexto que levou a essa diversidade conhecendo
a obra de alguns desses artistas.
Verificando o aprendizado
Comentário
Parabéns! A alternativa "B" está correta.
Texto II
Rayografia, de Man Ray, 1922. 23,9 x 29,9cm, MOMA, Nova Iorque.
No fotograma de Man Ray, o “distanciamento da representação
figurativa” a que se refere o texto I manifesta-se na:
Comentário
o racionalismo
A Arte abstrata,
O Futurismo,
O Cubismo e
O Surrealismo.
Ficou conhecido como Escola de Nova York, originou-se nos Estados Unidos e
ganhou reconhecimento internacional em seu principal representante, Jackson
Pollock.
Jackson Pollock (1912-1956) utiliza a técnica da pintura em ação (action
painting) associada ao dripping (técnica criada por Marx Ernst (1871-1976)),
que tem como base o respingo da tinta sobre a superfície da tela.
As pinturas de Pollock são seu movimento, resultam do pingar, do arremessar,
do deixar escorrer e do derramar tinta na tela esticada no chão. Ele retira a tela
do cavalete, da parede e a estica no chão, em grandes dimensões, para que
possa andar em volta da tela. Os trabalhos criados por Pollock são carregados
de emoção e expressão gestual. Suas pinturas dependem dos movimentos do
artista, de sua interação com a obra, da forma como, utilizando-se do pincel e
de outros objetos, lança a tinta sobre a tela, revelando a espontaneidade da
ação e não previsibilidade do resultado.
Olhar uma foto de uma das telas de Pollock não dará a você a sensação da
força e do movimento, pois falta a profundidade. É na textura da obra que
encontramos as idas e vindas do artista ao redor da tela, antes finalizá-la. Na
imagem, percebemos a fluidez, a liberdade de expressão do artista em meio
das linhas e dos pontos que compõem as suas obras. São obras que
expressam a fundo as emoções do artista em uma ação subconsciente,
próxima ao êxtase da própria criação.
Quando estou na pintura, não tenho consciência do que estou fazendo. Só vejo
o que fiz depois de um período de “conscientização”. Não tenho medo de fazer
mudanças, destruir a imagem etc., porque a pintura tem vida própria. É só
quando perco contato com a pintura que o resultado é ruim. Caso contrário, há
pura harmonia, uma troca tranquila, e a pintura fica ótima.
Se é para ser, que seja agora! Nada é para sempre, a intensidade do momento
é que fica. A Arte efêmera reúne:
Performance
Instalações
Happenings
The London Mastaba, Serpentine Lake, Hyde Park, de Christo and Jeanne-Claude,
2016 a 2018.
O público é, muitas vezes, parte da obra, é quem faz a obra acontecer, quem
dá sentido ao processo, quem contribui na criação e no processo apresentado.
O público deixa de ser observador passivo e ganha lugar com sua participação
ativa. A obra torna-se um espaço de interação, passando a existir em virtude
dessas interações.
Assistimos à saída da arte dos espaços institucionalizados, das galerias e dos
museus, e a vimos expandir-se. A arte ganha todos os lugares, não importa o
espaço, público ou privado, incluindo o corpo do artista e do público.
As principais características da ARTE EFÊMERA são:
Foco no processo de criação e execução
Uso de diferentes espaços
Utilização de diferentes materiais e mídias
Público participante
Rompimento com a obra acabada, com o objeto final
Transitoriedade, efemeridade
Obra referenciada pelo registro do processo
O público se coloca em cena. São eventos sem formato definido, sem começo,
meio e fim. O HAPPENING ocorre em tempo real, em contextos variados como
ruas, espaços vazios, galerias de lojas, corredores e outros. Livre de
convenções artísticas, sem certo ou errado, conduzido por improvisações. Não
há separação entre o público e o evento.
O HAPPENING é criado na ação de artistas e público geral. Não tem por
objetivo ser reproduzido, aproxima-se da vida real e de suas rotinas. Allan
Kaprow realizou mais de uma centena de happenings catalogados, tais como:
Luana Costa
Mestre em Artes
COMPOSIÇÕES
O termo “instalação” é incorporado, nos anos 1960, às artes visuais,
designando assemblage ou “ambiente construído em espaços de galerias e
museus”. O termo assemblage representa uma junção da pintura com a
escultura, ao trazer para a tela diferentes materiais como papéis, tecidos,
madeira, metais colados e amontoados. Foi usado pela primeira vez em
referência ao trabalho de Jean Dubuffet para a exposição The art of
assemblage, no Museu de Arte Moderna (MOMA), de Nova York, em 1961.
Saiba mais
Anish Kapoor, artista indiano-britânico, traz para suas obras a simplicidade das
curvas monocromáticas.
No final, o que importa é o conceito
Podemos considerar que tudo isso começou com Marcel Duchamp com os
ready-mades (Os ready made são objetos industrializados que, retirados de
seu contexto cotidiano e utilitário, transformam-se em obras de arte.),
desmistificando a obra de arte e a figura do artista, transformando objetos
industriais em arte. Quando apresentou a Roda de bicicleta (1913) e a Fonte
(1917), o artista queria que o observador identificasse a singularidade da obra
de arte. O simples designá-los como obras de arte já os tornava arte?
A Arte conceitual está no centro da Arte contemporânea. Praticamente, todos
os movimentos e todas as expressões da arte a que se refere a Arte
contemporânea atravessam a Arte conceitual. Ela está além das formas, dos
materiais ou das técnicas. Observamos o predomínio das ideias, a
transitoriedade dos meios, a precariedade dos materiais.
Saiba mais
O termo “Arte conceitual” foi utilizado pela primeira vez, em 1961, por Henry
Flynt, artista, escritor e filósofo estadunidense, ao referir-se às atividades do
Grupo Fluxus.
Cristina Freire (2006) afirma que a Arte conceitual opera uma análise crítica
das condições sociais e epistemológicas da prática visual ao revelar a
dinâmica dos circuitos ideológicos e institucionais de legitimação da arte. Em
outras palavras, a Arte conceitual questiona a própria arte em seus aspectos.
A ideia ou o conceito é o aspecto mais importante. Tudo é pensado e projetado
antecipadamente pelo artista, enquanto a execução da obra acaba, por ser
algo mecânico. Aliás, a execução nem precisa ser feita pelo próprio artista.
Interessante você pensar que é a ideia originalmente concebida pelo artista
que valida a obra, como obra. Ou ainda, a apreensão e interpretação dada pelo
observador valida conceitualmente a produção.
A Arte conceitual nos leva ao campo das ideias onde as obras são criadas. Sua
execução é processo e objeto acabado, e perde a importância diante do que foi
pensado para a obra. Se a execução se vê esvaziada, os registros ganham
também status de arte. Ao considerarmos as obras transitórias, efêmeras e que
duram o tempo do evento em si, considerar a validação da obra pelos registros
torna-se essencial.
Verificando o aprendizado
1. (Enem-2017)
Comentário
Parabéns! A alternativa "B" está correta.
Comentário
MÓDULO 3
Reinventando tendências,
Absorvendo influências,
Sendo crítica,
Questionadora,
Rebelde,
Expressão criativa dos processos.
São os mistérios da Arte contemporânea que fascinam! Aquilo que não somos
capazes de discernir literalmente, não compreendemos. E o que não
compreendemos, causa
Estranhamento,
Reflexão,
Rejeição e
Mesmo paixão.
Pop art –
Minimalismo
Optical art (arte ótica) ou, simplesmente, Op art surgiu na década de 1960, nos
Estados Unidos, trazendo para as obras a precisão matemática nas linhas e
formas abstratas, geralmente colocando em contraste o preto e branco. Apesar
do rigor com que cada obra é construída, a Op art cria a ilusão de movimento,
simbolizando a instabilidade do mundo que está em constante mudança.
As imagens brincam com os processos de percepção visual ao adotarem uma
abordagem científica, empregando habilidades técnicas e matemáticas. Essa é
a forma encontrada pelos artistas da Op art para criticar a indústria e os
avanços tecnológicos.
A expressão Optical art foi usada pela primeira vez em outubro de 1964 pela
Revista Time. Porém, foi com a exposição The responsive eye (1965, MoMA,
NY) que a expressão ficou conhecida. O movimento artístico ganhou
popularidade em comerciais e foi parar nas mãos de estilistas e de artistas
gráficos. Posteriormente, toda arte que causasse efeitos psicofisiológicos, em
função do uso de perspectiva reversível, interferência de uma linha, vibração
cromática ou contraste de cores causando ilusão e efeitos ópticos passaria a
ser chamada de Op art.
Considerado o pai da Op art, Victor Vasarely (1908-1997), influenciado pela
arte cinética, construtivista e abstrata e pela Bauhaus, cria, nos anos 1930,
trabalhos compostos por listas diagonais em preto e branco, curvadas de tal
modo que dão a impressão tridimensional de uma zebra sentada - Zebra
(1938). Antes dessa data, porém, encontramos trabalhos de Piet Mondrian
(1872-1944) identificados como Op art (Composição em linhas, 1917).
Certamente não, mas toda obra estática e bidimensional, abstrata, que usa em
sua estética recursos que confundem a visão por meio de contraste e
combinação de linhas, dando a impressão de que a imagem está em
movimento é Op art.
Praticamente, no mesmo período, veremos nascer a Pop art. Se a Op art critica
a sociedade da época a partir da adoção de princípios científicos e matemática,
para a criação dos trabalhos artísticos a Pop arte lança sua crítica por meio da
utilização de objetos e imagens símbolos do consumismo.
Ao considerarmos as origens da Pop art, fica fácil estabelecer sua relação com
o consumo. Para reconstruir a economia, nos anos que se seguiram à
Segunda Guerra Mundial, era preciso incentivar e popularizar o consumo. Ao
aproveitar uma brecha, deixada pela arte aplicada e a arte comercial, a Pop art
preenche um lugar de fácil compreensão para os leigos.
Vem para confrontar toda essa ideologia dos padrões de consumo instituídos
pelas mídias. Com um toque de ironia, critica a sociedade cultural por meio da
crítica aos objetos de consumo, aqueles mesmos usados no cotidiano da
população. Por isso, falamos do movimento como uma forma irônica de tratar a
massificação de gostos e costumes dados pelas mídias de massa, além de
fazer uma clara oposição ao Expressionismo abstrato, movimento que marca o
início da Arte contemporânea.
O termo Pop art foi utilizado pela primeira vez em 1954, pelo crítico inglês
Lawrence Alloway (1926-1990), para chamar de arte popular as criações em
publicidade, no desenho industrial, nos cartazes e nas revistas ilustradas.
Lawrence Alloway é considerado um dos precursores do movimento e, como
fundador do Independent Group, reuniu um grupo de artistas independentes
composto por pintores, escritores, escultores e críticos, que desafiou as bases
do Expressionismo abstrato. Sendo a Inglaterra o berço da Pop art, em
meados da década de 1950, foi nos Estados Unidos que o movimento ganhou
destaque, no início dos anos 1960, especialmente em Nova York.
In the car, de Roy Lichtenstein, 1963. Óleo sobre tela (172x 203,5cm), Scottish
National Gallery of Modern Art, Edinburgh, Escócia, UK.
Ele era uma daquelas figuras cuja imagem já era emblemática; ao mesmo
tempo em que:
Para gerar modismos que aproximaram do gosto das massas ou que pelo
menos criavam ponto entre elementos que eles reconheciam à primeira vista.
Sem segundas intenções, uma lata de sopa é uma lata de sopa!
São as principais características da Pop art: