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A Arte e a Subversão da

Realidade em Kazimir Malevich e


Jasper Jonhs

O
desejo último de Piet Modrian era descobrir a verdade das
coisas, e como teosofista vai dizer que o mundo é uma ilusão, e
que a verdade só pode ser encontrada, não no real, mas na
abstração. Para o artista, só o conhecimento abstrato é verdadeiro. Rejeita,
portanto, as formas complexas da arte e arquitetura clássica. Modrian
acredita que quanto mais simples a superfície do plano mais próximo está
da verdade.

Piet Modrian - Composição II em Vermelho, Amarelo e Azul 1929


Fica claro que o desejo do artística era transcender a mera impressão. Está
determinado a encontrar o mundo do verdadeiro conhecimento que
fundamenta tudo o que existe: o abstrato.

Numa linha bastante parecida, outro artista quer transcender as


apreensões da mera aparência e da experiência material. Kazemir
Malevich se inspira nas obras bizantinas do século XV onde o ser sagrado
se sobrepõe as figuras, e as proporções não estão de acordo com impressões
que temos dos fenômenos dentro de certos limites aparentes. O Divino é
colocado dentro de formas geométricas como se o mesmo se comportasse
dentro de certos limites de algo que é “mais verdadeiro do que a figura
sagrada”. Malevich não se interessa pela arte grega e romana, nas
perfeições das aparências. Para o pintor, a arte bizantina era de uma
ordem real superior.

Enquanto Kandinski diz que forma é sentimento, Malevich o supera,


vai mais longe criando um estilo artístico chamado suprematismo como
sendo a verdadeira realidade,
o puro abstratismo.

A obra ao lado se
chama Quadrado Negro. É a
pintura abstrata mais famosa
do mundo. Sua primeira
versão foi feita em 1915. É
simplesmente uma pintura
perfeitamente quadrada
num fundo branco. A forma

Kazimir Malevich - Quadrado Negro 1915


do quadrado para Malevich significa supremo ou absoluto. Feito em um
momento de aflição, interpretará que o negro simboliza o sentimento
enquanto o quadrado branco que o envolve é aquilo que está para além do
sentimento. Ele dirá que é o vazio. Nesse momento afirmará que a arte
deveria se afastar da lógica e se ocupar apenas de formas simples, e só
através dessa simplicidade geométrica o artista alcançará o real além do
“real”.

Essa teoria parece nos remeter ao que São Tomás de Aquino disse do
próprio Deus como sendo o Ser mais simples que se possa conceber. Mas
não creio que Malevich refere algo ao Deus cristão. Na verdade, o que está
fazendo é reduzir tudo à essência sem se referir a absolutamente nada da
realidade concreta. Não tenho certeza se o artista alude algo a Hegel, já
que nada disserta em relação ao mundo dos conceitos como sendo o
fundamento do mundo concreto, sendo o concreto o resultado de um
confronto dialético entre teses positivas e negativas. Parece que ele está
fazendo um caminho distinto e até inverso, e isso fica claro no Quadrado
Negro atestando que os objetos do mundo físico provocam sentimentos, e
isso é tudo o que ele é. Os sentimentos têm que ser separados dos entes
concretos e ir além. A superação disso é o modo a alcançar o real, que não
está no mundo aparente físico e sim no abstrato. As formas concretas
precisam ser desintegradas até a pura abstração para assim alcançar o
suprematismo que é a verdade das coisas. Portanto, o suprematismo é
aquilo que supera o “real” do mundo aparente.

A coisa ficará ainda mais hermética quando Malevich encontra P. D.


Ouspenski, um teosofista russo que dirá que o artista precisaria resolver o
problema da quarta dimensão, isso é: o tempo. Afirmará ainda que o
sentido real do cotidiano é o tempo, ou seja, é aí que a experiência diária
se torna mais elevada e real, na quarta dimensão. A pintura deveria
alcançar a quarta dimensão.

Kazimir se fascina com a teoria. Reunirá os alunos para avisá-los que


deveriam abandonar a razão. Limpar absolutamente tudo pelo motivo de
trazer uma nova forma de razão. A partir disso, seus alunos criam um novo
estilo chamado construtivismo.

Um deles é uma jovem chamada Liubov Popova. A primeira obra


famosa criada é uma capa de revista de design. Para o construtivista, a
arte passa de pura abstração para uma abstração funcional.

Quando colocamos a obra Painting Arquitetonic de 1917 ao lado da


Magazine Design de 1920, fica clara a ruptura entre o construtivismo de
Popova com a arte supremacista de Malevich. Enquanto a última é a
tentativa da superação do sentimentalismo (ou simplesmente sentimental),
a primeira é utilitarista.

Liubov Popova - Painting Arquitetonic - 1917

Liubov Popova - Magazine Design - 1920


Seria o construtivismo russo a raiz do construtivismo soviético, e o
fim do supremacismo e a arte abstrata como a transcendência das formas
concretas. Pelo menos no que diz respeito a Malevich.

As cicatrizes do corte que Kazimir Malevich desferiu na arte


perdurou no tempo e navegou pelo espaço, já que mais tarde, nos EUA, a
alma dos artistas estava possuída pelo conteúdo do puro abstratismo do
pintor russo. Um lugar diferente, em tempos distintos, os EUA é a maior
potência mundial, o lugar onde não havia sofrido o terror da segunda
guerra, a economia prosperara, o cinema, a música, os carros, os edifícios,
as luzes é a composição da realidade que paira na sociedade americana.
Os anos 50 e 60 é o período no qual a moda flui a partir do modo de vida
dos Yankees. A informação circula numa velocidade nunca vista antes.
Não só midiáticas, mas as sensíveis. Diferente dos tempos em que o artista
podia ver uma coisa de cada vez, agora tudo acontece ao mesmo tempo.
Os sons são simultâneos, o vislumbre da paisagem já é inteiramente
sintético. Por onde o olhar passa, vemos as cidades artificializadas pelas
mãos humanas que as transformou a sua imagem e semelhança.

Quando antes a música e a pintura conseguiam assimilar a realidade


como ela era ao apresentar a simplicidade do real, a paisagem havia sido
uma coisa de cada vez, a exemplo das canções dos monastérios onde os
sons eram unidade e havia o entendimento na apreensão e contemplação
dos detalhes. No cenário americano da segunda metade do século XX, o
Jazz já representa o número de informações simultâneas que o indivíduo
absorve na urbanidade do período. Todos os sons juntos, compondo um
cenário não apenas possível, mas real; aparentemente caótico, mas no
meio de tanta informação nos sons, eles refletem também uma
continuidade e um conhecimento mesmo que não tão consciente e
perceptível em todo os fatores, para o espectador distraído. Apenas um
ouvido bem treinado para perceber todos os ruídos urbanos, assim como
para assimilar o que se passa num quarteto de Charles Parker, Miles Davis
ou Jonh Contraine. Mas o fato é que aquilo está, existe, e por isso, tanto os
complexos ruídos urbanos quanto os sons de uma banda jazzista são reais,
estão todos ali. Como disse Gregory Wolfe: Jazz é ordem na improvisação.
O problema é que a construção dessa nova realidade através da incitação
de desejos simultâneos que o capitalismo oferece, faz com que a massa não
perceba tanta informação, e na verdade, “informações” demasiadas já não
despertam no público um interesse contemplativo em seus detalhes.

Talvez houvesse um desafio maior ainda em outras artes. Como


representar tal realidade? Outdoors, panfletos, banners impressos, todos
aqueles barulhos simultâneos vindo de todos os lados, a sinteticidade
construídas pelo interesse econômico do meio, muito bem expresso pelo
poeta francês Guillaume Apollinaire já há meio século antes. Parece que o
século XX é a era da repetição, das impressoras e do empobrecimento das
representatividades figurativas exclusivas. O único está esgotado e não
pode mais suportar a complexidade da multiplicidade trazida pelo
capitalismo ao mundo urbano para a vida e imaginário do cidadão
americano.

A sociedade estadunidense se torna o espelho para o mundo de como


alcançar um espírito materialista de produção e consumo. Porém, tanta
industrialização reduz todos os valores à importância utilitarista. Mas o
problema do útil é quando o desgate do uso e repetição do mesmo objeto o
torna inútil e não revela mais algum valor “real”. Então ele é descartado.
Essa produção de bens e desperdício revela um acumulo de materiais
dispensados em depósitos de lixo nunca visto antes na história da
humanidade. O próprio Robert Hughes faz uma observação
imprescindível: “Despertará algo que os dadaístas já haviam percebido 30
anos antes: a sociedade se revela naquilo que ela desperdiça. E os
surrealistas também já teriam um lema parecido sobre as sucatas. O
famoso mercado de pulgas”.

Robert Rauschenberg, mais que ninguém, assimilou o tema para sua


arte de sucatas. Rodeando os quarteirões, encontrara o suficiente para
iniciar e até terminar uma obra de colagens de materiais inutilizáveis,
despojos, objetos que chamam de lixo. O reaproveitamento era a máxima
que dava o sentido de sua arte.

Rauschenberg foi pioneiro do anti-formalismo artístico e todos


que ingressam nos anos 60 dizendo que a vida deveria ser aberta para a
arte deve isso a ele. A ideia é que se os mais desprezados objetos, aqueles
que foram jogados no submundo da sucata, onde absolutamente não tem
valor e tão pouco sentido, podem ser ressuscitados e transformados em
arte, então tudo pode virar arte. Arte, segundo a corrente que o segue, é
tudo o que queremos que seja.

A ideia não é fazer com que o espectador contemple algum sentido


em sua obra. A arte em si já teria um sentido intrínseco dada pelo artista.
Em outras palavras, a obra teria vida própria. É a partir de tal pressuposto
que Rauschenberg desfigura sua criação a ponto de o espectador não
conseguir discernir o que é aquilo que está na sua frente. Por outro lado,
colocava objetos tão óbvios que o público era induzido a crer que a
aparência não era o conteúdo da obra, e buscava nalguma essência daquilo
um sentido para o que contemplava.

O discípulo de Marcel Duchamp é um opositor de Robert


Rauschenberg. Jasper Jonhs é um Ready-Made, didático, e assim como o
seu mentor, Jonhs é mais conceitual e se baseia exatamente naquilo que
que Rauschenberg despreza: a inspiração e sutileza de objetos prontos e
imagens já feitas.

Para o grande artista do Ready-Made, as imagens devem ser tão


patentes que o propósito é fazer com que o espectador não pudesse
enxergar o que era. Segundo Jonhs, aquilo que é demasiado óbvio vira um
mistério, não é tão patente e acaba sendo latente, não vislumbrando o que
está na frente. O observador tenta interpretar e hierarquizar as figuras que
atuam na pintura. Foi com essa crítica que fará uma obra chamada Target,
onde o alvo é a demonstração de que o todo da imagem não importa e sim

Jasper Jonhs - Target - 1958


o alvo no meio. Os círculos não são relevantes, apenas o centro. Quem está
observando o alvo é incapaz de vislumbrar aquilo que está na sua frente.

Jasper Jonhs está advertindo-nos a não tratar a arte como um alvo.


Ela precisa ser observada por inteiro. O centro não é mais importante do
que os anéis e tão pouco mais importante do que outras figuras que
compõem o quadro. Se observarmos em Target, há não só a imagem do
alvo, mas outras figuras representativas (esculturas). Para deslocar a ideia
original, o signo que é o alvo se torna a pintura, e a escultura (na parte
superior) passa a ser o signo. Ou seja, as esculturas se tornam o alvo, pois o
alvo pintado nada mais é do que uma pintura.

Seu conceito de signo, significado e alvo vai além quando elabora a


ideia no mais conhecido signo americano: a bandeira dos EUA. Jonhs leva
o espectador a demorar o olhar no signo e fazê-lo perceber que aquilo não
é a bandeira dos EUA e sim uma pintura.

Jasper Jonhs - Flag - 1955


A bandeira é feita de pano e é pintada com tinta. Suas estrelas só
podem estar ali porque havia a tinta para pinta-la. O artista está dando o
valor absoluto a pintura tornando todo o resto uma abstração. O que está
acontecendo é que enquanto em Rauschenberg o conceito era: “se alguém
pode pegar os mais desprezados despojos e transforma-lo em arte, então
tudo pode ser arte. Arte é aquilo que o artista quer que seja”. Jasper Jonhs
dirá que se o signo mais famoso e óbvio dos EUA pode ser levado a uma
abstração, então a pintura tem o poder de levar qualquer coisa a
abstração.

A escultura Ale Cans não é uma garrafa de cerveja, é bronze com


tintas que sobrepõe o material metálico.

Jasper Jonhs - Ale Cons - 1964

Rauschenberg e Jonhs são opositores apenas em como compunham


suas artes, mas há uma semelhança inevitável nos conceitos. Ambos fazem
a arte de manipular a realidade. A obra tem o protagonismo sobre o signo
e significado; tem predomínio sobre a linguagem, a capacidade humana de
apreender os signos e dizer algo sobre eles. É como se a arte fosse
independente das qualidades cognitivas do homem. É uma miragem, um
delírio, uma pegadinha. O espectador é apenas o tolo inocente que cai na
brincadeira da abstração e manipulação do real.

Tanto Kazimir Malevich quanto Jasper Jonhs reduziram tudo ao


abstrato. Subverteram a realidade. O suprematismo do pintor russo revela
que o real não está nos entes concretos, e a verdade se encontra no
abstrato. O Ready-Made de Jonhs é mais pragmático e traz todas as
formas concretas como uma distração daquilo que seu antecessor havia
afirmado: a verdade não está na aparência óbvia e por isso é preciso fazer
abstração dela.

Porém, há alguns problemas em ambas as teorias. Parece que são um


tipo de alienação dos tempos modernos. Não podem dizer nada sobre o
concreto, pois o concreto está corrompido pela mentalidade confusa e
obscura dessa era. Me vejo na obrigação de levar algumas dificuldades
como por exemplo: o que são as formas abstratas sem o agente conhecedor
delas? Tenho certeza que Malevich tem fome certas horas do dia, e quando
isso acontece eu não acredito que o mesmo coma formas abstratas e sim
um bom e concreto pedaço de bife. Tão pouco respira entes abstratos, e
sim o oxigênio que o mantem vivo, pronto para fazer suas artes. É bem
sabido o fato de Kazimir ter sido um combatente na primeira guerra
mundial, o que não sabemos e tão pouco o pintor é que as bombas, os tiros
e as mortes não eram bombas, tiros e mortes abstratos e sim concretos.
Não existe ato na abstração pura. Ela nada pode fazer, nada pode criar.
Talvez Popova, ao inaugurar sua arte construtivista Magazine Design,
tenha percebido a falta de utilidade do suprematismo de Malevich. Quem
sabe ela queria dar um sentido real e concreto para o abstrato ao levá-lo
para o mundo do utilitarismo? Estou apenas especulando.

Jasper Jonhs também carrega alguns ônus na obrigação de justificar


problemas conceituais. Eis dois pontos:

1. Não consigo imaginar nenhuma situação onde o foco do observador


deveria ser no todo, sem uma hierarquia ou alvo. Provavelmente Jonhs
nunca se perguntou para onde ele olha quando está conversando com
uma pessoa. Dificilmente olharia todo o corpo, nem miraria a testa ou
a barriga. Há sempre um alvo, e no caso de um outro ser humano, é
normal que seja os olhos. É no mínimo estranho se alguém não
conversar olhando nos olhos apenas para atender ao critério jasperiano
da arte. Da mesma forma a pintura. Dificilmente Jonhs, ao vislumbrar
o quadro Monalisa de Leonardo Da Vinci, observaria de forma
igualitária a figura da Monalisa e a ponte por trás dela que cruza um
riacho.

2. O problema maior colocado pelo artista foi a ideia de transformar o


alvo (signo) em pintura, e seu coadjuvante no signo. É o exemplo de
Target. Ele vai desenvolver essa ideia nos signos óbvios como em Flag a
qual a bandeira dos EUA já não é mais um signo e sim a pintura. Jonhs
quer fazer abstração de tudo o que é Ready-Made, de todas as
obviedades, destituindo não apenas o signo, mas seu significado por
completo. É como se estivesse desracionalizando o objeto perante o
espectador. Eu me pergunto até onde o artista pode fazer tal
reducionismo. Se ele diz que a lata de cerveja Ale Cans não é uma lata
de cerveja e sim bronze com pinturas sobrepostas, e a bandeira dos
EUA é apenas pintura sobre o pano, qualquer um poderia provocar
mais reducionismo e ser da opinião de que aquilo não é uma pintura e
sim pigmentos; só que poderia ainda afirmar que não são pigmentos e
sim átomos. E reduzir ad infinitum. Alguém poderia dizer que não foi
Jasper Jonhs que fez aquelas pinturas e sim as mãos dele. Ou ainda
reduzir mais e afirmar que as células e não as mãos de Jonhs quem fez
a arte. Obviamente esse reducionismo é pura falácia, pois os signos não
podem ser reduzidos para um entendimento distinto daquilo que ele é
apresentado. Senão a linguagem seria impossível e a razão estaria em
situação obsoleta. O ser humano não poderia se expressar nem por um
segundo. Todos os signos são composições de diferentes materiais ou
partes, mas que o conjunto traz em si uma compreensão daquilo que é.
Ou seja, passa a ser conhecível, inteligível e nomeável. Isso é ter um
significado e um referente.

Artistas como Jasper Jonhs apenas violaram as regras da razão. O


vislumbre sempre tem um alvo e não um todo. Ele é hierarquizável e não
pode ser distribuído por igual. E também, o vislumbre é racional. Só o
homem pode ver a arte e ao fazê-lo quer apreender exatamente o
significado daqueles signos. É uma experiência real e concreta. Quer
racionalizar aquilo que está à sua frente, pois entender o significado de
signos gera ordem. Jonhs é caótico, quer dilubriar o espectador. Sua arte é
mentirosa e irracional. Está claramente divorciado da realidade. Se a vida
humana implora por ordem para que seja possível de ser vivida, porque a
contemplação da arte de Jonhs deva ser levado a sério?

Jasper Jonhs e Kazimir Malevich são a prova daquilo que o filósofo


Olavo de Carvalho chamou de paralaxe cognitiva, onde o nível de
alienação é tão patente que o autor de uma tese com pretenções reais não
participa dela. Todos que fazem isso não podem ser levados a sério, pois se
a teoria fala da realidade e eles não se colocam nessa realidade, então, em
que mundo eles estão? Uma teoria não está em realidades diferentes da do
autor, pois sabemos que o autor está nesse mundo, a tese é que não está.
Esse é o problema da paralaxe. É como um narrador de um livro. Narra
toda a estória, mas não importa o que aconteça, ele jamais sofrerá as
consequências do que narra, pois ele não está na estória, apenas a conta.

O fenômeno da paralaxe é típico dos tempos modernos. E aqueles


que leva tais empulhações a sério, com o tempo, vai criando um estado
generalizado de neurose. Claro, Kazimir Malevich e Jasper Jonhs são dois
loucos que tentaram subverter a realidade.

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