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Bauhaus

A Bauhaus nasceu em um contexto histórico importante, logo após o final da


Primeira Guerra Mundial e durante um grande avanço industrial. Um dos
grandes princípios da escola é que seu ensino estava centrado na arquitetura,
considerada a grande obra de arte que integraria as demais artes. Gropius
acreditava que arquitetos, engenheiros, escultores e pintores deveriam estar
integrados para o desenvolvimento da arquitetura, unindo as artes e a técnica.

 As peças eram muito bem elaboradas, pensadas não só na estética, mas


principalmente na sua funcionalidade. A ideia era sempre fazer um bom
design, produzindo em série, com preços acessíveis para a grande massa;

 Focava na funcionalidade das obras sem perder o conforto para quem


utilizaria, além de nunca deixar o lado artístico de lado, isso resultou em
obras que são inspiradas pelo mundo inteiro;

A Bauhaus se diferenciava por ser uma escola que focava no processo


multidisciplinar, ou seja, o objetivo era ter uma troca de experiências entre os
diferentes tipos de especialistas que frequentavam o local.

Havia aulas de tecelagem, metalurgia, marcenaria, escultura, desenho e


pintura. Nessa dinâmica, todos os alunos tinham contato com cada uma das
especialidades do universo das artes.

As peças criadas buscavam a funcionalidade através do conforto com um


desenho simples e geométrico.

Para isso, a ideia era que os alunos pudessem experienciar produções


artísticas além de suas especialidades e criassem a capacidade de enxergar a
arte além do que costumavam produzir.

Nos dias atuais é possível ver a influência da Bauhaus no visual “clean” dos
produtos da Apple e no planejamento das cidades como Brasília, e nas obras
José Niemayer que sempre teve preferência pelo uso das formas geométricas
e da cor branca. Andando pela cidade podemos observar também como a
estética geométrica e o uso de janelas amplas em fita e fachadas em vidro
influencia na estética de lojas mais simples, e também dos consultórios
médicos e escritórios, fazendo com que eles tenham um visual simples,
funcional e moderno.
Modernismo no Brasil

O Modernismo teve início no século XX e apresentou uma proposta inovadora


nas formas de manifestações artísticas. Com o movimento modernista, houve
uma ressignificação da literatura, da arquitetura, do design, da escultura, do
teatro e da música, que deixou de seguir as normas consideradas
ultrapassadas para adotar tendências mais modernas e livres de padrões.
As obras modernistas são de grande relevância e trazem uma riqueza cultural
de extrema importância para a história da arte e da literatura no Brasil.

O movimento modernista brasileiro envolveu diversas gerações de artistas, que


embora se assemelhasse pelas características de suas obras, tinham ideias
diferentes entre si.

Reproduzindo a essência do movimento modernista no mundo, o Modernismo


no Brasil tinha como características marcantes:

 O rompimento com as formas tradicionais de fazer arte;


 Valorização da expressão artística nacional e inovadora;
 Valorização do cotidiano, expresso em linguagem simples na literatura;
 Desejo de representar a realidade brasileira através da arte.

O Modernismo no Brasil buscava uma estética moderna aliada a uma


identidade nacional. O Modernismo no Brasil apareceu como um movimento
que prezava pela independência e valorização da cultura cotidiana brasileira.
Os modernistas, adotaram a simplificação do discurso, se aproximando da
linguagem popular. 
A arquitetura modernista brasileira também vai inserir esse ideal na estética de
suas obras, buscando valorizar a cultura do nosso país, mesmo absorvendo as
influências da arquitetura internacional.
Uma das obras de arte mais famosas e importantes do movimento é o
Abaporu, da Tarsila do Amaral. Abaporu é uma palavra tupi-guarani e significa
homem que come. O manifesto foi um movimento para incentivar a produção
de uma arte genuinamente brasileira, que deixasse de reproduzir padrões
europeus, contudo passando a assimilá-los à cultura brasileira.
A obra apresenta influências cubistas assim como influências expressionistas,
pelo uso puro das cores, como o amarelo, azul e verde que também se fazem
presentes na bandeira do país, que podem incitar uma valorização do nacional.
Podemos observar também que a posição da figura representada é associada
à posição da escultura O Pensador de Rodin.
Pop Arte e Retrô

Na década de 1950, observamos a formulação de um movimento chamado de


“pop art”. Essa expressão, oriunda do inglês, significa “arte popular”. Mas ao
contrário do que parece, essa arte popular não tem nada a ver com uma arte
produzida pelas camadas populares da sociedade. A pop arte enquanto
movimento abraça as diversas manifestações da cultura de massa, da cultura
feita para as multidões e produzida pelos grandes veículos de comunicação.
O movimento apareceu em um momento histórico marcado pelo reerguimento
das grandes sociedades industriais que foram afetadas pelos efeitos da
Segunda Guerra Mundial. Dessa forma, adotou os grandes centros urbanos
norte-americanos e britânicos como o ambiente para que seus primeiros
representantes tomassem de inspiração para criar as suas obras. Peças
publicitárias, imagens de celebridades, logomarcas e quadrinhos são algumas
dessas inspirações.
Cada artista apresentava características muito particulares em suas obras, mas
todos utilizavam imagens que faziam referência à cultura de massa. Assim, se
valendo de técnicas comerciais, aproximavam a arte da população em geral, o
que acabou transformando a própria arte em mercadoria de consumo. Os
artistas conseguiram chamar a atenção do público ao utilizar elementos que
não eram vistos como arte, podemos destacar o artista Andy Warhol ao utilizar
imagens de celebridades e produtos enlatados em suas obras, trazendo
reflexão sobre o cotidiano e o banal e como o consumo excessivo era uma
marca desse tempo.
A arte retrô é um estilo se caracteriza por uma releitura de uma estética que
existiu anos atrás. É algo criado agora com inspiração no passado, podemos
ver muito disso em peças publicitárias e no design de interiores.
Arte contemporânea
Minimalismo

Nas artes plásticas, o minimalismo surgiu em Nova York, ainda na década de


1950, quando um grupo de artistas passou a lançar mão de poucos elementos
para fundamentar suas obras, abusando de atributos visuais criados a partir de
um pequeno número de cores.
Eles privilegiaram as formas geométricas simples, puras, simétricas e
repetitivas, reduzindo os objetos aos seus aspectos de reprodução em série
para que eles sejam mais bem percebidos em seu próprio contexto.

 Valorização da estrutura física da obra e do ambiente em que está


instalada;
 Exploração do essencial, isto é, composição da obra apenas com
elementos e recursos necessários;
 Discurso objetivo, ou seja, não busca compartilhar emoções,
pensamentos ou narrativas através das obras;
 Presença de formas simples e geométricas com contornos nítidos;
 Uso de cores puras, sem variação de tonalidades;
 Disposição das obras de forma repetitiva, modular e simétrica;
 Utilização de materiais industriais como vidro, aço, acrílico, metal,
plástico entre outros;

Op art

A “Op Art” (Arte Ótica) foi um movimento artístico que atingiu seu auge na
metade da década de 50 nos Estados Unidos.

Em Nova York, ocorreu a primeira exposição no Museu de Arte Moderna


(MOMA) intitulada “The Responsive Eye” (O Olho que Responde), em 1965.

Ele foi considerado uma variação do expressionismo abstrato, sendo seu


precursor o artista húngaro Victor Vasarely, na década de 30. O conceito
fundamental da Op Art é a demonstração da velocidade da vida moderna – a
própria técnica utilizada na execução dos quadros e obras plásticas baseia-se
em uma brincadeira com a percepção óptica do público que admira a obra: a
sensação de que, apesar de rígida e definida em sua execução, há movimento.
As características do movimento Op Art são:

 Tridimensionalidade
 Efeitos óticos e visuais
 Movimento e contraste de cores
 Tons vibrantes (principalmente preto e branco)
 Formas geométricas e linhas
 Observador participante
 Estilo abstrato

Arte cinética

Como o próprio nome indica, determina uma arte vibrante e dinâmica que
possui como principal característica o movimento, ao contrário do caráter
estático da pintura e da escultura.

Os artistas dessa corrente trabalham especialmente com a arte abstrata


(abstracionismo), de forma a gerar no espectador uma ilusão de ótica. Nesse
sentido, vale lembrar que o movimento da Op art está intimamente relacionada
com a proposta da arte cinética.
As principais características da arte cinética são:

 Estímulo do sentido visual por meio de efeitos visuais (movimentos, ilusão de


ótica, etc.)
 Profundidade e tridimensionalidade
 Uso de cores, luz e sombra
 Uso de formas simples e repetidas
 Oposição a arte figurativa

Arte conceitual

A arte conceitual surgiu em meados de 1960, na Europa e nos Estados Unidos.


Ela se caracteriza por valorizar mais o conceito e as ideias do que o objeto em
si. A arte deixa de ser visual e passa a ser uma ideia, uma expressão, um
questionamento. Nesse movimento, a arte está fortemente ligada a mensagem
que o artista quer passar e a interpretação do espectador.
A Arte Conceitual apresenta características distintas e complementares. São
elas:

 A importância do conceito: a valorização do conceito, das ideias e dos


pensamentos, sendo eles mais importantes do que o objeto e a sua
representação física;
 Estética não é o principal: a estética fica fora do foco, deixando de ser
prioridade;
 A valorização da arte figurativa;
 O desenvolvimento significativo de outras formas de expressão, como o
grafite e a arte postal;
 A utilização da ironia e da sátira;
 As obras feitas com o intuito de explorar e denunciar: o artista visa
explorar, questionar e denunciar a realidade, usando temas sociais,
políticos e econômicos;
 A definição de limites do “fazer artístico” baseado em “o que é arte?”;

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