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Fernando Pessoa

Contextualização histórico-literária
Contextualização histórico-literária

52.
E os poetas desapareceram.
De facto, o que alguém quis dizer,
e tinha razão, foi que a poesia limpa e belíssima é inaceitável
depois do que os homens fizeram a outros homens
no século XX. É um facto, as palavras
delicadas são inaceitáveis. Mas não esquecer o resto.
Apesar de tudo, bater dói mais do que dizer que se vai bater.

Gonçalo M. Tavares, Uma viagem à Índia / II


Contextualização histórico-literária
A primeira metade do Século XX
1900 1910 1920 1930 1940 1950

República Sociedade
em Portugal das Nações
(1910) (1920)
Freud, Partido Ditadura
Introdução à Nacional- Militar em Estado Início da Rendição da
Teoria da 2ª Guerra
Relatividade, Início da Psicanálise Socialista Portugal Novo em Alemanha e
1ª Guerra (1916) (1920) (1923) Portugal Mundial do Japão.
Einstein (1939)
(1905) Mundial (1933) Fundação da
Revoluções
(1914) ONU (1945)
de fevereiro Putsh de Publicação Início da era
Guerra Publicação do
Publicação e de outubro Hitler em da Revista Estalinista
Civil de Novo
da Revista na Rússia Munique Presença (1928)
Espanha Cancioneiro
Orpheu (1917) (1923) (1927) Crash
(1915) Publicação Bolsista em (1936) (1927).
da Revista Nova Afirmação do
Portugal Iorque(1929) Neorrealismo.
Futurista
(1917)
Enquadramento histórico-cultural

Início do século XX - o Mundo


• Crises cíclicas
Crises de superprodução
Crises de habitação
Grandes movimentos migratórios
• Mudanças
Revoluções
Surgimento de sentimentos nacionalistas
Surgimento dos diversos fascismos
Guerras mundiais
Desmembramento dos grandes impérios do ocidente
Movimentos de rutura nas artes: as Vanguardas
Enquadramento histórico-cultural

Início do século XX - Portugal


• Instabilidade política – queda da 1.ª República e instauração
do Estado Novo;
• Atraso económico, social e cultural;
• Arte portuguesa regista grande desfasamento cronológico em
relação à Europa;
• I Salão dos Humoristas; (1912)
• I Exposição dos Humoristas e dos Modernistas; (1915)
• Publicação da revista Orpheu (1915)
• 1.ª Geração de Paris – artistas que regressam de Paris no
eclodir da Primeira Guerra Mundial: Dórdio Gomes e Santa-
-Rita Pintor. Diogo de Macedo, Eduardo Viana, Amadeo de
Souza-Cardoso
Início do século XX

Literatura e artes
• Procura da originalidade
Novos conceitos antitradicionais
Novos caminhos estéticos
Modernismo
Ismos de Vanguarda
 Escândalo e polémica
 Tendência para a dispersão
 Sondagem do inconsciente
 Multiplicidade do eu
Primeira Geração Modernista

A Geração do Orpheu
• Rompimento com a tradição
• Reação às limitações do meio cultural português
• Rejeição das convenções
• Libertação estética
• Procura de novas linguagens
• Primazia da vertigem das sensações
Em Síntese

• No Romantismo (século XIX)  inauguração da tradição da rutura.


• A partir do Romantismo, todos os movimentos são de rutura:
 rutura com o passado;
 rutura com os ideais estéticos clássicos.

• O século XX foi um século de mudança a todos os níveis.


 A Primeira Guerra Mundial abalou todas as estruturas políticas e sociais.
 A política dos Estados-Nação triunfava na Europa.
 O socialismo marxista triunfava na Rússia soviética.
 Novas teorias, como a da Relatividade de Einstein e a da Psicanálise de
Freud, obrigaram a ciência a rever os seus fundamentos, projetando-se nas
artes plásticas e na literatura.

• As Vanguardas (de avant-guard, termo de origem militar que significa


“estar na linha da frente”)
 romperam com as regras seculares que perseguiam o belo e o racional
 provocaram estranhamento nos espectadores.
Princípios vanguardistas

• Quebra com o passado e viragem para o futuro.

• Rutura com a cultura e as instituições.

• Reivindicação da liberdade de criação e repúdio de


todos os constrangimentos, em especial dos preceitos
académicos.

• Atitude iconoclasta e de destruição.

• Culto do feio e do grotesco.


Fernando Pessoa
Contextualização histórico-literária
EDUCAÇÃO LITERÁRIA
Fernando Pessoa
Contextualização
histórico-literária
1. Qual é a contextualização histórica
da poesia pessoana?

Fernando Pessoa vive no início do século


XX, uma época conturbada sob o ponto de
vista político e social. A sua poesia integra-se
no designado Primeiro Modernismo
português.
2. Quais foram os acontecimentos
sociais e políticos mais marcantes do
início do século XX?
O início do século XX é um tempo
marcado pela I Guerra Mundial e pela crise
geral dos sistemas liberais e democráticos,
pela industrialização e pelo êxodo do campo
para a cidade.
3. Quais são os traços fundamentais
do Modernismo?

O Modernismo é um período artístico


que abrange os anos 10 aos anos 40 do século
XX e que constitui um movimento de rutura
contra a massificação burguesa. É um
movimento marcado pela polémica, pela
rutura com a tradição, pela entrega às
sensações e pela tendência para a dispersão e
multiplicidade do eu.
4. Qual é o marco do Primeiro
Modernismo português?

O Primeiro Modernismo Português está


periodologicamente marcado pela publicação
do primeiro número da revista Orpheu, em
1915.
5. Quais são os principais traços da
literatura no Modernismo?

Nesta época, fruto das várias


transformações políticas e sociais, o sujeito
encontra-se desenraizado numa sociedade em
que a cultura do material impera. Neste mundo
empobrecido, o eu literário desmultiplica-se
em outros eus, assume máscaras, interroga-se,
duvida e recorre a formas de provocação e
rutura, valorizando o fragmento e a dispersão.
“AUTOPSICOGRAFIA”
Fernando Pessoa
“AUTOPSICOGRAFIA”

• 1ª Parte
 1ª quadra
1º verso: tese/aforismo

“O poeta é um fingidor ”
“AUTOPSICOGRAFIA”

• Fingir = modelar, criar, transformar (conceito horaciano de


‘fingere’ )


• Mentir (conceito mais habitual)

[Quinto Horácio Flaco (65 a. C.-8 a.C.) foi um poeta lírico e satírico
romano, além de filósofo. É conhecido por ser um dos maiores poetas
da Roma Antiga]
“AUTOPSICOGRAFIA”

1ª quadra - dores do poeta


1ª: Dor sentida (real)
2ª: Dor fingida (transfiguração, intelectualização da
dor sentida, criada pela imaginação)
3ª: Dor fingida, escrita pelo poeta e lida
“AUTOPSICOGRAFIA”

2ª quadra
• Duas dores do leitor
 “dor lida” (o que as palavras significam)
 dor que julga perceber (construída pela sua imaginação);
esteticamente percebida pelo leitor
“AUTOPSICOGRAFIA”

2ª Parte
3ª quadra
• Conflito “RAZÃO” / “CORAÇÃO”
PENSAR / SENTIR
(o coração, metaforicamente, é um “comboio de
corda”, um brinquedo que se move regulado por
calhas em que gira)
mas
• o coração “gira, a entreter a razão” = o coração fornece os
temas/emoções que a razão elabora (emoção estética)
Teoria do Fingimento Poético

• Poeta = Fingidor
 escreve uma emoção fingida, pensada, fruto da razão e
da imaginação
 não escreve a emoção sentida pelo coração porque ela
chega ao poema transfigurada, trabalhada poeticamente;
não há espontaneidade
Teoria do Fingimento Poético

• Leitor não sente nem a emoção vivida pelo poeta,


nem a emoção imaginada pelo poeta no poema;
sente a que nele é suscitada pela leitura do poema.
Teoria do Fingimento Poético

• A criação poética (poema) = fingimento


(pensamento)
 não traduz o que o poeta sente
 traduz o que ele imagina/ intelectualiza a partir do
que sentiu
• Poesia = intelectualização das emoções
• A Poética do fingimento convém à construção do
universo ficcional dos heterónimos.
O trabalho poético

Escrever um poema é reelaborar a emoção sentida em


emoção intelectualizada e depois escrita. Um pouco
como o trabalho do ator, ao representar, exprime
intelectualmente emoções – que não são suas, mas
das personagens, dando-lhes, no entanto, toda a
autenticidade.
Luís de Lima Barreto, Literatura Portuguesa
O ato poético

O ato poético por excelência, diz Pessoa, resulta de um


processo de despersonalização de emoções e
sentimentos, não necessariamente coincidentes com
os do artista, implicando, no mais alto grau, o
desdobramento do autor em várias personalidades
poéticas.
Maria Teresa Schiappa de Azevedo, Em Torno do Poeta Fingidor
“AUTOPSICOGRAFIA”
Fernando Pessoa
EDUCAÇÃO LITERÁRIA
Poesia do ortónimo
O fingimento artístico
1. Em que consiste o fingimento
artístico?

O fingimento artístico é a forma como


Fernando Pessoa concebe a sua arte poética.
O sujeito concebe a sua poesia como a
intelectualização de uma emoção. O poema
é, assim, o resultado da racionalização de um
sentimento. O fingimento poético é a
transfiguração da emoção pela razão.
Os poemas “Autopsicografia” e “Isto” são
1. Em que consiste o fingimento
artístico?

(cont.)
considerados poemas de teorização poética
ou de doutrinação estética, em que se
apresenta a teoria do fingimento poético.
2. O que significa intelectualizar ou
racionalizar uma emoção, no
contexto da poesia de Fernando
Pessoa?
Intelectualizar uma emoção ou
sentimento significa pensar a partir daquilo
que se sentiu.
3. Qual é o fundamento da teoria do
fingimento poético explicitado no
poema “Autopsicografia”?
No processo de criação poética, o sujeito
intelectualiza a “dor sentida”, registando, no
poema, a “dor fingida”. Por sua vez, os leitores
não têm acesso nem à “dor sentida” nem à
“dor fingida”, apenas à “dor lida”. Esta tese é o
fundamento da teoria do fingimento poético.
Fernando Pessoa
Sonho e realidade
Sonho e realidade

Sonho

Angústia
existencial
Realidade
Sonho e realidade

Procura da felicidade

Angústia Evasão

Sonho = Refúgio

Desilusão
EDUCAÇÃO LITERÁRIA
Poesia do ortónimo
Sonho e realidade
1. Como se concretiza a oposição
sonho/realidade na poesia ortónima?

Para o sujeito a presentificação da


realidade através do sonho torna-a possível
de alcançar e permite ao eu aspirar a atingir a
felicidade.
2. Viver uma experiência sonhada é
sempre um momento de felicidade
para o sujeito?
As imagens sonhadas são uma forma de
experienciar a ilusão de felicidade muito
diferente da amargura da realidade. Esta
consciência da oposição entre sonho e
realidade torna, no entanto, esse momento
de felicidade numa ocasião de insatisfação.
O sonho é sempre uma ilusão e a felicidade
procurada é quase sempre desilusão.
3. Qual é o poema que constitui
uma reflexão sobre a oposição entre
o sonho e a realidade?
O poema “Não sei se é sonho se
realidade” constitui um momento de reflexão
sobre a oposição entre a ilusão do sonho e a
amargura da realidade.
EDUCAÇÃO LITERÁRIA
Poesia do ortónimo
A dor de pensar
1. Em que consiste a dor de pensar
presente em poemas ortónimos?

O sujeito tem a consciência de que existe


um enorme fosso entre aquilo que sente e o
que pensa que sente. Dito de outro modo, o
eu, no fazer poético, está consciente do facto
de não conseguir exprimir o que efetivamente
sente. Tal situação é concebida como uma
incapacidade que origina angústia. Esta
constatação leva o sujeito a desejar não pensar.
2. O que origina a dor de pensar?

A dor de pensar resulta da obsessão do


sujeito pela racionalização, pela análise, pela
abstração.
3. Como tenta o sujeito ultrapassar
a dor de pensar?

O sujeito tenta ultrapassar a dor de


pensar desejando ser inconsciente e apenas
sentir.
4. Que características do sujeito
podemos inferir perante a aspiração
expressa em alguns poemas de
desejar ser inconsciente?
A partir da manifestação do desejo do
sujeito de ser inconsciente podemos inferir
que o eu se debate entre a inconsciência e a
consciência, entre o sentir e o pensar, numa
tentativa de ultrapassar a infelicidade e
angústia originadas pelo pensar.
5. Quais são os poemas que
constituem uma reflexão sobre a dor
de pensar?
Os poemas “Ela canta, pobre ceifeira” e
“Gato que brincas na rua” são textos que
apresentam o desejo do sujeito de ser
inconsciente para poder atingir a felicidade.
Fernando Pessoa
Nostalgia da infância
Fernando Pessoa: poesia do ortónimo

Não sei, ama, onde era; Qualquer dia viria


Nunca o saberei... Qualquer coisa a fazer
Sei que era primavera Toda aquela alegria
E o jardim do rei... Mais alegria nascer
(Filha, quem o soubera!...) (Filha, o resto é morrer...)

Que azul tão azul tinha Conta-me contos, ama...


Ali o azul do céu! Todos os contos são
Se eu não era a rainha, Esse dia, e jardim e a dama
Porque era todo meu? Que eu fui nessa solidão...
(Filha, quem o adivinha?) (Filha, )

E o jardim tinha flores Fernando Pessoa, Poesia 1902-1917,


Lisboa: Assírio & Alvim, 2005, p. 352.
De que não me sei lembrar...
Flores de tantas cores...
Penso e fico a chorar...
(Filha, os sonhos são dores...)
“Não sei, ama, onde era” Fernando Pessoa (ortónimo)

Levantamento dos elementos dramáticos /narrativos


 Diálogo eu - tu
 Evocação de um espaço/ cenário (“jardim”)
 Alusão a um tempo passado (Sei que era primavera), indefinido
(Pretérito Imperfeito do Indicativo: duração contínua num Passado
não definitivamente passado)

Diálogo / confidência entre um “eu” feminino e sua ama


(intervém em versos parentéticos)
OU
Diálogo interior do “eu” lírico que conversa com uma
espécie de ama /alter ego, com quem se abre e de quem
gostaria de receber respostas.
Esquematizando

“EU”
 “dama”
• elemento feminino; alguém menos experiente (“Não sei”);“Filha”
• procura obter respostas ( “Porque era tudo meu?”)
• 5ª estrofe: o desejo de continuar a sonhar:
• Conta-me contos, ama… (“resistência ao conselho desesperançado
da ama”)

Conclusão:
Contos : evasão no tempo/espaço = felicidade.
Esquematizando

“TU”
ama
• inicialmente parece ser alguém mais experiente
• confidente ou voz da consciência (alter-ego)
• respostas entre parênteses:
 não sabe responder (Filha, quem o soubera!...);
 perplexidade (responde, por vezes, com perguntas: (Filha, quem o
adivinha?);
 o que nos transcende, algo inalcançável
• a voz do bom senso, da razão
(Filha, os sonhos são dores…); (Filha, o resto é morrer…).
 Conclusão
A ama, com o seu realismo, tenta refrear o entusiasmo da dama,
trazendo à baila o tema da morte (efemeridade da vida).
Na 5ª estrofe, a ama, com o seu tom de desalento, já não comparece.
Valor simbólico dos elementos referidos:
• “jardim”, “azul”, “céu”, “Primavera”, “flores”: o paraíso (Éden), a
infância, a felicidade perdida
• a “ama”: o aconchego, a segurança do passado
• o “sonho”: a fuga aos limites da realidade, a felicidade

Elementos que apontam para o mundo fantástico, do


lirismo popular:
• Contos de fadas, reis, rainhas
• O privilégio dado à imaginação, à fantasia
• Evasão no tempo e no espaço como percurso para a felicidade
• Infância como espaço de bem-estar
• …
Bernardo Soares
Eu nunca fiz senão sonhar.
Eu nunca fiz senão sonhar. Tem sido esse, e esse apenas, o sentido da
minha vida. Nunca tive outra preocupação verdadeira senão a minha vida
interior. As maiores dores da minha vida esbatem-se-me quando, abrindo
a janela para dentro de mim, pude esquecer-me na visão do seu
movimento.
Nunca pretendi ser senão um sonhador. A quem me falou de viver
nunca prestei atenção. Pertenci sempre ao que não está onde estou e ao
que nunca pude ser. […] Tudo o que não é meu, por baixo que seja, teve
sempre poesia para mim. Nunca amei senão coisa nenhuma. Nunca
desejei senão o que nem podia imaginar. À vida nunca pedi senão que
passasse por mim sem que eu a sentisse. Do amor apenas exigi que nunca
deixasse de ser um sonho longínquo. Nas minhas próprias paisagens
interiores, irreais todas elas, foi sempre o longínquo que me atraiu, e os
aquedutos que se esfumam — quase na distância das minhas paisagens
sonhadas, tinham uma doçura de sonho em relação às outras partes de
paisagem — uma doçura que fazia com que eu as pudesse amar.
Fernando Pessoa, Livro do Desassossego, Lisboa: Tinta-da-China, 2014.
EDUCAÇÃO LITERÁRIA
Poesia do ortónimo
A nostalgia da infância
1. Em que consiste a nostalgia da
infância na poesia ortónima?

O sujeito refugia-se inúmeras vezes


numa infância mítica, símbolo da inocência,
de uma idade em que ainda não pensa e que
lhe permite experienciar a felicidade inicial.
2. Por que razão o sujeito se refugia
na infância?

O sujeito refugia-se na infância para


experimentar a felicidade da inocência que a
inconsciência possibilita. A infância surge
como um paraíso perdido que contrasta com
a infelicidade vivida no presente pelo sujeito.
3. Os poemas em que surge uma
reflexão sobre a nostalgia da infância
são realidade ou ficção?
Quando lemos um poema ou qualquer
outra obra, entramos sempre num universo
mais ou menos ficcionado. Não se pode
esquecer que, aquando da apresentação do
seu fazer poético, o sujeito referiu que o
“poeta é um fingidor”.
4. A infância evocada pelo poeta
apresenta traços autobiográficos?

A infância evocada pelo poeta nos seus


poemas é ficcionada, não apresentando
traços de caráter biográfico. A infância na
poesia pessoana é um símbolo fruto, mais
uma vez, da intelectualização do poeta.
Assim, a infância é um símbolo de inocência,
de pureza, de sonho, de uma felicidade
longínqua.
5. Em que poemas encontramos uma
reflexão sobre a infância perdida?

Nos poemas “Quando as crianças


brincam” e “Olha-me rindo uma criança”
encontramos uma reflexão que denota a
nostalgia da infância.
Poesia do ortónimo
Linguagem e estilo
Linguagem e estilo

• Linguagem simples, mas expressiva


• Sintaxe simples
• Uso frequente do presente do indicativo
• Pontuação emotiva
• Recursos expressivos
Comparação
Metáfora
Antítese
Aliteração
Anáfora
Enumeração
Personificação
Estrutura formal

• Predomínio da quadra e da quintilha


• Versos curto, redondilha
• Versificação regular e tradicional
• Ritmo sugestivo e musicalidade
Poesia do ortónimo
Linguagem e estilo
EDUCAÇÃO LITERÁRIA
Bernardo Soares,
Livro do Desassossego
Linguagem, estilo e estrutura:
a natureza fragmentária
da obra
1. Como podemos caracterizar a
linguagem do Livro do Desassossego?

As frases do Livro do Desassossego


transmitem múltiplas sensações numa prosa
ritmada e com cadência muito próxima da
poesia.
2. Que característica formal apresenta o
Livro do Desassossego que revela a sua
natureza fragmentária?
Formalmente, o Livro do Desassossego
está dividido em textos datados que o
aproximam do texto diarístico.

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