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1.

1 Conceitos e Componentes da Paisagem e


da Arquitetura Paisagística

PAISAGISMO OU
JARDINAGEM?
1.1 Conceitos e Componentes da Paisagem e
da Arquitetura Paisagística

PAISAGISMO OU
JARDINAGEM?

O que é paisagismo?
O paisagismo é uma atividade mais abrangente, e o profissional da
área não se limita apenas a criar jardins ou projetos ligados a flores
ou vegetais. O paisagismo trabalha com tudo o que influencia o
cenário externo de uma edificação ou mesmo de um espaço
urbano.
1.1 Conceitos e Componentes da Paisagem e
da Arquitetura Paisagística

PAISAGISMO OU
JARDINAGEM?

O que é jardinagem?
Podemos dizer que a jardinagem é uma função que tem a ver com o
paisagismo, sendo uma atividade complementar. No entanto, uma não
exclui a outra. A jardinagem é focada diretamente na aplicação de técnicas
para a manutenção e o cultivo de jardins.
1.1 Conceitos e Componentes da Paisagem e
da Arquitetura Paisagística

PAISAGISMO OU
JARDINAGEM?
Em outras palavras, o paisagista será útil:
* no conhecimento mais aprofundado sobre os ambientes;
* no desenvolvimento e na implantação do projeto paisagístico;
* na idealização do estilos de jardim.
Por sua vez, o jardineiro será eficaz:
* em desenvolver as técnicas de plantio;
* em podar e tratar as plantas;
* em reformar e fazer a manutenção dos vasos e do jardim.
1.1 Conceitos e Componentes da Paisagem e
da Arquitetura Paisagística

O QUE É A PAISAGEM
PARA VOCÊ?
1.1 Conceitos e Componentes da Paisagem e
da Arquitetura Paisagística

“Espaço até onde nossa vista alcança.”


É uma combinação dinâmica de elementos
naturais e antrópicos (produzido pelo homem). A
paisagem está em constante modificação.
A paisagem depende de quem a vê (cada pessoa
sente a mesma paisagem de forma diferente), a
paisagem depende de onde ela está inserida
(aspectos sociais e culturais) e depende
principalmente dos elementos que a compõe.
Montanhas rochosas no Canadá
 
Esta é uma paisagem natural, intocada pelo homem, ou seja não possui elementos antrópicos.
 
Ilha de La Digue, África
Jardim Botânico em Curitiba
Esta é uma paisagem urbana, é uma combinação entre elementos naturais e antrópicos.
Nesta paisagem, mesmo os elementos naturais sofreram intervenção do homem.
Parque no Japão
1.1 Conceitos e Componentes da Paisagem e
da Arquitetura Paisagística

A Paisagem está em constante processo de


modificação e depende de seus componentes, que
podem ser naturais ou antrópicos. A paisagem é
definida pela interação desses componentes entre si e
pela percepção do observador, que utiliza dos cinco
sentidos para perceber a paisagem.
1.1 Conceitos e Componentes da Paisagem e
da Arquitetura Paisagística

• Como as demais artes o paisagismo busca criar a


beleza.
• A estética é a primeira função do paisagismo
• Mas a estética não surge do nada, mas trabalha com a
história mesmo quando pretende mudar os rumos dela
1.1 Conceitos e Componentes da Paisagem e
da Arquitetura Paisagística

Desde os primórdios o homem transforma a paisagem


para poder atender às suas necessidades, muito antes
de haver uma preocupação estética
1.2 Evolução histórica do paisagismo

IDADE ANTIGA ( 3000 a. C até 476 d. C)

IDADE MÉDIA (476 d. C até 1453)

IDADE MODERNA (1453 até 1789 ( Rev. Franc.)

IDADE CONTEMPORÂNEA (1789 até os dias atuais)


1.2 Evolução histórica do paisagismo

Como surgiram os primeiros


jardins??
Central Park em dia de neve

Capadócia na Turquia
O jardim está sempre ligado à ideia de Paraíso,
como o jardim do Éden. A medida que as
crenças religiosas dão espaço ao racional, o
jardim, sem renegar suas origens, assume
também outras funções, em uma fase mais
avançada, se converte em objeto de gozo
visual e em sua forma mais evoluída pode ser
expressão de necessidades intelectuais e
estéticas.
1.2 Evolução histórica do paisagismo
IDADE ANTIGA

Os jardins da Antiguidade eram instalados no interior ou no


entorno dos palácios, em áreas planas ou em patamares.
Continha frutas, legumes e flores - para alimentação e
para celebrações ritualísticas.
1.2 Evolução histórica do paisagismo
IDADE ANTIGA
Os Jardins Egípcios

Localização: Situado às margens de um rio ou de um


canal.

Forma: retangular e aparece dividido em várias partes,


cada uma delas dedicada a uma planta específica,

Distribuição do Jardim: no centro um tanque de peixes e


repleto de plantas de loto, a parte mais interior do retângulo é
repleto de plantas variadas como figueiras, acácias,
tamarindos. O jardim era orientado de acordo com os pontos
cardeais

Desenho paisagístico: Caracterizado por linhas retas e


formas geométricas simétricas e fortemente influenciados
pela astrologia e pela crença politeísta
Plantas cultivadas:
frutíferas, palmeiras,
papiros e flor de lótus.
1.2 Evolução histórica do paisagismo
IDADE ANTIGA
Os Jardins Egípcios

Representação do Jardim Egípcio - Lago de peixes em “T”


com lótus e alameda de palmeiras - no qual cada planta era
dedicada a uma personalidade divina
1.2 Evolução histórica do paisagismo
IDADE ANTIGA
Os Jardins Egípcios

Representação do Jardim Egípcio - Lago de peixes em “T” com lótus e alameda de palmeiras - no qual cada
planta era dedicada a uma personalidade divina
1.2 Evolução histórica do paisagismo
IDADE ANTIGA
JARDINS SUSPENSOS DA BABILÔNIA

Local: Um fato que fortalece a


hipótese é que escavações
recentes em torno de Nínive,
perto da atual cidade
iraquiana de Moçul, apontaram
evidências de um extenso
sistema de aquedutos para levar
água das montanhas. O estudo
chegou para abalar opiniões dos
que defendiam que a maravilha
antiga nada mais era do que
uma "miragem histórica".
1.2 Evolução histórica do paisagismo
IDADE ANTIGA
JARDINS SUSPENSOS DA BABILÔNIA

Data: aproximadamente de IV a.c

Morfologia paisagística: Diodorus nos


fala que tinha aproximadamente 121
metros de largura por 121 metros de
comprimento e mais de 24,3 metros de
altura. Outras contas indicam que a
altura era igual às paredes de cidade
exteriores. Paredes que Herodotus disse
que tinham 97,5 metros de altura.

Representação do Jardim Suspenso da Babilónia, mandado construir


pelo rei Nabucodonosor, com árvores e ervas aromáticas plantadas
num canteiro de terra acima duma coluna
1.2 Evolução histórica do paisagismo
IDADE ANTIGA
JARDINS SUSPENSOS DA BABILÔNIA

Tecnologia: erguia-se a água no ar para que assim pudesse fluir abaixo


pelos terraços e poderia molhar as plantas a cada nível. Isto era
provavelmente feito por meio de uma “bomba de cadeia.”

Uma bomba de cadeia é: duas rodas grandes, uma sobre a outra,


conectada por uma cadeia. Na corrente ficam os baldes amarrados.
Debaixo da roda, no fundo de uma piscina está a fonte de água. Como a
roda é virada, os baldes imergem na piscina e apanham água. A cadeia
os ergue então para a roda superior onde os baldes são inclinados e são
esvaziados em uma piscina superior. A cadeia leva então o vazio até ser
novamente cheio.
1.2 Evolução histórica do paisagismo
IDADE ANTIGA
JARDINS PERSA

Objetivo: de fornecer
tranquilidade espiritual e
recreativa, de modo a ser
um paraíso na terra. Estes
jardins poderiam ser
construídos de maneira
formal, onde a estrutura
prevalecia, ou informal,
sendo as plantas o foco
principal. Esses jardins
apresentavam em suas
composições
características retiradas
dos jardins egípcio e dos
jardins gregos.
1.2 Evolução histórica do paisagismo
IDADE ANTIGA
JARDINS PERSA

Seus jardins eram compostos


por árvores frutíferas e flores
aromáticas, carregados de
valores religiosos e
simbólicos. Procuravam recriar
uma imagem do universo,
com bosques povoados por
animais em liberdade,
canteiros, canais e elementos
monumentais, formando os
chamados jardins-paraíso que
eram construídos próximos aos
palácios do rei.
1.2 Evolução histórica do paisagismo
IDADE ANTIGA
JARDINS PERSA

Mais tarde o jardim persa


influenciará o jardim árabe que
no séc. III aparece na espanha
um estilo originário de ambos: o
jardim hispano-árabe
1.2 Evolução histórica do paisagismo
IDADE ANTIGA
JARDINS PERSA

Morfologia Paisagística: Era característico a presença de dois canais


principais em cruz dividindo o jardim em quatro zonas, simbolizando os
quatro rios da vida.Os canais tinham em sua borda cipreste, simbolizando
a eternidade. Em cada parte eram adornado com árvores frutíferas,
simbolizando o renascimento da vida na primavera. No pavilhão central
fontes, revestidas de azulejos azuis para acentuar o frescor da água se
constituía um lugar para meditação.
Todo o conjunto as plantas utilizadas eram as rosas, plátanos, palmeiras,
jasmins, tulipas, narcisos, jacintos, açucenas, como complemento de
poesia, introspecção e beleza.
1.2 Evolução histórica do paisagismo
IDADE ANTIGA
JARDINS DA GRÉCIA ANTIGA

Preferência dos gregos: na maioria preferiam o


paisagismo natural; cultivo de rosas, árvores de sombra por
causa do clima. Mas é certo de que para os gregos os
jardins não tiveram a mesma importância artística que
tiveram para outros povos.

Para os gregos os jardins não eram uma forma de arte,


mas uma forma de estar em contato com a natureza
1.2 Evolução histórica do paisagismo
IDADE ANTIGA
JARDINS DA GRÉCIA ANTIGA

Tipologia do jardim: jardim utilitário , com cultivo até de


legumes e trigo para consumo além das frutas e flores.

Pensamento racional X Design natural.


1.2 Evolução histórica do paisagismo
IDADE ANTIGA
JARDINS DA GRÉCIA ANTIGA

O JARDIM DAS HESPÉRIDES:


Um pouco de Mitologia...

As Hespérides eram ninfas que guardavam jardins semelhantes


a paraísos no Ocidente distante, ou no limite do mundo
conhecido pelos antigos gregos.

Esse jardim tinha plantas mágicas e belas flores  assim


como árvores que davam maçãs de ouro que garantiam a
imortalidade.
1.2 Evolução histórica do paisagismo
IDADE ANTIGA
JARDINS DA GRÉCIA ANTIGA

O JARDIM DE DIONÍSIO
Um mito se origina em Brasiae, Grécia sobre Dionísio. Quando
Um pouco de Mitologia...

bebê, ele e sua mãe, Semele, foram colocados em uma caixa


pelo pai dela, Cadmus, rei de Tebas. Ele estava furioso com
sua filha porque engravidou de Zeus. A caixa foi atirada no
oceano e eventualmente carregada até Brasiae. Os cidadãos
enterraram a mãe morta na campina. Seu filho cresceu em
uma caverna ali próxima. Mais tarde, a campina era, e ainda
é, chamada de jardim de Dionísio.
1.2 Evolução histórica do paisagismo
IDADE ANTIGA
JARDIM ROMANO

Data: Século I a.C.


Características: É nesse momento que se deixa um espaço
para cultivar espécies ornamentais no lugar de plantas
comestíveis, com objetivo de decorar o altar para os Deuses e
mortos.

O tipo simples e austero da velha casa itálica, fechada em


torno de seu átrio, deu lugar à casa de inspiração helenística,
com mais átrios, um amplo peristilo (corredor coberto
lateralmente aberto através de uma ou mais fiadas de colunas)
e um jardim.
1.2 Evolução histórica do paisagismo
IDADE ANTIGA
JARDIM ROMANO

Curiosidade: arte de
topiaria foi inventada pelos
jardineiros romanos que
utilizavam plantas como
cipreste, buxo e louro.

O Topiárius moldando arbustos em figuras de variados formatos.


O arbusto passou a ser um elemento escultórico e essencial num
Jardim Romano por despertar o olhar.
1.2 Evolução histórica do paisagismo
IDADE ANTIGA
JARDIM ROMANO

Em Pompeia o jardim da casa de Loreio


Tiburtino, é um dos mais completos
considerando a quantidade de elementos
arquitetônicos, canais que correm nos
diferentes níveis de relevo, muitas pérgolas
sustentadas por pilastras e algumas
pérgolas de madeira. Nas casas em
Pompeia, já é possível perceber a
importância do jardim na cultura romana, de
simples horto para a atração principal da
casa
1.2 Evolução histórica do paisagismo
IDADE ANTIGA
JARDIM ROMANO

Vila Romana Chedworth (Inglaterra) combinando elementos:


jardim, pátio e corredores (ao centro), gruta com estatuárias (no topo), horta e pomar (no topo esquerdo)
1.2 Evolução histórica do paisagismo
IDADE ANTIGA
JARDIM ROMANO

As vilas de Roma eram como pequenas cidades, que oferecia aos seus

habitantes tudo o que uma grande cidade poderia oferecer: teatros,

ginásios, bibliotecas.

Nos caminhos de conexão entre esses lugares eram criados jardins,

com estátuas, espelhos d’água, pórticos.

O traçado dos jardins seguia sempre a mesma ordem que os romanos

utilizavam nas suas construções, traçados retilíneos e simetria.


1.2 Evolução histórica do paisagismo
IDADE ANTIGA
JARDIM ROMANO

As vilas de Roma eram como pequenas cidades, que oferecia aos seus

habitantes tudo o que uma grande cidade poderia oferecer: teatros,

ginásios, bibliotecas.

Nos caminhos de conexão entre esses lugares eram criados jardins,

com estátuas, espelhos d’água, pórticos.

O traçado dos jardins seguia sempre a mesma ordem que os romanos

utilizavam nas suas construções, traçados retilíneos e simetria.


1.2 Evolução histórica do paisagismo
IDADE ANTIGA
JARDIM ROMANO –

Durante o Império, o gosto pelos jardins e vilas


cresceu desmesuradamente. O Imperador
Adriano, quis reproduzir os edifícios e lugares que
mais o impressionaram durante as viagens que os
realizou pelos países do Império, que ele usufruía
junto com as pessoas importantes de sua corte.
Essas construções formam um conjunto sobre
uma explanada que goza de um panorama
tranquilo e ao mesmo tempo vasto e variado
1.2 Evolução histórica do paisagismo
IDADE ANTIGA
JARDIM ROMANO – Vila Laurentina

"Vila Laurentina", situada a 30 Km de Roma, construída por Plínio,

o Jovem, onde plantou-se predominantemente figueiras e

amoreiras, havia também uma horta e terraço com flores

perfumadas, próximo das águas para assim se conseguir

temperaturas mais agradáveis.


1.2 Evolução histórica do paisagismo
IDADE ANTIGA
JARDIM ROMANO – Vila Adriana

"Vila Adriana", construída em Tívoli

para o Imperador Adriano, que

perdurou até antes da guerra de 1939.

Estas vilas darão um impulso definitivo

para o grande estilo italiano.


1.2 Evolução histórica do paisagismo
IDADE ANTIGA
JARDIM ROMANO – Vila Adriana

" A parte já resgatada da vila organiza-se em


função do terreno, ligeiramente envalado e
compreendido entre dois pequenos cursos de
água. Segundo o relevo, podem distinguir-se
quatro complexos de vestígios, cada um com a
sua própria orientação:

O terraço da Academia ocupa, ao Sul da vila, a


parte mais elevada do lugar, a qual domina um
pequeno curso de água;
1.2 Evolução histórica do paisagismo
IDADE ANTIGA
JARDIM ROMANO – Vila Adriana

O terraço da Academia ocupa, ao Sul da vila, a


parte mais elevada do lugar, a qual domina um
pequeno curso de água;
1.2 Evolução histórica do paisagismo
IDADE ANTIGA
JARDIM ROMANO – Vila Adriana

O vale do Canopo: a Nordeste do


terraço da Academia parte um ligeira
envalamento onde se alinha, mais ou
menos, o Canopo, as termas e diversas
construções estiradas ao comprimento;
1.2 Evolução histórica do paisagismo
IDADE ANTIGA
JARDIM ROMANO – Vila Adriana

O complexo Pintado: fechando o vale do Canopo


ao Norte, um complexo de vastos edifícios
orientados segundo os quatro pontos cardeais,
entre os quais o Pórtico Pintado, um jardim, um
viveirio;
1.2 Evolução histórica do paisagismo
IDADE ANTIGA
JARDIM ROMANO – Vila Adriana

O complexo Nordeste sobre outro curso de água,


agrupa-se a antiga vila republicana, as
bibliotecas, a Praça de Ouro e outras construções
como o "Palácio Imperial";
1.2 Evolução histórica do paisagismo
IDADE MÉDIA

Características:
• Simplicidade
• Plantas de uso medicinal, alimentícias e
floríferas
• Cultivadas enclausuradas, principalmente em
mosteiros e castelos
• Cultivo de labirintos em topiaria ou trepadeiras
• Caminhos em ângulos retos em referência a
cruz cristã
1.2 Evolução histórica do paisagismo
IDADE MÉDIA

O Jardim da Idade Média


caracteriza-se pelo cultivo de
pomares (pereiras, limoeiros,
etc.), plantas medicinais,
aromáticas e gastronómicas.
Decresceu o uso de plantas
ornamentais, limitando-se o
elemento flor a servir de
ornamentação dos altares. No
entanto, a topiária de buxo, teixo
e murta continuaram a proliferar,
formando muros de verdura.

O Jardim Medieval era um jardim de lazer, enclausurado


com altas paredes protectoras e rodeado de plantas
aromáticas e árvores de fruto
1.2 Evolução histórica do paisagismo
IDADE MÉDIA

Até ao séc. XI, com as cruzadas regressadas do Oriente,


novas espécies de plantas são introduzidas nos jardins:
lírios, narcisos, acantos, orquídeas, heras, rosas, açucenas,
violetas, alecrins, gladíolos, rosmaninhos e funchos eram
dispostos em canteiros rectangulares alinhados [25].
Também as árvores (ulmeiros, pinheiros, etc.) se alinhavam
denunciando o triunfo do simetrismo [26].
1.2
Jardins Renascentistas
Evolução histórica do paisagismo

CARACTERÍSTICAS DOS JARDINS MODERNOS

• O período• do Renascimento na Europa, depois da


RENASCIMENTO – séc. XV ao XVI, marcado
Idade Média, peloinfluenciou fortemente
fim do feudalismo e ascensão o da
estilo dos
burguesia;
jardins. • Importante movimento de ordem artística, cultural
e científica passando da Idade média para a
• Período de Moderna;
desenvolvimento das artes de modo
geral e do• pensamento científico
Ruptura do fanatismo – os jardins
religioso;
seguem essa tendência (antropocentrismo)
• Antropocentrismo
• Vertentes Renascentista: humanismo e
• Neste período as formas geométricas e a simetria
naturalismo;
predominam e a arquitetura
• Inspiração é muito
nos antigo valores valorizada.
greco-romanos;
• Jardins renascentista de expressão: Itália; França
e Inglaterra
1.2
Jardins Renascentistas
Evolução histórica do paisagismo

CARACTERÍSTICAS DOS JARDINS MODERNOS

• O período do Renascimento na Europa, depois da


Idade Média, influenciou
• O culto da forma fortemente o estilo
fazia com que as plantasdos
fossem interpretadas como esculturas que se
jardins. integravam à imponência das construções.
• Período de desenvolvimento das artes de modo
geral e do• pensamento
Os jardins europeus do século
científico XVjardins
– os ao século XVIII
são suntuosos e elaborados, e incluíam
seguem essa tendência
elementos como(antropocentrismo)
estátuas e fontes.
• Neste período as formas geométricas e a simetria
predominam e a arquitetura é muito valorizada.
1.2
Jardins Renascentistas
Evolução histórica do paisagismo

CARACTERÍSTICAS DOS JARDINS MODERNOS

• O período do Renascimento na Europa, depois da


Idade Média, influenciou
Na Itália,são mais fortemente o estilo dos
jardins. volumosos
opulentos
e

• Período de desenvolvimento das artes de modo


geral e do pensamento científico – os jardins
seguem essa tendência (antropocentrismo)
• Neste período as formas geométricas e a simetria
Na França predominava a
predominam e a arquitetura é muito
vegetação valorizada.
de porte
baixo, de modo a revelar
totalmente a grandiosidade
das construções
1.2
Jardins Renascentistas
Evolução histórica do paisagismo

JARDINS ITALIANOS
• O período do Renascimento na Europa, depois da
Idade Média, influenciou
• Jardins ordenadosfortemente
e opulentos o estilo dos
jardins. • O eixo central da residência permanecia em
destaque, localizando-se na parte mais alta do
• Período de terreno.
desenvolvimento das artes de modo
geral e do• pensamento
O acesso as residências era–feito
científico os por meio de uma
jardins
sucessão de escadarias, rampas e terraços.
seguem essa tendência
• Água (antropocentrismo)
como elemento de destaque
• Uso de
• Neste período as topiaria
formas geométricas e a simetria
• Mais verde a medida que se distanciava das
predominam e a arquitetura
construções é muitoà valorizada.
para dar destaque arquitetura
Vaux-le-Vicomte
1.2
Jardins Renascentistas
Evolução histórica do paisagismo

JARDIM FRANCÊS
• O período• Odo Renascimento
jardim naeraEuropa,
clássico francês depois
caracterizado por da
Idade Média, influenciou
plantações baixas fortemente o estilo dos
jardins. • O uso da perspectiva em grandes espaços tinha o
objetivo de causar admiração, mostrar o poder e a
• Período de desenvolvimento
superioridade das artes de modo
do proprietário.
geral e do pensamento
• Plano geométricocientífico – os jardins
preciso e metódico
seguem •essa tendência
Paisagista (antropocentrismo)
mais famoso foi Andrè Le Nôtre
• Neste período
• Obras as
maisformas
famosasgeométricas e a simetria
do paisagista: castelo Vaux-le-
predominam Vicomte
e a earquitetura
Jardins de Versailes
é muito valorizada.
1.2 Evolução histórica do paisagismo

JARDIM FRANCÊS

JARDIM DE VERSALHES

• Área de 732 hectares, com 3 km de comprimento.


• Grandiosidade era exaltada pela perspectiva e rigoroso
traçado simétrico
• Jardins foram estruturados em uma série de terraços
abertos onde eram construídos canteiros elaborados
com topiaria em buxinhos.
Jardim formal (jardim francês – renascentista)
Chateau de Villandry, Vale do Loire, França
Château de Cheverny, no Vale do Loire
1.2 Evolução histórica do paisagismo

JARDIM INGLÊS

• Naturalista – busca a volta à natureza


• Orientação assimétrica
• Diversidade de plantas
• Delimitação dos espaços por muros e sebes
• Ordenação da paisagem em equilíbrio com a
natureza
• Século XVIII
1.2 Evolução histórica do paisagismo

JARDIM INGLÊS

• O jardim inglês diferenciava-se do francês em vários aspectos,


incluindo a diversidade de plantas. A princípio o jardim inglês
parecia ser informal, pelo cultivo livre e de grande
variedade de flores, mas era muito detalhado com relação
as espécies e a composição em si. O planejamento era formal,
mas a implantação era informal. No jardim inglês a delimitação
dos espaços, por muros e sebes, era muito utilizada.
1.2 Evolução histórica do paisagismo

JARDIM INGLÊS

As primeiras características do Jardim inglês são as


seguintes:

• Linhas graciosas
• Ampla extensões de verde ( gramados)
• Ruas amplas; cômodas, em pequeno número;
• Terreno acidentado e possibilitando a visão de belas
perspectivas;
• Pequenos bosques, compostos de plantas da mesma
ou de espécies diferentes, com ou sem divergência
nas colorações;
• Grupo de árvores não muito numerosas;
1.2 Evolução histórica do paisagismo

JARDIM INGLÊS

• Os principais paisagistas da época


foram William Kent e William
Chambers, sendo este quem
introduziu a idéia chinesa nos
jardins de seu país.
Jardim Informal (jardim inglês – romantismo)
1.2 Evolução histórica do paisagismo

JARDIM ORIENTAL
1.2 Evolução histórica do paisagismo

JARDIM ORIENTAL

CONTEXTUALIZAÇÃO
• O início da jardinagem na China data de 2000 a.C. e
passou ao Japão no século VI, sendo transformando pela
cultura e interpretação japonesas.

• Tanto na China como no Japão, o jardim era voltado à


recriação da natureza, e o ponto em comum entre os
dois era a presença de uma montanha ou um lago.

• Um jardim fundamentado na contemplação, imobilidade e


silêncio. E os elementos que o compunham assumiam
significado simbólico, transmitindo mensagens
espirituais.
1.2 Evolução histórica do paisagismo

JARDIM ORIENTAL

ALGUNS ELEMENTOS DO JARDIM


ORIENTAL:

1- Seixos
Certos elementos são obrigatórios na
composição de um Jardim Japonês. É o
caso dos seixos, que são distribuídos de
forma a sugerir que ali foram
implantados e desgastados pela
própria natureza. E um detalhe
importante: os seixos são acrescidos ao
jardim sempre em número impar, o que é
uma tradição.
1.2 Evolução histórica do paisagismo

JARDIM ORIENTAL

As pedras, colocada na posição


vertical representa a figura do pai, e a
da horizontal, a mãe, dela. As outras
pedras, simbolizando os descendentes,
são distribuídas em torno do lago e
entremeadas pela vegetação.
1.2 Evolução histórica do paisagismo

JARDIM ORIENTAL

ALGUNS ELEMENTOS DO JARDIM


ORIENTAL:

2- Água
Outro elemento obrigatório é a água,
formando pequenos lagos, riachos e
cascatas. Em termos filosóficos, devemos
considerar que a água serve de espelho,
que leva o homem a se enxergar e refletir
sobre si mesmo.
Nos lagos a presença de carpas era
sempre constante, e possuía uma
simbologia voltada para a fecundidade. A
água também simbolizava os
momentos de calma, e os momentos de
As carpas (Nishiki-goi): símbolo de agitação quando em movimento.
fertilidade e prosperidade.  
1.2 Evolução histórica do paisagismo

JARDIM ORIENTAL

ALGUNS ELEMENTOS DO JARDIM


ORIENTAL:

3- Lamparinas
As lamparinas de pedra, sempre
presentes, representam o espírito bom e
iluminado que um jardim deve ter.

Os pontos de luz devem ser


estrategicamente distribuídos para não
ofuscarem a visão e induzem
à concentração.
1.2 Evolução histórica do paisagismo

JARDIM ORIENTAL

ALGUNS ELEMENTOS DO JARDIM


ORIENTAL:

4- Vegetação
Outra característica bem típica é o fato de
que o número de espécies de plantas
utilizado é relativamente pequeno. Vale
destacar, entretanto, que essas plantas
devem ser de grande beleza e
posicionadas no jardim de forma a
ocupar um lugar de destaque. Uma
Também são utilizadas azaleias, tuias, espécie praticamente obrigatória no jardim
glicínias, buxinhos, árvore da oriental é o bambu, que pode ser
felicidade, camélias, íris, eugenias e colocado no jardim, formando moitas
cerejeira do Japão ou ainda em cerca viva, como fundo.
1.2 Evolução histórica do paisagismo

JARDIM ORIENTAL

O bambu, representa  a capacidade de
adaptação e mudança adevido
a flexibilidade do bambu, os galhos são
amarados ao solo para que a planta se
curve para o lago, como em reverência.
fundo.
1.2 Evolução histórica do paisagismo

JARDIM ORIENTAL

Também são utilizadas azaleias, tuias,


glicínias, buxinhos, árvore da
felicidade, camélias, íris, eugenias e
cerejeira do Japão

A Cerejeira (Sakura), que é
conhecido como a flor da
Felicidade e assume um lugar
importante na cultura japonesa. Nos
meses de Março a Abril o povo festeja
o Hanami para comemorar a floração
da árvore com muitas festividades
1.2 Evolução histórica do paisagismo

JARDIM ORIENTAL

ALGUNS ELEMENTOS DO JARDIM


ORIENTAL:

5- Terreno
Outra característica marcante é a
presença de suaves ondulações no
terreno, que é tradicionalmente revestido
com grama japonesa ou esmeralda, e, ou
brita amarela ou branca.
1.2 Evolução histórica do paisagismo

JARDIM ISLÂMICO
1.2 Evolução histórica do paisagismo

JARDIM ISLÂMICO
CARACTERÍSTICAS:
• O jardim islâmico era quase sempre de forma retangular e
fechado por muros. Nesses jardins tudo era baseado no livro do
Alcorão e a geometria rigorosa era amenizada pelas árvores e
plantas de porte menor.
1.2 Evolução histórica do paisagismo

JARDIM ISLÂMICO
CARACTERÍSTICAS:

• O jardim islâmico procura reproduzir a


concepção de um pequeno paraíso e dá
grande importância ao elemento aquático,
devido a sua escassez na paisagem árabe.
Conta com inúmeras plantas aromáticas e
em geral dispõe de cursos de água, com
mini aquedutos e canais tanques e
fontes. Este estilo é organizado em torno de
um eixo.
1.2 Evolução histórica do paisagismo

JARDIM ISLÂMICO
CARACTERÍSTICAS:

A Espanha foi invadida pelos árabes (idade


média, 711) que transferiram sua cultura,
inclusive no gosto pelos jardins. Eles
introduziram o“Jardim da Sensibilidade”, onde
predominavam em harmonia a água, cor e o
perfume de flores.
1.2 Evolução histórica do paisagismo

JARDIM ISLÂMICO
CARACTERÍSTICAS:

Os árabes transmitiram aos europeus os


conhecimentos que haviam recebido de
outras civilizações:

Dos egípcios aprenderam a ciência da


irrigação, muito útil na manutenção dos jardins.
Da arte da cerâmica retiraram os conceitos de
brilho e cor.
1.2 Evolução histórica do paisagismo

JARDIM ISLÂMICO
CARACTERÍSTICAS:

Bosque sonoro, com fontes escondidas


abaixo de árvores frondosas e
centenárias. Nos jardins se cultivavam
plantas aromáticas com perfume sutil,
como rosas e jasmim. A cor também era
muito importante. A coloração natural era
dada por flores e árvores.
1.2 Evolução histórica do paisagismo

JARDIM ISLÂMICO
CARACTERÍSTICAS:

Outra influência, mais modesta, foram os


jardins desenvolvidos nos pátios bastante
comuns na arquitetura de Andaluzia. Estes
pátios interiores das casas mouras eram
derivados dos pátios helênicos e do
peristilo romano. Assim como os pátios
gregos, eles também eram pavimentados,
mas com a presença de arbustos e flores.
1.2 Evolução histórica do paisagismo

SÉC. XX – O MODERNISMO
• Revolução Industrial
• Formação das metrópoles modernas
• Consciência dos problemas sociais, sanitários, ambientais
e de lazer coletivo
• Processo de urbanização e novas tecnologias
• A partir desses fatores começa acontecer a valorização do
Paisagismo
• Porque?
1.2 Evolução histórica do paisagismo

SÉC. XX – O MODERNISMO
• Revolução Industrial
• Formação das metrópoles modernas
• Consciência dos problemas sociais, sanitários, ambientais
e de lazer coletivo
• Processo de urbanização e novas tecnologias
• A partir desses fatores começa acontecer a valorização do
Paisagismo
• Porque?
1.2 Evolução histórica do paisagismo

SÉC. XX – O MODERNISMO
• Forma-se uma nova função social do espaço livre na
construção do espaço urbano.
• Sistema de parques e praças urbanos de lazer e convívio
para as massas.
• Sistema de espaços urbanos de controle ambiental e
Parques Naturais.
• O Paisagista deixa de ser jardineiro para assumir a função
de formar e projetar os espaços livres urbanos
1.2 Evolução histórica do paisagismo

SÉC. XX – O MODERNISMO
• Dificuldade em definir uma nova linguagem projetual
• Os arquitetos não se sentiam a vontade com a paisagem.
Por que?
• Porque o interesse dos arquitetos do movimento estava
ligado ao progresso, à geometria, à técnica, à ordem
• Era muito difícil incorporar a natureza orgânica da
paisagem com a nova tendência estética do momento
• Os paisagistas da época tinham seus projetos
completamente ligados ao século anterior, o que para os
modernistas era totalmente rejeitado
1.2 Evolução histórica do paisagismo

SÉC. XX – O MODERNISMO
• As artes plásticas de vanguarda contribuíram para
introduzir uma noção de modernidade em jardins da
Paisagismo Modernista na Europa

década de 1920
• Pode-se observar duas tendências:
* TENDENCIA 1 - a tentativa de aproximação às
novas correntes plásticas que se desenvolviam
desde o início do século XX, parece ter contribuído
para a aplicação de motivos geométricos em jardins
que trazem referências do art déco, do cubismo e
do expressionismo.
• Outra tendência da modernidade nos jardins nas décadas
de 20 e 30 está relacionada aos arquitetos envolvidos na
pesquisa de uma nova síntese na relação do edifício com
seu exterior. Aqui entra a questão modernista da relação
do interno e externo, que é possível pelo uso de grandes
panos de vidros nas novas obras.
1.2 Evolução histórica do paisagismo

SÉC. XX – O MODERNISMO
• TENDENCIA 02 - Outra tendência da
modernidade nos jardins nas décadas de 20 e 30
Paisagismo Modernista na Europa

está relacionada aos arquitetos envolvidos na


pesquisa de uma nova síntese na relação do
edifício com seu exterior. Aqui entra a questão
modernista da relação do interno e externo,
que é possível pelo uso de grandes panos de
vidros nas novas obras.
1.2 Evolução histórica do paisagismo

SÉC. XX – O MODERNISMO
• Nos EUA, o paisagismo moderno surge num diálogo com a
organização dos espaços urbanos e regionais e na
investigação de uma estética moderna e de um método
Paisagismo Modernista nos EUA

racional de projeto

• Havia uma disputa daqueles que defendiam o


modernismo de Bauhaus, tal qual era os que defendiam
os ensinamentos do ecletismo e neoclássico.
1.2 Evolução histórica do paisagismo

SÉC. XX – O MODERNISMO
Thomas Church
Paisagismo Modernista nos EUA

• Thomas Church mudou o


paisagismo da Califórnia e que fez
grande contribuição ao
paisagismo moderno

• Apesar de fazer uso das ideias


modernas de Bauhaus, de
liberdade de elementos, forma,
linhas e movimento, ele nunca
abandonou os princípios sólidos
do passado
1.2 Evolução histórica do paisagismo

SÉC. XX – O MODERNISMO
Thomas Church
Paisagismo Modernista nos EUA

• Ele intitulou quatro princípios


básicos de seu processo de
criação: unidade, função,
simplicidade e escala

• Unidade: consideração do projeto


como um todo, ou seja integração
de jardim e edifício
1.2 Evolução histórica do paisagismo

SÉC. XX – O MODERNISMO
Thomas Church
• Função: relação das áreas
Paisagismo Modernista nos EUA

práticas de serviço com as


necessidades de quem vai cuidar
do jardim e a relação das áreas
decorativas com os desejos e
prazeres de quem irão usufruí-las.

• Simplicidade: Que possa atender


tanto aos fatores econômicos como
os fatores estéticos.

• Escala: que dê as pessoas


agradável sensação das partes
uma com a outra.
Donnel Gardens
Sonoma County - Califórnia 
THOMAS MUDD
GARDEN
GENERAL MOTORS TECHNICAL CENTER
(em colaboração com Eero Saarinen
1.4 Expressões primitivas de modificação da
paisagem

Leitura do texto
1.5 Paisagismo e Modernismo
Paisagismo Modernista no Brasil

• Os anos 1930 e 1940 foram anos de rupturas na


arquitetura, no urbanismo e, naturalmente, no
paisagismo
• A princípio as novas concepções e programas se
restringiram à obra de Roberto Burle Marx e uns
poucos autores, mais tarde com a valorização
crescente do paisagismo esse quadro muda.
1.5 Paisagismo e Modernismo
Paisagismo Modernista no Brasil

• O projeto do Parque do Aterro do Flamengo no Rio de


Janeiro é um marco do Paisagismo Moderno brasileiro
que teve repercussão internacional. Nesse projeto
Burle Marx deixa clara a relação da arte abstrata com a
botânica, dando ao Paisagismo a característica
modernista que tanto se procurava.
1.5 Paisagismo e Modernismo
Paisagismo Modernista no Brasil
1.5 Paisagismo e Modernismo
Paisagismo Modernista no Brasil

• O paisagismo moderno brasileiro tem duas correntes


bem definidas:
• A primeira é chamada de nacionalista, especialmente
pela ênfase no plantio de espécies tropicais. Burle Marx
é basicamente o único junto com seus colaboradores.
• Outra, sem uma personagem central com o porte
daquele paisagista, mas que tem um grupo coeso e
igualmente criativo, chamada internacionalista
(porque assumidamente absorve e reinventa as
influências europeias e americanas)
1.5 Paisagismo e Modernismo
As três etapas do paisagismo moderno brasileiro

• O período correspondente ao modernismo no


paisagismo brasileiro se estende, segundo Soares,
desde a construção do prédio do Ministério da
Educação, em 1937, projeto paisagístico de Burle-
Marx, até a construção da Praça Itália, dentro do
Parque Marinha, em Porto Alegre, em 1990 – projeto
de Carlos Fayett. Para o autor, esse período pode ser
definido em três etapas:
Ministério da Educação
Praça Itália, dentro do Parque Marinha,
em Porto Alegre
1.5 Paisagismo e Modernismo
As três etapas do paisagismo moderno brasileiro

Para Soares, o modernismo pode ser definido em 3


etapas:

• 1937-1950: Tem início na construção do


Ministério da Educação, no Rio de Janeiro,
obra de Roberto Burle-Marx. É dele também o
projeto do bairro Pampulha, em BH,
considerado pelo autor o principal projeto do
período. O tratamento paisagístico é funcional e,
na maioria das vezes, tropicalista. Na
arquitetura residencial, o jardim é adjacência,
devendo transparecer e dar visibilidade à casa.
1.5 Paisagismo e Modernismo
As três etapas do paisagismo moderno brasileiro

Para Soares, o modernismo pode ser definido em 3


etapas:
• 1950-1960: Período em que se consolida o
processo de urbanização do Brasil. A
verticalização toma conta das grandes cidades e,
por consequência, a produção paisagística
começa a se voltar cada vez mais para a fachada
desses grandes edifícios. É o período em que
Roberto Coelho Cardozo inicia sua cátedra na
faculdade de São Paulo, e forma a primeira turma
de arquitetos cujo trabalho na área adquire
relevância nacional: Rosa Kliass, Miranda Magnoli
e outros.
1.5 Paisagismo e Modernismo
As três etapas do paisagismo moderno brasileiro

• A influência é nitidamente californiana (Eckbo e


Halprin) no traçado de pisos e canteiros, e de
Burle-Marx quanto ao plantio de espécies tropicais.
Também é desse período a construção do
Parque do Ibirapuera, cujo projeto é de Otávio
Teixeira Mendes.
• Rosa Kliass – Vale do Anhangabaú - SP
Parque Ibirapuera - SP
1.5 Paisagismo e Modernismo
As três etapas do paisagismo moderno brasileiro

Para Soares, o modernismo pode ser definido em 3


etapas:
• 1960-1989: Período de consolidação, em que o
foco se volta para as áreas recreativas, e a
vegetação passa a dividir espaço
com Playgrounds e, principalmente, com a
piscina, que passa a ser o referencial do pátio
interno. É nesse período, também, que a gestão
de espaços públicos ganha espaço e se consolida
na administração municipal, especialmente nas
grandes cidades. Destacam-se, aí, os
paisagistas Benedito Abbud e José Tabacow.
• Benedito Abbud
Parque Costa Azul, Salvador BA, ainda sem a vegetação.
Paisagismo de José Tabacow
1.6 Roberto Burle Marx e sua importância no
cenário mundial
1.7 Tendências contemporâneas

• Nos últimos vinte anos o moderno perdeu sua coroa


estética entre os arquitetos e designers
• Na arquitetura contemporânea estão presentes
conceitos antes proibidos pelos modernistas, como o
ecletismo, a fragmentação, a estratificação de
sistemas desconexos de ordenação, o historicismo, a
ironia e a metáfora.
1.7 Tendências contemporâneas

• Além da proposta estética nova possui


reponsabilidade ambiental
• Percebe-se que os recursos naturais não são
inesgotáveis
• Nova visão de mundo, novo desenho da paisagem
• Os paisagistas passam a ser mais valorizados
• Nasce o Desenho Ambiental
1.7 Tendências contemporâneas
O Paisagismo Contemporâneo no Brasil

• Observa-se a multiplicação das praças e parques e a


criação e implantação dos calçadões nas áreas
centrais e nas áreas litorâneas urbanas
• Solicitação de resolução paisagística para pátios
junto de condomínios verticais e horizontais.
• Projeto paisagístico se torna uma resposta
corriqueira às necessidades de arranjo espacial de
equipamentos coletivos/recreativos como piscinas e
playgrounds
1.7 Tendências contemporâneas
O Paisagismo Contemporâneo no Brasil

• Roberto Coelho Cardoso e Valdemar Cordeiro, os


dois principais paisagistas paulistanos, atuaram e
criaram modos de projeto para esses espaços,
sendo acompanhados por outros tantos e
importantes seguidores como Miranda Magnoli, Rosa
Kliass e outros mais.
1.7 Tendências contemporâneas
O Paisagismo Contemporâneo no Brasil

Fernando Chacel - Ecogênese


• Restauração de ecossistemas degradados
• A base de sua metodologia é a ECOGENESE: ação
humana, parte integrante da paisagem cultural que
utiliza, para recuperação dos componentes bióticos,
associações e indivíduos que compunham os
ecossistemas originais.
1.7 Tendências contemporâneas
O Paisagismo Contemporâneo no Brasil

PARQUE DA GLEBA E, BARA DA TIJUCA, RJ


O Projeto de restauração ecológica desta área foi uma
proposta pioneira, tendo como base conceitual a
convivência entre a natureza e o espaço construído,
visando a melhoria da qualidade de vida e valorização
econômica da Região.

Arranjo geral com o


tratamento
paisagístico da faixa
marginal de
proteção. No projeto
do calçadão
ecológico do Rio
office Park em área
lindeira à Lagoa de
Jacarepaguá
Conclusão

• Após esse passeio pela a história da Arquitetura


Paisagística conseguimos compreender a importância
do profissional dessa área para o processo de
urbanização das cidades e principalmente como o
desenho da paisagem é fundamental para termos
espaços urbanos sustentáveis.
Referências
• FRANCO, Maria.A.R – Desenho Ambiental – Uma
Introdução à Arquitetura da Paisagem com o
Paradigma Ecológico.
• http://www.arquitetura.ufc.br/professor/Ricardo%20Bez
erra/PAIS12.1-Semin%E1rio1/Thomas%20Church.pdf
• http://www.jardimdecalateia.com.br/paisagismo-moder
no-brasileiro-por-silvio-ma/
• http://www.revistasusp.sibi.usp.br/pdf/posfau/n19/18.p
df

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