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Data de nascimento

04-08-1909
Local de nascimento:(Brasil /
São Paulo / São Paulo) |

Data de morte
04-06-1994
Local de morte:(Brasil /
Rio de Janeiro / Rio de
Janeiro
ROBERTO BURLE MARX
VIDA E OBRA

• - Nasceu em São Paulo, mas foi criado no


Rio de Janeiro. Filho de mãe brasileira -
descendente de franceses e holandeses - (Cecília
Burle) e pai alemão (Wilhem Marx).

• - viajou para Berlim foi lá que pela primeira


vez ele apreciou a flora tropical do país onde
nasceu, nas estufas do Jardim Botânico de
Dahlem
ROBERTO BURLE MARX
VIDA E OBRA

• – Entra para Escola de Belas Artes


O panorama artístico brasileiro deste período foi
marcado pelos modernistas.

“Os ensinamentos recebidos da tradição pós cubista e a preocupação com a


organização do espaço deram a Burle Marx subsídio para desenvolver a arte da
paisagem de forma tridimensional.” (VIEIRA, 2007)
ROBERTO BURLE MARX
VIDA E OBRA

Figura 1 - Vaso de Flores na


varanda (óleo sobre tela) - Roberto
Burle Marx Fonte: Catálogo das
Artes, 2007.
ROBERTO BURLE MARX
VIDA E OBRA

• , Lucio Costa, então diretor da Escola


Nacional de Belas Artes, convida Burle Marx
a realizar seu primeiro jardim para a família
Alfredo Schwartz, projeto de Lúcio Costa e
Gregori Warchavchik

Figura 2 - Terraço Jardim da Residência

• , novamente Lucio Costa o convida para


de Alfredo Schwartz (1932) Fonte:
Núcleo AP Porto, 2009.
um segundo trabalho neste caso para a
residência de Ronan Borges
ROBERTO BURLE MARX
VIDA E OBRA

• é convidado para exercer as funções de


Diretor de Parques e Jardins de Recife e
Pernambuco.
• deixa o Recife e convidado por Cândido
Portinari para ser assistente na execução dos
murais do Ministério da Educação
• projeta os jardins do Ministério da
Educação e Saúde. Realiza inúmeros projetos de
jardins, inclusive o jardim da residência de
Roberto Marinho
ROBERTO BURLE MARX
VIDA E OBRA

• é convidado para exercer as funções de Diretor de Parques e Jardins


de Recife e Pernambuco.

Várias das praças do Recife foram desenhadas pelo paisagista Burle Marx,
ainda na década de 1930. Muitos desses espaços foram reconhecidos em 2015
como patrimônio histórico e ambiental.
1. Praça da Independência

“Situada no bairro de Santo


Antônio, em pleno centro do
Recife, a praça da Independência
já figurava na planta da Cidade
Maurícia como o Terreiro dos
Coqueiros, local onde funcionava
um grande mercado durante o
domínio holandês. Neste
período, o logradouro foi
chamado ainda de praça Grande,
praça do Comércio e praça da
Ribeira. Em 1788, continha 62
casinhas que vendiam gêneros
de primeira necessidade”, afirma
Semira Adler Vainsencher,
pesquisadora da Fundação
Joaquim Nabuco
2. Praça Rio Branco

Mais conhecida como Marco


Zero, a praça recebeu diversas
modificações ao longo do tempo.
A praça abriga um busto do
Barão do Rio Branco (escultura
do francês Félix Charpeutier),
instalada em 1917. Em uma das
reformas do lugar a escultura
saiu do centro para a borda da
praça, bem próximo ao Centro de
Artesanato de Pernambuco.
3. Praça de Casa Forte

Localizado no antigo engenho de


Anna Paes, esse espaço ganha
em 1934 um projeto que foi
idealizado pelo paisagista Burle
Marx, no período em que
ocupava o cargo de Diretor de
Parques e Jardins do Governo do
Estado de Pernambuco.
4. Praça do Derby

“A Praça do Derby, projetada por


Roberto Burle Marx, foi
construída entre 1924 e 1926.
Durante muito tempo, num dos
seus tanques vivia um peixe-boi
que fazia a alegria da criançada.
À sua volta foram construídos
diversos casarões, onde morava a
aristocracia recifense. Hoje, em
alguns desses casarões,
funcionam diversas clínicas e
consultórios médicos” – Lúcia
Gaspar, bibliotecária da Fundaj.
4. Praça do Derby

“A Praça do Derby, projetada por


Roberto Burle Marx, foi
construída entre 1924 e 1926.
Durante muito tempo, num dos
seus tanques vivia um peixe-boi
que fazia a alegria da criançada.
À sua volta foram construídos
diversos casarões, onde morava a
aristocracia recifense. Hoje, em
alguns desses casarões,
funcionam diversas clínicas e
consultórios médicos” – Lúcia
Gaspar, bibliotecária da Fundaj.
5. Praça da República

De acordo com Semira Adler


Vainsencher, essa praça era um
lugar muito apreciado por
Maurício de Nassau ainda no
século XVII. Lá foi erguido em
1642 o Palácio de Friburgo e
onde era mantido também um
parque zôo-botânico. O lugar
ganhou o nome atual após a
queda do Império no Brasil.

.
6. Praça Maciel Pinheiro

“A atual Praça Maciel Pinheiro foi


inaugurada no dia 7 de setembro
de 1876, no coração do bairro da
Boa Vista, em comemoração à
vitória das tropas brasileiras na
guerra do Paraguai (1864-1870).”
7. Praça Arthur Oscar

Mais conhecida como Praça do


Arsenal. Era chamada
anteriormente por praça
Voluntários da Pátria e
posteriormente por Arsenal da
Marinha. O nome Artur Oscar é
uma homenagem ao general que
esteve entre os comandantes da
campanha de Canudos.
8. Praça Sérgio Loreto

O local teve outros nomes antes


de ser conhecido por Praça
Sérgio Loreto: Praça do Muniz,
Campina do Bodé e Praça
Siqueira Campos. “A Praça era
considerada o mais belo jardim
do Recife: possuía coreto em que
bandas de música faziam
retretas, existia a Ilha dos
Amores e a calçada do jardim –
conhecido por quem-me-quer –,
de onde os rapazes dirigiam
galanteios às moças que ali
passeavam. No período de 1971-
1975, na gestão do prefeito
Augusto Lucena, houve a
ampliação da Av.Dantas Barreto
que mutilou parte do bairro de
São José e da área da Praça
Sérgio Loreto. Esta foi uma das
alterações sofridas em suas
linhas originais” – afirma Virgínia
Barbosa, bibliotecária da Fundaj.
9. Praça Dezessete

O nome dessa praça é uma


referência ao marco histórico de
1817. Ela guarda o Monumento
Português à Aviação, em
homenagem a primeira travessia
do Atlântico Sul, e tem uma vista
privilegiada do Rio Capibaribe.
ROBERTO BURLE MARX
VIDA E OBRA

• deixa o Recife e é convidado por


Cândido Portinari para ser assistente na
execução dos murais do Ministério da
Educação.

• projeta os jardins do Ministério da


Educação e Saúde. Realiza inúmeros
projetos de jardins, inclusive o jardim da
residência de Roberto Marinho
ROBERTO BURLE MARX
VIDA E OBRA

• compra em sociedade com seu irmão


um sítio de 800.0 m² em Campo Grande (RJ)
• , faz parceria com o arquiteto Haruyoshi
Ono, que ainda dirige o escritório de Marx.
• Faz expedições pelas matas brasileiras em
busca de catalogar novas espécies em
decorrência disso, descobre mais de 40
espécies, tendo até seu nome colocado em
algumas (Heliconia burle-marxii).
ROBERTO BURLE MARX
VIDA E OBRA

Autor de mais de 2.000 obras em 20 países,


Roberto Burle Marx morre aos 84 anos de idade
em 1994.
ROBERTO BURLE MARX
TRAÇOS DO ARTISTA

• Burle Marx exerce uma prática multidisciplinar na


concepção dos jardins.
• Mescla a arte do pintor e a concepção do espaço
urbano e natural, tendo a planta, o vegetal, como o
objeto principal do projeto
• “A prática profissional de Burle Marx caracteriza-se
pela busca permanente do diálogo entre o arquiteto e
o paisagista, criando uma obra harmônica.” (VIEIRA,
2007)
ROBERTO BURLE MARX
TRAÇOS DO ARTISTA
ROBERTO BURLE MARX
TRAÇOS DO ARTISTA

[...] a proposta de criação de um paisagismo brasileiro era algo novo.


Interessava a Burle Marx transferir para o seu projeto de jardim a
diversidade, a instabilidade e os complexos processos de associações
naturais das plantas tropicais, o que pressupunha um intenso trabalho de
interpretação e compreensão da paisagem. [...] (SIQUEIRA, 2002)
ROBERTO BURLE MARX
TRAÇOS DO ARTISTA

pensamento de um jardim para cada


clima, um jardim com a flora daquela
região de forma que assemelhasse a
natureza, para conseguir o resultado
desejado de um paisagismo que
“imite” a própria natureza, seria
necessário abandonar as podas
artísticas dos jardins franceses –
lembremos dos jardins do Palácio de
Versalhes, arbustos baixos com
formatos definidos pelo homem e não
ao prazer da natureza.
Croqui Praça Euclides da Cunha
Fonte: Vitruvius, 2011.
ROBERTO BURLE MARX
TRAÇOS DO ARTISTA

O Aterro do Flamengo
Praça do MAM/RJ

O aterro da orla da baía de Guanabara,


entre o Aeroporto Santos Dumont e a
enseada de Botafogo, e a urbanização do
parque do Flamengo datam da década de
1950 (o parque é projetado de 1954 a
1959), com as obras iniciadas apenas em
1961, no Rio de Janeiro.
ROBERTO BURLE MARX
TRAÇOS DO ARTISTA

O Aterro do Flamengo
Praça do MAM/RJ

• O museu um lugar de destaque no Aterro da Glória do


Flamengo, o design paisagístico de Burle Marx complementa
arquitetura racionalista do edifício.

• Formas perpendiculares e as molduras monocromáticas com


petit-pavet no entorno das plantas que algumas de textura
delicadas e outras duras. Áreas de pedras ora lisas ora
ásperas, criando contrastes de textura e cor.
Figura 7 - Praça do Museu de Arte Moderna, Aterro do Flamengo, Rio de Janeiro RJ.
Roberto Burle Marx, década de 60 Fonte: Vitruvius, 2011.
Vista da Praça do MAM/RJ durante execução na década de 60 Fonte: Núcleo AP / Porto, 2009.
Figura 9 - Vista aérea atual - 2011 Fonte: Leonardo Finotti Architectural
Photographer, 2011
Terraço jardim do MAM-RJ Fonte: Panoramio, 2011.
Esculturas do Jardim do MAM Fonte: Roberto Burle Marx, The Lyrical Landscape p.75
Planta paisagística do
MAM Fonte: Roberto
Burle Marx, The Lyrical
Landscape p.73
ROBERTO BURLE MARX
TRAÇOS DO ARTISTA

O Aterro do Flamengo
Praça Salgado Filho

• Situado em frente ao Aeroporto Santos


Dumont, estes jardins são em estilo
ondulante orgânico comum ao
trabalho de Burle Marx do final da
década de 30, início da 40
Planta paisagística da Praça Senador Salgado Filho Fonte: Roberto Burle Marx, The Lyrical
Conceitos básicos de
design e composição

• Do que é formado um
espaço paisagístico?
• Elementos construídos e não
construídos
• Clima
• Cores e texturas
• Topografia
• Entorno
Conceitos básicos de
design e composição

• Como compor tantos elementos para criar


um bom projeto paisagístico?

• Forma
• Estrutura
• Traçados ou temas formais
• Regras estéticas
Conceitos básicos de
design e composição

forma
• Definida por meio dos limites entre os espaços
Conceitos básicos de
design e composição

forma
As formas podem ser observadas ou percebidas na paisagem
sob diferentes aspectos.

Exemplos:
• Simples ou complexa
• Espontânea ou controlada
• Simétrica ou assimétrica
• Antrópica ou orgânica
• Repetitiva ou variável
Conceitos básicos de
design e composição

forma
As formas se manifestam em 3ª
dimensão pelos elementos que
compõe a paisagem como:
• Paredes e cercas
• Caminhos, maciços vegetais
• Contorno dos planos verticais
e horizontais
Conceitos básicos de
design e composição

forma
• As formas
proporcionam
uma estrutura
do projeto e
organizam seus
aspectos:
Conceitos básicos de
design e composição

forma
• As formas
definem a
estrutura do
projeto e
organizam
seus
aspectos:
Conceitos básicos de
design e composição

forma Princípios básicos de composição


Conceitos básicos de
design e composição

forma Princípios básicos de composição


Conceitos básicos de
design e composição

forma Delimitação dos espaços


Conceitos básicos de
design e composição

forma Delimitação dos espaços


Conceitos básicos de
design e composição

forma Princípios da estética

Unidade:
composição como um todo
(Thomas Church)
• Malha ortogonal
• Conexão entre elementos
• Repetição
Obs: estrutura formal
estabelecida por meio de
formas geométricas básicas
Conceitos básicos de
design e composição

forma Princípios da estética

• Harmonia:
relação dos elementos
entre si, eles devem se
mesclar, se
complementar, se
encaixar, isso é possível
através da continuidade,
linhas paralelas,
proporção.
Conceitos básicos de
design e composição

forma Princípios da estética

• Centro de
interesse:
variedade de cores,
formas, texturas...
Conceitos básicos de
design e composição

ESTRUTURA
Pode ser formada por:
• malhas ortogonais,
• eixos de simetria,
• malhas multiformes
• linhas de força,
• temas formais
(traçados)
Conceitos básicos de
design e composição

ESTRUTURA

Malhas:
As malhas são uma ferramenta no projeto paisagístico que
auxiliam na definição das formas e por consequência a
estrutura formal do projeto. Elas podem ser ortogonais,
multiformes, curvilíneas, diagonais, rotacionadas em
diferentes ângulos.
Conceitos básicos de
design e composição

ESTRUTURA

Eixo de simetria:
Conceitos básicos de
design e composição

ESTRUTURA

Linhas de forças:
são linhas que podem direcionar o processo
de composição.
Ex: vista das janelas das edificações, linhas
de extensão da arquitetura, linhas de
extensão de algum elemento do terreno,
direcionamento
Temas de composição
ESCOLHA DE TRAÇADOS

Uma maneira de se começar a projetar em


paisagismo, é escolher um traçado. Este
traçado pode tirar partido da malha urbana
onde está inserido o terreno, ou até mesmo
tirar partido das linhas do próprio projeto
arquitetônico
Temas de composição

TRAÇADO RETILÍNEO

Características: fácil, direcional, rápido, lógico, definido,


estático,
Temas de composição

TRAÇADO RETILÍNEO 45°

• Características: dinâmico, ativo, reforçado,


forte, irregular...
Temas de composição

TRAÇADO RADIAL

• Características: intenso, espiral, misterioso,


expansivo, concentrado, direcionado
Temas de composição
TRAÇADO ARCO E TANGENTE

• Características: leve, convidativo, refinado,


prazeroso, fluido, calmante, tradicional,
atrativo.
Temas de composição
TRAÇADO IRREGULAR

• Características: assimétrico, informal, não


tradicional, dinâmico, diverso, intrigante.
Temas de composição
TRAÇADO CURVILÍNEO

• Características: fluido, orgânico, gracioso,


relaxante, leve, delicado, casual...

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