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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA

PATRIMONIO HISTÓRICO I

Prof.ª Dra. Tathianni Cristini da Silva

RELATORIOS DAS APRESENTAÇÕES

PAULO DE JESUS

2023
Grupo I – Cataguases – MG

O grupo nos apresentou um pouco sobre a história modernista de Cataguases, nos


levando a três monumentos considerados de grande relevância para a cidade que são a
Residência Ottonio Alvim Gomes, o Monumento à Jose Inácio Peixoto e a Escola
Estadual Manoel Inácio Peixoto. Descobrimos que a cidade recebeu diversos traços
modernistas de renomados artistas, de Oscar Niemeyer a Djanira. Nos anos de 1927 a
1929 foi iniciado por grupos locais o Manifesto Literário e a Revista verde, revista esta
que não foi muito a frente. Enfim, a residência Ottonio e o Monumento à Jose Inacio
Peixoto foram projetados por Francisco Bolonha e ambos ficaram prontos em 1958 com
marcantes elementos da arquitetura modernista, carregam em suas estruturas “pedaços”
de grandes artistas, como Anísio Medeiro, Joaquim Tenreiro, Bruno Giorgi, Cândido
Portinari, Américo Braga e Émeric Marcier. Hoje o prédio residencial pertence ao
Sicoob e funciona como um Centro cultural. Já a Escola Cataguases, além dos
elementos modernos na arquitetura, paisagismo e mobiliário, carrega traços simples e
arrojados em sua estrutura com nomes de pesos como Burle Marx, Jan Zach e Paulo
Werneck. Ambos os patrimônios foram tombados pelo Iphan em 1994 e hoje fazem
parte de diversos outros tombados pertencentes ao conjunto histórico, arquitetônico e
paisagístico da cidade.

Grupo II – Juiz de Fora – MG / Três Rios - RJ

O grupo dois nos trouxe três espaços com uma narrativa mais voltada para monumentos
centrais e de bastante visibilidade para as suas cidades, sendo eles o Espaço
Mascarenhas, a Escola Normal, ambas em Juiz de Fora e a Capela Nossa senhora da
Piedade, localizada em Três Rios, no Rio de Janeiro. Inicialmente desenvolvido como
uma indústria Textil para auxiliar no desenvolvimento da cidade, o espaço Mascarenhas
teve o fim de suas atividades em meados dos anos 1980 e com isso começou o processo
de tombamento em 82 pelo município, através de mobilizações artísticas em 87 o
espaço foi transformado no centro cultural e mercado municipal preservando as
características originais. Projetado pelo engenheiro Lourenço Baeta Neves, em agosto
de 1930, a Escola normal, era inicialmente uma cadeia na cidade de Juiz de Fora e
aceitava apenas mulheres, mas em 48 foi implementado a inclusão dos estudantes
masculinos. Em 68 ficou conhecido como Instituto Estadual de educação. Possuidora de
uma arte decó, foi construída em formato triangular e teve uma parte de sua estrutura
demolida para construção da Av. Independência, chegando ao atual formato do prédio.
Já a capela Nossa Senhora da Piedade foi construída pela esposa do barão de Entre-Rios
após sua morte, e reuniu artífices de São Joao Del-Rei para essa construção. Solicitou
também que atrás dela fosse construído um cemitério para que pudessem ser enterrados
os membros da família Barroso Pereira. Boatos circulam na cidade que a capela carrega
traços do renomado Aleijadinho, mas nada concreto até os dias atuais. Todos os
patrimônios citados foram tombados pelos seus municípios.

Grupo III – Hip – Hop

O terceiro grupo nos levou ao Bronx de 1973 e nos apresenta a dois irmãos negros
residentes do bairro, a Cindy Campbell’s e o Kool Herc, que queriam apresentar aos
seus vizinhos algo novo e cheio de ancestralidade. Descobrimos que o hip hop é
dividido em nove categorias (mesmo sendo pouco conhecida em sua totalidade), Sendo
São Paulo considerado o berço do hip hop fomos apresentados ao Marco Zero, que fica
localizado na rua Vinte e Quatro de Maio e carrega nomes de precursores do
movimento, sendo ele inaugurado em setembro de 2014, era um local onde diversos
artistas, em sua maioria negros, buscavam expressar as suas convicções. Já o viaduto de
Santa Tereza foi inaugurado em 1929 pelo engenheiro Emílio Baumgmant. Passou por
diversas obras entre 1999 e 2014 devido a deterioração e maus cuidados. Na década de
90 ocorreu o tombamento do viaduto como patrimônio cultural, fazendo assim parte do
conjunto arquitetônico da praça da estação. Fomos transportados para Juiz de Fora, mais
precisamente ao Viaduto Hélio Fádel, localizado entre a Av. Francisco Bernardino e a
Av. Brasil, onde inicialmente foi construído para desafogar o trânsito da cidade teve a
sua criação um papel importante para alguns grupos artísticos da cidade, pois acabou se
tornando um espaço de representatividade artística enorme que agrega grupos de
diversas áreas culturais.

Grupo V – Juiz de Fora – MG

Este grupo nos apresentou o Palacete Santa Mafalda, mais conhecido como a Escola
Estadual Delfin Moreira, localizada no Centro da cidade, possui uma arquitetura
neoclássica, sendo composta em sua estrutura madeira, alvenaria de pedras e tijolos
maciços. Sendo construído na década de 1860 pelo português Manoel do Valle Amado,
foi construída com o intuito de ser um presente para Dom Pedro II, ao qual recusou o
presente. Com isso a casa ficou fechada até 1904, pois foi doada a Santa Casa de
misericórdia e teve o leilão de todo o seu acervo. Sendo adquirido em 1907 pelo Estado
e foi ocupado pelo primeiro grupo escolar de Minas Gerais. Compõe o patrimônio de
Juiz de Fora desde 1983 e foi fechado em 2013 pela defesa civil devido a problemas em
sua estrutura, tendo a sua reabertura em 2023. O Instituto Metodista Granbery teve seu
início em 1889, o Bispo John Cowper Granbery chega ao Brasil em 1886 com o intuito
de evangelizar os católicos da cidade. A obra educacional proposta pelo Instituto tinha a
intenção de apresentar uma perspectiva “moderna” de ensinar o aluno a pensar
livremente, a construir um caráter bem formado e a reconhecer os reais valores da vida.
O Instituto possui um Museu e um Acervo próprio, onde é possível descobrir e conhecer
mais sobre a história do espaço, das pessoas envolvidas em seu desenrolar, porém não
são locais de acesso facilitado a sociedade, pois possuem pouco cuidado e recursos. Já o
Cine Theatro Central fica localizado na Rua Halfeld, sendo ele um dos principais
cartões postais da cidade, foi inaugurado em 1929 e precisou de um ano e meio para a
conclusão. Possui características clássicas, influencias ecléticas e art decó, foi decorado
pelo Italiano Ângelo Bigi, onde ele presenteou o espaço com pinturas que contavam
com participação de seres da mitologia grega antiga, além de grandes nomes da história
da musica como Wagner e Beethoven. Foi adquirido pela UFJF em 1994 e faz parte do
patrimônio cultural brasileiro desde então, sendo restaurado em 1996, recebe grandes
nomes da música brasileira, dentre outros atos culturais de diversos estilos.

Grupo VI – Brasília – DF

O Grupo seis nos levou a uma viagem até Brasília para conhecer um pouco mais sobre a
trajetória de vida de Oscar Niemeyer que nasceu em 1907 e faleceu em 2012, no auge
dos seus 104 anos. Formado em arquitetura é um dos nomes mais citados quando o
assunto é modernismo em todo o mundo, especialista em uso de concreto, vidros, curvas
e vão livres. A Catedral Metropolitana de Nossa Senhora Aparecida, foi concluída em
1962, projetada por Oscar em parceria com Joaquim Cardozo. Sendo o primeiro
monumento de Brasília, foi inaugurada em maio de 1970, foi considerada patrimônio
cultural da humanidade pela UNESCO em 1987 e foi tombada em 1990 pelo patrimônio
histórico e artístico nacional. Considerada por muitos o ícone do modernismo, foi
projetada para refletir uma ideia religiosa e um momento de oração. Possui algumas
obras de arte em seu entorno e passou por algumas adaptações ao longo do tempo, como
a coloração nos vitrais, feitos por Marianne Peretti. O Palácio do Itamaraty é onde
funciona a sede do ministério das relações exteriores e foi inaugurado em 1970. Com o
intuito de apresentar o Brasil aos visitantes estrangeiros, possui um paisagismo do
renomado Burle Marx em todo o seu entorno e todos os matérias utilizados em sua
construção são provindos do Brasil. Possui um lago artificial a sua volta para dar uma
impressão de infinidade ao local e deixa-lo mais bonito. O Palácio da Alvorada é a atual
moradia do Presidente da República, foi inaugurado em junho de 1958 e foi o primeiro
prédio construído de alvenaria no Brasil, sendo uma das edificações mais importantes
do modernismo arquitetônico brasileiro. Localizado numa península que divide o lago
Paranoá em lago sul e lago norte. Possui uma configuração horizontal que remete as
antigas casas de Fazenda do Brasil colonial, possui um espelho d’água que reflete a
imagem da edificação e nele está fixado uma obra do artista plástico Alfredo Ceschiatti,
denominada de As Iaras. Passou por uma restauração entre 2004 e 2006 e foi alvo de um
atentado a democracia no último 08 de janeiro, tendo então que passar por novas
restaurações. Foi tombado em 2007 e precisará de manutenção constante.

Grupo VII – São Joao Del Rei – MG

O grupo nos levou a uma viagem nostálgica pela história de São João Del Rei, cidade
barroca que surgiu com a febre do ouro ocorrida no estado. Teve o seu primeiro núcleo
povoado em 1704 e so veio aumentando desde então. Viagem está iniciada no museu
regional, patrimônio histórico nacional construído em 1859, que fica localizado no
centro histórico da cidade, retrata o cotidiano dos séculos XVIII e XIX. Possui um
amplo acervo que passeiam entre telas, ferramentas antigas e esculturas. O Museu tenta
manter viva a história e o cotidiano antigo da cidade. Partimos então para a catedral
basílica Nossa Senhora do Pilar, construída em 1721 por iniciativa da irmandade
Santíssimo Sacramento. Em 1750 a edificação estava praticamente concluída e ornada.
Teve o seu tombamento por sua importância cultural. Possui características de todas as
irmandades pertencentes naquela época e possui um acervo amplo. Terminamos numa
viagem de trem pela Maria Fumaça, vulgo “Bitolinha”, inaugurada por Dom Pedro II
em 1881, possuía um trajeto que possuía mais de 684km, apesar de hoje possuir apenas
12km, que vai de São Joao Del Rei à Tiradentes. Foi tombada pelo patrimônio histórico
cultural em 1989 e hoje serve apenas para o turismo local.

Grupo VIII – Juiz de Fora – MG

O penúltimo grupo nos levou para lugares bastante conhecidos da cidade de Juiz de
Fora o Museu Mariano Procópio. Sendo o primeiro museu de Minas Gerais, que foi
inaugurado em 1915, inicialmente como um museu particular para guardar os achados e
conquistas das viagens de Alfredo Ferreira Lage. Em 1922 ele criou outra sala onde
batizou de Galeria Maria Amélia, em homenagem a sua mãe, que adorava arte. Toda a
coleção foi tombada em 1939 e o conjunto arquitetônico tombado em 2015. O museu
ficou um grande período fechado para manutenção, funcionando apenas a área do
jardim e agora em 2023 foi onde sua totalidade entrou em funcionamento. O Morro do
Imperador foi inaugurado em julho de 1906, sendo o mirante Salles de Oliveira
construído no final dos anos 60 e inaugurado em março de 1970. Levando o nome de
morro do imperador por conta de uma visita de Dom Pedro II ao local e foi tombado
pela prefeitura de Juiz de Foram em 1990. A Casa D’Itália foi inaugurada em 1939 e
fica localizada na Av. Barão do Rio Branco. Funciona atualmente como representante do
consulado da Italia de Minas Gerais, possui também em seu prédio a Capela E San
Francesco Di Paola, Uma Biblioteca e um Restaurante. Foi tombado em 1985 pela
prefeitura de Juiz de Fora

Grupo IX – Tiradentes – MG / Petrópolis – RJ / Manaus – AM

O Último grupo nos fez viajar, literalmente por diversos estados do Brasil, iniciando
pela Igreja Matriz de Santo Antônio, em Tiradentes (MG), onde teve o inicio da sua
construção em 1710 e finalizando apenas em 1752. Palco de diversas festividades
religiosas da cidade, a Igreja recebe diversas visitas diariamente, além de alguns
casamentos, mas possui também em sua matriz 116 pessoas enterradas em covas
enumeradas, pessoas estas sendo de diversas camadas sociais da cidade. Partimos para
Petrópolis (RJ), onde conhecemos a casa de veraneio de Santos Dumont, onde relatos
dizem que foi desenhada por ele mesmo e construída em 1918. Seu interior é todo
projetado para Santos Dumont, que possuía pouco mais de 1,50m. Ele fez adaptações
tanto no interior, quanto no exterior da casa, sendo a escadaria da entrada uma das
grandes curiosidades do ressinto. A Casa ficou conhecida como “Encantada”. A casa foi
tombada em julho de 1952 e faz hoje parte do patrimônio histórico e artístico nacional.
Por fim, paramos no Teatro Amazonas (AM) que foi inaugurado em 1896, no Largo de
São Sebastião. Sua construção apenas foi possível devido ao ciclo da borracha. Hoje é
considerado um dos teatros mais importantes do país. Passou por diversas reformas,
sendo a sua última em 2001. Foi tombado em 1966, sendo o primeiro monumento
tombado em Manaus.

Conclusão:

Na minha conclusão reitero que todas as apresentações foram de suma importância para
mim, pois fui apresentado a diversos locais que eu passava em frente e nem sabia de sua
existência. Seus interlocutores vieram bem preparados com todas as informações
necessárias e sempre com uma curiosidade a mais debaixo da manga para aumentar
ainda mais a minha curiosidade em conhecer tais locais. A Casa de veraneio de Santos
Dumont e Tiradentes foram os que mais chamaram a minha atenção. Muita
ancestralidade e representatividade também foi presentes em alguns grupos e isso foi
importante para mostrar aos demais grupos que nem só de patrimônios matérias vivem
os homens. Concluo enfim que sai satisfeito com cada patrimônio apresentado em sala.

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