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A CIDADE

E A ARTE
PÚBLICA
8ºANO
ARTE
PRÓ:DANIELA
As cidades são formadas por
pessoas,casas,ruas,bairros...
Algumas delas tem
rios e lagos,outras
são banhadas pelo
mar...
 Umas tem mais campos e vegetetação outras
mais carros e edifícios;enfim há uma grande
diversidade delas.
 Elas são uma forma de expressão dinâmica e
coletiva.
 Asinstituições públicas como a Prefeitura e
a Câmara dos Vereadores tem grande parte
da responsabilidade de gerenciar e
transformar a cidade,mas as associações de
moradores e outras organizações civis tem
um papel cada vez maior em sua
administração.
 Em geral é també m o poder pú blico que institui
regulamentaçõ es e usos e contrata intervençõ es artísticas
para á reas pú blicas.Algunas vezes instituiçõ es
particulares fazem esse papel e em alguns casos os
arquitetos,paisagistas e urbanistas contratados para
debater,opinar e projetar as transformaçõ es urbanas
convidam artistas para que deem mais vitalidade a
edifícios e espaços urbanos.
 Muitas açõ es artísticas ocorrem nos espaços pú blicos por
iniciativa dos cidadã os .Essas intervençõ es podem ser
autorizadas ou nã o e algumas vezes ultrapassam o limite
da legalidade.
 Nos pró ximos slides vamos conhecer lugares,bairros e
cidades que foram modificados pela presença da arte,seja
por iniciativa pú blica ou dos cidadã os.
 Vamos pensar em como a cidade pode se relacionar com o
processo criativo de uma artista.
A Fonte dos Quatro Rios,em Roma foi concebido
pelo arquiteto e escultor italiano Gian Lorenzo
Bernini(1598-1680)no período chamado de
barroco.Naquela é poca os chafarizes eram um
elemento essencial na decoraçã o urbana.
 Nesse famoso conjunto o escultor celebra o encontro da
natureza com a cidade com figuras alegó ricas que
representam os rios mais importantes de quatro
continentes.Seu projeto promove também o encontro com a
histó ria ao colocar no centro daa fonte um obelisco
construído pelos romanos na Antiguidade.
 O grupo Tá na Rua é formado por um coletivo de atores
que busca os espaços livres e abertos da rua para fazer
teatro.O grupo surgiu em 1980 no Rio de Janeiro
encabeçado pelo ator e diretor Amir Haddad (1937),um
defensor de novas políticas para arte pú blica.
 O Tá na Rua ocupa um sobrado no bairro da Lapa onde
realiza oficinas teatrais,ensaios e celebraçõ es.Resgatando
a dramaticidade das festas populares em seus
espetá culos o grupo atua cada vez mais pró ximo de sua
platé ia.
 Amir afirma : “Eu tenho uma utopia de que artista seja
sustentado pela cidade,pelo cidadã o que reconhece o
artista como seu patrimô nio”.
 O mú sico Vitor Ramil(1962)na mú sica “Satolep”de
1984,canta seu cotidiano em Pelotas,Rio Grande do
Sul.Em meados da década de 1990 ele vivia no Rio de
Janeiro quando decidiu voltar para sua cidade natal e
assumir a identidade que tinha com a cultura sulista.
 Passou a defender a esté tica do frio,uma arte ligada ao
ambiente subtropical.Reuniu mú sicos locais e compô s
milongas e cançõ es que expressam o clima frio e
introspectivo e a paisagem de planície da regiã o.
 O grupo Olodum que desde o início dos anos 1980 ocupa o
bairro do Pelourinho em Salvador é uma organizaçã o
cultural que fomenta a arte por meio da mú sica.
 A cultura percussivdiçõ es a praticada e ensinada pelo
Olodum cultiva os valores e tradiçõ es socioculturais afro-
brasileiros.
 O grupo consiste em um bloco de Carnaval
organizado,uma banda,um grupo de teatro e uma
escola.Mobiliza jovens e crianças dos bairros de Maciel e
do Pelourinho onde está a Casa Olodum.O projeto é um
exemplo de como a arte pode criar e fortalecer o vínculo
dos moradores com a cidade.
 A escultura Caixa de fó sforo foi encomendado ao artista
sueco naturalizado norte-americano Claes
Oldenburg(1929) como parte do projeto que preparou
Barcelona na Espanha para as Olimpíadas de 1992.A
escultura de mais de 20 metros foi instalada em uma
praça em um bairro que foi revitalizado para o evento ao
lado de uma avenida e alguns “palitos de fó sforos”foram
espalhados por calçadas pró ximas.
 O Caranguejo da Rua da Aurora como a escultura abaixo é
conhecida, foi instalado pela Prefeitura do Recife a beira do
rio Capibaribe,onde surgiu o movimento mangue beat,no
início da dé cada de 1990.O movimento musical reuniu
artistas e bandas como Chico Science e Naçã o Zumbi Mundo
Livre C/A .Os jovens mú sicos usaram o caranguejo e o
ecossistema local o mangue como metá fora do homem
socialmente marginalizado que vive a fome e a pobreza mas
tem o poder de mudar o
 mundo.
 Obra coletiva realizada
por quatro
artistas,Augusto
Ferrer,Eddy Polo,Jorge Alberto
Barbosa e Lú cia Padilha,Carne
da minha perna,2004 e 2005.
Escultura de sucata de ferro.
 Em 2005 José Resende(1945)um artista que estudou
arquitetura e sempre se interessou pelo espaço pú blico,foi
convidado pela 5ªBienal do Mercosul para realizar um
projeto na á rea do gasô metro em Porto Alegre.E optou por
instalar uma plataforma em balanço isto é,apoiada em
apenas um dos lados que se projeta em direçã o ao lago
Guaíba.A estrutura foi rapidamente apropriada pela
populaçã o que pô de usá -la como um mirante privilegiado
para observar a paisagem.Daí o nome escolhido em
concurso:Olhos atentos.
 Em 2006 a estrutura teve de ser modificada para
suportar com segurança o uso muitas vezes ousado feito
pelos jovens.
 Em 2009 sem manutençã o adequada a obra foi
interditada.A opiniã o da populaçã o,dos artistas e dos
orgã os pú blicos se divide entre restaurar ou demolir a
estrutura.
 Esta escultura intitulada escultura sem nome,
instalada na praia do José Menino,na cidade de
Santos no litoral paulista,é um marco visual da
região.Feita de aço tem 15 metros de altura ,pesa
60 toneladas e pode ser vista tanto de São Vicente
cidade vizinha como das embarcações que
transitam no movimentado porto de Santos.
 A escultura sem nome é obra de Tomie Ohtake(1913-
2015)artista brasileira nascida no Japão.Foi
inaugurada durante as comemorações do centenário
da imigração japonesa no Brasil.
PIONEIROS DA ARTE PÚBLICA NO BRASIL
 Dois artistas marcaram os primó rdios da arte pú blica no
Brasil:Mestre Valentim e Aleijadinho.Ambos eram
mulatos e foram contemporâ neos.
O mineiro Mestre Valentim(1945-
1813)projetou o primeiro local público de
lazer do Rio de Janeiro então capital do vice-
reino,o Passeio Público inaugurado em 1785.
 Foi ele também o responsável pelas peças de arte
pública isto é os chafarizes para o abastecimento de
água e as formas ornadas que foram instaladas no
jardim.
 Entre as que se conservaram até hoje estão as
esculturas hidráulicas fundidas em ferro que
representam dois jacarés na Fonte dos Amores.
 Na cidade de Congonhas do Campo foi construido o
primeiro espaço pú blico em que o conjunto arquitetô nico
foi concebido com um monumental arranjo de esculturas:o
Santuá rio do Senhor Bom Jesus de Matosinhos,obra
realizada pelo arquiteto e escultor mineiro Antonio
Francisco Lisboa,o Aleijadinho (1730-1814).
 O conjunto que foi declarado Patrimô nio Cultural da
Humanidade pela Unesco,é constituido por uma igreja
sobre uma colina e frente a qual foram instaladas as
esculturas de pedra-sabã o que representa os doze
profetas.Ainda faz parte desse conjunto no declive que se
segue uma sé rie de capelas que abrigam as esculturas de
madeira que encenam os Passos da Paixã o de Cristo.
CULTURA MUSICAL URBANA
 A produçã o cultural contemporâ nea pode estar
relacionada aos costumes locais.Muitos artistas estã o
interessados em resgatar tradiçõ es acrescentando um
olhar contemporâ nea e uma pitada de influências externas
aos saberes ancestrais.
 Na mú sica diversas tradiçõ es se misturam de
forma quase natural mas é sempre possível
retomar a força de um ritmo tradicional.
 Esse movimento de resgate aconteceu em é pocas
diferentes na cultura musical em trê s regiõ es do
Brasil:no Rio Grande do Sul,na Bahia e em
Pernambuco.
 No Rio Grande do Sul,foi a cultura pampeira ,na
Bahia a cultura afro e em Pernambuco a cultura
mangue beat.
QUEM PAGA PELA ARTE NA CIDADE?
 Até o sé culo XX,podemos dizer que a arte pú blica estava
a cargo do Estado,da Igreja e de mecenas com o fim de
celebrar ou comemorar conquistas,reafirmar o poder de
grupos e pessoas,estimular a fé ,melhorar os
equipamentos urbanos ou mesmo embelezaros espaços
de convívio social.
 "Está tua de Cosme de Mé dici, um dos grandes mecenas do Renascimento”
 Alguns projetos arquitetô nicos especialmente
aqueles que foram concebidos segundo os ideais
modernos como os edifícios de Brasília
propunham em geral um diá logo entre arte e
arquitetura.
Congresso Nacional Museu Nacional de Brasília
 Hoje a arte com a qual convivemos na
cidade nem sempre é proposta por
instituições .
 Ela pode ser fruto de iniciativa dos
cidadãos.
CRISTO REDENTOR
 Escultura de concreto armado e pedra-sabã o ,30 metros de altura
idealizado por Paul Landowski.O Cristo Redentor foi financiado
principalmente por famílias cató licas e doado a arquidiocese do Rio de
Janeiro. Alé m do significado do gesto de abençoar e proteger a
cidade,essa grande escultura é també m um marco visual importante
do local.A 700 metros de altura ,no morro do Corcovado,ela pode ser
vista de quase todos os pontos da cidade.
 Amilcar de Castro,sem título,Assembléia Legislativa,Belo
Horizonte,MG,1988.O artista mineiro Almicar de
Castro(1920-2002)costumava realizar suas esculturas com
grossas chapas de aço inoxidá vel,cortadas e dobradas como
se fossem folhas de papelã o.Seus trabalhos pesam
toneladas e foram projetadas para ficar ao ar livre.A obra
foi adquirida pelo governo do estado de Minas Gerais.
 Intervençã o do artista francês Invader em Sã o Paulo,SP,2011.O
artista francês que usa o codinome Invader esteve em Sã o Paulo
em 2011 e realizou diversas intervençõ es em muros e paredes
da cidade,fazendo mosaicos de azulejos com o formato dos
personagens do videogame Space Invaders.O jogo foi uma febre
entre os adolescentes dos anos de 1980.As intervençõ es de
Invader em Sã o Paulo foram financiadas pelo pró prio artista.

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