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HISTÓRIA DA ARTE

NO BRASIL
Arte Rupestre – Pré História
As mais importantes pinturas rupestres do Brasil:
· PEDRA PINTADA (PA), aqui, em 1996, a arqueóloga americana
Anna Rosevelt achou pinturas com cerca de 11.000 anos.
· PERUAÇU (MG), tem vários estilos de pinturas entre 2.000 a
10.000 anos. Exibe espetaculares desenhos geométricos.
· LAGOA SANTA (MG), suas pinturas de animais, conhecidas desde
1834, têm entre 2.000 e 10.000 anos de idade.
· SÃO RAIMUNDO NONATO (PI), segundo Niède Guindon, da
Universidade Estadual de Campinas, possui vestígios humanos de
40.000 anos e pinturas de 15.000 anos.

Para seu conhecimento:


A tinta de pedra é feita de cacos de minério que forneciam as cores
para as pinturas rupestres: os artistas raspavam as pedras para
arrancar os pigmentos coloridos, o vermelho e o amarelo vinham do
minério de ferro, o preto, do manganês. Misturado com cera de
abelha ou resina de árvores o pigmento virava tinta.
Arte Indígena
Os olhos e as mentes intelectuais da humanidade começaram no
séculoXX a reconhecer os povos nativos como culturas diferentes das
civilizações oficiais e vislumbraram contribuições sociais e ambientais
deixadas pelos guerreiros que tiveram o sonho como professores. Mas a
maior contribuição que os povos da floresta podem deixar ao homem
branco é a prática de ser uno com a natureza interna de si. A Tradição
do Sol, da Lua e da Grande Mãe ensinam que tudo se desdobra de uma
fonte única, formando uma trama sagrada de relações e inter-relações,
de modo que tudo se conecta a tudo. O pulsar de uma estrela na noite é
o mesmo que do coração. Homens, árvores, serras, rios e mares são um
corpo, com ações interdependentes. Esse conceito só pode ser
compreendido através do coração, ou seja, da natureza interna de cada
um. Quando o humano das cidades petrificadas largarem as armas do
intelecto, essa contribuição será compreendida. Nesse momento
entraremos no Ciclo da Unicidade, e a Terra sem Males se manifestará
no reino humano.
Arte Colonial
Após a chegada de Cabral, Portugal tomou posse do território e transformou o
Brasil em sua colônia. Primeiramente, foram construídas as feitorias, que eram
construções muito simples com cerca de pau-a-pique ao redor porque os
portugueses temiam ser atacados pelo índios. Preocupado com que outros povos
ocupassem terras brasileiras, o rei de Portugal enviou, em 1530, uma expedição
comandada por Martim Afonso de Sousa para dar início à colonização. Martim
Afonso fundou a vila de são Vicente (1532) e instalou o primeiro engenho de
açúcar, iniciando-se o plantio de cana-de-açúcar, que se tornaria a principal fonte
de riqueza produzida no Brasil.
Após a divisão em capitanias hereditárias, houve grande necessidade de construir
moradias para os colonizadores que aqui chegaram e engenhos para a fabricação
de açúcar. Pátio do
Colégio

Igreja Matriz de
Cananéia
Arte Holandesa
Na virada do século, os portugueses defenderam o Brasil dos invasores ingleses,
franceses e holandeses. Porém, os holandeses resistiram e se instalaram no
nordeste do país por quase 25 anos (início em 1624).
O Conde Maurício de Nassau trouxe à “Nova Holanda” artistas e cientistas que se
instalaram em Recife. Foi sob a orientação de Nassau que o arquiteto Pieter Post
projetou a construção da Cidade Maurícia e também os palácios e prédios
administrativos.
Embora fosse comum a presença de artistas nas primeiras expedições enviadas à
América, Maurício de Nassau afirmou, em carta à Luiz XIV, em 1678, ter a sua
disposição seis pintores no Brasil, entre os quais Frans Post e Albert Eckhout.
Holandeses, flamengos, alemães, os chamados pintores de Nassau, por não serem
católicos, puderam facilmente dedicar-se a temas profanos, o que não era
permitido aos portugueses. Em conseqüência disso foram os primeiros artistas no
Brasil e na América a abordar a paisagem, os tipos étnicos, a fauna e a flora como
temática de suas produções artísticas, livre dos preconceitos e das superstições que
era de praxe se encontrar nas representações pictóricas que apresentavam temas
americanos. Foram verdadeiros repórteres do século XVII.
ALBERT
ECKHOUT
Arte Barroca
O estilo barroco desenvolveu-se plenamente no
Brasil durante o século XVIII, perdurando ainda
no início do século XIX. O barroco brasileiro é
claramente associado à religião católica. Duas
linhas diferentes caracterizam o estilo barroco
brasileiro. Nas regiões enriquecidas pelo
comércio de açúcar e pela mineração,
encontramos igrejas com trabalhos em relevos
feitos em madeira - as talhas - recobertas por
finas camadas de ouro, com janelas, cornijas e
portas decoradas com detalhados trabalhos de
escultura. Já nas regiões onde não existia nem
açúcar nem ouro, as igrejas apresentam talhas
modestas e os trabalhos foram realizados por
artistas menos experientes e famosos do que os
que viviam nas regiões mais ricas.
O ponto culminante da integração entre
arquitetura, escultura, talha e pintura aparece
em Minas Gerais, sem dúvida a partir dos
trabalhos de Aleijadinho.
Arte Francesa
Nesse momento, o Brasil recebe forte influência cultural européia, intensificada
ainda mais com a chegada de um grupo de artistas franceses (1816) encarregado
da fundação da Academia de Belas Artes (1826), na qual os alunos poderiam
aprender as artes e os ofícios artísticos. Esse grupo ficou conhecido como Missão
Artística Francesa.
Os artistas da Missão Artística Francesa pintavam, desenhavam, esculpiam e
construíam à moda européia. Obedeciam ao estilo neoclássico (novo clássico), u
seja, um estilo artístico que propunha a volta aos padrões da arte clássica (greco-
romana) da Antigüidade.

Nicolas-Antonine Taunay Jean-Baptiste Debret


Pintura Acadêmica
Uma das características gerais da pintura acadêmica é seguir os
padrões de beleza da Academia de Belas Artes, ou seja, o artista não
deve imitar a realidade, mas tentar recriar a beleza ideal em suas
obras, por meio da imitação dos clássicos, principalmente os gregos,
na arquitetura e dos renascentistas, na pintura.

Pedro Américo de Figueiredo e Melo


Vitor Meireles de Lima

José Ferraz de Almeida Júnior


Semana de Arte Moderna de 1922
Essa arte nova aparece inicialmente através da atividade crítica e literária de Oswald de
Andrade, Menotti del Picchia, Mário de Andrade e alguns outros artistas que vão se
conscientizando do tempo em que vivem. Oswald de Andrade, já em 1912, começa a falar do
Manifesto Futurista, de Marinetti, que propõe “o compromisso da literatura com a nova
civilização técnica”.
Mas, ao mesmo tempo, Oswald de Andrade alerta para a valorização das raízes nacionais,
que devem ser o ponto de partida para os artistas brasileiros. Assim, cria movimentos, como
o Pau-Brasil, escreve para os jornais expondo suas idéias renovadores de grupos de artistas
que começam a se unir em torno de uma nova proposta estética.
Antes dos anos 20, são feitas em São Paulo duas exposições de pintura que colocam a arte
moderna de um modo concreto para os brasileiros: a de Lasar Segall, em 1913, e a de Anita
Malfatti, em 1917.
Essa divisão entre os defensores de uma estética conservadora e os de uma renovadora,
prevaleceu por muito tempo e atingiu seu clímax na Semana de Arte Moderna realizada nos
dias 13, 15 e 17 de fevereiro de 1922, no Teatro Municipal de São Paulo. No interior do
teatro, foram apresentados concertos e conferências, enquanto no saguão foram montadas
exposições de artistas plásticos, como os arquitetos Antonio Moya e George Prsyrembel, os
escultores Vítor Brecheret e W. Haerberg e os desenhistas e pintores Anita Malfatti, Di
Cavalcanti, John Graz, Martins Ribeiro, Zina Aita, João Fernando de Almeida Prado,
Ignácio da Costa Ferreira, Vicente do Rego Monteiro e Di Cavalcanti (o idealizador da
Semana e autor do desenho que ilustra a capa do catálogo).
Antropofagia
Tarsília do Amaral
Samba - Di
Cavalcanti
A Negra – Tarsília do Amaral

Operários
Tarsília do
Amaral

Carnaval - Di
Cavalcanti
Arte Expressionista
No Brasil, observa-se, como nunca, um desejo expresso e intenso de
pesquisar nossa realidade social, espiritual e cultural. A arte
mergulha fundo no tenso panorama ideológico da época, buscando
analisar as contradições vividas pelo país e representá-las pela
linguagem estética.
.
Arte Primitiva
A arte dos chamados "artistas primitivos" passou a ser valorizada
após o Movimento Modernista, que apresentou, entre suas
tendências, o gosto por tudo o que era genuinamente nacional. E um
artista primitivo é alguém que seleciona elementos da tradição
popular de uma sociedade e os combina plasticamente, guiando-se
por uma clara intenção poética. Geralmente esses pintores são
autodidatas e criadores dos recursos técnicos com que trabalham.

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