Você está na página 1de 22

Arte no Período Colonial Brasileiro

O Brasil Colônia, período entre 1530 à


1822 foi marcado pela exploração e
extrativismo da riqueza no Brasil por
meio mão de obra escrava.
Foi um longo período onde a
economia envolveu o Mercantilismo
(acúmulo de metais preciosos,
incentivo à manufatura) que ajudou a
consolidação da burguesia como
classe social dominante. O modelo de
produção estava vinculado ao
sistema Plantation: baseado na
divisão territorial de grandes
latifúndios, a produção agrícola da
monocultura, a mão de obra escrava
e a exportação para o mercado
externo, restando no país apenas
produtos de baixa qualidade.
Arte no Período Colonial Brasileiro

 SISTEMA IMPLANTADO: Mercantilismo: a


exploração e extrativismo, acúmulo de riqueza,
escravidão, poder absoluto ao Rei.

 CICLOS DE PRODUÇÃO :
Ciclo do Pau Brasil (1500 - 1530)
Ciclo do Açúcar (XVI - XVIII)
Ciclo do Ouro (Final do séc. XVII)
Ciclo do Algodão (XVIII - XIX
Ciclo do Café (XVIII - XX)

 SISTEMA DE EXPLORAÇÃO PLANTATION:


LEME: Latifúndio, Escravidão, Monocultura e
Exportação.
OS PINTORES DE NASSAU: CICLO DO AÇÚCAR
 O Brasil foi dividido pelas Capitanias
Hereditárias: grandes lotes de terra herdadas de
pais para filhos, visando povoar a colônia e dividir
a administração do território.
A invasão holandesa do nordeste (1630-1654)
modificou as relações entre Portugal, Espanha e
Holanda. O período manteve a exploração da mão
de obra escrava e a comercialização do açúcar na
Europa, principal alvo de interesse dos
holandeses.
 Maurício de Nassau, estabeleceu a colônia
holandesa em Pernambuco e trouxe para o Brasil
um grupo de artistas conhecidos como “OS
PINTORES DE NASSAU: não eram católicos como
os portugueses e dedicavam em suas obras a
temas considerados do mundo material ou não
espiritual.
Foram os primeiros pintores a retratar a
paisagem, a fauna e a flora de maneira acadêmica
no Brasil.
OS PINTORES DE NASSAU: CICLO DO AÇÚCAR

São artistas desse grupo


identificados em documentos:
Frans Post, Albert Eckhout e
Georg Marcgraf.
As pinturas são de retratos de
grupos étnicos como os
indígenas em tamanho natural Cachoeira de Paulo Afonso
Mandioca, Albert Eckhout.

dos habitantes locais, Frans Post, 1649.

paisagens naturais que


valorizam as características
da natureza e da paisagem
tropical, a fauna e a flora do
Brasil.

Rio São Francisco, Frans Post, 1638.


OS PINTORES DE NASSAU: ECKHOUT

Foi o primeiro retrato realista de uma dança indígena brasileira. “Dança dos
Tarairiu”, Albert Eckhout
OS PINTORES DE NASSAU: ALBERT ECKHOUT

Frutas Tropicais, Albert Eckhout 1610-1666


OS PINTORES DE NASSAU: ECKHOUT

As pinturas do
período retratam
principais etnias
brasileiras, com
característica
realista, documental,
com elementos
marcantes de uma
representação
alegórica das etnias.

Mulher, 1641 Índia Tupi, 1641 Índio Tupi, 1641


Albert Eckhout
OS PINTORES DE NASSAU: FRANS POST (1612-1680)

Frans Post, pintor de paisagens, pintou a


região do nordeste e suas características
regionais, a topografia. As telas a óleo
pintadas no Brasil não fazem concessão
ao exotismo, sua paisagem é equilibrada e
subordinada à realidade inserindo
personagens exercendo atividades
relacionadas ao trabalho e a escravidão.

Paisagem Brasileira, Frans Post, 1650


Vista de Engenho e sua casa grande, Frans Post
1653-1657
O BARROCO NO BRASIL: CICLO DO OURO

O Barroco no Brasil se desenvolve com a expansão


colonial e também da Igreja Católica contrarreformista.
O Barroco brasileiro se desenvolveu de maneira mais
livre que o europeu presente na arquitetura das igrejas
e casas, no interior das cidades de Minas Gerais.
O Barroco está presente na Arquitetura, em Pinturas
de Afrescos e Esculturas de personagens religiosos.
No Brasil criou um estilo próprio, pelo artista
Aleijadinho (1730-1814) e Mestre Ataíde (1762-1830).
O BARROCO NO BRASIL: CICLO DO OURO

CARACTERÍSTICAS:

1. Ornamentação e decoração exuberante.


2. Escultura integrada ao projeto arquitetônico: colunas
tortas e arcos, presença do dourado, murais e pinturas no
Museu da Inconfidência, Ouro Preto/MG
teto, uso da iluminação para criar a sensação de mistério,
influência do Rococó e elementos da Arte oriental como
arabescos.
3. Representação Religiosa.
4. Riqueza em detalhes, exagero e busca estilística.
5. Dualismo artístico entre o Sagrado X Profano.
6. Arte aliada ao poder dos reis e da Igreja

Igreja de São Francisco de Assis, Ouro Preto/MG


O BARROCO NO BRASIL: Aleijadinho

 Antônio Francisco Lisboa, Aleijadinho nasceu


em Ouro Preto, antiga Vila Rica/MG. Filho de
português e mãe africana, é amplamente
considerado o maior representante brasileiro do
estilo barroco no Brasil.
 Nas obras na Igreja de São Francisco de
Assis, Aleijadinho trabalhou como escultor.
Mesmo após desenvolver uma doença que
afetou seus membros gradualmente, continuou
Os Profetas, Igreja de São Francisco de Assis
produzindo suas obras com a ajuda de
Ouro Preto/MG
assistentes que amarravam as ferramentas em
suas mãos para poder trabalhar. É por isso que
ficou conhecido como Aleijadinho.
O BARROCO NO BRASIL: Mestre Ataíde

Até o século XVIII, o barroco apresenta a


Escultura, a Pintura com temáticas religiosas.
A escultura do Barroco passa a ter como
principal função decorar altares, fachadas de
templos e palácios. As igrejas ricamente
decoradas evidenciam a intenção da Igreja
Católica em manter seus fiéis. Essa foi a época
da Contrarreforma, por isso a Arte tinha a
finalidade de transformar o culto num momento
sublime.

Pintura de Manuel da Costa Ataíde no


teto da Igreja de São Francisco de
Assis.
DIFERENÇAS ENTRE O BARROCO EUROPEU X BRASILEIRO
 A diferença do Barroco brasileiro do europeu
está na suavidade das formas, decorativas e
exuberantes. Já o barroco europeu tinha como
característica uma dramaticidade, jogo de luz,
sombra e o apelo emocional. O Barroco no Brasil
se adaptou na arquitetura com as características
físicas e o clima tropical.
 As raízes da Arte brasileira encontra-se no Anjos Músicos, Mestre Ataíde,
período Barroco, pois aqui não existiu Arte 1807.
clássica ou renascentista.

Rapaz com Cesto de A Lição de Anatomia


Frutas, 1593, do Dr. Tulp,
Assunção da Virgem, Mestre
Caravaggio Rembrandt, 1632
Ataíde.
A MISSÃO ARTÍSTICA FRANCESA

 No século XIX aparecem grandes mudanças


na produção artística no Brasil com relação aos
séculos anteriores. Chega no Rio de Janeiro um
grupo de artistas franceses, liderados por
Joachim Lebreton, Jean-Baptiste Debret, e o
paisagista Nicolas Taunay, visando a formar a
primeira academia de arte no Brasil.
A MISSÃO ARTÍSTICA FRANCESA

CARACTERÍSTICAS:
1. Estilo neoclássico, figurativo e
narrativo.
2. Cenas cotidianas da cultura e
costumes povo brasileiro.
3. Denúncia ao Regime
Escravocrata no Brasil.

Viagem ao Brasil, Debret, 1816-1831


AS TRÊS GERAÇÕES DO SÉCULO XIX: 1ª GERAÇÃO

Fauna do Brasil, Martin Johnson Heade, 1860-1870


AS TRÊS GERAÇÕES DO SÉCULO XIX: 1ª GERAÇÃO

Fauna do Brasil, Martin Johnson Heade, 1860-1870|


AS TRÊS GERAÇÕES DO SÉCULO XIX: 1ª GERAÇÃO

Flores, Agostinho José da Mota, 1873


AS TRÊS GERAÇÕES DO SÉCULO XIX: 2ª GERAÇÃO

Primeira Missa no Brasil, Victor Meirelles, 1860


AS TRÊS GERAÇÕES DO SÉCULO XIX: 2ª GERAÇÃO

Independência ou Morte, Pedro Américo, 1888


AS TRÊS GERAÇÕES DO SÉCULO XIX: 3ª GERAÇÃO
Ciclo do Café

Caipira picando fumo, Almeida Junior, 1893


O violeiro, Almeida Junior
Referências Bibliográficas

ARTISTAS Viajantes. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira.


São Paulo: Itaú Cultural, 2022. Disponível em:
http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo3778/artistas-viajantes. Acesso em: 27
de janeiro de 2022. Verbete da Enciclopédia.
CATTANI, Icleia Maria Borsa. A produção artística no Brasil no Período Colonial e
no Século XIX.
BELLUZO, Ana Maria de Moraes. O Brasil dos Viajantes. Metalivros, São Paulo,
1995.

Você também pode gostar