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Universidade Federal de Santa Catarina

Centro de Filosofia e Ciências Humanas


História – História da Arte – 2022.1.
Professora: Daniela Queiroz Campos
Aluno: Miguel Ângelo dos Santos Demétrio

GINZBURG, Carlo. A espada e a lâmpada: Uma leitura de Guernica. In: Medo


Reverência e Terror. Quatro ensaios de iconografia política. São Paulo: Companhia
das Letras, 2014.

p. 71 “Tendo em vista a excepcional quantidade de testemunhos datados referentes


à sua gênese e evolução, Guernica constitui um caso ideal para se formularem
as questões, levantadas por Picasso, sobre ‘por que, como, em que
circunstâncias’ essa obra de arte foi feita” (GINZBURG).
Guernica foi mostrado pela primeira vez em 1937.
p. 72 “O enorme impacto de Guernica de Picasso na imaginação do século XX é
bem conhecido. A pintura é amplamente encarada como um manifesto
antifascista — um raro exemplo de uma grande obra de arte que transmite com
sucesso uma mensagem política” (GINZBURG)
p. 73, 74 Contexto em que Guernica foi mostrado pela primeira vez: no dia da
e 75 inauguração da Exposição Internacional, só os pavilhões da Itália, Alemanha e
União Soviética estavam prontos e tinham desenho arquitetônico classicizante.
Gottfried Benn usou o estilo dórico para a Alemanha nazista. (GINZBURG)
p. 76-77 União Soviética – foi utilizada a tradição democrática grega, mas também
superava suas limitações de classe e gênero. Para a Itália – foi utilizada a
tradição latina, combinada com elementos da Roma clássica, da Renascença e
do estilo internacional.
Os três pavilhões foram completados em 24 de maio de 1937. “O pavilhão
espanhol — um exemplo elegante e discreto de arquitetura funcionalista — foi
inaugurado em 12 de julho”. Picasso contribuiu para o pavilhão espanhol
(GINZBURG)
p. 78-79 Vera Mukhina, Operário e camponesa de kolkhoz (Rabochii i Kolkhoznitsa),
1937. (GINZBURG, p. 8)
Os tiranicidas se preparando para matar o tirano Hiparco: Harmódio e
Aristogíton. Réplica romana (117-38 d.C.) do original grego em bronze (480-
470 a.C.) (GINZBURG, p. 9)
p. 80 Sert supôs que o trabalho feito por Picasso no Pavilhão seria Guernica
“O pintor e seu modelo é um ‘tema inteiramente apolítico’” (GINZBURG)
p. 81 “A relação entre os esboços para O estúdio: o pintor e seu modelo e aqueles
para Guernica tem sido discutida com frequência, sobretudo em termos de
conteúdo”. (GINZBURG)
A “mitologia particular” de Picasso.
p. 82-83 Michel Leiris: “Parece evidente que a pintura — o ato de pintar — é para
P[Picasso] o mais importante de todos os temas” (GINZBURG).
p. 84, 85 “Os esboços de Picasso, bem como as fotografias de Dora Maar que registram
e 86 as metamorfoses de Guernica, confirmam que a ‘primeira ‘visão’’, rascunhada
em 1o de maio, de fato permaneceu ‘quase intacta’ até o fim” (GINZBURG)
O cavalo alado não sobreviveu até a versão final (influência - mitologia grega)
p. 87, 88 Os retratos feitos por Picasso anteriormente parecem antecipar a visão da
e 89 Grécia arcaica.
p. 90 e É observado há algum tempo que a própria estrutura do mural de Picasso tem
91 conotações clássicas (H. Barr Jr).
p. 92, 93 “Uma comparação entre esse esboço e os precedentes, que estavam perto do
e 94 quadrado, mostra que a inclusão da mulher que avança a partir da extrema
direita reorientava toda a composição, enfatizando suas características de
friso” (GINZBURG)
p. 95 e Classicismo: Fuseli - estilo classicista convulsivo e agitado (Girodet, Topino-
96 Lebrun), fisiognomonia.
p. 97 e “As dimensões de Guernica são similares — embora a obra seja um pouco
98 mais alongada — às de A morte de Caio Graco”. (GINZBURG).
Picasso pode ter conhecido por meio de uma variedade de
fontes, fornece um arcabouço para a compreensão da
tentativa contraditória de Guernica de ‘aproximar [o
cubismo] do museu e da ideia michelangelesca de um
estilo grandioso’, prejudicada pela ‘falta inata de
capacidade [por parte de Picasso] para a terribilità’.
(GINZBURG, 2014, p. 98 e 99)
p. 99, Apesar de semelhantes, Guernica é trágica e Estúdio com cabeça de gesso tem
100. um aspecto irônico (GINZBURG).
Referências a espanha a partir do touro e do cavalo.
p. 101 e “Como propaganda, Guernica é de fato muito estranho. Picasso, como
102 veremos, apagou deliberadamente do mural qualquer alusão política”
(GINZBURG).
p. 103 e “Guernica foi completado em junho de 1937, e exposto em julho — mês em
104 que Bataille publicou um número duplo de sua nova revista, Acéphale”
movendo-se no mesmo círculo os autores (GINZBURG).

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