Este documento resume trechos da introdução e do capítulo 1 do livro "Apologia da História ou O Ofício de Historiador" de Marc Bloch. Bloch discute a história como uma ciência das relações humanas no tempo, e como o ofício do historiador envolve escolher problemas, compreender o contexto histórico e estabelecer ligações entre passado e presente.
Descrição original:
Resenha do texto:
BLOCH, Marc. Introdução; Capítulo I. In: BLOCH, Marc. Apologia da História ou Ofício de Historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor Ltda, 2002. p. 41-69.Tradução: André Telles.
Elaborado por: Miguel Ângelo dos Santos Demétrio
Tarefa destinada para a disciplina de Introdução aos Estudos Históricos - 2021.1 - HST - UFSC.
Este documento resume trechos da introdução e do capítulo 1 do livro "Apologia da História ou O Ofício de Historiador" de Marc Bloch. Bloch discute a história como uma ciência das relações humanas no tempo, e como o ofício do historiador envolve escolher problemas, compreender o contexto histórico e estabelecer ligações entre passado e presente.
Este documento resume trechos da introdução e do capítulo 1 do livro "Apologia da História ou O Ofício de Historiador" de Marc Bloch. Bloch discute a história como uma ciência das relações humanas no tempo, e como o ofício do historiador envolve escolher problemas, compreender o contexto histórico e estabelecer ligações entre passado e presente.
Disciplina: Introdução aos Estudos Históricos Semestre: 2021|1 Prof. Rodrigo Bragio Bonaldo Miguel Ângelo do Santos Demétrio (20101321)
RESENHA
BLOCH, Marc. Introdução; Capítulo I. In: BLOCH, Marc. Apologia da História ou O
Ofício de Historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor Ltda, 2002. p. 41-69. Tradução: André Telles.
O historiador medievalista francês Marc Bloch, formado na Escola Normal
Superior de Paris e na Lycée Louis-le-Grand, foi o autor do livro Apologia da História ou O Ofício de Historiador, publicado em 1949. Ele expressou através de sua obra, respectivamente entre a introdução e o capítulo I, todo o contexto que envolve pensamento do que é a história como ciência dos homens no tempo e como seria o ofício do historiador, introduzindo com a sua legitimidade as problemáticas da história, contemplando com a perspectiva da relação entre história, os homens e o tempo. Na Introdução, o autor apresenta primeiramente a legitimidade da história a partir das experiências ao seu redor; das relações com a memória e os pensamentos correlacionados que constituímos como história (séc. XIX-XX), onde se divergem e conectam-se ao mesmo tempo: o debate da história como ciência; as suas interdisciplinaridades filosóficas e sociológicas; a religião histórica (cristianismo); as metodologias e pensamentos que permeiam o que é utilitário e o agradável, por exemplo. E isso atesta os debates que ocorrem a partir destas problemáticas, que implica nesta necessidade de instigar o leitor, sendo ele acadêmico ou não, a se pensar a história como ciência do ser humano em relação ao tempo, o ofício do historiador. Já no capítulo I: A história, os homens e o tempo em “A escolha do historiador”: o autor prossegue com o este pensamento refletindo o surgimento da palavra história e de como sua finalidade muda em decorrência com o tempo, onde o historiador utilizando o seu ofício, parte da escolha de problemáticas para o seu trabalho. Bloch continua com os tópicos “A história e os homens” e “O tempo histórico”, onde expressa que, por meio das relações e atos coletivos das pessoas ao seu redor e a temporalidade, entrelaçada muitas vezes na interdisciplinaridade de outras ciências, isso resulta na “obra de uma sociedade que remodela, segundo suas necessidades [...] um fato eminentemente ‘histórico’” (BLOCH, 2002, p. 54). Isso acaba refletindo nos debates de forma de como escrever a história, nas suas interdisciplinaridades filosóficas e sociológicas (o positivismo) entre os séculos XIX e XX, onde as metodologias e pensamentos sobre os trabalhos históricos permeiam entre a arte e a ciência, agradável e útil. No penúltimo tópico, “O ídolo das origens”, o autor mostra ao leitor, a partir da obsessão das origens e da construção de um início ideal, o perigo de se estudar um fenômeno sem refletir e compreender o seu momento no tempo histórico, tanto do problema pesquisa quanto da vida do historiador. E isso conversa com o último tópico do capitulo “Passado e presente” que, em suma, nos mostra a necessidade do historiador estar ligado nas relações entre o passado-presente, pois “o erudito que não tem o gosto de olhar a seu redor nem os homens, nem as coisas, nem os acontecimentos, [ele] merecerá talvez, como dizia Pirenne, o título de um útil antiquário. E agirá sensatamente renunciando ao de historiador” (BLOCH, 2002, p. 66). Diante disso, foi observado nestes trechos que a história como ciência tem suas peças chaves: a relação dos homens (humanidades) com o tempo, onde o passado- presente se mostra crucial para se compreender. Sua constante mudança, tanto na compreensão da forma ou como na parte de instrumentos e metodologias, mostra o tamanho peso e importância presentes neste oficio, cabendo ao historiador junto com a humanidade o trabalho de compreender, problematizar, produzir e divulgar a história.