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COLÉGIO SALESIANO DOM BOSCO

Disciplina: Arte.
Profa.: Adriana D Alessio.
Conteúdo Extra: Arte Moderna no Brasil.

MODERNISMO NO BRASIL – SEMANA DE ARTE MODERNA DE 1922:

Neste ano de 2022, o Brasil comemora o centenário da “Semana de Arte Moderna de 1922”.

A “Semana de 22” foi um evento cultural que aconteceu nos dias 13, 15 e 17 de fevereiro, no Theatro
Municipal de São Paulo, reunindo artistas de diferentes campos de atuação, como a pintura, escultura,
arquitetura, literatura e música.
Os organizadores e participantes deste evento desejavam modernizar o estilo artístico no país, foram
influenciados pelos movimentos que aconteciam na Europa e nos EUA (cubismo, expressionismo,
outros), porém rejeitavam que a produção brasileira fosse uma cópia das tendências modernas
internacionais, desta forma defendiam a busca por uma arte nacional autêntica, que refletisse a
cultura e afirmasse a identidade brasileira.
Alguns artistas visuais conhecidos que participaram da exposição foram: Emiliano Di Cavalcanti,
Anita Malfatti, Vicente do Rego Monteiro e Victor Brecheret.
A Semana de Arte Moderna de 1922, foi importante pois rompeu com a arte acadêmica tradicional
da época (realista) e marcou o início do desenvolvimento do Modernismo no Brasil.
Á partir deste evento, artistas de outras cidades do Brasil passaram a refletir e discutir sobre o caminho
que desejavam para a cultura do nosso país, e diversos movimentos artísticos foram surgindo.

“Tropical” (1917) - Anita Malfatti.

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“Samba” (1925) - Di Cavalcanti.

- PRIMEIRA FASE MODERNISMO - 1922 à 1930 - busca afirmar a identidade nacional:

1) Movimento Pau-Brasil:
Foi lançado em 1924 pelo escritor Oswald de Andrade e a artista Tarsila do Amaral.
Os temas das pinturas valorizavam o nativo brasileiro, a cultura popular, as paisagens urbanas e
rurais. No estilo artístico as formas são simplificadas, com influência do cubismo, predominam as cores
fortes, nacionais e que remetem a tropicalidade do Brasil.

“Morro da favela” (1925) – Tarsila do Amaral.

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2) Movimento Antropofágico:
Foi lançado em 1928, quando a artista Tarsila do Amaral, já casada com o escritor Oswald de Andrade,
presenteou o marido com uma pintura de figura primitiva que ocupa todo o quadro.
Oswald a chamou de “Abaporu”, que em tupi-guarani significa antropófago: homem que come gente
(canibal). Estimulado pela obra, ele escreveu o “Manifesto Antropófago” e os artistas fundaram o
movimento.

* A pintura Abaporu simboliza “o devorador da cultura europeia”, no sentido que a ideia dos artistas
era absorver as tendências artísticas modernistas europeias - como o cubismo e o surrealismo - para
transformá-las em uma arte original com identidade nacional.
Os temas nas pinturas apresentam influência do surrealismo, as imagens parecem sair de um mundo
de sonhos, com animais e paisagens imaginárias. No estilo artístico predominam as formas
simplificadas e primitivistas (o nativo indígena, africano), as cores são fortes e vibrantes.

“Abaporu” (1928) – Tarsila do Amaral.

- SEGUNDA FASE MODERNISMO - 1930 à 1945 - busca mostrar a variedade cultural e beleza
natural presente nas diversas regiões do Brasil.

Após a Semana de 22, artistas de todo o Brasil reforçavam o nacionalismo, produzindo obras que
valorizavam as variedades naturais e culturais do país.
Nas artes visuais, a ruptura com o estilo acadêmico tradicional, que reproduzia fielmente o mundo real
(quase uma fotografia) já não era obrigatório, surgiram formas inovadoras e estilizadas nas
representações das paisagens, da fauna, flora e das pessoas.
Nesta segunda fase do modernismo, influências do cubismo, expressionismo e surrealismo podiam
estar presentes, assim como a liberdade de experimentação. Os temas focados nos assuntos
brasileiros mostraram o tamanho do país, através da ampla variedade das paisagens regionais e do
povo brasileiro, desta forma o objetivo de se criar uma arte moderna com identidade brasileira se
consolidou .
Alguns pintores representantes do período foram Ismael Nery, Candido Portinari, Alberto Guignard,
Alfredo Volpi, Francisco Rebolo, Giuseppe Pancetti, Milton Dacosta e Cícero Dias entre outros.

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Portinari

Rebolo

Guignard

4
Pancetti

Ismael Nery Cícero Dias

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