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ARTE

3º SEMESTRE
(3ª Etapa)
Educação de Jovens e Adultos
www.jucienebertoldo.com – Desafios da sala de aula
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1º BIMESTRE

CONTEÚDOS:

1.Semana da Arte Moderna (Página 3)


2.Expressionismo e Expressionismo no Brasil (Página 7)
3.Pós Modernismo (Página 10)
4.Patrimônio Cultural (Página 12)
5.Modificação corporal em culturas ancestrais e na arte contemporânea. (Página 14)
6.Body Art (Página 17)
7.Classificação dos instrumentos musicais (Página 19)

2º BIMESTRE:

CONTEÚDOS:

8.Integração entre corpo, arquitetura e meio ambiente (Página 21)


9.Corpo e sensorialidade na arte (Página 24)
10.Relações entre arte e arquitetura (Página 26)
11. Arquitetura e suas relações com o meio urbano e natural (Página 28)
12.Espaço arquitetônicos para a arte (Página 29)
13. Intervenções artísticas no espaço público (Página 30)
14. Paisagem sonora (Página 31)
15. Fonte (Página 33)
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1. A SEMANA DE ARTE MODERNA


A Semana de Arte Moderna, também chamada Semana de 1922, foi uma
manifestação artístico-cultural que contou com apresentações de dança, música, recital
de poesias, exposições e palestras. O evento realizado no Teatro Municipal de São
Paulo é considerado o marco do Modernismo no Brasil.
A Semana de Arte Moderna ocorreu entre os dias 13 e 18 de fevereiro de 1922
no Teatro Municipal de São Paulo. O evento se tornou uma referência do mundo
artístico e cultural do século XX.
Considerada o início oficial do Modernismo no Brasil, a Semana de Arte
Moderna apresentou uma nova perspectiva de arte com uma estética inovadora,
influenciada por tendências das vanguardas europeias.
O seu objetivo era renovar o ambiente artístico-cultural e mostrar o que havia na
escultura, arquitetura, música e literatura brasileira do momento.

Para isso, trouxe novas ideias e


conceitos artísticos com a declamação de
poesias, concerto de músicas, artes
plásticas exibida em telas, esculturas e
maquetes de arquitetura. Realizada em
uma época de turbulências no âmbito
político, social, econômico e cultural, a
Semana de Arte Moderna teve como uma
das figuras mais importantes, o
escritor Mário de Andrade que, lado do
escritor Oswald de Andrade e do artista
plástico Di Cavalcanti, articulou e
A pintura Abaporu de Tarsila do Amaral é uma das organizou o evento.
obras mais representativas.

1.1 - Características da Semana de Arte Moderna


Os artistas envolvidos na Semana de Arte Moderna tinham como principal
objetivo revolucionar a arte brasileira. Para isso, eles buscaram chocar o público que
ainda estava envolvido com o conservadorismo da arte e que seguia padrões
tradicionais europeus. Conheça as principais características desse momento foram:
• Utilização de uma linguagem coloquial e vulgar, buscando aproximação da linguagem
oral;
• Abandono do formalismo nas composições;
• Rompimento com os padrões tradicionais da academia;
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• Crítica à estética literária parnasiana;


• Valorização da identidade nacional com temáticas nacionalistas e abordagem da
realidade cotidiana brasileira;
• Liberdade de expressão;
• Inspiração em vanguardas europeias como futurismo, cubismo, dadaísmo,
surrealismo e expressionismo;
• Experiências estéticas.

1.2 - Origem da Semana de Arte Moderna


A Semana de Arte Moderna ocorreu em um momento em que o país passava
por diversas modificações sociais, políticas e econômicas. Entre os fatos marcantes
pode-se citar o crescimento do capitalismo, a consolidação da república e o crescimento
da elite paulista, acostumada com os padrões estéticos europeus mais tradicionais. Esse
foi o cenário em que surgiu a manifestação artístico-cultural que mudaria os rumos da
arte brasileira.
Alvo de críticas por parte de alguns e ignorada por outros, a Semana de Arte
Moderna foi a ebulição de ideias livres dos padrões tradicionais. Seu caráter nacionalista
buscava uma identidade própria e uma forma livre de se expressar.
A Semana de Arte Moderna nasceu no contexto da República Velha, controlada
pelas oligarquias cafeeiras e pela política do café com leite. Os artistas da Semana de
22, em sua maioria, eram descendentes dessa oligarquia, o que facilitou a realização do
evento, que teve o apoio do governador de São Paulo.
Com uma posição social que favorecia viagens e estudo na Europa, os artistas
brasileiros puderam trazer os modelos artísticos europeus para o Brasil. Caracterizada
como o desejo de experimentar diferentes caminhos e não propriamente definir um único
ideal moderno, a Semana de 22 reuniu artistas, escritores, músicos e pintores que
buscavam inovações estéticas. Eles realizaram uma manifestação artística, política e
cultural contestando os padrões vigentes de maneira irreverente.

1.3 - Principais Artistas da Semana de Arte Moderna


Com estilo inspirado nas vanguardas europeias, os artistas que participaram da
Semana de Arte Moderna tinham como objetivo mostrar uma nova visão de arte. Sua
proposta era renovar a visão social e artística presente no Brasil naquele momento.
Apesar de ter chocado uma parte da sociedade brasileira, a Semana de Arte
Moderna trouxe uma representação artística com uma identidade genuinamente
brasileira. Eles romperam com a maneira tradicional de fazer arte, que seguia
tradicionais modelos europeus. Dentre os artistas que participaram da Semana de Arte
Moderna de 1922, destacam: Mário de Andrade (1893-1945), Oswald de Andrade (1890-
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1954), Graça Aranha (1868-1931), Tarsila do Amaral (1886-1973), Victor Brecheret


(1894-1955), Plínio Salgado (1895-1975), Anita Malfatti (1889-1964), Menotti Del Picchia
(1892-1988), Ronald de Carvalho (1893-1935), Guilherme de Almeida (1890-1969),
Sérgio Milliet (1898-1966), Heitor Villa-Lobos (1887-1959), Tácito de Almeida (1889-
1940) e Di Cavalcanti (1897- 1976).

Da esquerda para direita imagens dos modernistas: Mário de Andrade, Tarsila do Amaral,
Oswald de Andrade, Anita Malfatti e Manuel Bandeira.

Sugestão de vídeo: Semana de Arte Moderna

1.4 - A Semana de 1922


A Semana de Arte Moderna
chocou parte da sociedade ao trazer uma
nova visão sobre os processos artísticos.
O evento foi a expressão da ruptura com o
passado, da renovação de linguagem, da
busca pela experimentação e da liberdade
de criação e da ruptura com o passado.
Cartaz da Divulgação da Semana de Arte Moderna

1º Dia: aberta oficialmente em 13 de fevereiro de 1922, a Semana de Arte Moderna


lotou o Teatro Municipal de São Paulo. Com pinturas e esculturas espalhadas pelo
saguão do teatro, o evento provocou choque e repúdio no público. O primeiro dia do
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evento contou com a conferência do escritor Graça Aranha, intitulada “A emoção


estética da Arte Moderna”; seguida de apresentações musicais e exposições artísticas.

2º Dia: o segundo dia do evento, dia 15 de fevereiro, foi marcado pela apresentação
musical de Guiomar Novaes e pela palestra de Menotti del Picchia sobre a arte estética.
Na ocasião, Menotti apresentou os escritores dos novos tempos que foram recebidos
pelo público com aplausos e vaias. Neste mesmo dia, 15 de fevereiro de 1922, o evento
terminou com gritaria. Quando Ronald de Carvalho declamou o poema “Os Sapos” de
Manuel Bandeira, o público fez coro para atrapalhar. O poema fazia crítica ao
Parnasianismo e às suas regras para fazer poemas.

3º Dia: com um público reduzido, o terceiro dia do evento foi o mais tranquilo. A noite foi
marcada pela apresentação musical do carioca Villa Lobos, com a participação de outros
músicos, que exibiam uma mistura de instrumentos. Embora os ânimos estivessem mais
calmos nessa noite, o público não poupou Villa-Lobos quando ele entrou no palco com
um pé calçado com um sapato e outro com chinelo. O público interpretou a atitude do
artista como futurista e desrespeitosa, recebendo-o com vaias. No entanto, algum tempo
depois, descobriu-se que o chinelo não se tratava de uma performance, mas de um calo
inflamado.

1.5 - Reações e desdobramentos da Semana de 22


Criticada por uns, ignorada por outros, a Semana de Arte Moderna não teve sua
importância reconhecida na época em que foi realizada. A reação à Semana de Arte
Moderna foi bastante conservadora. Os artistas que participaram dessa manifestação
chegaram a ser retratados pela mídia como subversores da arte, espíritos cretinos e
débeis ou futuristas endiabrados.
As ideias da Semana de Arte Moderna foram difundidas através de outros
movimentos artísticos da época de publicações. Dentre os movimentos e grupos
formados na década de 1920 estão: Movimento Pau-Brasil, Movimento Verde-Amarelo e
Grupo da Anta, Movimento Antropofágico. Em relação às publicações destacaram-se as
revistas Klaxon e Antropofagia.
Ao longo do século XX a Semana de Arte Moderna teve o seu valor histórico
reconhecido e foi considerada o marco inicial do movimento modernista brasileiro. As
ideias que surgiram na Semana de 22 se desdobraram movimentos diversos que
levaram seu legado adiante. A herança da Semana de Arte Moderna ainda pode ser
observada em movimentos posteriores como o Tropicalismo à geração da Lira
Paulistana e a Bossa Nova.
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Sugestão de vídeo: Arte Moderna - Modernistas e Pinturas | Philos TV


https://www.youtube.com/watch?v=28ac2wqJBPA

2. EXPRESSIONISMO E EXPRESSIONISMO NO BRASIL


2.1 - O Expressionismo
O expressionismo foi um movimento artístico que surgiu no final do século XIX e
início do século XX como uma reação à objetividade do impressionismo, apresentando
características que ressaltavam a subjetividade. Suas origens são os desdobramentos
do pós-impressionismo, principalmente através de Vincent Van Gogh, Edvard Munch e
Paul Klee. De fato, a noção do expressionismo foi empregada pela primeira vez em
1911, na revista Der Sturm ('A Tempestade'), marcando uma oposição clara ao
impressionismo francês.

A tempestade de 1911
(The Storm, 1911)

Ao lado, a tela O Grito (1893) de Edvard


Munch

A visão expressionista encontra suas fontes na defesa à expressão do irracional,


dos impulsos e das paixões individuais. No expressionismo não há uma preocupação
em relação à objetividade da expressão, mas sim com a exteriorização da reflexão
individual e subjetiva dos artistas. Em outras palavras, não se pretende, simplesmente,
absorver o mundo e reproduzi-lo, mas sim, recriá-lo. Entre suas características,
podemos citar: o distanciamento da figuratividade, o uso de traços e cores fortes, a
imitação das artes primitivas, etc.
No Brasil, o movimento encontrou sua máxima representação através da pintura,
especialmente por meio de artistas como Anita Malfatti, Lasar Segall e Osvaldo Goeldi.
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Tirinha sobre a vida de Vincent Van Gogh


https://www.contioutra.com

O expressionismo no Brasil e no mundo foi uma corrente que marcou o circuito


artístico por apresentar uma forte vertente de vanguarda. Presente nas artes plásticas,
na arquitetura, no cinema, na literatura, na fotografia e na dança, o expressionismo na
arte conta com um legado excepcional, composto por trabalhos singulares dos mais
diversos artistas. No Brasil, não foi diferente. Tanto que o país também apresentou
ícones da arte que criaram obras importantes dessa corrente.

2.2 - Características do expressionismo no Brasil e no mundo

O expressionismo surgiu na Europa em uma época de intensos


questionamentos. Assim, teve como um de seus conceitos principais, desvincular a
beleza da arte. Além disso, ressaltou a importância de compor uma arte profunda,
desligando-se de correntes anteriores que apenas retratavam a natureza óbvia e
verossímil. Logo, esse movimento propôs uma nova forma de fazer arte, calcada na
subjetividade e na valorização da emoção por meio de composições intuitivas e
pessoais.
Nesse contexto, apesar dessa corrente fugir da obviedade e do pragmatismo,
ela contou com características que, juntas, compuseram o expressionismo no Brasil e no
mundo. Foram elas:
 a valorização da perspectiva do artista em relação à elaboração de suas obras;
 a repetição de temáticas voltadas para o sofrimento e dor;
 o descompromisso de retratar a realidade de forma fiel;
 a valorização da emoção e da intuição;
 o domínio de pinceladas desconexas na pintura;
 a presença de cores contrastantes e de temas carregados de críticas à
sociedade.
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2.3 - Expressionismo no Brasil: Os principais artistas e obras expressionistas


brasileiras

Anita Malfatti foi uma pintora brasileira


fundamental para a história da arte
moderna do país. Nascida em São Paulo,
em 1889, seu amor pela arte teve início em
1912 quando, aos 23 anos, ela deu início a
seus estudos de pintura. Em 1914, retornou
ao Brasil e, assim, aconteceu sua primeira
mostra individual. Dessa forma, tornou-se
um destaque entre os artistas do
expressionismo no Brasil. Feita em 1917, “Tropical”
Lasar Segall foi um artista que, apesar de ter
nascido na Lituânia, foi fundamental para a
história da arte brasileira. Nascido em 1889,
Lasar Segall mudou-se para o Brasil aos 34
anos, em 1923. Compondo peças que, em sua
maioria, exploravam a temática da guerra e do
sofrimento, seu legado apresenta obras
influenciadas pela corrente expressionista.
Dessa forma, tornou-se uma figura essencial
para disseminar o expressionismo no Brasil.
Criada em 1926, a peça “Morro Vermelho” é
uma das obras expressionistas brasileiras
mais significativas do artista e do movimento.

Candido Portinari. Nascido em 1903, o


carioca Candido Portinari é considerado o
artista brasileiro mais conhecido no exterior.
No país, ele se destacou como um dos
grandes representantes da pintura
expressionista brasileira. Com obras repletas
de críticas sociais, suas peças dessa corrente
ficaram caracterizadas pelo sofrimento e por
seu caráter reflexivo. Apresentando cores
marcantes e um estilo único e facilmente
identificado, o trabalho de Candido Portinari foi
crucial para o expressionismo no Brasil.
Feita em 1944, a obra “Retirantes”
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3. O PÓS-MODERNISMO

O pós-modernismo é um movimento artístico e cultural da contemporaneidade e


que tem por objetivo fazer uma crítica à sociedade individualista e consumista. A
Revolução Industrial, os avanços científicos e tecnológicos, a disseminação dos meios
de comunicação fizeram nascer uma sociedade conectada e ao mesmo tempo
individualista. Esses elementos contribuíram para o surgimento de uma arte
multifacetada e que mescla o real e o imaginário. O pós-modernismo, também chamado
de pós-modernidade ou período pós-industrial, se desdobra em várias vertentes
artísticas, por exemplo, a Pop Art, Arte Conceitual, Arte Cinética e Hiperrealismo.

3.1 Contexto histórico


Depois da Segunda Guerra Mundial, as máquinas substituíram o trabalho
humano e as lutas de classe passaram a ganhar sentido entre os trabalhadores. As
desigualdades ampliaram e a devastação do meio ambiente começou a ganhar
destaque. Os projetos utópicos chegaram ao fim e a sociedade tornou-se individualista e
consumista. As identidades se tornaram fluidas, voláteis e as pessoas queriam mais do
que consumir produtos; elas desejavam participar de experiências marcantes, ter novas
sensações, encontrar pessoas diferentes. A internet e as novas estratégias publicitárias
possibilitavam isso.
O pós-modernidade e a Arte Contemporânea surgem nesse contexto. As
vanguardas artísticas passaram a criticar o movimento anterior. As pinturas, arquiteturas
e esculturas usavam ironia e o humor como forma de negar o Modernismo. O pós-
modernismo fez surgir outras expressões como a Pop Art, Arte Conceitual, Minimalismo,
Hiperrealismo e outras.

3.2 Características do pós-modernismo


O pós-modernismo não mudou somente a forma como as pessoas se
relacionavam e os processos de lutas, ela também transformou a forma de fazer arte e
cultura. Os meios de comunicação contribuíram para essas transformações. A
publicidade criou novos estilos. A fotografia misturou conceitos, a internet e a era digital
misturaram elementos tecnológicos com os sociais e criando a arte.
A arte contemporânea passou, então, a ter seu próprio estilo. Entre as
características da arte pós-moderna estão:
• Misturar de estilos, do real com o imaginário;
• Exploração das pluralidades sociais;
• Uso do humo, ironia e da metalinguagem;
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• Projetos fragmentados, sem hierarquia e fragmentadas;


• Crítica ao Modernismo;
• Desconstrução de valores
• Espetacularização social;
• Uso das tecnologias para composição de peças;
• Exploração das cores quentes e cores frias com tonalidades vibrantes.

3.3 Principais movimentos


O pós-modernismo fez surgir diversos movimentos artísticos desde o seu
surgimento, nos anos 1960. Cada uma das escolas tem como característica em comum
a liberdade de criação e descompromisso com as técnicas. Conheça abaixo as
características que diferenciam cada vertente.
Arte conceitual
Esse movimento nasceu durante a
transição da modernidade para a pós-
modernidade. O objetivo dos artistas era
defender as ideias e conceitos e
abandonar o formalismo estético. Essa
vanguarda utilizava diversos objetos para
a composição dos projetos. Assim,
fotografias, vídeos, arames, vasos ou
qualquer outro objeto que pudesse
passar uma informação e provocar
reflexões era utilizado. Os principais
representantes foram o francês Marcel
Duschamp, o norte-americano Barbara
Marcel Duschamp. “A fonte”, 1916
Kruger, o alemão Sebastian Bieniek.
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Arte cinética. Arte do pos-modernismo criada


por David Ascalon e Brad Ascalon Se o objetivo
do pós-modernismo era criticar o Modernismo,
então a arte cinética veio para romper com
todos os conceitos anteriores de arte. A
vanguarda, que nasceu de experimentos físicos
em conjunto com pintura e escultura, utiliza-se
de jogo de luzes e o uso de sobre e luz para
criar ilusões de ótica. Sua principal
característica é o uso do movimento nas peças
artísticas. Alexander Calder, Marcel Duchamp,
Antoine Pevsner são alguns dos principais
artistas desse movimento.

Mosaico de vidrio. David Ascalon. 2000.

Hiperrealismo é uma corrente derivada do Fotorrealismo e que tem como objetivo fazer
uma reprodução super-real da realidade. As imagens ou esculturas são criadas
tecnicamente a partir de imagens fotográficas. Alguns dos artistas mais renomados
dessa corrente são Gottfried Helnwein, Chuck Close, Jerry Ott.

O Hiperrealismo utiliza as
imagens e imprime nelas
contextos políticos, sociais e
emocionais característicos da
era contemporânea, mas que
muitas vezes ultrapassam a
realidade.

Gottfried Helnwein “The disasters of war”, 2007

4. PATRIMÔNIO CULTURAL
Patrimônio é tudo o que criamos, valorizamos e queremos preservar: são os
monumentos e obras de arte, e também as festas, músicas e danças, os folguedos e as
comidas, os saberes, fazeres e falares. Tudo enfim que produzimos com as mãos, as
ideias e a fantasia.
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A palavra patrimônio vem de pater, que significa pai e tem origem no latim.
Patrimônio é o que o pai deixa para o seu filho. Assim, a palavra patrimônio passou a ser
usada quando nos referimos aos bens ou riquezas de uma pessoa, de uma família, de
uma empresa. Essa ideia começou a adquirir o sentido de propriedade coletiva com a
Revolução Francesa no século XVIII.
Segundo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN, o
patrimônio cultural de um povo é formado pelo conjunto dos saberes, fazeres,
expressões, práticas e seus produtos, que remetem à história, à memória e à identidade
desse povo.
O patrimônio cultural de uma sociedade é também fruto de uma escolha, que, no
caso das políticas públicas, tem a participação do Estado por meio de leis, instituições e
políticas específicas. Essa escolha é feita a partir daquilo que as pessoas consideram
ser mais importante, mais representativo da sua identidade, da sua história, da sua
cultura, ou seja, são os valores, os significados atribuídos pelas pessoas a objetos,
lugares ou práticas culturais que os tornam patrimônio de uma coletividade (ou
patrimônio coletivo).
De acordo com o Art. 216 da Constituição Federal Brasileira constituem
patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados
individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à
memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira.
São eles:
- As formas de expressão;
- Os modos de criar, fazer e viver;
- As criações científicas, artísticas e tecnológicas;
- As obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às
manifestações artístico-culturais;
- Os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico,
paleontológico, ecológico e científico.

4.1 - Patrimônio histórico cultural


Quando um elemento cultural é considerado patrimônio histórico cultural por
algum órgão ou entidade especializado no assunto, dizemos que ele foi “tombado” como
patrimônio. Podem ser bens considerados patrimônio histórico cultural: obras de artes
plásticas (pinturas, esculturas, ilustrações, tapeçarias e artefatos artísticos históricos em
geral); construções e conjuntos arquitetônicos (cidades, casas, palácios, casarões,
jardins, monumentos); festas e festividades; músicas; elementos culinários, entre outros
representantes das diversas culturas ainda existentes ou que já existiram no mundo.
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Patrimônio Histórico Cultural de Minas Gerais, Brasil.

O que determina se um bem cultural é ou não patrimônio histórico cultural é a


sua relevância histórica para a formação identitária da cultura de um povo e a
importância da preservação desse bem para a consequente manutenção cultural
daquele povo. Por estarmos diariamente em contato com aqueles bens culturais, nós
desenvolvemos certo apreço pela sua preservação devido ao fato de que esse convívio
é fator decisivo para a formação das nossas identidades.

5. MODIFICAÇÃO CORPORAL EM CULTURAS ANCESTRAIS E NA ARTE


CONTEMPORÂNEA.
O ser humano no decorrer de sua história interfere em seu corpo de diversas
maneiras e acompanhado intrinsecamente de múltiplas justificativas. Seja como rito de
passagem, como forma de expressar sua religião, penitência para purificação da alma,
punição, privação, como forma de se expressar artisticamente, sexualmente ou por
motivos puramente estéticos. Entenda que o “puramente estético” não é de modo algum
no sentido de invalidar ou desqualificar a prática nesse âmbito, é apenas para reforçar a
diversidade de possibilidades e motivações. O que é preciso ficar claro é que na história
humana, o corpo sempre sofreu alguma espécie de manipulação. Seja de forma
consciente ou inconsciente, voluntária ou involuntária, e ainda, pela alimentação, pelo
cotidiano, pelos paradigmas estéticos, podemos afirmar que todo corpo é de uma forma
ou de outra “mexido”: alterado, mudado, modificado, transformado.
A prática da modificação corporal existe há milhares de anos, como as tatuagens
feitas na Oceania, as técnicas de perfuração na Ásia e na América, e a escarificação na
África. Tais costumes tribais acabaram sendo notados por marinheiros europeus durante
o período das grandes navegações no século XVI, ficando marginalizadas durante
séculos. Após a década de 1960, houve uma forte valorização de tudo relacionado à
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cultura oriental, e com isso as tatuagens se popularizaram bastante, enquanto os


piercings começaram a ser difundidos pela cultura punk na década de 1970.

Modificações Corporais ao Redor do Mundo (Escarificação África, Ornamentos Faciais Brasil, Lábios
Perfurados África, Mulheres Girafas Tailândia, Pés de Lótus China).

Modificação corporal (ou Body modification) é a alteração proposital de algo na


anatomia humana, ou de um fenótipo. Geralmente, é feita por estética, para aumentar o
desejo sexual, como ritos de passagem, crenças religiosas, para associação a grupos,
como arte, para chocar, ou como um comportamento de auto expressão e afirmação,
bem como atuação no movimento Primitivo Moderno.
Entre as modificações explícitas mais comuns estão:
Piercing corporal - a colocação permanente de joias através de uma fístula
artificial, por vezes ainda modificado por alongamento;
Piercing na orelha - o tipo mais comum de modificação do corpo;
Piercing genital;
Anéis no pescoço - vários anéis ou espirais são usados para esticar a pele do
pescoço;
Tatuagem - a injeção de um pigmento sob a pele;
Tatuagem ocular - injeção de um pigmento na esclera (o "branco" do olho);
Implante ocular - implante de joias na camada externa do olho;
Implante transdérmico - implantação de um objeto abaixo da derme, mas que sai
da pele por um ou dois pontos.
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Nos anos 70, paralelamente


com o movimento gay nos
EUA e o movimento punk na
Inglaterra surgiu a introdução
do piercing nas grandes
cidades como forma de
expressar um valor pessoal a
até mesmo uma forma de
fetiche.
Em contraste com os essas modificações explícitas, alguns procedimentos não
são destinados a ser expostos, em vez disso funcionam para aprimorar, ou melhorar de
certa forma, alguma parte do corpo, como o implante de silicone nos seios ou de outros
objetos que ficam totalmente abaixo da derme, como chifres.
Algumas técnicas de modificação corporal incluem a mutilação e até mesmo a
remoção de partes dos órgãos genitais masculinos e feminino, como bissecção genital,
remoção do capuz do clitóris, remoção dos pequenos lábios etc.
Formas extremas de modificação do corpo são frequentemente vistas como
sintoma de transtorno dismórfico corporal, outras desordens mentais, ou a falta de
controle da necessidade de expressão. A cirurgia sem licença realizada fora de um
ambiente esterilizado muitas vezes pode ser fatal.

Vinny Ohh, de 22, de Los Angeles, na Califórnia, já gastou US$50,000 (R$162.537,00) em mais de 110
procedimentos cirúrgicos para transformar-se em um „extraterrestre‟ sem gênero e Dennis Anver o
Stalking Cat, fez várias modificações corporais. Dennis cometeu suicídio em 2012.

Sugestão de vídeo: TOP 10 ESTRANHAS MODIFICAÇÕES CORPORAIS (BODY


MODIFICATION) https://www.youtube.com/watch?v=yuxwhPQY2Q8
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6. BODY ART
A Body Art (arte do corpo) é uma tendência artística contemporânea que surgiu
na década de 60, nos Estados Unidos e na Europa, sendo sua principal caraterística o
uso do corpo como suporte e intervenção para a realização do trabalho artístico.
Dessa maneira, o corpo humano (seja do artista ou de um modelo) passa a ser a
“tela” (daí aproximação com a “body paint”, ou pintura corporal), bem como o
comunicador de ideias, ou seja, o mais importante veiculador em que o artista vai
explorar sua "obra viva".
Para muitos estudiosos sobre o tema, a body art é uma vertente da arte
contemporânea e seu precursor foi Marcel Duchamp (1887-1968) ao questionar os
limites do conceito e o modo de fazer arte, dando início a reflexão sobre a "arte
conceitual" bem como a relação do sujeito com o mundo.
Dessa forma, os artistas contemporâneos ultrapassam os limites da tela e do
conceito de arte ao propor uma nova forma de expressão artística em detrimento das
tradicionais pinturas e esculturas.

6. 1 - Principais Características
As principais características da body art são:
Corpo Humano como suporte e experimentação artística;
Materialidade e resistência do corpo;
Relações entre arte e a vida cotidiana;
Arte como forma de protesto;
Choque do espectador;
Uso de performances, videoartes e instalações;
Temática livre de preconceito (cultura do corpo, sexualidade, nudez, etc.);
Tatuagens, maquiagens, deformações, travestimento, mutilações,
escarificações, queimaduras, implantes e ferimentos.

6.2 - Evolução da Body Art


Se pensarmos na arte de pintar o corpo, constata-se que esse processo é tão
antigo quanto a cultura humana, de forma que em sociedades primitivas era comum
utilizar tintas para cobrir o corpo com sinais, que muitas vezes, ultrapassavam a questão
de “adornar”, posto que em algumas culturas, os traços que cada um carregava
pressupunha hierarquia, festividades típicas, passagem de ciclo, etc.
Foi dessa forma que a arte do corpo ou a body art surgiu, primeiramente como
ritual religioso ou marca cultural para designar determinada pessoa no grupo e, mais
tarde, como forma artística propriamente dita. Dessa maneira, importante notar que a
body art passou por diversas transformações até chegar no século XXI como uma das
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tendências mais exploradas, tal qual a tatuagem. Em resumo, antes ela surgia como
uma necessidade de cultivar a crença e os rituais, e atualmente, como forma de explorar
artisticamente a mais importante identidade humana: o corpo.

Body Art Festival em 2018.


6.3 - Principais Autores e Obras
Os principais artistas que promoveram trabalhos de body art foram:
Yves Klein (1928-1962): artista francês e um dos precursores da body art.
Conhecido por utilizar corpos femininos como suporte para sua arte, tal qual pincéis
vivos. Uma de suas performances mais famosas foi utilizar modelos cobertas por tinta
azul e, de forma que as arrastava elas formavam manchas na tela. Essa técnica foi
denominada de “Antropometria” ou “Medições visuais do corpo humano”.
Bruce Nauman (1941): artista contemporâneo estadunidense, famoso por suas
performances e instalações com neon, fotografias e vídeos. Segundo ele: “Quero usar o
meu corpo como material e manipulá-lo”. Uma de suas obras em que utiliza seu corpo
como forma de expressão é a “Fonte Refluxo”, performance realizada em 1966, na qual
ele cospe jatos de água pela boca em movimentos repetitivos.
Vito Acconci (1940): artista estadunidense, destaca-se por suas performances
como o “RubbingPiece” (1970), em português “Esfregando a peça”, em que ele esfrega
seu braço até surgir uma ferida ou “Trappings” (1961), em português “Armadilhas”, em
que ele passa horas conversando com seu pênis e colocando roupas de bonecas.
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Piero Manzoni (1933-1963): artista italiano


considerado um dos mais radicais da body
Art e famoso por sua obra “Merded'artista”
ou “Merda de Artista” (1961), formada por
90 latas contendo suas próprias fezes. Essa
obra foi um sucesso, exposta em museus
renomados pelo mundo, de forma que em
2007, Manzoni chegou a vender uma de
suas latas por mais de 1 milhão de libras.

Rudolf Schwarzkogler (1940-1969): artista austríaco marcante por suas obras


sinistras e mórbidas de forte conotação política. Foi participante do grupo de “Arte e
Revolução” dos acionistas vienenses, ao lado de Herman Nitsch, Otto Mühl e Günter
Brus, formado em Viena entre 1965 e 1970. Sob o lema da liberdade artística, o grupo
foi considerado extremista no tocante à atuação de performances, com mutilações,
nudez e sexo.

Sugestão de vídeo: O corpo na história da arte 2


https://www.youtube.com/watch?v=Q4S4MlmuFf4

7. CLASSIFICAÇÃO DOS INSTRUMENTOS MUSICAIS


7.1 - O que são instrumentos musicais
Um instrumento musical é um objeto, construído com o propósito de produzir
música. Os vários tipos de instrumentos podem ser classificados de diversas formas,
sendo uma das mais comuns, a divisão de acordo com a forma pela qual o som é
produzido.
O estudo dos instrumentos musicais designa-se por organologia.
A data e a origem do primeiro aparelho considerado como instrumento musical é
objeto de debates. Os arqueologistas tendem a debater este assunto referindo a
validade de várias evidências como artefatos e trabalhos culturais.
Instrumentista é um músico que toca algum instrumento. Observação: Pode soar
estranho, mas, na verdade, nem todos os músicos são instrumentistas (também
chamado de concertistas, na música erudita). Alguns músicos seguem uma carreira sem
tocar nenhum instrumento, como a de: Bibliotecário; Terapeuta Musical; Engenheiro de
Som; Produtor Musical; Historiador; Professor; Disc ou Video Jockey; Diretor de
Programação; Designer de Software ou Hardware de Música; etc.
20

Até mesmo o Compositor pode saber tudo sobre os instrumentos, mas não tocar
nada. Estes não são intérpretes, mas os maiores estudiosos académicos no campo da
Música, apesar de podem encontrarem-se noutras especializações.

7.2 - Classificação dos instrumentos musicais


Existem muitas formas de classificar os instrumentos musicais, cada uma delas
se presta melhor para cada finalidade. Existem classificações que levam em conta os
conjuntos instrumentais tais como orquestras. Um exemplo é a classificação dos
instrumentos da orquestra sinfónica que divide os instrumentos
em cordas, sopros (subdivididos em madeiras e metais) e percussão.
Os instrumentos de cordas
Nos instrumentos de cordas, o som é produzido pela vibração de uma corda,
quando esta é friccionada ou percutida. Esta vibração é geralmente amplificada pois a
maioria destes instrumentos apresenta uma caixa de ressonância. Exemplos deste tipo
de instrumentos são o violino, a viola, a guitarra ou o contrabaixo. A qualidade sonora
destes instrumentos depende da combinação entre as cordas utilizadas e a caixa de
ressonância que na maioria das vezes é feita em madeira.
Alguns instrumentos de cordas

Violino Contrabaixo Harpa

Os instrumentos de sopro

Os instrumentos de sopro são usualmente constituídos por tubos e o som é


produzido pelo movimento do ar que se encontra no seu interior. Os diferentes sons
relacionam-se com o comprimento da coluna de ar movimentado. São exemplos de
instrumentos de sopro, as flautas, o saxofone, o clarinete ou a trompa.
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Alguns instrumentos de sopro

Saxofone Trompa Flauta transversal

Os instrumentos de percussão
Neste tipo de instrumentos, o som é produzido pela vibração de uma membrana ou de
uma superfície. Esta oscilação pode ser provocada pela mão ou com a ajuda de
baquetas, que podem ser de plástico ou de madeira. Exemplos deste tipo de
instrumentos são os tambores, as baterias, os xilofones ou os adufes.
Alguns instrumentos de percussão

Tambores Xilofone Bateria

Sugestão de vídeo: Instrumentos da orquestra


https://www.youtube.com/watch?v=lYCE8IqO-tI

8. INTEGRAÇÃO ENTRE CORPO, ARQUITETURA E MEIO AMBIENTE


A arte impulsiona os processos de percepção, sensibilidade, cognição,
expressão e criação. Tem o poder de sensibilizar e proporcionar uma experiência
estética, transmitindo emoções ou ideais. A arte surge da necessidade de observar o
meio que nos cerca, reconhecendo suas formas, luzes e cores, harmonia e
desequilíbrio.
Ela pode propagar e questionar estilos de vida, preparar uma nova consciência
por meio da sensibilização, alertando e gerando reflexões. As manifestações artísticas
são representações ou contestações oriundas das diversas culturas, a partir do que as
sociedades, em cada época, vivem e pensam.
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Nesse contexto, podemos inserir a importância da arte como mais uma


ferramenta do ativismo ambiental. Ao confrontar o público com informações
desagradáveis, muitas vezes difíceis de serem digeridas (como as mudanças
climáticas), convergidas em uma experiência estética, a sensibilização ultrapassa a
barreira do racional e realmente toca as pessoas. É mais fácil ignorar estatísticas do que
ignorar imagens e sensações. Quando a arte representa a relação perturbada da
sociedade com a natureza, fica explícita a urgência de ação.

8.1 - Arte e meio ambiente


As mudanças ambientais já são há muito tempo objetos da arte. Por trás do
verde idílico que os impressionistas pintavam, havia a fumaça negra das chaminés das
fábricas. Uma das marcas da obra de Monet era o estudo da luz difusa, nessa busca se
deparou com o Smog de Londres. Isso originou obras que mostram a fumaça de carvão
cuspida pelas chaminés e trens na cidade.
Em um contexto contemporâneo, o movimento que junta arte e meio ambiente, a
chamada arte ambiental, surgiu a partir da turbulência política e social dos anos 1960 e
início dos anos 70. Artistas foram inspirados pela nova compreensão das questões
ambientais, a grande urbanização e a ameaçadora perda de contato do homem com a
natureza, bem como pelo desejo de trabalhar ao ar livre em espaços não tradicionais.
A arte ambiental se insere na arte contemporânea não como um movimento
fechado, mas como um modo de fazer, uma tendência que perpassa diversas criações
artísticas. A dialética entre o hedonismo e a sustentabilidade cada vez mais tem sido
abordada, e é uma contraproposta às ordens sociais vigentes. Reverenciar a beleza da
natureza, mesmo que pareça sem maiores preocupações ideológicas, também é um
processo que reforça a necessidade de ações de preservação do meio ambiente.
Diversos artistas têm a preocupação de expor ao público uma arte voltada para
as questões ambientais. A prática artística dá visibilidade a temas que muitas vezes são
abordados pela mídia por uma perspectiva distanciada. Com um enfoque distinto,
temáticas como as mudanças climáticas ou exploração animal, que sequer ganha
destaque na mídia tradicional, geram reflexões potencialmente transformadoras.
O campo da arte ambiental é tão vasto como o mundo natural que o inspira. A
arte é uma lente através da qual é possível explorar todos os aspectos da sociedade -
desde a produção urbana de alimentos, a política climática, gestão de bacias
hidrográficas, infraestrutura de transporte e design de roupas - a partir de uma
perspectiva ecológica.
"Arte ambiental" é um termo genérico que se refere a uma ampla gama de
trabalho que ajuda a melhorar a nossa relação com o mundo natural. Seja informando
sobre as forças ambientais, ou demonstrando problemas ambientais, e até com uma
23

participação mais ativa, reaproveitando materiais e restaurando a vegetação local.


Muitas práticas artísticas, como a land art, eco-arte, e arte na natureza, bem como os
desenvolvimentos relacionados em prática social, ecologia acústica, slow food, slow
fashion, eco-design, bio-art e outros podem ser considerados como parte desta
mudança cultural maior.
O terreno natural é objeto e se integra à obra nesse tipo de arte. Conhecida
como land art, Earth art ou Earthwork, esses trabalhos são grandes arquiteturas
ambientais, transformam a natureza e são por ela transformados. O espaço físico
dessas obras são desertos, lagos, planícies e cânions, e os elementos da natureza,
como vento ou relâmpagos, podem ser trabalhados para integrarem a obra. A land art se
relaciona com o ambiente de forma harmônica e com um respeito imenso à própria
natureza. O conceito se estabeleceu numa exposição organizada na Dwan Gallery, em
Nova Iorque, em 1968, e na exposição Earth Art, promovida pela Universidade de
Cornell, em 1969.

Spiral Jetty de Robert


Smithson, é uma escultura em
espiral feito de pedras
basálticas e terra que adentra o
mar com um comprimento de
457,2 metros e largura de 4
metros. Localizado em Great
Salt Lake, Utah, nos Estados
Unidos, o caminho foi feito em
1970 e é preservada até hoje.
Esse conceito de arte contemporânea ao ar livre atrai muitos artistas, pela
possibilidade de se deslocar do campo das galerias. Por suas características, essas
obras não podem ser expostas nesses ambientes, a não ser por meio de fotografias.
Essas obras têm caráter efêmero, pois a ação dos eventos naturais consome e destrói
os trabalhos. Uma forte influência para esse estilo são os geoglifos (grandes figuras
feitas no chão em morros ou regiões planas), como as Linhas de Nazca e os Crop
circles.
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Linhas de Nazca Crop circles

Os principais artistas dessa tendência são Jeanne-Claude e seu esposo Christo


Javacheff, Walter de Maria e James Turrell.
Sugestão de vídeo: Homem, arte e meio ambiente
https://www.youtube.com/watch?v=qeZk73T_6Cg

9. CORPO E SENSORIALIDADE NA ARTE.


Artes Sensoriais consiste na exploração livre e dirigida de espaços e objetos
projetados para este fim, favorecendo a experiência de um ambiente transformável no
momento presente, através ade diferentes estímulos provenientes do contato com
objetos dos mais diversos, espaços preenchidos e vazios, densidades variadas,
movimentos, ritmos, estímulos sonoros, olfativos e gustativos.
E apoia-se:
a) no estudo e pesquisa de objetos relacionais - criados por Lygia Clark - e
sensoriais, utilizados na prática arte terapêutica com o objetivo de facilitar o mergulho no
inconsciente profundo por meio de vivências que possibilitem acionar a memória
sensorial, nas mais diferentes faixas etárias e no estudo e criação de materiais para o
trabalho com deficientes visuais.
b) na tríade Psico-Orgânica de Paul Boyesen: Situação, Expressão e Sentimento
(SES), que vai ao encontro do sentido favorecendo a conexão e integração do sujeito
com o seu próprio universo simbólico e sensório;
c) na utilização do Toque e da Massagem como elementos terapêuticos de
estimulação através do tato e do contato com os objetos, sob orientação da Análise
Psico-Orgânica e da Psicologia Bionâmica de Gerda Boyesen;
d) na Psicologia Analítica de Jung, fio condutor da leitura simbólica do material
emergente na exploração do espaço/objeto;
e) nos canais expressivos da Arteterapia, favorecendo a elaboração da vivência
do espaço.
O trabalho desenvolve-se através de:
25

9.1 - Vivências Terapêuticas:


Onde a interatividade com o material favorece a comunicação não verbal, a
expressão corpórea e gestual, sendo estes instrumentos de acesso ao inconsciente,
permitindo a emersão de conteúdos do imaginário e outros reprimidos, possibilitando a
liberação da imaginação criativa e uma nova visão e percepção de si, do outro e do
mundo.
Facilita a restauração na confiança no próprio corpo e a segurança interna,
possibilitando o reconhecimento da própria existência, levando a vivências de diluição e
relaxamento de tensões e stress.
Este trabalho pode se dar tanto em grupo como individualmente.
9.2 - Exposições de Artes Sensoriais
Aberta a toda e qualquer pessoa que tem o desejo de explorar a arte e interagir
com os materiais, tendo o acompanhamento de profissionais capacitados para este fim.
Este trabalho focaliza mais a exploração da Arte Contemporânea e a interatividades que
esta propicia.
Após a utilização do espaço pode haver Oficinas de Artes ou Arte terapêuticas,
visando uma melhor elaboração dos conteúdos emergentes na experimentação livre, de
forma a favoreces o contato com a Arte Contemporânea ou explorar o imaginário e o
simbólico a partir da vivência individual deste espaço.
Ernesto Neto, um dos mais importantes artistas contemporâneos do país.
Nascido no Rio de Janeiro, em 1964, ele estudou escultura e intervenção urbana no
MAM – RJ. Sofreu fortes influências do Neoconcretismo, e de artistas como Lygia Clark
e Hélio Oiticica, incluindo o conceito de abstração geométrica, uso de formas orgânicas
e o fato de convidar os espectadores a participarem da obra. Ele começou a expor no
Brasil em 1988, e em 1995 já tinha exposição individual no exterior. Ernesto
Neto e Vik Muniz foram os representantes do Brasil na Bienal de Veneza em 2001.
Suas obras estão entre esculturas e instalações abstratas. No decorrer de sua
carreira, o artista procurou explorar a superfície, os materiais, a relação da forma e seu
simbolismo, além de aumentar gradativamente o nível do contato do público com as
obras.
Ernesto utiliza lycra, meia-calça feminina, algodão, poliamida, tubos de malha
fina e translúcida, bolas de chumbo, polipropileno, isopor, miçangas, espumas e
especiarias de diversas cores e aromas, como cravo da índia em pó e pimenta do reino
moída.
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Sugestão de vídeo: Museu Vivo: Ernesto Neto


https://www.youtube.com/watch?v=ZZmJchHWpDw

10. RELAÇÕES ENTRE ARTE E ARQUITETURA


Existe uma linha tênue entre arte e arquitetura e às vezes ela se torna difícil de
diferenciar. Muitos dizem que é a forma como são usadas que separa as disciplinas,
mas não é sempre o caso. Um pavilhão é um trabalho de arquitetura mesmo que não
tenha um programa específico? Um vitral é um trabalho de arte embora sirva a um
propósito claro?
Quando artistas e arquitetos abraçam essa ambiguidade e trabalham juntos,
coisas marcantes podem acontecer. Abaixo estão seis projetos que exploram as
possibilidades da colaboração artista-arquiteto. São os produtos de mentes criativas e
racionais se unindo para criarem construções que são, ao mesmo tempo, belas e
funcionais.
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Norweigan National Opera and Ballet por Snohetta,


Oslo, Noruega.
Ao lado: Harpa – Reykjavik Concert Hall and
Conference Center por Henning Larsen Architects e
Batteriid Architects – Reykjavik, Islândia.

No Brasil, Oscar Niemeyer se mantém ativo à frente de seus estudos e fiel à sua
concepção de que a arquitetura deve aproximar as pessoas ao que é uma obra de arte.
Niemeyer, o revolucionário arquiteto que deu vida ao concreto armado com obras
monumentais nas quais suaves curvas evocam formas femininas e ondas do mar que se
quebram na praia de Copacabana, a poucos metros de seu estúdio, é um promotor da
liberdade de criação, da estética, da beleza e da funcionalidade das obras.

Museu de Arte Contemporânea de Niterói , Ópera de Arame em Curitiba, projetado por


projetado por Oscar Niemeyer; Domingos Bongestabs

Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, Hotel Unique, projetado por Ruy Ohtake;
projetado por Santiago Calatrava.
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Sugestão de vídeo: As Construções mais incríveis do mundo


https://www.youtube.com/watch?v=bE9U2pzObo8

11. ARQUITETURA E SUAS RELAÇÕES COM O MEIO URBANO E NATURAL


Um dos desafios da arquitetura contemporânea é o de desenvolver projetos
residenciais no interior das cidades, em lotes comuns, valendo-se dos conceitos de
arquitetura sustentável e de “casa ecológicos” adaptados ao ambiente urbano e às
condições locais de disponibilidade de materiais e mão-de-obra. Hoje já é possível
construir casas e edifícios “ecológicos” com projetos personalizados, valendo-se de
sistemas e materiais alternativos disponíveis no mercado da construção civil. Não se
trata de alta tecnologia, sofisticada e cara, mas sim de soluções técnicas simples e
acessíveis articuladas em projetos de arquitetura que têm como premissa conceitos de
ecologia urbana e de planejamento ambiental.
A arquitetura residencial projetada com princípios ecológicos também significa
economia para a municipalidade, afinal é possível reduzir em até 60% o volume de
entulho retirado da obra, reduzir o volume de águas pluviais destinado ao sistema
público em pelo menos 80%; reduzir o volume de esgoto despejado no sistema coletivo
em pelo menos 50%, além de contribuir com até 80% da área do terreno em área verde
para a cidade, considerando soluções paisagísticas como tetos-jardim.

Não há dúvidas de que uma arquitetura responsável e sintonizada com as


questões urbanas contemporâneas pode contribuir de forma efetiva para a melhoria das
condições de vida nas cidades e a solução de sérios problemas ambientais como a
impermeabilização crescente do solo; a redução progressiva da vegetação urbana,
especialmente nos lotes privados; o alto consumo energético necessário para minimizar
o desconforto de soluções arquitetônicas inadequadas às condições climáticas reais
(como, por exemplo, os “indispensáveis” aparelhos de ar condicionado); o alto custo do
tratamento público da água e dos esgotos; o desperdício e o lançamento de entulhos e
sobras de canteiros de obras na periferia das cidades.
As arquiteturas sustentáveis oferecem grandes vantagens para a sociedade, e
em escala ampliada, para todo o meio ambiente. Se as vantagens ambientais são
nítidas, as vantagens econômicas são capazes de convencer os mais céticos.
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Com projetos arquitetônicos alternativos é possível construir residências que


proporcionem uma economia de energia elétrica de, pelo menos, 40% e uma economia
de água que pode chegar a 50%. E o que é melhor, com um custo médio de cerca de
10% menor do que o de uma residência convencional. Isso significa economia imediata
na obra e economia ao longo de anos.
A inserção de casas e edifícios sustentáveis ou “ecológicos” nas cidades
brasileiras nos próximos anos pode ter um efeito multiplicador de grande importância,
sugerindo novos comportamentos, e sinalizando para a sociedade outros caminhos
possíveis na ocupação do solo urbano com grandes vantagens econômicas e
ambientais.
Sugestão de vídeo: Telhado verde sem medo de ser feliz.
https://www.youtube.com/watch?v=n3ywDNmKYOc

12. ESPAÇO ARQUITETÔNICOS PARA A ARTE

O espaço arquitetônico é um espaço diferenciado e modificado pela presença de


uma ou mais edificações construídas.
Também é denominado um espaço arquitetônico aquele que tem seus próprios
significados culturais, emocionais e psicológicos. Um espaço arquitetônico pode
promover assim, diferentes e diversas sensações num indivíduo.
Configurar espaços arquitetônicos adequados é o objetivo principal
da arquitetura. O espaço arquitetônico tem seus próprios significados culturais,
psicológicos e emocionais. Por exemplo, podemos dizer que existem espaços
arquitetônicos religiosos. Este espaço produz uma sensação de reflexão ou introspecção
dedicada e necessária à sua função. Portanto, um espaço arquitetônico pode promover
diversas sensações num indivíduo tais como religiosidade, proteção, segurança.
É definido também como a junção entre massa e volume, constatada em várias
escalas diferentes, pode ter função específica, semelhante ou agrupada. Espaços
arquitetônicos singulares são: os pórticos, hipetros, celas, pátios, atrios, naos, criptas,
etc.
O conceito de espaço arquitetônico ao longo da história tem estado submetido a
uma contínua reflexão e revisão por profissionais como arquitetos e historiadores da
arte, fazendo notar suas diversas formas de pensamento, a partir da tradição, da teoria e
a cultura arquitetônica do momento do desenvolvimento da obra; influindo também os
usos políticos e culturais do momento e tudo ao mesmo tempo influído pelas muitas
tentativas de definição de espaço dentro do âmbito da filosofia, a ciência e a arte ao
longo da História.
30

Interior da catedral de Leão,


com abóbadas de cruzaria, que permitem
uma grande altura e aliviam os muros,
deixando uma grande superfície de vãos
para as vitrais. A nave central é
compartimentada pelo fechamento
do coro. As naves laterais permitem
trajetórias que inclusive rodeiam o altar
maior mediante um deambulatório, bem
como a abertura de capelas, verdadeiros
espaços multifuncionais dentro do templo.

O conceito do espaço converteu-se numa criação histórica, e quanto à Idade


Moderna refere-se, o edifício e o meio que lhe rodeia tem intervindo de uma maneira
muito especial em seu conceito. Isto é, em sua dupla dimensão arquitetônica e
urbanística. São importantes as relações que se estabelecem entre si e com o meio que
lhes rodeia, atuando como elemento decisivo na Idade Moderna para arquitetos e
urbanistas à hora de projetar as suas obras. E esta ideia acabou fazendo parte de uma
nova ideia de construção de cidade a partir dos séculos XV e XVIII.
Sugestão de vídeo:
Ruy Ohtake, Arquitetura e Arte - Expressão - Espaço Húmus
https://www.youtube.com/watch?v=kOCRJbWraWs
13. INTERVENÇÕES ARTÍSTICAS NO ESPAÇO PÚBLICO
31

As intervenções são manifestações organizadas por grupos de artistas com o


propósito de transmitir mensagens. Elas são um tipo de arte que tem o objetivo de
questionar e transformar a vida cotidiana.
A Intervenção Urbana é o termo utilizado para designar os movimentos artísticos
relacionados às intervenções visuais realizadas em espaços públicos.
No início, um movimento não reconhecido que foi ganhando forma com o
decorrer dos tempos e se estruturando. Mais do que marcos espaciais, a intervenção
urbana estabelece marcas, particulariza lugares, recria paisagens. existem intervenções
urbanas de vários portes, indo desde pequenas inserções através de adesivos (stickers)
até grandes instalações artísticas.
A Intervenção lança no espaço público questões que provocam discussões em
toda a população. De uma maneira ou de outra, ela faz com que as pessoas parem sua
rotina por alguns minutos, seja para questionar, criticar ou simplesmente contemplar a
arte. Sua finalidade é provocar o público para questões políticas, sociais, ideológicas e
estéticas.
No Brasil, no final de 1970, ela surgiu como forma de expressão artística que
fosse além dos muros dos museus, galerias ou de outra forma tradicional de exposição.
Muitos artistas acreditavam que essas instituições restringiam o acesso à arte
para pessoas que não estavam diretamente ligadas a ela.
No final da década de 1990, ela ganha força com a atuação dos coletivos
artísticos realizadas em diferentes espaços.
A dança e a música também podem fazer parte de uma intervenção artística
urbana. Elas são conhecidas como “Flash Mob”, abreviação de Flash Mobilitazion
(mobilização rápida).

Sugestão de vídeo: Apropriação dos espaços públicos pela arte:


https://www.youtube.com/watch?v=0uRtP89v2qc

14. PAISAGEM SONORA


Timbres característicos, sons naturais como os provocados pelos ventos, mares,
canto de pássaros, ruídos sonoros provocados por carros e fábricas, composição
musical e até um programa de rádio. Tudo isso é responsável por sonoridades locais,
32

que se mesclam com uma enorme quantidade de ruídos e sons diversos, fazendo surgir
verdadeiras “paisagens sonoras”.
Entretanto, a sensação de ouvir foi, durante séculos, dominada pela percepção
visual. Mesmo que pesquisas científicas mais recentes tenham recuperado o sentido
sonoro relacionado a seus aspectos físicos, culturais e até mesmo sociais, discursos
analíticos no campo da antropologia permanecem centrados no visual/imagético. São
poucos aqueles que contrapõem a discussão sobre o som à predominância da
visualidade nas ciências humanas e sociais.

Foi a partir do trabalho de Murray Schafer


(1977), “A afinação do mundo”, que se
iniciou um movimento para a percepção do
meio ambiente sonoro no qual o ser
humano está inserido, sendo ele também
responsável por esta composição
paisagística. Para tal, o autor criou o termo
paisagem sonora como campo de estudo
acústico.

A partir deste estudo, demonstra-se como os sons são responsáveis por uma
representação singular de determinados ambientes acústicos e, por consequência, pela
impregnação de sentidos no lugar.
Direcionar a atenção para o estudo da Paisagem Sonora é ressaltar a
importância da constituição sonora dos lugares. É a partir da relevância dada aos sons
que compõem o cotidiano da história da humanidade em diversos períodos históricos,
que Schafer (1974) chega a definição deste conceito baseado numa percepção da
paisagem ou ambiência acústica representativa dos locais. Para o autor a paisagem
sonora é a ambiência acústica dos lugares. São sons de animais, máquinas, carros,
pássaros, músicas, e infinitos ruídos que fazem parte dos lugares. Entretanto, focar
nesta percepção sonora significa também atentar-se para a área dos estudos
geográficos que ressalta a importância do lugar dentro de um processo de construção de
significados composto de elementos diversos, como as coordenadas geográficas, as
materialidades subjacentes, os arranjos sociais que se desenvolvem e muitas outras
informações imprevisíveis.
Paisagem sonora e lugar se apresentam como conceitos que se interpelam ao
revelarem significados mútuos. Não se deve pensar em um arranjo sonoro sem
identificar o contexto geográfico específico de tal ação, e suas características devem ser
33

ressaltadas para uma melhor compreensão de fatores sócio-culturais muitas vezes não
salientados.

Sugestão de vídeo:
Paisagem sonora - https://www.youtube.com/watch?v=Go2qFdgcVLQ

15. FONTE:
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/artes/semana-de-arte-moderna
https://brasilescola.uol.com.br/artes/expressionismo.htm
https://www.meisterdrucke.pt/impressoes-artisticas-sofisticadas/August-Macke/35695/A-
tempestade-de-1911.html
https://www.todamateria.com.br/expressionismo/
https://escola.britannica.com.br/artigo/Semana-de-Arte-Moderna-de-1922/483556
https://acrasias.wordpress.com/2015/07/03/a-ditadura-da-liberdade/
http://www.cultura.al.gov.br/politicas-e-acoes/patrimonio-
cultural/principal/textos/patrimonio-cultural-o-que-e
https://brasilescola.uol.com.br/curiosidades/patrimonio-historico-cultural.htm
http://www.turismo.mg.gov.br/noticias/1813--minas-gerais-ganha-mais-um-patrimonio-
cultural-da-humanidade
https://www.infoescola.com/curiosidades/modificacao-corporal/
http://www.frrrkguys.com.br/a-modificacao-corporal-presente-em-diferentes-tempos-e-
espacos/
https://www.todamateria.com.br/body-art/
http://www.explicatorium.com/cfq-8/tipos-instrumentos-musicais.html
https://www.ecycle.com.br/3961-arte-e-meio-ambiente-ambiental-sustentavel-
sustentabilidade
http://www.revistacliche.com.br/wp-content/uploads/2012/09/Figura-5-O-jardim-2003.jpg
http://44arquitetura.com.br/2017/09/arte-e-arquitetura-colabora-outra/
https://www.vivadecora.com.br/pro/arquitetura/obras-de-arquitetura-famosas/
https://ambientes.ambientebrasil.com.br/urbano/artigos_urbano/a_arquitetura_e_a_quest
ao_ambiental_nas_cidades.html
http://www.colegiodearquitetos.com.br/dicionario/2013/02/o-que-e-espaco-arquitetonico/
https://www.wikiwand.com/pt/Espaço_arquitetônico
https://www.historiadasartes.com/sala-dos-professores/intervencao-artistica-urbana/
www.guiaestudo.com.br/pos-modernismo
http://expurgacao.art.br/paisagem-sonora-parte-i-definicao-e-consideracoes-iniciais/

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