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Conceitos de estética

Apresentação
Seja bem-vindo!

O significado de "arte" vem do latim ars e significa “o ato de fazer”. Deriva da ideia de saber fazer
algo ou fazer algo muito bem feito. Assim, arte é o ato de fazer a obra que será admirada, seja ela
uma canção, uma escultura, uma poesia, uma dança ou uma arquitetura. Já o uso da palavra
“estética” deriva da palavra grega aesthesis, que significa percepção e sensação. Desse modo, no
sentido mais estreito do significado, a palavra “estética” significa “sensibilidade” e será, portanto, a
disciplina que irá estudar e analisar a relação existente entre a arte e o homem.

Nesta Unidade de Aprendizagem, você irá aprender sobre os conceitos de arte e de estética,
identificar as características da evolução e reconhecer exemplos que expressam os padrões
estéticos no mundo.

Bons estudos.

Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

• Conhecer os conceitos de arte e estética na História da humanidade.


• Identificar as características que acompanharam a evolução do conceito de estética.
• Verificar exemplos que expressam os padrões de estética mundiais.
Desafio
Imagine a seguinte cena:

Você está no ambiente de trabalho, uma galeria de arte. Seu colega fala sobre o conceito de feio e
belo, julgando que não há uma verdade absoluta, que todos os humanos fazem parte de um grupo
social e que criam a concepção de estética. Ainda, questiona: o que tu pensas sobre isso? Nós
fazemos estética? Quem produz a estética?

Os outros colegas à sua volta, mesmo acanhados, respondem: nós.

Paulo, um dos profissionais com que você trabalha, completa: nas imagens que recebemos na
empresa, semana passada, todas têm o belo e o feio de sua época. Cada uma teve um significado na
sua época.
Marina, sua chefe, agrega que toda atividade faz parte de um contexto histórico e que, socialmente,
o conceito atual de belo e feio está ligado aos conceitos de Arte Moderna e Arte Contemporânea.
Por fim, perguntou a todos: vocês acreditam que vocês fazem história?
A maioria à sua volta sorri muito e declara que nunca tinha pensado nisso.

Então, Marina apresenta duas obras, como você pode ver a seguir:
Considerando as obras apresentadas por Marina e o contexto da discussão, discorra sobre o
seguinte: qual é o significado dessas imagens? Que história elas registram? Se essas obras fossem
feitas em outra época e instaladas em outros lugares, como seria?
Infográfico
De formas arredondadas aos corpos musculosos ou esguios, o homem teve a beleza representada
de diversas maneiras.

No Infográfico a seguir, você poderá conferir as mudanças do padrão estético humano ao longo dos
anos em uma linha do tempo.
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Conteúdo do livro
A Estética é a área da Filosofia que estuda e analisa a relação existente entre a arte e o homem.
Portanto, nessa disciplina você aprenderá sobre o surgimento e a evolução desse conceito ao longo
da História.

No capítulo Conceitos de Estética, da obra "Estética", você conhecerá três temas: os significados de
arte e estética, como o conceito de estética evoluiu ao longo dos anos e como os padrões estéticos
se expressam no mundo.

Boa Leitura.
ESTÉTICA
ARQUITETURA

Gabriela Ferreira Mariano


UNIDADE 1
Conceitos de estética
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

 Reconhecer os conceitos de arte e estética na história da humanidade.


 Identificar as características que acompanharam a evolução do con-
ceito de estética.
 Exemplificar os padrões de estética mundiais.

Introdução
O significado de arte vem do latim ars, que significa “o ato de fazer”, e
deriva da ideia de saber fazer algo ou fazer algo muito bem feito. Assim,
arte é o ato de fazer uma obra que será admirada, seja ela uma canção,
uma escultura, uma poesia, uma dança, uma arquitetura. Já o uso da
palavra “estética” deriva da palavra grega aesthesis, que significa percep-
ção e sensação. Desse modo, no sentido mais estreito do significado, a
palavra estética significa sensibilidade e será, portanto, a disciplina que
vai estudar e analisar a relação existente entre a arte e o homem.
Neste capítulo, você vai conhecer sobre os conceitos de arte e estética,
identificar as características da evolução e reconhecer exemplos que
expressam os padrões estéticos no mundo.

Arte e estética: conceitos


Para os gregos antigos, a arte significava o domínio do ser humano de uma
ou mais técnicas. Deriva daí a ideia de que saber fazer algo muito bem feito
é uma arte, por exemplo, a arte da guerra, da política, de fazer parto, da me-
dicina, do direito, etc. Outro conceito é que a arte é uma experiência humana
de conhecimento estético, que transmite e expressa ideias e emoções; por isso,
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para a apreciação da arte, é necessário observá-la, refletir sobre ela, criticá-la


a ponto de emitir opiniões fundamentadas sobre gostos, estilos, materiais e
modos diferentes de fazer arte (AZEVEDO JÚNIOR, 2007).
A função da arte e o seu valor estão na representação simbólica do mundo
humano. A partir disso, Aristóteles e Alberti apresentam visões diferentes sobre
o assunto. Aristóteles, pensador grego que viveu nos anos 300 a.C., entende
a arte como uma criação especificamente humana, na qual o belo não pode
ser desligado do homem: está em nós. Entretanto, ele separa a beleza da arte,
e muitas vezes, a feiura, o estranho ou o surpreendente se tornam o principal
objetivo da criação artística. Para o filósofo grego, o que confere beleza a uma
obra é a sua proporção, simetria, ordem — isto é, uma justa medida. Dessa
maneira, ele distingue dois tipos de artes: as que têm uma utilidade prática,
isto é, completam o que falta na natureza; e as que imitam a natureza, mas
também podem abordar o que é impossível, irracional, duvidoso.

Juntamente com Platão e Sócrates (professor de Platão), Aristóteles é visto como um dos


fundadores da filosofia ocidental. Essa linha de pensamento dominou verdadeiramente
o pensamento europeu a partir do século XII, principalmente nos campos de física,
química, lógica e ética. Em 335 a.C., Aristóteles fundou a sua própria escola em Atenas,
em uma área de exercício público dedicado ao deus Apolo Lykeios — daí surgiu o
nome liceu. Em todas essas áreas de estudos, o liceu coletou manuscritos e, assim, de
acordo com alguns relatos antigos, criou-se a primeira grande biblioteca da Antiguidade.

Leon Battista Alberti (1404–1472) foi um arquiteto e teórico de arte italiano,


seguidor de Vitrúvio. Teve o livro De re aedificatoria como seu principal
tratado teórico, o qual tomava como base de referência a arte da Antiguidade.
Nesses estudos, é possível identificar quatro pontos de arte clássica, os quais
se mantiveram vigentes por mais de 300 anos: arte é uma ciência; arte deve
interpretar um ideal objetivo de beleza; arte deve dizer respeito às ações hu-
manas; o propósito da arte não é somente proporcionar prazer, mas também
ensinar uma lição de moral.
Em resumo, arte é o ato de fazer uma obra que será admirada, seja ela
uma canção, uma escultura, uma poesia, uma dança, uma arquitetura. A es-
tética será, portanto, a disciplina que estudará e analisará a relação existente
entre a arte e o homem. Nesse sentido, a estética é vista como uma ciência
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que remete à beleza relacionada a algum sentimento, demonstrado por suas


manifestações artísticas e naturais, sendo vista como a filosofia da arte. É
um ramo da filosofia com o objetivo de interpretar simbolicamente o mundo
e as formas de manifestação da beleza pura e artística. Platão foi o primeiro
a formular, explicitamente, a pergunta sobre o que é o belo. Para ele, o belo é
identificado com o bem, a verdade e a perfeição. A beleza existe em si, separada
do mundo sensível. Nesse sentido, ele criticou a arte que se limitava a “copiar”
a natureza e o mundo sensível, afastando assim o homem da beleza que reside
no mundo das ideias. As obras de arte deviam seguir a razão, procurando atingir
tipos ideais e desprezando os traços individuais das pessoas e a manifestação
das suas emoções. Assim, entende-se que Platão ligou a arte à beleza.
Foi o filósofo Alexander Gottlieb Baumgarten (1714–1831) que utilizou
pela primeira vez a palavra “estética”, no conceito moderno, com o intuito de
estabelecer uma disciplina da filosofia que se encarregaria de estudar todas
as manifestações artísticas. Na Grécia Antiga, outros filósofos já utilizavam
a palavra “estética”, que deriva da palavra grega aesthesis, a qual significa
percepção e sensação. Desse modo, no sentido mais íntimo do significado, a
palavra “estética” significa “sensibilidade”. Ela está presente desde o surgimento
do homem: os povos primitivos usavam óleos e perfumes para ocasiões especiais.
Atualmente, o seu significado moderno corresponde à doutrina do conheci-
mento sensível. Baumgarten definiu a estética como sendo uma disciplina que
deveria refletir sobre as emoções produzidas pelos objetos que são admirados
pelos seres humanos. O autor ainda afirma que a estética deveria ser abordada
de forma subjetiva, ou seja, a partir da consciência de cada indivíduo. Esse
filósofo da arte entende que a única forma de se apreciar uma obra se dá pela
sensibilidade do observador. Ela — a sensibilidade — só é possível quando o
observador se permite contemplar a arte a partir da sua própria subjetividade.

Evolução do conceito de estética


ao longo dos anos
Ao longo da história, a filosofia sempre se perguntou a respeito da essência do
belo — a interrogativa central da estética. A estética enquanto filosofia surgiu
na Grécia Antiga, como uma reflexão sobre as manifestações do belo, seja ele
natural ou artístico, bem como o estudo da filosofia, em conjunto com a lógica
e a ética, formando os conceitos de belo e bom para os valores da humanidade.
Essa reflexão sistemática é inseparável da vida cultural das cidades gregas,
as quais atribuíam uma enorme importância aos espaços públicos e ao livre
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debate de ideias. Dessa forma, os poetas, arquitetos, dramaturgos e escultores


desfrutavam de um grande reconhecimento social.
No Egito, Cleópatra acreditava que a beleza era importante para a imortali-
dade e, desse modo, serviu de inspiração para diversos artistas e suas pinturas.
Nesse período, a representação da figura humana aparecia na versão idealizada
dos artistas, com grandes olhos escuros, figuras esbeltas, corpos morenos e
perfeitos, e cabelos brilhantes. Na Idade Média, a Igreja acreditava que a vaidade
vinha de forças malignas, e qualquer preocupação estética não era bem vista
(pregando inclusive o abandono dos hábitos de higiene). Além disso, julgava-se
que a preocupação com o belo estaria alterando a face dada por Deus.
Dois pensadores tiveram grande importância na definição dos conceitos
de estética. Platão já definia o belo como o bom; a estética existiria em si, a
partir de uma essência ideal, objetiva, independente do gosto. Essa tendência
compôs o ideal universal de beleza, dominando a arte da Antiguidade até o
século XVII. No caso de Aristóteles, pupilo de Platão na sua academia, a
estética tem como base dois conceitos de caráter realista: a teoria da imitação
e a catarse (libertação). Os conceitos platônicos reaparecem no Renascimento,
principalmente nas escolas inglesas, em conjunto com pensamentos que con-
templam o belo como uma manifestação do espírito. No classicismo francês,
como nos pensamentos de Descartes, as ideias de Aristóteles se mantêm vivas,
e são introduzidos novos conceitos de beleza, como claridade e distinção.
Durante o século XVIII, a história da estética encontra o seu ponto máximo.
Os críticos ingleses foram os responsáveis por analisar as impressões estéticas
e estabelecer as diferenças entre a beleza da experiência imediata e a beleza
relativa. A partir disso, originou-se outra tradição: o belo tornou-se relativo,
subjetivo, relacionado à maneira como cada sujeito nota o objeto. Também foi
apresentada a separação entre o que era belo e o que era magnífico ou sublime.

No mundo da filosofia, existe uma antítese clássica entre o belo e o sublime. Esse
segundo termo é associado ao êxtase e à criação poética pelos antigos. Porém, na
linguagem corrente, sublime é amplamente empregado como um sinônimo ou um
superlativo de belo.
Como referência de literatura, o texto Na Inquiry into the Origin of Our Ideas of the
Sublime and the Beautiful, de Edmund Burke, é o que melhor aborda essa problemática
de mudança de sentido dos termos.
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Essa oposição ao pensamento do passado é aliviada por Kant, no século


XVIII, definindo que, na estética, a objetividade está no objeto, enquanto a
subjetividade está no sujeito. Portanto, o belo existe em si, no objeto, mas nem
sempre é percebido pelo leigo — aquele que não foi educado para apreciar
a beleza como um crítico de arte. Seguindo essa evolução, no século XIX,
Hegel introduziu o contexto histórico na concepção de beleza, para o qual o
“devir” (as mudanças) se reflete no gosto. Em outras palavras, ele sofre uma
interferência da cultura, construindo uma nova visão de mundo.
A partir dessas tradições, outra concepção de estética surgiu no século XX,
vinculada à fenomenologia, principalmente em relação à arte. O belo passou a
ter significado, independentemente de sua correspondência com o real. Esse
conceito é mensurado pela sensibilidade, o que atualmente remete à psicolo-
gia, ciência que atribui à beleza uma resposta narcisista ao que gostamos ou
gostaríamos de ver em nós mesmos. Em um conceito mais filosófico, pode-se
dizer que é o que apreciamos ou o que se identifica com a nossa visão parti-
cular de mundo. Essa definição apresenta o belo numa questão geral, mas não
responde por que consideramos determinado objeto que não é belo como arte.
No momento contemporâneo, a estética é explicada em duas tendências:
a ontológica-metafísica, que substitui o belo pela vertente do verdadeiro ou
do verídico; e a histórico-sociológica, que mostra a obra de arte como um
documento e uma manifestação do trabalho humano.
Camargo e Bulgacov (2007, p. 187) justifica:

Na relação estética o sujeito entra em contato com o objeto mediante a tota-


lidade de sua riqueza humana, não apenas sensível, mas também intelectiva
e afetiva. Os fenômenos naturais só se tornam estéticos quando adquirem
uma significação social e humana. A sensibilidade estética, como todas as
qualidades humanas, é fruto da conquista da história da humanidade.

Padrões estéticos no mundo


O belo e a beleza têm sido objeto de estudo ao longo de toda a história da
filosofia. Com isso, é notável a mudança de conceitos estético com o passar
dos anos, seja por influência de pensadores ou pela cultura e mudança dos
hábitos da população.
Os corpos curvilíneos e generosos eram o padrão de beleza na pré-história.
Para as mulheres, era um facilitador para procriar; para os homens, significava
reserva energética até a próxima caça. Na Grécia Antiga, o padrão desejado
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era o atlético e musculoso, já que o lugar onde se estudava filosofia, artes e


música também era um local para a prática de exercícios. O culto ao corpo era
tanto, que os homens ficavam nus para realizar as atividades atléticas, como
está registrado nas esculturas em pedra.
Esse conceito estético segue vigente até o século V, já que, na Idade Média,
por influência da Igreja, o cuidado com a beleza era tido como um pecado.
Esse pensamento inclusive julgava os hábitos de higiene e qualquer outra
situação que buscasse a melhora da aparência. As pinturas retratavam as
figuras humanas sem embelezá-las, mais como uma forma de representação.
Em oposição a essa ideologia, surge no século XV uma frente de pesquisas em
diversas áreas, tendo o corpo humano com proporções geométricas. O Homem
Vitruviano, de Leonardo da Vinci (Figura 1), representa o ideal clássico do
equilíbrio, da beleza, da harmonia e da perfeição das proporções do corpo
humano. O desenho de Da Vinci também está filosoficamente ligado ao an-
tropocentrismo, transformando-se num símbolo desse conceito humanista.

Figura 1. Homem Vitruviano, de Leonardo da Vinci.


Fonte: Architecteur/Shutterstock.com.
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O Renascimento segue ligando a estética ao homem, retratando nas pinturas


os corpos curvilíneos, com cabelos longos e penteados, bem como a adoração
aos deuses, como na Antiguidade. Os corpos despidos voltam a aparecer,
como na estátua de Davi, de Michelangelo, e nas imagens da deusa Vênus
(Figura 2). A relação com o corpo proporcional e belo, como retratado, foi se
tornando uma obsessão e, a partir dos anos 1990, os exemplos dessa beleza
ideal são extremos.

Figura 2. Davi, de Michelangelo, e Vênus, de Sandro Botticelli.


Fonte: PeterVrabel/Shutterstock.com; Dias (2015).

O início do século XX mostra homens exageradamente musculosos, compe-


tindo por quem tem o corpo melhor, por meio dos concursos de fisiculturismo.
A figura humana desse período lembra muito o que já havia sido retratado na
Grécia Antiga, mas cada vez mais exagerada. As mulheres passam a mostrar
partes do corpo como forma de insinuação. Os longos cabelos são deixados
de lado, e o corte “à la garçonne” é amplamente adotado — um clássico das
mulheres europeias mais antenadas à moda.
Os anos vão passando, e a imagem da mulher adquire conotação sexual
(ainda que sutilmente). Nos anos 1940, Marilyn Monroe aparece com decotes e
saias esvoaçantes; já nos anos 1960, as curvas perdem força, e o corpo esguio,
andrógeno e magricelo é predominante. Com isso, a modelo Twiggy vira
referência de beleza. A definição de gênero é deixada em dúvida, tanto para
homens quanto para mulheres. Nos anos 1980, modelos com mais curvas, mas
ainda magras, roubam a cena. O corpo mais natural e sem exageros se opõe
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à década anterior. No entanto, essa ditadura durou pouco: nos anos 2000, a
exigência é que as modelos (e referências estéticas) sejam ainda mais magras.
Considerando toda essa história, como é possível denominar o que é belo?
O que se pode notar é que muitas variáveis estão envolvidas nesse processo,
sejam elas culturais, humanas ou históricas.

AZEVEDO JUNIOR, José Garcia de. Apostila de Arte – Artes Visuais. São Luís: Imagética
Comunicação e Design, 2007. 59 p.: il.
CAMARGO, D. de; BULGACOV, Y. L. Por uma perspectiva estética e expressiva no
cotidiano da escola. In: ZANELLA, A. V. et al. (Org.). Educação estética e constituição do
sujeito: reflexões em curso. Florianópolis: NUP/CED/UFC, 2007.
DIAS, L. Botticelli: o nascimento de Vênus. 2015. Disponível em: <http://virusdaarte.
net/sandro-botticelli-o-nascimento-de-venus/>. Acesso em: 2 maio 2018.

Leituras recomendadas
AYDOS, L. A. S. Pitoresco e sublime: duas estéticas, duas arquiteturas da Modernidade.
Porto Alegre: PROPAR/UFRGS, 2003.
BURKE, E. The sensation which accompanies de removal of pain or danger. In: BOUL-
TON, J. T. A critical enquiry into the origin of our ideas of the sublime and the beautiful.
London: Routledge & Kegan Paul, 1967.
CORNETET, B. C.; PIRES, D. G. M. (Org.). Arquitetura. Porto Alegre: SAGAH, 2016.
LIMA, F. A. de A. Estudos dos conceitos de ordem e relação, estética pitagórica e fórmula nas
tratadísticas de Lon Battista Alberti e Andrea Palladio. Porto Alegre: PROPAR/UFRGS, 2004.
SANDER, L.; ZANATTA, S. (Org.). Educação estética e constituição do sujeito: reflexões
em curso. Florianópolis: Núcleo de Publicações, 2007.
Dica do professor
O conceito e a percepção de beleza costumam variar muito de acordo com o contexto analisado.

Ou seja, como Plotino já afirmava, a beleza é subjetiva. Mesmo que essa afirmação não seja
consensual, ao longo da História muitos pensadores criaram conceitos para beleza, cada um com
seu ponto de vista.

Veja mais sobre esses assuntos nesta Dica do Professor:

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Exercícios

1) Arte é uma experiência humana de conhecimento estético, que expressa ideias e emoções.
Portanto, para a apreciação da arte é necessário observá-la, refletir e criticá-la a ponto de
emitir opiniões fundamentadas sobre gostos, estilos, materiais e modos diferentes de fazer
arte. Segundo o pensamento do filósofo grego Aristóteles, pode-se dizer também que:

A) arte é imitação da natureza.

B) a Arte não pode abordar a estética de forma ambígua e questionável.

C) a proporção não é desejável na beleza da arte.

D) o belo está desligado da figura humana.

E) arte e beleza estão sempre juntas.

2) O arquiteto e filósofo italiano Alberti, no livro “De re aetificatoria”, identifica quatro pontos
essenciais da arte clássica. Das alternativas a seguir, assinale um desses pontos.

A) A arte deve somente gerar prazer a quem a admira.

B) Arte é uma ciência.

C) Arte na busca um ideário material.

D) A arte diz respeito a questões filosóficas e irracionais.

E) A arte tem utilidade prática.

3) Na tendência contemporânea, a estética Histórico-sociológica pode ser explicada como


sendo algo que:

A) Substitui o belo pela ficção e o lúdico.

B) Mostra a obra de arte como um documento e uma manifestação do trabalho humano.

C) Substitui o belo pela vertente do verdadeiro ou do verídico.


D) Mostra a obra de arte como um fato isolado.

E) Registra através da arte o sentimento dos seres humanos.

4) O período da Idade Média passou a representar a figura humana de uma forma oposta em
relação à Grécia Antiga. Sobre esse assunto, é correto afirmar:

A) As mulheres eram representadas maquiadas e bem vestidas. Os homens, esbeltos e


musculosos.

B) A maior parte das pinturas era feita nas cores preto e branco, já que representavam um
cuidado estético.

C) A Igreja representava grande influência na produção artística da época, delimitando o que era
permitido ou não ser representado.

D) Segundo a Igreja, as mulheres precisavam estar limpas e bem vestidas para não “viver em
pecado”.

E) As imagens santas foram substituídas por deuses.

5) Qual o nome se dá a concepção estética onde o belo passa a ter significado, independente
de sua correspondência com o real e em que seu conceito é mensurado pela sensibilidade?

A) Topogenesis.

B) Hermenêutica.

C) Fenomenologia.

D) Ontologia.

E) Cronotopo.
Na prática
Qual é o valor da Arte?

O valor que a Arte recebe depende muito do conceito estético da época e o quanto a população se
interessa por ela.

Neste Na Prática, você verá as obras que receberam os maiores valores de venda da História.
Como se pode notar, cada uma representa o momento em que foi feita, ou seja, o senso estético da
época.
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:

História da Arte: por onde começar?


Assista, a seguir, a um vídeo com boas sugestões de livros sobre História da Arte, se quiser
aprender mais sobre o assunto.

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Arquitetura
Introdução à um projeto arquitetônico

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Composição arquitetônica e qualidade estética


No artigo recomendado, você vai ler sobre uma análise da composição arquitetônica, tão discutida
desde o Período Clássico. O tema da leitura se relaciona com estética formal e estética simbólica,
para analisar edificações históricas e contemporâneas.

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