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ATIVIDADE DE EXPRESSÕES ARTÍSTICAS E ESTÉTICAS

CONTEMPORÂNEAS

1- Leitura de base. (Atividade em equipe)


2- (No máximo 03 componentes por equipe). Todos devem participar
ativamente do trabalho e da apresentação em sala de aula.
3- Data: 22 de novembro de 2019. Ás 18:30m

A SEMANA DE ARTE MODERNA NO BRASIL (1922)

O estopim do movimento modernista ocorreu em fevereiro de 1922 em


São Paulo no Teatro Municipal – uma instituição central da conservadora
elite paulistana inaugurada em 1914. A Semana de 22, como ficou
conhecida, reuniu uma série de eventos literários, musicais e plásticos que
recebeu o nome de Semana de Arte Moderna . Para muitos autores, esse
episódio é considerado um divisor de águas na história da arte brasileira,
um marco zero do modernismo nacional. O que os artistas desejavam era
a “Pré-consciência primeiro, e em seguida a convicção de uma arte nova,
de um espírito novo”(Mário de Andrade). A característica do movimento
Modernista brasileiro era abusca pela liberdade criadora, tanto nas artes
pláticas, na música quanto na literatura. Nas artes plásticas o movimento
modernista desejava romper com os cânones do academismo que durante
muito tempo vinha impondo um modelo que não permitia a liberdade de
uma “consciência criadora nacional”, nas palavras de Mário de Andrade.
Uma tentativa de ruptura com padrões anteriores de pensamento no país.
Por isso a antropofagia de Oswald de Andrade que dizia que era preciso
devorar o que vinha de fora, para retemperar-se nas suas melhores
qualidades.

Foi ao longo da década de 1920, quando muitos artistas brasileiros


usufruíram de longas estadias em Paris com vistas a aprimorar seus
estudos, que, curiosamente, as particularidades da cultura brasileira
passaram a lhes interessar. Em 1921, Antonio Gomide e Victor Brecheret
aportaram em Paris, onde já se encontrava Vicente do Rego Monteiro; em
1923, chegaram Tarsila do Amaral, Oswald de Andrade, Anita Malfatti, Di
Cavalcanti e Celso Antônio, entre tantos outros (BATISTA, 2012). É em
Paris que Di Cavalcanti realiza os primeiros desenhos de mulatas – tema
que se tornou emblemático de seu trabalho e foi diversas vezes explorado
em suas obras até o fim de sua vida. Em sua autobiografia, ele explica
que: “[....] Paris pôs uma marca na minha inteligência. Foi como criar em
mim uma nova natureza e o meu amor à Europa transformou meu amor à
vida em amor a tudo que é civilizado. E como civilizado comecei a
conhecer minha terra” (DI CAVALCANTI, [1955] 1995, p. 142).

Tarsila do Amaral é quem talvez melhor explicite essa transformação


súbita de linguagem, temática e consciência. Em 1921, inscrita na
Academie Julian, ela exercitou-se em nus pós-impressionistas; em 1923,
quando aluna de Léger, compôs uma de suas obras mais emblemáticas, A
negra (1923, São Paulo, Museu de Arte Contemporânea da Universidade
de São Paulo), considerada “pioneira de um estilo modernista brasileiro”
(AMARAL, [1975] 2003, p. 97). Em uma carta escrita à família, a pintora
assinala estar consciente do interesse que as culturas exógenas
despertavam nos meios intelectuais franceses: “[...] Sinto-me cada vez
mais brasileira: quero ser a pintora de minha terra. Como agradeço por
ter passado na fazenda a minha infância toda. As reminiscências desse
tempo vão se tornando preciosas para mim. Quero, na arte, ser a
caipirinha de São Bernardo, brincando com bonecas de mato, como no
último quadro que estou pintando. Não pensem que essa tendência é mal
vista aqui. Pelo contrário. O que se quer aqui é que cada um traga
contribuição do seu próprio país. Assim se explicam os sucessos dos
bailados russos, das gravuras japonesas e da musica negra. Paris está
farta de arte parisiense” (AMARAL, [1975] 2003, p. 78).

Alçado à condição de primeiro movimento genuinamente brasileiro e


compreendido como um grito da consciência nacional, o modernismo
garantiu a certos grupos e a seus protagonistas um lugar de grande
proeminência; eles tornaram-se, assim, símbolos culturais – e políticos –
dos poderes de transformação oriundos das nações “periféricas”. Andrea
Giunta analisa a força das estratégias periféricas que permitiram a vários
artistas latino-americanos e, em particular, ao movimento Pau-Brasil, que
eclode com Tarsila do Amaral e Oswald de Andrade, apropriar-se das
estruturas formais primitivas, deslocando o sentido da “outridade” para o
centro do discurso das vanguardas. Ao fazê-lo, esses modernistas
contribuíram ativamente para um discurso universalizante da
modernidade (GIUNTA, 2011, p. 300). Discurso esse que, no caso das
“modernidades periféricas” (SARLO, 1988), parecia possuir a força de uma
ação libertadora. As periferias tornaram-se, enfim, partícipes dos
movimentos culturais centrais, mas a partir de valores e estratégias que
lhe eram próprios.
Nome das(os) artistas que vocês podem escolher
para pesquisar e apresentar:
1- Anita Malfatti (a precussora da Semana de 22)

2 - Lasar Segal

3 - Victor Brecheret

4 - Oswaldo Goeldi

5 - Cândido Portinari

6- Alfredo Volpi

7- Tarsila do Amaral

8 – Di Cavalcante

9 – Mário de Andrade (escritor e muito importante figura na Semana de


22)

10 – Oswald de Andrade (muito importante, autor do manifesto


Antropófago)

11 – Flávio de Carvalho

12 - Villa Lobos (Músico importante e que participou da Semana de 22)

13 – Ismael Nery

14 - Alfredo Volpi

15 - Antônio Bandeira

16- Carlos Drumond de Andrade (poeta que participou da Semana 22)

17 – Manoel Bandeira; (Poeta que Participou da Semana de 22)

18 – Cícero dias

19 – Rubem Valentim

20 – A Semana de Arte Moderna ( este tema também poderá ser


abordado na apresentação da equipe. A equipe deverá apresentar as
principais reperesentantes da Semana de 22. Mostrar uma visão geral
para a turma.
Atividade avaliativa.

O formulário abaixo deve ser entregue no dia da apresentação. Cada


equipe deve apresentar o trabalho e entregar o formulário no momento
que iniciar a apresentação da equipe.

Nome dos membros da equipe: (no máximo 03 participantes)

Artistas Escolhidas(os)/ ou tema Semana de Arte Moderna (no máximo 02


artistas por equipe).

Nomes:

OBSERVAÇÕES (cheguem cedo para preparar o equipamento)

1- Apresentar imagens das obras das (os) artistas contendo títulos e


data em que foi realizada a obra;
2- Comentar a produção das(os) artistas – A Técnica utilizada pela
artista/o artista, onde estudou essa/esse artista? (frequentou escola
de arte?)

3- Procurem estudar o assunto para não ficar apenas lendo no papel ou


no slide. Faça um comentário a partir do que vocês estudaram e
discutiram em grupo sobre os artistas escolhidos pela equipe.

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