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TRABALHO DE LITERATURA

• Colégio Madalena Sofia

• Equipe: Fabio, João, Ângelo, Natan, Patrik


• Tema: Semana de Arte Moderna
• Introdução
A Semana de Arte Moderna (SAM), também conhecida como Semana de 22, aconteceu em
São Paulo, no Teatro Municipal da cidade, entre os dias 13, 15 e 17 de fevereiro de 1922. O objetivo
da SAM era chocar o público e romper com o academicismo e o tradicionalismo, fazendo com que a
arte brasileira fosse mais valorizada e não mais uma "cópia" da arte europeia. O evento propunha uma
nova forma de arte inspirada nas vanguardas europeias. Entretanto o evento não foi muito bem aceito
pelo público, já que tudo era diferente para eles.
A semana de 22 contou com vários artistas, músicos, escritores e pintores que buscavam o
futuro. Alguns deles são: Anita Malfatti, Oswald Andrade, Mário de Andrade, Menotti Del Picchia,
Plínio Salgado, Heitor Villa-Lobos, Graça Aranha, Di Cavalcante. Além de artistas o evento contou
com o público, que era composto pela elite da época.

• Contexto histórico
Anos antes da Semana de Arte Moderna, a burguesia industrial ganhava força em todo o país,
principalmente no estado de São Paulo. O país atraía cada vez mais imigrantes europeus à medida que
se desenvolvia, principalmente imigrantes italianos, o que proporcionou uma rica fusão em nossa
cultura já confusa.
Os artistas se encontraram anos antes do evento, influenciados pelas vanguardas europeias.
Todos compartilhavam o desejo de mudança e a paixão por ajudar a estabelecer uma nova cultura.
"Estamos atrasados cinquenta anos em cultura, chafurdados ainda em pleno Parnasianismo"
• Eventos que culminaram na semana de Arte Moderna
Ao contrário do que se pensa, a Semana de Arte Moderna não foi um evento isolado, mas sim
a culminação de uma série de movimentos artísticos originados em anos anteriores. Lembre-se de pelo
menos três eventos antecedentes revolucionários que culminaram na Semana 22:
Exposição de Lasar Segall (1913)
Exposição de Anita Malfatti (1917)
Maquete do monumento as bandeiras de Victor Brecheret (1920)

• Primeiro dia
Autor do conhecido romance Canaã, Graça Aranha, abriu a Semana de Arte Moderna na noite
de segunda-feira emprestando um livro chamado "A emoção estética na Arte Moderna".
Seu nome deu peso ao grupo porque já era considerado uma grande figura da cultura nacional
e um artista mais consagrado. Uma apresentação e exposição fizeram parte da competição da primeira
noite. O quadro "A estudante russa " de Anita Malfatti foi um dos destaques do encontro.
• Segundo dia
Apesar das diferenças artísticas entre os artistas, o movimento modernista estava unido por um
ponto em comum: um ódio feroz contra o parnasianismo. Os parnasianos produziram poesia
hermética, métrica e, por fim, insípida na perspectiva dos modernistas. Os artistas colocaram as mãos
na massa e empreenderam uma série de experiências em busca de um novo tipo de arte depois de se
cansarem de ver uma arte antiga e embotada sendo produzida no Brasil.
Recorde-se que a leitura do poema de Manuel Bandeira "Os sapos " foi o ponto alto da
segunda noite da Semana de Arte Moderna. Embora o poeta tenha enviado sua contribuição, ele não
pode comparecer pessoalmente ao evento. A criação, como declarou Ronald de Carvalho, promove
uma clara oposição ao movimento parnasiano:
O sapo-tanoeiro,
Parnasiano aguado,
Diz: - "Meu cancioneiro
É bem martelado.
Vede como primo
Em comer os hiatos!
Que arte! E nunca rimo
Os termos cognatos.
O tom do poema, no entanto, deixa claro o desdém artístico que Manuel Bandeira e os
modernistas em geral tinham por seus antecessores. A leitura dos versos polêmicos mobilizou e
Ronald de Carvalho acabou por ser vaiado.

• Terceiro dia
O compositor Heitor Villa-Lobos foi a estrela da terceira e última noite da Semana de Arte
Moderna ao interpretar uma peça original com diversos instrumentos. Ele já havia se apresentado em
noites anteriores, mas se retirou para completar seu trabalho mais exclusivo.
O músico apareceu no palco vestido com um casaco e chinelos. Embora mais tarde tenha sido
descoberto que os chinelos eram responsáveis por um calo e não tinham intenção maliciosa, o público
fugiu do compositor depois de se sentir indignado com a inutilidade dele.
• Objetivo dos artistas
Os modernistas que participaram da Semana de Arte Moderna buscaram forjar uma identidade
nacional com base na cultura brasileira. Eles queriam encorajar os artistas contemporâneos a olhar
para frente (criando o novo) e experimentar novas formas de produzir arte.
A ideia era modernizar a estética brasileira e considerar a arte de vanguarda. O objetivo do
evento foi principalmente trocar experiências com outros criadores e reunir essa nova geração que
queria produzir o novo em contextos culturais tão diversos.

• Pós evento
O evento se estendeu além das três noites e atraiu um público muito maior do que aqueles que
tiveram o privilégio de assistir no Teatro Municipal. Três publicações foram lançadas durante a
Semana de Arte Moderna e depois divulgadas: Klaxon (São Paulo, 1922), A Revista (Belo Horizonte,
1925) e Estética (Rio de Janeiro, 1924).
Idealistas e incansáveis, os modernistas também redigiram quatro manifestos-chave que nos
ajudaram a compreender melhor os anseios dessa geração. Foram eles:

Manifesto antropófago
Manifesto Pau-Brasil
Manifesto Verde-amarelo
Manifesto Anta
• Referências bibliográficas
FUKS, Rebeca. Semana De Arte Moderna. Cultura Genial, 2017. Disponível em: https://www-
culturagenial-com.cdn.ampproject.org/v/s/www.culturagenial.com/semana-de-arte-moderna/amp/?
amp_gsa=1&_js_v=a9&usqp=mq331AQKKAFQArABIIACAw%3D%3D#amp_tf=De
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%3A%2F%2Fwww.culturagenial.com%2Fsemana-de-arte-moderna%2F. Acesso em: 25 set. 2022.

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