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Escola: E.E.E.

M Presidente Castelo Branco


Disciplina: Artes
Professor(a): Keila
Alunos: Jocicleia Araújo, Sabrina Macedo

TRABALHO DE ARTES SOBRE A POESIA MARGINAL


Poesia Marginal

Na marginal da educação,
Resistem sonhos de transformação.
Nas margens do conhecimento,
Floresce a luta por um futuro alento.

Escolas precárias, professores guerreiros,


Enfrentam desafios, são verdadeiros.
A falta de recursos não os abate,
Pois sabem que educar é um ato de combate.

Nas margens da desigualdade,


A educação clama por equidade.
Por um ensino que alcance a todos,
Sem barreiras, sem muros, sem engodos.

Que a marginalidade da educação,


Seja rompida pela inclusão.
Que cada criança e jovem tenha acesso,
Ao saber, ao crescimento, ao progresso.

E assim, na poesia marginal,


Revela-se a importância vital
De uma educação transformadora,
Que constrói um mundo melhor a toda hora.
Arte Moderna em 1922

A Semana de Arte Moderna foi uma manifestação artístico-cultural que


ocorreu no Theatro Municipal de São Paulo entre os dias 13 a 17 de fevereiro
de 1922.
O evento reuniu diversas apresentações de dança, música, recital de
poesias, exposição de obras - pintura e escultura - e palestras.

Os artistas envolvidos propunham uma nova visão de arte, a partir de uma


estética inovadora inspirada nas vanguardas europeias.

Juntos, eles buscavam uma renovação social e artística no país, evidenciada


na "Semana de 22".
O evento chocou parte da população e trouxe à tona uma nova visão sobre
os processos artísticos, bem como a apresentação de uma arte “mais
brasileira”.
Houve um rompimento com a arte acadêmica, contribuindo para uma
mudança estética e para o Movimento Modernista no Brasil.

Mário de Andrade foi uma das figuras centrais da Semana de Arte Moderna
de 22. Ele esteve ao lado de outros organizadores: o escritor Oswald de
Andrade e o artista plástico Di Cavalcanti.
Características da Semana de Arte Moderna

Uma vez que o intuito desses artistas era chocar o público e trazer à tona
outras maneiras de sentir, ver e fruir a arte, as características desse
momento foram:

● Ausência de formalismo;

● Ruptura com academicismo e tradicionalismo;

● Crítica ao modelo parnasiano;

● Influência das vanguardas artísticas europeias (futurismo, cubismo,

dadaísmo, surrealismo, expressionismo);

● Valorização da identidade e cultura brasileira;

● Fusão de influências externas aos elementos brasileiros;

● Experimentações estéticas;

● Liberdade de expressão;

● Aproximação da linguagem oral, com utilização da linguagem

coloquial e vulgar;

● Temáticas nacionalistas e cotidianas.

A Semana de 1922: Resumo

Em 1922, quando a Independência do país completava cem anos, o Brasil


passava por diversas modificações sociais, políticas e econômicas (advento
da industrialização, fim da Primeira Guerra Mundial).

Surge então a necessidade de recorrer a uma nova estética, e daí nasce a


"Semana de Arte Moderna".
Ela foi composta por artistas, escritores, músicos e pintores que buscavam
inovações. O intuito era criar uma maneira de romper com os parâmetros
que vigoravam nas artes em geral.

A maioria dos artistas era descendente das oligarquias cafeeiras de São


Paulo, que junto aos fazendeiros de Minas, formavam uma política que ficou
conhecida como “Café com Leite”.

Esse fator foi determinante para a realização do evento, uma vez que foi
respaldado pelo governo de Washington Luís, na época governador do
Estado de São Paulo.

Além disso, a maioria dos artistas - que tinham possibilidades financeiras


para viajar e estudar na Europa - trouxe para o país diversas tendências
artísticas. Assim foi se formando o movimento modernista no Brasil.

Com isso, São Paulo demonstrava (em confronto com o Rio de Janeiro)
novos horizontes e uma figura de protagonismo na cena cultural brasileira.

Para Di Cavalcanti, a semana de arte:

Seria uma semana de escândalos literários e artísticos, de meter os estribos


na barriga da burguesiazinha paulista.

Foi assim que durante três dias (13, 15 e 17 de fevereiro) essa manifestação
artística, política e cultural reuniu jovens artistas irreverentes e contestadores.

O evento foi inaugurado pela palestra do escritor Graça Aranha: “A emoção


estética da Arte Moderna”; seguido de apresentações musicais e exposições
artísticas. O evento estava cheio e foi uma noite relativamente tranquila.

No segundo dia, houve apresentação musical, palestra do escritor e artista


plástico Menotti del Picchia, e a leitura do poema “Os Sapos” de Manuel
Bandeira.

Ronald de Carvalho fez a leitura, pois Bandeira encontrava-se em uma crise


de tuberculose. Nesse poema, a crítica à poesia parnasiana era severa, o que
causou indignação do público, muitas vaias, sons de latidos e relinchos.

Por fim, no terceiro dia, o teatro estava mais vazio. Houve uma apresentação
musical com mistura de instrumentos, exibida pelo carioca Villa-Lobos.
Nesse dia, o músico subiu ao palco vestindo casaca e calçando em um pé
sapato e no outro um chinelo. O público vaiou pensando que se tratava de
uma atitude afrontosa, mas depois foi explicado que o artista estava com um
calo no pé.

Repercussão da Semana de 22

A crítica ao movimento foi severa, as pessoas ficaram desconfortáveis


com tais apresentações e não conseguiram compreender a nova
proposta de arte. Os artistas envolvidos chegaram a ser comparados
aos doentes mentais e loucos.
Com isso, ficou claro que faltava uma preparação da população para a
recepção de tais modelos artísticos.

Monteiro Lobato foi um dos escritores que atacou com veemência as ações
da Semana de 22.

Anteriormente, ele já havia publicado um artigo criticando as obras de Anita


Malfatti, em uma exposição da pintora realizada em 1917.

“Há duas espécies de artistas. Uma composta dos que vêem normalmente
as coisas (...) A outra espécie é formada pelos que vêem anormalmente a
natureza e interpretam-na à luz de teorias efêmeras, sob a sugestão
estrábica de escolas rebeldes, surgidas cá e lá como furúnculos da cultura
excessiva. (...) Embora eles se dêem como novos, precursores duma arte a
vir, nada é mais velho do que a arte anormal ou teratológica: nasceu com a
paranóia e com a mistificação (...) Essas considerações são provocadas pela
exposição da senhora Malfatti onde se notam acentuadíssimas tendências
para uma atitude estética forçada no sentido das extravagâncias de Picasso
e companhia.

Desdobramentos da Semana de 22
Após a Semana de Arte Moderna, considerada um dos marcos mais
importantes na história cultural do Brasil, foram criadas inúmeras revistas,
movimentos e manifestos.
A partir disso, diversos grupos de artistas se reuniam com o intuito de
disseminar esse novo modelo. Destacam-se:

● Revista Klaxon (1922)


● Revista Estética (1924)
● Movimento Pau-Brasil (1924)
● Movimento Verde-Amarelo (1924)
● A Revista (1925)
● Manifesto Regionalista (1926)
● Terra Roxa (1927)
● Outras Terras (1927)
● Revista de Antropofagia (1928)
● Movimento Antropofágico (1928)

Podemos também citar outros desdobramentos culturais que se inspiraram


nas ideias dos modernistas, como o Tropicalismo e a geração da Lira
Paulistana, nos anos 70, e inclusive a Bossa Nova.

Principais Artistas

Alguns artistas que participaram da Semana de Arte Moderna de 1922:

● Mário de Andrade (1893-1945)

● Oswald de Andrade (1890-1954)

● Graça Aranha (1868-1931)

● Victor Brecheret (1894-1955)

● Plínio Salgado (1895-1975)

● Anita Malfatti (1889-1964)

● Menotti Del Picchia (1892-1988)

● Ronald de Carvalho (1893-1935)

● Guilherme de Almeida (1890-1969)

● Sérgio Milliet (1898-1966)


● Heitor Villa-Lobos (1887-1959)

● Tácito de Almeida (1889-1940)

● Di Cavalcanti (1897- 1976)

● Guiomar Novaes (1894-1979)

● Zina Aita (1900-1967)

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