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O modernismo
https://brasilescola.uol.com.br/literatura/poemas-primeira-geracao-modernista.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/literatura/modernismo.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/literatura/modernismoprimeira-fase-literaria.htm
Nesta aula, iremos apreender sobre o modernismos, que foi um estilo que marcou o
começo do século XX (20). No Brasil, o modernismo teve duas fases: A primeira
geração modernista, que vai de 1922 a 1930, e foi inaugurado pela Semana de Arte
Moderna (1922). Veja abaixo algumas características dessa Primeira geração
modernista:
Atividade
1. O que lhe chamou atenção no poema Canto de regresso à pátria? Nele, Oswald
de Andrade fala sobre o que?
Em 1921 já existe, por parte de intelectuais como Oswald de Andrade e Menotti Del
Picchia, a intenção de transformar as comemorações do centenário em momento de
emancipação artística. No entanto, é no salão do mecenas Paulo Prado, em fins
desse ano, que a ideia de um festival com duração de uma semana, trazendo
manifestações artísticas diversas, toma forma inspirado na Semaine de Fêtes de
Deauville, cidade francesa. Nota-se que sem o empenho desse mecenas o projeto não
sairia do papel. Paulo Prado, homem influente e de prestígio na sociedade paulistana,
consegue que outros barões do café e nomes de peso patrocinem, mediante doações, o
aluguel do teatro para a realização do evento. Também é fundamental seu papel na
adesão de Graça Aranha à causa dos artistas "revolucionários". Recém-chegado da
Europa como romancista aclamado, a presença de Aranha serve estrategicamente para
legitimar a seriedade das reivindicações do jovem e ainda desconhecido grupo
modernista.
Sem programa estético definido, a Semana desempenha na história da arte brasileira
muito mais uma etapa destrutiva de rejeição ao conservadorismo vigente na produção
literária, musical e visual do que um acontecimento construtivo de propostas e criação
de novas linguagens. Pois, se existe um elo de união entre seus tão diversos artífices,
este é, segundo seus dois principais ideólogos, Mário e Oswald de Andrade, a negação
de todo e qualquer "passadismo": a recusa à literatura e à arte importadas com os traços
de uma civilização cada vez mais superada, no espaço e no tempo. Em geral todos
clamam em seus discursos por liberdade de expressão e pelo fim de regras na arte. Faz-
se presente também certo ideário futurista, que exige a deposição dos temas
tradicionalistas em nome da sociedade da eletricidade, da máquina e da velocidade. Na
palestra proferida por Mário de Andrade na tarde do dia 15, posteriormente publicada
como o ensaio A Escrava que Não É Isaura , 1925, ocorre uma das primeiras tentativas
de formulação de idéias estéticas modernas no país. Nessa conferência, o autor antevê a
importância de temperar o processo de importação da estética moderna com o
nativismo, o movimento de voltar-se para as raízes da cultura popular brasileira. A
dinâmica entre nacional e internacional torna-se a questão principal desses artistas nos
anos subseqüentes.
Com a distância de mais de 80 anos, sabe-se que, com respeito à elaboração e à
apresentação de uma linguagem verdadeiramente moderna, a Semana de 22 não
representa um rompimento profundo na história da arte brasileira. Pois no conjunto de
qualidade irregular de obras expostas não se identifica uma unidade de expressão, ou
algo como uma estética radical do modernismo. No entanto, há de se reconhecer que, a
despeito de todos os antagonismos, esse evento configura-se como um fato cultural
fundamental para a compreensão do desenvolvimento da arte moderna no Brasil, e isso
sobretudo pelos debates públicos mobilizados (cercados por reações negativas ou de
apoio) e riqueza de seus desdobramentos na obra de alguns de seus realizadores.