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I — Por dentro do assunto

1. O Barroco brasileiro apresenta profundas diferenças regionais, O que


justifica isso, já que se trata de um só país?
2. Um dos elementos mais característicos das igrejas barrocas brasileiras são
as talhas. Explique o que são.
3. Em que região teve início uma arquitetura realmente brasileira, com
características próprias?
4. No Barroco brasileiro destacam-se dois artistas: um do Rio de Janeiro; outro
de Minas Gerais. Quem são eles?
O principal representante do barroco mineiro foi o escultor e arquiteto Antônio Francisco de
Lisboa também conhecido como Aleijadinho. Suas obras, de forte caráter religioso, eram
feitas em madeira e pedra-sabão, os principais materiais usados pelos artistas barrocos do
Brasil. Podemos citar algumas obras de Aleijadinho: Os Doze Profetas e Os Passos da
Paixão, na Igreja de Bom Jesus de Matozinhos, em Congonhas do Campo (MG).

Outros artistas importantes do barroco brasileiro foram: o pintor mineiro Manuel da Costa
Ataíde e o escultor carioca Mestre Valentim.
5. "No anfiteatro de montanhas / Os profetas do Aleijadinho / Monumentalizam
a paisagem. / As cúpulas brancas dos Passos / E os cocares revirados das
palmeiras / são degraus da arte do meu país," Esses versos são do escritor
modernista Oswald de Andrade (1890-1954).

a) A que importante obra refere-se o poema?


b) O poema apresenta uma interessante associação entre a arte e a natureza
em estado selvagem. Selecione dois versos que comprovem isso.

c) O poeta fala de um "anfiteatro de montanhas", Por que será que ele usou
essa imagem? Para responder, releia no Capítulo 4 0 item "A concepção
arquitetônica do teatro" (página 38) e pesquise o relevo de Minas Gerais.

O Barroco brasileiro apresenta profundas diferenças regionais. O que justifica isso, já que se
trata de um só país?

R.: A diferença consiste nas variedades culturais existentes no país.

Um dos elementos mais característicos das igrejas barrocas brasileiras são as talhas. Explique o
que são.

R.: As talhas são ornamentos esculpidos em madeira, mármore, marfim ou pedra, elas
aparecem em altares, arcos, tetos e janelas, recobrindo praticamente todo o interior da
construção; elas podem ter motivos florais, figuras de anjos, espirais, enfim, formas que
sugerem movimentam e quebram a monotonia das linhas retas. As talhas de madeira, som
várias cores, são chamadas policromadas; as mais vistosas, porém, são as douradas, revestidas
por uma fina película de ouro, e em algumas igrejas, a talha se combina com a pintura da
igreja.

Em que região teve início uma arquitetura realmente brasileira, com características próprias?
R.: Na região mineira. O barroco mineiro merece destaque especial na História da Arte
Brasileira. Em Minas Gerais o ciclo do ouro estimulou a criação artística e o sentimento
nacionalista e o barroco revelou um de nossos maiores artistas: Aleijadinho.

No Barroco brasileiro destacam-se dois artistas: um do Rio de Janeiro; outro de Minas Gerais.
Quem são eles?

R.: O artista que se destacou do Rio de Janeiro foi Valentim da Fonseca e Silva (Mestre
Valentin); e de Mina Gerais foi Manuel da Costa Ataíde e Antônio Francisco de Lisboa
(Aleijadinho).

“No anfiteatro de montanhas/ Os profetas do Aleijadinho/ Monumentalizam a paisagem./ As


cúpulas brancas dos Passos/ E os cocares revirados das palmeiras/ são degraus da arte do meu
país”. Esses versos são do escritor modernista Oswaldo de Andrade (1890 – 1954).

A que importante obra refere-se o poema?

R.: Refere-se às capelas que representam a via-crúcis, obra de Aleijadinho.

O poema apresenta uma interessante associação entre a arte e a natureza em estado


selvagem. Selecione dois versos que comprovem isso.

R.: - “No anfiteatro de montanhas”.

- “As cúpulas brancas dos Passos”.

O poeta fala de um “anfiteatro de montanhas”. Por que será que ele usou essa imagem? Para
responder, releia no Capitulo 4 o item “A concepção arquitetônica do teatro” (página 38) e
pesquise o relevo de Minas Gerais.

R.: Essa imagem foi usada porque provavelmente o lugar citado é rodeado de montanhas o
que lembra muito o anfiteatro (ex: coliseu).

Reflexão sobre patrimônio histórico destruído

Pesquise no dicionário o significado dos termos incúria, vandalismo e depredação.

R.: Incúria: Falta de cuidado; desleixo, negligência.

Vandalismo: Ação própria de vândalo. 2. Fig. Destruição do que é respeitável pelas suas
tradições, antiguidade ou beleza.

Depredação: Ação de depredar. (Depredar: Assolar, devastar. 2. Roubar, saquear.)

Que situações representam perigo para monumentos de valor histórico e cultural como as
obras de Mestre Valentim existentes no Passeio público?

R.: As situações são varias, podemos citar a falta de educação das pessoas por lugares públicos
ou que não são de seus interesses, outro fator é a falta segurança do local, sem segurança o
local fica exposto para qualquer um que sem nenhum senso de moralidade pode ir e destruir o
que vier pela frente.

De quem é a maior responsabilidade sobre danos como os ocorridos nas obras do Passeio
Público: da população? Das autoridades? De ambos? Discuta com seus colegas.
R.: As responsabilidades são de ambos, pois a população deve prezar tudo o que é patrimônio
histórico e também o que envolve as pessoas direto ou indiretamente (exemplo as coisas
públicas que muitos destroem e não dão valor), e é responsabilidade do governo reforçar
conscientização e segurança para que as pessoas não destruam o que é de todos.

Quais são as possíveis soluções para proteger locais como esse?

R.: Como dito na resposta anterior a melhor coisa a ser feita é conscientização para que as
pessoas não quebrem esses estabelecimentos e segurança para melhorar esse índice de
lugares destruídos.

Biografia dos Artistas

Valentim da Fonseca e Silva

Valentim da Fonseca e Silva, mais conhecido como Mestre Valentim (Serro, MG, c. 1745 — Rio
de Janeiro 1813), foi um dos principais artistas do Brasil colonial, tendo atuado como escultor,
entalhador e urbanista no Rio de Janeiro.

Mestre Valentim era mulato, filho de um fidalgo português e de uma africana. Alguns autores
defendem que seu pai o levou a Portugal em 1748, onde teria aprendido escultura, versão que
é historiograficamente controvertida.

De volta ao Brasil em 1770, estabeleceu uma oficina no centro do Rio de Janeiro e entrou para
a Irmandade dos Pardos de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito. Realizou vários
trabalhos de talha dourada para igrejas cariocas até a sua morte.

Durante o governo do vice-rei D. Luís de Vasconcelos e Sousa (1779-1790) foi encarregado das
obras públicas da cidade, tendo projetado diversos chafarizes e o Passeio Público do Rio de
Janeiro, primeiro parque público das Américas.

Faleceu em 1813 e foi sepultado na Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito (Rio de
Janeiro).

Em 1913 inaugurou-se um busto de Mestre Valentim no Passeio Público do Rio de Janeiro, sua
obra mais emblemática.

Manuel da Costa Ataíde

Manuel da Costa Ataíde, mais conhecido como Mestre Ataíde, (Mariana, 18 de outubro de
1762 – idem, 2 de fevereiro de 1830), foi um pintor, dourador, encarnador, entalhador e
professor brasileiro.

Foi um importante artista do barroco mineiro e teve uma grande influência sobre os pintores
da sua região, através de numerosos alunos e seguidores, os quais, até à metade do século XIX,
continuaram a fazer uso de seu método de composição, particularmente em trabalhos de
perspectiva no teto de igrejas. Documentos da época fazem freqüentemente referências a ele
como professor de pintura. Em 1818, Ataíde tentou, sem sucesso, obter permissão oficial para
fundar uma escola de arte em Mariana, sua cidade natal.

No inventário de suas posses relacionam-se manuais técnicos e tratados teóricos como o de


Andrea Pozzo - "Perspectivae Pictorum Architectorum" -, nos quais deve ter estudado a sua
arte. Uma das características da sua expressão era artística era o emprego de cores vivas,
principalmente o azul, a sua preferida. Em seus desenhos, os anjos, as madonas e os santos
apresentam traços de povos africanos.

Foi contemporâneo e parceiro de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho. No período de 1781


a 1818, encarnou e dourou as imagens de Aleijadinho para o Santuário do Bom Jesus de
Matosinhos, em Congonhas do Campo.

Aleijadinho

Muitas dúvidas cercam a vida de Antônio Francisco Lisboa. Praticamente todos os dados sobre
sua vida são derivados de uma biografia escrita em 1858 pelo jurista Rodrigo José Ferreira
Bretas, 44 anos após a morte do Aleijadinho, baseando-se em documentos e depoimentos de
pessoas que conheceram o artista.

O mais importante dos documentos em que se baseou Bretas foi uma Memória escrita em
1790 por um vereador da cidade de Mariana. Neste documento, cujo original se perdeu, é
feito um amplo relatório acerca do estado das artes nas Minas Gerais, incluindo alguns dados
sobre o Aleijadinho relacionados a sua formação artística e sua participação em algumas obras.

A data de nascimento do Aleijadinho é motivo de controvérsia. De acordo com o biógrafo


Bretas, Antônio Francisco nasceu no ano de 1730 em Vila Rica (atual Ouro Preto) na frequesia
de Nossa Senhora da Conceição de Antônio Dias, sendo filho de um afamado mestre-de-
obras/arquiteto português, Manuel Francisco Lisboa, e sua escrava africana, Isabel (ou Izabel).
O filho, nascido escravo, foi alforriado no batismo. A certidão de batismo encontrada por
Bretas dá a data de 29 de agosto de 1730 para o nascimento de Antônio. As dúvidas derivam
do fato de</pre>

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