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Representantes da música, da
literatura e artes plásticas expu-
seram seus trabalhos à apreci-
ação pública.
Características:
– a deformação do real;
– uso da figura como pretexto para a expressão;
– negação da arte acadêmica, clássica.
Crítica de Monteiro Lobato a Anita Malfatti...
“Há duas espécies de artistas. Uma composta dos que veem normal-
mente as coisas [...]. A outra espécie é formada pelos que veem anor-
malmente a natureza e interpretam-na à luz de teorias efêmeras, sob a
sugestão estrábica de escolas rebeldes, surgidas cá e lá como furúnculos
da cultura excessiva. [...] Embora eles se deem como novos, precursores
de uma arte a vir, nada é mais velho do que a arte anormal ou terato-
lógica: nasceu com a paranoia e com a mistificação. [...] Essas consi-
derações são provocadas pela exposição da senhora Malfatti onde se
notam acentuadíssimas tendências para uma atitude estética forçada no
sentido das extravagâncias de Picasso e companhia”.
A descoberta de Victor Brecheret
(Monumento às bandeiras)
O triunfo das vanguardas
1ª parte:
2ª parte:
1ª parte:
1. Palestra de Menotti del Picchia – ilustrada com poesias e trechos de prosa por
Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Plínio Salgado, Sérgio Milliet, Ribeiro Couto
e outros e dança pela senhorinha Yvonne Daumerie.
INTERVALO
2ª parte:
1ª parte:
2ª parte:
Villa-Lobos:
(REZENDE, Neide. A semana de arte moderna. São Paulo: Ática, 1933. p. 42-43).
Os sapos
– Liberdade de expressão
– Incorporação do cotidiano
– Linguagem coloquial
– Paródia
“Vício na fala”, de Oswald de Andrade
Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do bom aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro.
“Poética”, de Manuel Bandeira
Abaixo os puristas.
“Uma canção”, de Mario Quintana
– Uso de onomatopeias (palavras com sonoridade que imitam ruídos, vozes, sons
de objetos) nas poesias;
– Poesias com uso de frases fragmentadas para transmitir a ideia de velocidade.
“O amor – poesia futurista”, de Oswald de Andrade
(Tristan Tzara)
Principais características :
– Espírito de protesto;
– Espontaneidade, improvisação e irreverência artística;
– Anarquismo e niilismo;
– Busca do caos e da desordem;
– Teor ilógico e irracional;
– Caráter irônico, radical, destrutivo, agressivo e pessimista;
– Aversão à guerra e aos valores burgueses;
– Rejeição ao nacionalismo e ao materialismo;
– Crítica ao consumismo e ao capitalismo.
– Rompimento com os modelos tradicionais e clássicos;
– Faz uso do nonsense, ou seja, da falta de sentido da linguagem, as
palavras são dispostas conforme surgem no pensamento, a fim de
ridicularizar o tradicionalismo.
– Desordem nas palavras, incoerência,
“Ode ao burguês”, de Mário de Andrade
Dissipa o dia,
Mostra aos homens as imagens desligadas da aparência,
Retira aos homens a possibilidade de se distraírem
É duro como a pedra,
A pedra informe,
A pedra do movimento e da vista,
E o seu brilho é tal que todas as armaduras, todas
as máscaras se tornam falsas.
O que a mão tomou desdenha tomar
a forma da mão,
O que foi compreendido já não existe,
A ave confundiu-se com o vento,
O céu com a sua verdade,
O homem com a sua realidade.
Questões do ENEM
01. (2010) O modernismo brasileiro teve forte influência das vanguardas europeias. A
partir da Semana de Arte Moderna, esses conceitos passaram a fazer parte da arte
brasileira definitivamente. Tomando como referência o quadro O mamoeiro, identifica-se
que, nas artes plásticas, a
04. (2017) A obra de Rubem Valentim apresenta emblemas que, baseando-se em signos
de religiões afro-brasileiras, se transformam em produção artística. A obra Emblema 78
relaciona-se com o Modernismo em virtude da
05. (2013) O poema de Oswald de Andrade remonta à ideia de que a brasilidade está
relacionada ao futebol. Quanto à questão da identidade nacional, as anotações em torno
dos versos constituem
Vocabulário: “asperamente” (v. 01) = de forma áspera; “arlequinal” (v. 04) = palhaço, farsante, divertido;
“cantabona” (v. 08) = remete ao som da batida dos tambores indígenas; “dlorom” (v. 09) = harpejo das cordas
do alaúde europeu; “alaúde” (v. 10) = instrumento musical.
(a) abordada subliminarmente, por meio de expressões como “coração arlequinal” (v. 04) que, evocando o
carnaval, remete à brasilidade.
(b) verificada já no título, que remete aos repentistas nordestinos, estudados por Mário de Andrade em suas
viagens e pesquisas folclóricas.
(c) lamentada pelo eu lírico, tanto no uso de expressões como “Sentimentos em mim do asperamente” (v. 01),
“frio” (v. 06), “alma doente” (v. 07), como pelo som triste do alaúde “Dlorom” (v. 09).
(d) problematizada na oposição tupi (selvagem) x alaúde (civilizado, v. 10), apontando a síntese
nacional que seria proposta no Manifesto Antropófago, de Oswald de Andrade.
(e) exaltado pelo eu lírico, que evoca os “sentimentos dos homens das primeiras eras” para mostrar o
orgulho brasileiro por suas raízes indígenas.
“O farrista”
01. Quando o almirante Cabral
02. Pôs as patas no Brasil
03. O anjo da guarda dos índios
04. Estava passeando em Paris.
05. Quando ele voltou de viagem
06. O holandês já está aqui.
07. O anjo respira alegre:
08. “Não faz mal, isto é boa gente,
09. Vou arejar outra vez.” 07. (2017) A obra de Murilo Mendes situa-
10. O anjo transpôs a barra, se na fase inicial do Modernismo, cujas
11. Diz adeus a Pernambuco, propostas estéticas transparecem, no
12. Faz barulho, vuco-vuco, poema, por um eu lírico que
13. Tal e qual o zepelim
14. Mas deu um vento no anjo, (a) configura um ideal de nacionalidade
15. Ele perdeu a memória... pela integração regional.
16. E não voltou nunca mais. (b) repercute as manifestações do
sincretismo religioso.
(MENDES, Murilo. História do Brasil. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 1992.) (c) descreve a gênese da formação do
povo brasileiro.
Vocabulário: “almirante” (v. 01) = comandante do (d) promove inovações no repertório
mar; “vuco-vuco” (v. 12) = confusão, suruba; linguístico.
“zepelim” (v. 13) = balão dirigível de forma (e) remonta ao colonialismo assente sob
alongada.
um viés iconoclasta.
Gabarito
01 – B
02 – E
03 – A
04 – C
05 – D
06 – D
07 – E